domingo, 26 de janeiro de 2014

CAPÍTULO 32 E 33

A porta do escritório de Joseph estava fechada. E Demi preferia assim. Mas não podia. Seus dedos apertaram o telefone. Fizera tudo em seu poder, desde aquela noite imprudente na cama dele, para manter os meninos o mais longe possível de Joseph, enquanto tentava aceitar o que acontecera e descobrir como agir. A garagem para quatro carros quase vazia se mostrara uma exce­lente área para brincar.
O longo banho de Joseph depois de terem feito amor... sexo... deixara claro que ele lamentava o incidente. Bem, ela também, porque a situação era um exemplo do seu mau gosto para homens e péssimo julgamento de caráter. Primeiro Lucas, que a atraíra para a cama dele com doces serenatas e então usara sua aliança para que ela o sustentasse enquanto “compunha as canções que os tor­nariam ricos”. Depois o pai do aluno, um homem casado. Mas Demi se deixara seduzir pelas coisas que dissera... coisas que precisara tanto ouvir. Não ficara sexualmente atraída por ele e jamais faria sexo com Dan, mas, sem dúvida, tinha sido mentalmente esti­mulada por sua atenção.
E agora Jonas, um homem sem disponibilidade emocional. E pensar que já fora considerada uma pes­soa de mente brilhante. Felizmente ouvira o choro de Graham antes de Joseph sair do banho, assim não estava esperando na cama fria quando ele voltou.
Mas evitar o patrão não era mais uma opção. Assim, reuniu coragem e bateu. E esperou. Sem resposta. Ba­teu com mais força. Ainda nada. Sabia que ele estava lá, Sarah saíra com o carro. Joseph certamente não esta­va agindo como um adolescente e fingindo não ter ou­vido a batida. No entanto, ela não o conhecia a ponto de ser capaz de prever seu comportamento. Bateu uma terceira vez e, quando ele não respondeu, a preocupa­ção substituiu a raiva. Estaria bem? Girou a maçaneta e abriu a porta.
Quando o viu tão saudável e bonito atrás da escriva­ninha, seu coração disparou, e não soube se era de raiva ou da lembrança da forma como fizera seu corpo can­tar. Então viu os fios brancos do fone saindo de suas orelhas, e a irritação desapareceu. Pelo menos, agora sabia que não a ouvira. Entrou na sala, e a cabeça dele se ergueu depressa. Os olhos a fuzilaram enquanto es­tendia as mãos e tirava os fones de ouvido.
— O quê?
A expressão dura não mostrava sinais de que se lem­brava da intimidade que haviam partilhado. Mas o corpo dela, sim. Ficou quente, úmido e formigando e... Demi limpou a garganta, esperando limpar também a mente.
— Desculpe, eu bati mas você não ouviu. — Estendeu o telefone. — De modo geral, eu não atenderia, mas fi­cou tocando sem parar, e tive medo de que acordasse os meninos. Alguém chamado David ligou. Disse para in­formar a você que Sarah está com uma febre alta e não poderá voltar hoje e amanhã.
Joseph praguejou.
— Vou falar com ele.
— Ele desligou porque o médico chegou. Ligará de volta assim que tiver mais notícias. Também mencio­nou que foi bom ter vindo para o fim de semana, porque ela não está em condições de cuidar de si mesma. Estou preocupada.
— David é o marido de Sarah. Vou ligar e saber se precisam de qualquer coisa. — Joseph se levantou, levou a mão à nuca e foi até a janela. — Vamos perder o prazo.
— O prazo para escolher o vencedor da bolsa de es­tudos?
— Sim. — Cada linha dos ombros largos mostrava frustração. — Será a primeira vez desde que o programa começou.
— Não pode adiar a seleção por uma semana?
— Não. Tudo foi organizado para permitir que o selecionado avise à universidade de sua escolha antes do prazo final de admissão nas faculdades. Sempre temos mais tempo, mas o menino nos custou os dias de folga.
“O menino” de novo. Aquilo a incomodava, mas de­cidira, enquanto se sentava nua e sozinha na cama de Joseph, que precisava de tempo para se recuperar antes de retomar os esforços para ligar pai e filho.
— Não há ninguém na empresa que possa substituir Sarah?
— A única pessoa qualificada está na sede da empresa enquanto Sarah e eu estamos fora, e é a responsável pelo planejamento do banquete de anúncio e pela reu­nião da diretoria. Está com os dias tomados.
— Poderia contratar ajuda temporária.
— Duvido que a agência de empregos tenha alguém disponível de última hora, alguém disposto a trabalhar no fim de semana.
A vontade de ajudar aumentou. Demi dobrou os dedos dos pés na sandália e tentou combatê-la. Não faça isto, Demi. Não se quer se manter distante. Mas u bolsa de estudos era uma boa causa, promovia a educação, um tópico muito querido por ela, justificou nina parte de seu cérebro. Nada inteligente, argumentou a parte mais esperta. Precisaria trabalhar com o homem que fizera sexo maravilhoso com ela e depois se afastara como se não tivesse significado nada. Sua reação ainda doía. Mas não podia promover um laço entre Joseph e Graham se um deles ficasse atrás de portas trancadas o dia todo. Assim, seu tempo de recuperação terminara, embora ainda não tivesse um plano. Mas precisava encontrar uma forma de tornar aquele trabalho vantajoso para ela... para Graham. Afastou as dúvidas.
— O que posso fazer para ajudar?
Joseph se virou, a rejeição clara no rosto bonito.
— Eu leio os pedidos. Sarah digita as cartas de recu­sa. Você não pode fazer isto, tem duas crianças de quem cuidar.
— Verdade, não posso ficar presa a um computador. Mas posso ler os pedidos enquanto as crianças dormem e até mesmo enquanto estiverem acordadas. Bebês só precisam de supervisão enquanto brincam.
— Não é uma boa ideia.
— Concordo que não é o melhor, mas realmente tem alternativa?
— Eu escolho o vencedor. Você não sabe o que estou procurando.
— Joseph... sr. Jonas, sou uma professora. Você está procurando um estudante... um estudante especial, possivelmente excepcional. Com potencial. Qualida­des que sou capaz de identificar. Talvez não seja capaz de escolher o vencedor, mas pelo menos posso descar­tar os indesejáveis e diminuir o número de pedidos que precisa ler.
Os ombros dele continuavam rígidos.
— O que prefere, aceitar que o fracasso é inevitável ou ter uma chance de sucesso? — Deu de ombros. — Mi­nha oferta está feita. Se mudar de ideia, sabe onde me encontrar.
Demi dera apenas três passos quando ele a chamou. Ela parou, sem se virar.
— Posso usar sua ajuda.
A adrenalina bombeou lhe as veias.

