quinta-feira, 30 de maio de 2013

CAPÍTULO 92



- Que documento? – perguntei, inocente.
Clóvis sorriu. Era um sorriso cínico, quase louco. Eu me perguntei por que não vira isso a tempo e de repente me dei conta de que aquela maldade, aquele veneno que corria de sua íris sempre estivera lá, e era isso que me fazia odiá-lo, mesmo quando tentei gostar dele.
- Ora, não se faça de boba, Demetria – disse ele.
- Não sei do que você está falando. – Vai Demetria, pensa! Mas eu não conseguia pensar em nada. Estava apavorada com a ideia de que algum dos meus amigos pudesse ir para a cadeia assim que ele decidisse chamar a polícia. Além disso, eu não tinha certeza se os seguranças que serviram meu avô por tantos anos atirariam em mim, ou em Hector que sempre fora presença cativa na mansão, e não estava disposta a descobrir. Não quando Sel estava ali, dura feito pedra, assim como Joe, perplexo, os olhos cristalinos irradiando surpresa, medo e raiva. Não pude dizer qual das emoções o dominava naquele momento, mas seria capaz de apostar tudo no medo. Medo por mim.
- Não tem necessidade disso terminar mal, querida – Clóvis ameaçou numa voz gentil. – Eu só quero o documento.
Respirei fundo, tentando me acalmar e, sem ter um a ideia melhor, decidi agir de improviso.
- Como você se sente, Clóvis, sabendo que traiu, enganou e manipulou um amigo de anos, um homem idoso e doente? Um homem que confiou em você durante toda uma vida - eu disse. Minha voz tremeu um pouco, mas eu sentia algo se avolumando dentro de mim, e não era medo dessa vez. Algo na expressão do advogado me fez refletir sobre o conteúdo do testamento do vovô. O ultimo testamento do vô Marcus. Aquele que eu tinha em mão naquele momento. Aquele em que ninguém jamais chegara a por as mãos naquele momento. Aquele em que ninguém jamais chegara a por os olhos. Se ele não pôde fazer nada a tempo, eu podia. Eu faria. – Você consegue dormir sabendo disso tudo?
- Não sei do que você está falando – ele resmungou, fitando Hector de canto de canto de olho.
- Ah, não – objetei. – Vamos deixar tudo bem claro aqui. Você me fez acreditar que era o Hector que tinha descoberto do meu casamento arranjado com o Joe. Você me fez odiar o Hector por me obrigar a magoar o meu marido, pois se eu não fizesse isso o Joe seria demitido e teria a carreira arruinada. – De canto de olho, vi o Joe cerrar os punhos. – Mas foi você, Clóvis. O Hector nunca soube da existência do testamento até meu avô morrer, nem soube que o meu casamento era uma farsa. Foi pra você que a Blanda entregou as minhas conversas com o Joe no MSN. Foi você que manipulou o meu avô para que eu fosse excluída do testamento, para que tudo ficasse nas suas mãos e ao mesmo tempo você pudesse ficar de olho em mim, já que seria o curador da minha herança. Foi você que cavou até encontrar o jornal com meu anúncio, minha fatura do cartão de crédito, tudo! E eu burra, acreditei em você mesmo quando os meus instintos gritavam que tinha alguma coisa errada. Você não quer que eu receba a herança. Nunca quis. Você quer ficar com o dinheiro. Foi você. Sempre foi você, seu pilantra!
Assim que Inês começara a me contar, dois dias antes sobre a discussão entre Hector e Clóvis a respeito do testamento, na sala da presidência da L&L, eu soube que havia algo de muito errado naquela história.
Quando ela terminou o relato, eu já não tinha dúvidas. Lembrei-me de tudo que ocorrera, das conversas com Clóvis e das poucas vezes em que me encontrara com Hector. Ele sempre fora seco, mas esse era um traço da sua personalidade, não uma falha. Já Clóvis tentara me bajular de todas as maneiras possíveis, e o pior, conseguira me enganar. Lembrei-me de cada detalhe, do dia em que ele passara a morar na mansão, tendo acesso, assim, aos documentos particulares de meu avô, de todas as conversas que havíamos tido, de como ele sempre tentara passar a impressão de que era o bom-moço e que Hector era um crápula. Eu sentia que alguma coisa estava errada, que algo não se encaixava, mas não ouvi meus instintos. Quando Clóvis começou a me pressionar a respeito do meu casamento, cheguei a acreditar que ele estivesse realmente preocupado comigo, mas era apenas uma encenação, um truque bem enredado que o deixava como inocente e Hector o grande vilão.
Eu fora tão manipulada que me envergonhava de lembrar. Meu sangue começou a ferver. 
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Então tá aí mais um a pedidos de vocês, e se comentarem posso postar mais 1 hoje, bom vocês são mais novas do que eu como já  imaginava, e quero uma opinião super importante a próxima história é bem HOT em algumas partes quero saber se vocês se importam sobre isso se sim vou dar um jeito se não ela é  acima de tudo dramática e romântica, até logo.       

9 comentários:

  1. AH ! POSTA OUTRO ........

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  2. POSTA...... +1..+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1......Preciso de outro cap hj.....senão vou ter um treco aqui kkkkk

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  3. Posta posta... tá maravilhoso.

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  4. Posta um Grandinhoo para a Gente...
    Por favor, tá mara!!
    ass, Bianca

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  5. oiê!!!!!!! que nervoso isso.........estou quase pirando de ansiedade aqui......please

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  6. nossa q cap tenso esse guria......tô irritada c esse clovis......q mal carater.....posta ainda hj ....p compensar os dias q vc vai viajar ....e por falar nisso boa viagem p vc

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  7. Sos POSTA MAIS SOCORRO DJSJDJJSJE JESUS, eu to morrendo!!!!!!!!! Amei amei amei posta logo
    Bjs Lena

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  8. Posta mais, que pena que está acabando, mas a demi vai dar fim nessa pompa toda do clovis. Em relação a outra historia eu não vejo problema algum, pois tenho a mesma idade que você, pode postar pois todo mundo gosta mesmo.
    Ine

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  9. nossa e agora co a demi vai sair dessa!....que adrenalina....posta mais hj......vou estar esperando tá?!

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