— Mas apenas para este projeto. É melhor que não seja alguma estratégia velada para voltar para a minha cama.
CAPÍTULO 32
Demi esperava que não a visse se encolher. Por um momento, considerou a possibilidade de ignorá-lo e deixá-lo sofrer por sua arrogância. Mas, para o bem de Graham, não podia. Virou-se, mas conteve a língua até saber que controlava a mágoa, a raiva e o orgulho feri­do. Aprendera com seu pai que explosões emocionais não resolviam nada. Precisava usar a razão.
— Não é. Ambos sabemos que nosso... encontro íntimo foi um erro. O que preciso fazer?
— Focalizar na seleção. As cartas de rejeição podem esperar. Como sugeriu, pode descartar os claramente desqualificados e me passar os vencedores em poten­cial. — Clicou algumas teclas e ficou de lado, fazendo um gesto para ela se sentar na cadeira dele. — Esta é a nossa página na web descrevendo o candidato ideal.
Demi se sentou na cadeira. O couro retinha o calor e o cheiro do corpo de Joseph, e ela se sentiu envolvida por ele. O que despertou todos os tipos de lembranças... lem­branças sensuais. Não ajudou quando ele se debruçou, descansando uma das mãos na escrivaninha e a outra nas costas da cadeira. Estava próximo, próximo demais.
Ela olhou para a tela com toda a concentração que conseguiu reunir. Levou alguns momentos para con­trolar os hormônios e entender o texto. Quando termi­nou de ler, encostou-se, tentando se afastar o máximo possível. Mas ergueu os olhos e se viu olhando para o queixo rijo, a barba que lhe escurecia a mandíbula e lhe circulava a boca. A sensação erótica daqueles pelos contra sua pele macia retomou, e ela lembrou-se de como os lábios eram suaves em contraste. Mergulhou as unhas curtas nos braços da cadeira e combateu a imagem dele lhe sugando o seio, arranhando-o com o queixo.
Então errou ainda mais ao olhar dentro dos olhos dele e, como se tivesse telegrafado seus pensamentos tórridos, as pupilas dele se dilataram, as narinas se abri­ram mais. Um músculo pulsou no queixo, então o pomo de adão subiu e desceu quando respirou fundo. O dese­jo recíproco apertou-lhe o ventre. E ela achava que era forte, inteligente e capaz de resistir à tentação. Desviou o olhar e limpou a garganta. Não cederia de novo. Uma vez lhe ensinara uma lição. Duas seriam tortura.
— Tenho uma boa ideia do que quer. Para o vencedor da bolsa de estudos — completou ela rapidamente quan­do o peito dele se expandiu. — Você procura alguém que não deixou que a adversidade vencesse, alguém que não parou de tentar apenas porque tudo estava contra ele. Um ou uma candidata que não busca atalhos ou a rota mais fácil. Que precisa de ajuda no momento, não de sustento para o resto da vida.
— Devia deixar você escrever nosso press release.
A surpresa e a aprovação na voz dele a encheram de calor. Demi repetiu o erro de erguer os olhos para os dele de novo. A lembrança daquela noite se avultava como uma coisa viva entre os dois, ligando-os de uma forma palpável e forte. E errada. Enquanto manti­nham os olhos presos, a corda do desejo se apertou. Mas para ele, sexo era apenas algo banal, e ela queria muito mais..
Abruptamente, afastou a cadeira, obrigando-o a se afastar para não ter os pés feridos pelas rodas, então ela mandou que suas pernas trêmulas a levassem para o lado oposto da escrivaninha e o mais longe possível dele.
— Gostaria primeiro de ver alguns dos pedidos rejei­tados e outros da bandeja do “talvez” para saber se sou capaz de encontrar o que os separa.
— Leve uma pilha para o berçário com você.
Tentador, mas não adequado.
— Será melhor ler primeiro aqui, para o caso de ter dúvidas.
A expressão severa indicou que ele não a queria por perto. Como se desligava tão facilmente da fome que vira antes?
— Apenas até saber o que quer. Então trabalharei muito bem o mais longe possível de você.
— Será melhor assim, Demi.

Já estamos na metade da história e bom vamos começar a entender nosso simpático e amado Joseph.

CAPÍTULO 30 E 31

CAPÍTULO 30
— Vou tomar uma chuveirada. — Joseph afastou-se depressa do quarto... ou melhor, da mulher em sua cama.
Só um amante, e então ele? Sério? Joseph trancou a porta do banheiro, plenamente consciente de que seu comportamento estava muito abaixo da cortesia básica.
Mas uma mulher cujo amante anterior tinha sido o próprio marido não era para ele. E por que teria ido para a cama dele se não estivesse em busca de mais... como uma aliança e um tíquete-refeição para ela e seu filho pelo resto da vida?
Não era a primeira vez que uma mulher lhe dizia uma coisa e pensava outra. A primeira foi a mãe adoti­va, que lhe prometera que seria sua família. Muitas outras nos anos seguintes, culminando com Ash. Ela alegou que tudo o que queria era seu bebê. Não ele. Não uma aliança. Não seu dinheiro. Ele não acreditou em nenhuma palavra... especialmente porque ela gastava toda a pensão muito generosa que ele enviava todos os meses para a criança. E não acreditava em Demi.
Abriu o chuveiro e entrou no boxe de mármore sem esperar que a água esquentasse. O jato gelado o fez cer­rar os dentes. Mas obrigou-se a ficar ali. Encostou os braços na parede e deixou a água gelada lavar cada ves­tígio do cheiro de madressilva de Demi.
Fazer sexo com ela fora um erro, mas ela o pegara em um momento de fraqueza. O telefonema do chefe da equipe de detetives que contratara para procurar Ash o abalara. O homem informara que o corpo mutilado de uma mulher havia sido encontrado nos arredores da cidade e que estava saindo para investigar. Os 97 minutos entre o primeiro telefonema e o segundo, em que disse­ra que a mulher não era Ash, tinham sido os mais lon­gos de sua vida... ainda mais do que o tempo de voo de Atlanta com o filho de Ash berrando.
Entrou em pânico e terminou no berçário. Se Ash morresse, o que aconteceria com o filho dela? Como as últimas semanas mostraram, não levava jeito como pai e não queria ser. Não podia se responsabilizar por uma vida tão frágil. O pai de Ash não tinha condições de cuidar de um bebê e, desde a morte do irmão dela, dois anos atrás, ela não tinha mais ninguém. O que deixava apenas Joseph. Pai por falta de escolha.
Joseph ajustou a temperatura da água para alguma coisa acima do gelo. Não queria ninguém dependendo dele. Não Graham. Não Demi. Não importava como o sexo tinha sido bom com ela, fora um erro. Um erro enorme que não tinha a intenção de repetir. Como disse a Demi, ela e os meninos eram apenas temporários em sua vida.

Mas Demi era astuta. Joseph não sabia como conse­guiu ultrapassar suas defesas. Não era capaz de contro­lar sua libido perto dela. O que significava que tinha que ficar longe da babá de Graham. Seu objetivo prio­ritário a partir daquela noite seria evitar Demetria Lovato e se livrar do feitiço que jogara nele.

CAPÍTULO 31
Onde estavam? E o que estavam fazendo? Joseph não viu ou ouviu Demi e os meninos desde a noite, dois dias atrás, quando cometeu o erro de levar Demi para a cama. Como aquilo era possível, quando antes não conseguiu escapar do barulho que faziam a não ser com seus fones de ouvido e música em volume alto? Mais importante, qual era a estratégia de Demi agora? Não tentou mais atraí-lo para junto de Graham e não lança­ra aqueles grandes olhos castanhos nele. Pensava que sua ausência o faria ansiar por ela? Se fosse assim, estava prestes a cair do cavalo.
Ouviu passos se aproximando, e seu pulso acelerou. Mas foi Sarah que entrou no escritório. Um olhar ao rosto pálido e à boca comprimida lhe mostrou que ti­nha um problema mais imediato do que as astúcias da babá.
— Você não parece bem.
— Ora, obrigada, Joseph, esta foi uma avaliação mui­to gentil. E bom dia para você também.
Nem a voz tinha o sarcasmo habitual.
— Sarah, o que está acontecendo?
— Não me sinto mal.
O alívio o percorreu.
— Mas também não me sinto... ótima.
E foi substituído pelo alarme.
— Quer voltar para o chalé e dormir mais umas duas horas?
— Estamos atrasados demais. Você tem lido os pedi­dos até tarde da noite, posso ver pela pilha de rejeitados que encontro todas as manhãs. Vamos ter que trabalhar durante todo o fim de semana se quisermos cumprir o prazo e voltar para o escritório na segunda-feira. Tele­fonei para dizer a David que não venha, mas ele já alu­gou um veleiro e está louco para navegar. Pode fazer isto se eu ficar presa aqui.
— Prefiro perdê-la por algumas horas do que por um dia inteiro. Tire a manhã de folga e descanse.
— Obrigada, ficarei bem.
Pela primeira vez em sete anos, ele não acreditou nela, mas reconheceu sua expressão teimosa e não insistiu. Ain­da não haviam chegado à metade dos pedidos. Tinham que terminar no prazo, assim, era necessário trabalhar.
Sarah se sentou e começou a digitar. Joseph fixou os olhos nos papéis na mão, mas o cérebro se recusou a funcionar. Estava atento aos ruídos de Demi e dos meninos. Onde, diabos, estariam?
Sarah suspirou e ergueu os olhos.
— Por que não vai procurar por eles?
— Eles quem?
— Não se faça de idiota. Se quer saber o que Demi e os meninos estão fazendo, vá encontrá-los.
— Está enganada se acha que me importo. — Mas o silêncio o distraía mais que os barulhos que faziam.
Sarah resmungou, incrédula.
— Você não virou uma página enquanto escrevi duas cartas de rejeição.
— Estou tentando decifrar a letra deste camarada. — Não era totalmente mentira.
— Acho que está apavorado.
— Com o quê?
— Deixar Graham invadir sua vida.
— Está caducando, Sarah.
— Você perdeu todos a quem amou. Seus pais, Kevin, Hank e agora Ash...
— Nunca amei Ash.
— Mas gostou dela, o relacionamento durou três anos.
— Ela passou mais tempo no exterior do que aqui, e não fazia exigências que interferissem nos meus planos para a Jonas Ltda.
— Mas agora é irrelevante por causa do seu filho. Graham faz parte da sua vida. Lide com isto. A menos que esteja com medo de um bebê.
— Não. Estou. Com. Medo — enunciou, o queixo rijo.
— Bom, porque qualquer investimento... financeiro ou emocional... é arriscado. Estou começando a acre­ditar que sua coragem se limita ao setor financeiro. Pode ter sucesso em dobrar o valor da empresa de Hank, mas a que custo?
Ele irritou-se.
— Está tentando ser demitida?
— Não. Desculpe. Estou de mau humor e descontando em você. Talvez deva voltar para casa e dormir um pouco. Mas retomarei depois do almoço.
Joseph preocupou-se. Sarah jamais ficava doente.
— Quer que ligue para um médico?
— Não, só preciso tomar alguma coisa para a dor de cabeça e me deitar até fazer efeito. Então voltarei.
— Nesse caso, vá para casa e descanse.
Joseph precisava dela ali, e não só por causa do prazo já tão curto. Ela seria um escudo entre ele e Demi, por­que, pela primeira vez na vida, como aquela noite pro­vara, não podia confiar em si mesmo. Colocou os fones de ouvido para afogar o silêncio.
Se comentarem posto mais 2 daqui a pouco.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DIVULGAÇÕES E ESTOU SEM NET DE NOVO

Oi gente!!!
Bom primeiramente estou aqui pra fazer divulgações pra vocês e espero que entrem e sigam esses blogs
o primeiro é da  êh samaraa o novo blog dela : Mirrors.

Jemi - Você É Tudo O Que Eu procuro! da Priscila Lino.

 ENTÃO ESTOU SEM INTERNET DE NOVO E NESSE MOMENTO ESTOU NO MEU TRABALHO, E PORQUÊ NÃO POSTA? ESTOU SEM OS CAPÍTULOS AQUI, MAS ASSIM QUE MINHA NET VOLTAR POSTO ALGUNS CAPÍTULOS PRA VOCÊS.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

CAPÍTULO 29 BIG HOT

Teve um momento de sanidade. Sabia que tudo o que precisava era dizer “não”, ele não a forçaria. Mas não queria parar. Queria descobrir como seria a ferocidade de fazer amor com Joseph e se era mulher bastan­te para lidar com um homem tão apaixonado como ele. Queria aquilo, queria-o, embora não fosse prudente. Mas... Seus ombros caíram com frustração, desapontamento e derrota.
— Não, não tenho proteção.
O leve toque da ponta do dedo de Joseph, que traçava o decote da camiseta de Demi e depois mergulhava en­tre seus seios, fez seus mamilos enrijecerem ainda mais. Ele circulou um dos mamilos, e o desejo nela cresceu, impedindo-a de pensar, de lembrar por que aquela intimidade não devia continuar. Com dificulda­de, encontrou as palavras para fazer a pergunta:
— Por que persiste em me atormentar... nos atormentar. .. quando admiti que estou despreparada?
— Porque eu estou preparado. Venha comigo.
— Você tem...?
— Sim.
— Os meninos, o monitor...
— Você os ouvirá sem ele. — A mão na base de sua espinha a conduziu ao quarto dele.
Cada passo aumentava sua tensão, apressava a respi­ração e o pulso. Mas também lhe dava tempo para pen­sar. Sexo sem emoção jamais fora parte de seu passado. Por causa de sua dedicação aos estudos, sua inteligên­cia, jamais experimentara o sexo casual, como suas co­legas. E isto era tudo o que o daquela noite seria. Podia viver com isto? Hesitou à porta.
Ele se aproximou ainda mais, até ela estar presa à porta, e então baixou a cabeça e tomou-lhe a boca de novo, com tanta intensidade que a deixou trêmula. As mãos deslizaram para baixo da camiseta e lhe segura­ram os quadris, então subiram para a cintura e baniram todas as reservas com uma nova e forte onda de desejo. Ah, sim, podia lidar com uma noite de paixão nos bra­ços de Joseph.
As mãos eram quentes e levemente ásperas, e o toque tão bom que queria ronronar como uma gatinha. As mãos pararam sob os seios, os polegares traçando linhas de fogo e estimulando-a tanto que ansiava por lhe segurar os pulsos e lhe mostrar onde precisava mais de suas carícias.
Mas não teve coragem, ainda não. Então segurou a camisa dele, tirou-a do cós da calça e suas mãos encontraram a pele firme, saudável e fervendo. Explorou os músculos que ondulavam nas costas e traçou a li­nha da coluna. E, naquele momento, ele lhe empalmou os seios e roçou os mamilos com os polegares. Ah, sim, assim. Exatamente assim. A necessidade a percorreu como uma tomada, acendendo cada termina­ção nervosa, abalando cada músculo. Então ele se afastou. Ela gemeu, frustrada, e mergulhou os dedos nos músculos dele, sem querer que a deixasse. Mas a força dele venceu.
Joseph rompeu o contato e tirou a camiseta pela ca­beça. E então ficou parado ali, apenas olhando para ela.
Aquele olhar verde, dourado e castanho a percorreu da cabeça aos pés, então voltou. A boca de Demi secou, o coração disparou. E ela se sentiu constrangida. Não por seu corpo, que achava bom, mas por sua calcinha de algodão cor-de-rosa, desbotada pelas muitas vezes em que fora lavada.
Mas ela não viu desapontamento no rosto dele. Joseph a olhava como um homem faminto olharia para um banquete. Como se não soubesse por onde começar. O pomo de adão se moveu, o pulso bateu acelerado na base do pescoço e as veias cresceram sob a pele das têmporas. Demi jamais fora desejada assim. Seus hormônios deram cambalhotas, apagando qualquer chance que teria de voltar a ter juízo. Mas, garantiu a si mesma, não estava procurando um companheiro para sempre. No momento, ele era tudo o que queria.
Demi estendeu as mãos para os botões da camisa e começou a abri-los pelo mais alto, um por um, desnudando o peito perfeito. Quando o último cedeu, ela afastou o tecido para os lados e passou as palmas sobre os músculos tão masculinos. Ah, céus.
Joseph inspirou com força, expandindo aquele peito maravilhoso, então arrancou a camisa e a jogou no chão. Puxou-a para ele, o peito nu roçando os seios nus e ansiosos. O calor desceu pelo ventre de Demi e se instalou bem embaixo.
O beijo dele não poderia ter sido mais carnal. Ela se agarrou a ele e conseguiu retribuir o prazer e a excita­ção que ele despertara nela, mas então Demi se perdeu em cada nuance do corpo dele, suas texturas, as rijas, as macias, os pelos crespos, as mãos que lhe percorriam o corpo, a língua poderosa, e se deixou dominar pela tempestade que a percorria.
Ele tomou-a nos braços, ergueu-a e a levou para a cama. O colchão afundou sob suas costas, e ela ficou presa entre o homem quente e a colcha fria. Ele se afas­tou, prendeu a calcinha com os dedos dobrados e a ti­rou, deixando-a exposta. A fome nos olhos dele enquanto a observava apagou o temor que Demi ainda sentia de ficar nua. Joseph arrancou o restante das pró­prias roupas; a beleza absoluta de sua forma e a longa e grossa extensão de sua ereção a fizeram perder o fôle­go. Os dedos dela se fecharam, ansiosos para traçar cada linha, cada curva máscula, cada veia.
Joseph tirou o preservativo da gaveta da mesinha da cabeceira, colocou-o, plantou um joelho no colchão e se segurou acima dela. Abaixou-se lentamente até estarem mais uma vez pele contra pele.
Demi fechou os olhos e saboreou a sensação dele junto a si, e levou as mãos para seus ombros. Mapeou sua forma, levando a mão pelos músculos das costas até as nádegas firmes. Era tão bom tocá-lo, uma festa tátil para seus dedos.
Ele lhe mordiscou o lóbulo da orelha, beijou-lhe o pescoço, desceu até a pele sensível do lado inferior dos seios. Ela se mexeu, inquieta, querendo sua boca, mas ele se estendeu na cama ao lado dela. Demi suspirou, desapontada, mas então os lábios dele lhe tomaram um dos mamilos. Ah, sim. A sucção quente e molhada e a língua perita fizeram suas entranhas se comprimirem.
Demi afastou-lhe o cabelo da testa, adorando a sensa­ção sedosa das mechas, e observou-o enquanto ele fazia amor com seus seios. Observar, tão ousada, tão distante do que era, aumentou o prazer. O toque de sua mão no lado interno da coxa a assustou, mas ele continuou a lenta subida, e a carícia a fez se contorcer com a antecipação. Joseph a provocou e atormentou, traçou a linha entre a perna e o corpo, prolongou a agonia ao se aproximar de seu centro, sem atingi-lo. Quase delirante de desejo, Demi mordeu o lábio e tentou sufocar um gemido.
— É isto o que quer? — Ele passou os dedos por seus cabelos e roçou uma vez aquele pequeno botão rosado, depois de novo, então abandonou o ponto má­gico para percorrer a linha do triângulo.
— Por favor, Joseph.
Ele sorriu para ela, uma expressão de pura malícia sexual nos olhos quando mergulhou os dedos entre as dobras e encontrou a evidência da excitação de Demi. Segurou-lhe o olhar enquanto as carícias faziam os músculos de Demi enrijecerem e ela se aproximar cada vez mais do alívio. Como se entendesse sua urgência, o toque hábil se aprofundou, alisando, mergulhando, cada carícia levando-a em direção ao final. Como ele conseguia fazer aquilo, deixá-la tão quente tão depressa?
O orgasmo a tomou, derrubou-a, atravessou-lhe o corpo, abalou-a com os espasmos de êxtase e a deixou fraca, os ossos líquidos. Demi lutou para recuperar a respiração, e as batidas do coração aceleraram de novo quando ele se deitou sobre ela.
Ansiosa, ergueu os quadris, convidando-o. A ponta espessa da ereção lhe tocou a umidade, então ele mergulhou com uma só longa e rija estocada, preenchendo- a completamente. A respiração dele acelerou, os mús­culos flexionaram sob os dedos dela, e o calor a consumiu. Queria segurá-lo e, ao mesmo tempo, queria que se movesse.
Como se pudesse ler sua mente, Joseph se afastou, penetrou-a de novo, mais profundamente, dando início à tensão de outro orgasmo. Cada estocada fazia sua respiração acelerar, a temperatura subir até que seu útero se contraiu de novo e de novo, e o grito que não conse­guiu evitar rasgou o ar. O gemido de alívio de Joseph se seguiu; então ficou imóvel, apenas o peito se erguendo e baixando com os batimentos cardíacos pesados.
Demi se soltou, tão saciada que não conseguiria se mover. Como uma coisa tão extraordinária podia acontecer? E como ele conseguiria se afastar dela voluntariamente?
— Não tinha ideia — pensou em voz alta.
— Do quê?
— De que fazer amor podia ser assim.
Ele enrijeceu em cima dela, a expressão fechada.
— Você foi casada.
— Sim, mas nunca foi... tão... explosivo.
Joseph desligou-se abruptamente do corpo dela e ro­lou para o lado, deixando-a com um vazio que não sa­bia que tinha até aquele momento.
— Certamente você teve outros relacionamentos além do seu marido.
— Não, apenas Lucas.
O rosto de Joseph ficou mais rijo, e ela se apressou:
— Eu era uma nerd, meu primeiro encontro foi na faculdade. Acho que foi o motivo por eu ter sido tão suscetível ao... charme de Lucas.
Ele saiu da cama.
— Para sua informação, o que fizemos foi sexo, não amor. Apenas sexo. Não o envolva em corações e flores, e não se acostume. Como disse, não estou procurando uma esposa ou uma família pronta. Sua posição aqui... em minha casa e na minha cama... é temporária.
Ela sabia, mas as palavras feriram mesmo assim. De qualquer maneira, não desejava estar com um viciado em trabalho. Por que então sua rejeição brusca a ma­goou tanto?

E então o quarto congelou quando compreendeu. A rejeição doía porque estivera mentindo para si mesma. Alegara não querer um marido, nada além do filho. Mas queria. Queria se aconchegar depois do sexo... do amor... e dormir nos braços do amante. Queria acordar a seu lado e ver as crianças crescerem. Queria envelhe­cer com alguém... alguém que seria seu amigo e seu amante. Relacionamentos casuais e temporários não lhe dariam aquilo. Queria tudo o que Joseph rejeitava, e teve a suspeita de que começava a ansiar por tudo aquilo com ele, embora fosse totalmente errado para ela.

CACHORRO ELE?
MAGINA!!!!
COMENTEM PARA O PRÓXIMO!!!! 

domingo, 19 de janeiro de 2014

CAPÍTULO 28 MARATONA FINAL

Demi colocou a mão no braço dele e apertou. Imediatamente percebeu seu erro quando os músculos dele enrijeceram. Antes que pudesse se afastar, o ca­lor dele lhe invadiu a palma, subiu pelo braço, passou pelo corpo e se instalou pesadamente no ventre. As palavras de conforto desapareceram. Ela puxou a mão a passou a palma que formigava pela coxa, que­rendo que a sensação desaparecesse, mas ele devia ler percebido sua reação.
O olhar dele se abaixou para o dela, então desceu devagar para sua boca e ficou ali, até que ela a sentisse inchada e seca, então passou por seu pescoço e parou nos seios. A expressão preocupada se transformou em alguma coisa diferente. Quente. E sensual. E estimulante. O pulso dela disparou, a respiração parou, e os mamilos enrijeceram, empurrando o algodão macio da camiseta. Gemeu silenciosamente quando percebeu que correra para os bebês sem se vestir.
— Demi, vá para o quarto.
A voz de Joseph era profunda e baixa, sexy. E os olhos... Ah, céus, os olhos! Pareciam penetrá-la. Um tremor a percorreu. Não podia mover os pés, não podia pensar em mais nada a não ser na fome que via no rosto dele. Fome por ela. Nunca um homem a olhara com tanta ânsia, e jamais experimentara aquela paixão instantânea, recíproca e inebriante. Sentia-se como bêba­da, a cabeça girava, os joelhos enfraqueciam. E seu corpo estava cansado de quase dois anos de solidão.
— Vá agora, Demi. Ou não irá sozinha.
Devia ir. Sabia o que aconteceria se ficasse. Mas Joseph precisava de conforto, e ela, que Deus a ajudasse, ansiava por experimentar, por uma vez, a promessa nos olhos dele. E, se não queria um marido, um homem que não valorizava seu amor e dedicação e a ignorava, assim como os filhos que poderiam ter, então só restava uma opção: relacionamentos de curto prazo que duras­sem apenas alguns dias. A umidade lhe encheu a boca, e o coração quase parou.
— Ta... talvez eu não queira dormir sozinha.
— Não estou lhe oferecendo nada além desta noite.
— Não estou procurando o para sempre.
Ficaram ali, parados no tempo, olhos nos olhos. Então ele ergueu a mão e lhe empalmou o rosto. Arrastou o polegar do alto do nariz até a maçã do rosto, depois para a têmpora. A leve carícia fez Demi se arrepiar.
— Suas sardas lembram canela polvilhada.
— Elas me fazem parecer infantil.
— Acredite, ninguém vai confundi-la com uma criança agora, com a luz brilhando atrás de você, iluminando-a através da camisola e acentuando cada curva muito adulta.
Antes que pudesse descobrir o que ele via, os dedos dele mergulharam em seu cabelo, seguraram-lhe a nuca, e ele a puxou. Um passo. Dois. Os mamilos ro­çaram o peito dele, acendendo chamas de desejo em seu útero. O passo seguinte a jogou contra ele... toda a dura e quente extensão dele. A ereção lhe queimou o ventre.
Então a boca de Joseph cobriu a dela, capturou lhe o fôlego, os pensamentos e roubou-lhe tudo, menos a sensação dos lábios macios, da ponta quente da língua, depois a penetração de sua boca. O calor a invadiu e deixou-a tonta de desejo. Ancorou-se no peito dele para se equilibrar, o tecido fino da camisa uma barreira para a carne rija abaixo. Com uma ousadia que jamais tivera, Demi empurrou os seios contra a torre sólida do peito e respondeu beijo com beijo, misturando a língua à dele e provando-o como ele a provava.
Joseph a recompensou ao abrir as mãos sobre suas nádegas, empalmá-las e erguê-la para apertá-la com firmeza contra a evidência de seu desejo. Que ele a quisesse tanto só a fez ansiar por mais. Um gemido de aprovação lhe escapou da garganta, e ela abraçou-o pela cintura, acariciou lhe as costas largas. Um beijo se seguiu a outro e a outro. Cada vez que ele erguia a cabeça, ela inspirava, então o encontrava de novo, famin­ta. Cada beijo se tomou mais intenso e frenético do que o anterior, até que estavam praticamente consumindo um ao outro. O que ele fizera com ela? Aquela mulher faminta era tão diferente dela.
A sala de estar parecia uma sauna, e a pele dela ficou coberta de suor sob a camiseta. Ele se mexeu e inseriu uma coxa entre as pernas dela, roçando-lhe o centro. A temperatura de Demi subiu ainda mais, um tremor a per­correu, e os joelhos dobraram. Ele a segurou com mais força, os dedos mergulhando em sua carne para mantê-la em pé. Ele puxou-a para si, escorregando-a na coxa, para trás, depois para a frente de novo. A roupa dela não era barreira para aquele irresistível movimento sobre o tecido da calça dele.
Seus hormônios, adormecidos por tanto tempo, se atropelaram enquanto ela redescobria como era se sentir querida, necessária. Mas nunca tinha sido daquela maneira. O prazer se construiu dentro dela, até ter cer­teza de que explodiria com sua magnitude. Ele ergueu a cabeça, os olhos queimando nos dela, o peito subindo e descendo, pesado.

— Você tem proteção?

KKKKK o que acharam desse capítulo ????
postei só porque sou muito boazinha ( será????)

CAPÍTULO 27 MARATONA

     Demi acordou assustada sem saber o motivo. Abriu as pálpebras sonolentas e verificou o monitor. Estava tudo bem no berçário. Não havia vento batendo nas janelas. Ne­nhum som. Mas não conseguiria dormir se não verificasse os meninos. Levantou-se e andou descalça até o berçário.
Uma sombra alta avultava sobre o berço de Graham. A silhueta de um homem. O medo a atravessou e ela arquejou. O homem se virou e ela viu o rosto de Joseph. O pânico desapareceu e foi substituído por outro tipo de preocupação. O que o levara lá quando nunca de­monstrava interesse?
— Alguma coisa errada? — A voz era apenas um sus­surro.
— Não.
Devia passar de meia-noite, mas ele ainda usava a bermuda e a camisa de algodão.
— O que está fazendo?
Ele hesitou, e ela achou que não responderia.
— Verificando se ele está respirando.
Demi jamais esperaria aquilo dele. Sorriu e se apro­ximou.
— Faço isto de vez em quando. Idiotice, não é?
Demi arrumou o lençol de Graham e moveu o macaco de pelúcia de Cody para mais perto do menino.
— Os dois estão dormindo, e os acordaremos se ficarmos aqui. Não sei quanto a você, mas eu poderia dormir mais algumas horas.
Ela saiu do berçário, esperando que ele entendesse. Joseph saiu logo depois. Demi podia sentir a atração da proximidade dele enquanto se dirigia para a sala de estar.
— Você foi ver Graham outras vezes?
A expressão dele ficou vazia.
— Por que pergunta?
Interessante ele evitar responder.
— Porque muitas vezes percebi que o cobertor de Graham ou o brinquedo de Cody não estavam no lugar no qual os deixei.
— Cobertores e brinquedos não deviam estar próxi­mos aos rostos deles.
Outra resposta indireta. Ele era especialista naquilo.
— O que o faz dizer isto?
— SMSI.
Joseph não conseguia partilhar uma refeição com o filho e se preocupava com a síndrome de morte súbita infantil?
— Graham não tem nenhuma condição de saúde da qual eu deveria saber, tem?
— Ash nunca mencionou nada.
— Então por que se preocupa com a SMSI?
Ele balançou a cabeça e deu um passo em direção ao corredor.
— Joseph, preciso vigiar mais Graham?
— Esqueça, não é nada. — Ele não se voltou para ela.
— É difícil esquecer, já que me acordou no meio da noite verificando se seu filho está respirando.
Ele virou-se para ela.
— Enquanto eu estava no sistema de adoção... um bebê morreu de SMSI. Mike. Um garoto lindo. Tinha apenas alguns meses.
A confissão relutante lhe apertou o coração.
— Que relação a morte desse bebê tem com Graham?
— Ouvi o bebê inquieto quando me levantei para pe­gar um copo de água. Encostei no rosto dele seu ursi­nho de pelúcia. — Parou, os punhos fechados. — Pode ter sido sufocado.
Uma profunda compaixão a invadiu. E, de repente, a distância emocional do filho fez sentido. Este homem grande e forte não era frio ou indiferente. Estava com medo. Medo de ferir o filho. Medo de perder mais uma pessoa amada... O anseio de consolá-lo, de abraçá-lo, quase a dominou.
— Você acha que provocou a morte de Mike.
— E possível.
— Mas improvável. Graham parece saudável. Tem bom controle da cabeça e do pescoço e é capaz de se afastar se não conseguir respirar. Também já tem idade para não fazer parte da categoria de alto risco.
— Mas não completamente fora de risco.
— Não. Mas há outros fatores que contribuem para o surgimento da SMSI, como ter mãe adolescente, não ter recebido cuidados adequados no pré-natal, exposição ao fumo e peso baixo ao nascer. Graham é grande para a idade. Duvido que estivesse abaixo da média quando nasceu.
— Eu não sei. Não sabia que Ash estava grávida até um de seus colegas lhe dar os parabéns na televisão depois do nascimento de Graham. Mostraram uma foto de Ash e do filho. Fiz as contas.
— Ela nunca lhe contou?
— Admitiu depois que a confrontei.
— Você disse que Ash ficou grávida como uma arma­dilha para se casar com você. Por que não lhe contou, já que queria alguma coisa de você? Não é lógico.
— É para mim. E como sabe tanto sobre SMSI?
Ela percebeu a súbita mudança de assunto e a expressão aterrorizante que não diria mais nada.
— Quando percebi que Cody era tudo o que tinha, me preocupei e li muitos artigos sobre desenvolvimen­to infantil e as coisas que poderiam dar errado. Joseph, é normal ficar apavorado.
— Não estou apavorado.

Mentira descarada. Como era típico, masculino, recusar admitir que tinha medo. Mas, naquele momento, não eram a babá e o bilionário, a empregada e o patrão. Eram iguais... um pai e uma mãe que se preocupavam com os filhos, que se levantavam no meio da noite para verificar a respiração deles e ajeitar os cobertores. Com o tempo, ela poderia ajudá-lo a superar o medo... não que a preocupação com o filho fosse desaparecer com­pletamente. Mas, por ora, precisava do conforto que não podia negar.

Vou pensar se posto mais um até mais tarde.... o que posso dizer é que o próximo vai ser quente!!!!