quarta-feira, 31 de julho de 2013

CAPÍTULO 25 HOT 2.0

Por um longo momento permaneceram imóveis. Então, Joseph apoiou-se nos braços e fitou-a. Demi sorriu, traçando com a ponta dos dedos os lábios dele, o queixo.
— Bem — ela suspirou —, com certeza você não perdeu a prática.
Ele riu, mostrando os dentes brancos e perfeitos. O sorriso dela alargou-se, ao puxá-lo para um beijo.
— Está com frio?
— Não… — respondeu ela, deslizando a mão pelo ombro largo.
— Acho que a luz acabou outra vez.
— E daí?
Ele riu, sacudindo a cabeça.
— Agora sei como deixar você preguiçosa. Ela abriu um olho, olhando-o de lado.
— Você não para um minuto!
— Não gosto de perder tempo. Demi… — Ele hesitou. — Não imagina o que significa para mim você aceitar…
Ela colocou dois dedos sobre os lábios dele.
— Não. Eu não tive que aceitar nada, Joseph. Só tive minha curiosidade satisfeita. Apenas isso.
O rosto dele endureceu.
— Você precisou fazer mais do que me aceitar, Joseph. Precisou confiar em mim.
Não era como Taylor, era o que queria dizer. E estava certa. As marcas que Taylor tinha deixado em sua mente, anos atrás, tinham desaparecido quando ela o acolheu.
Sorrindo, ele deitou-se de costas, levando-a consigo.
— Quero fazer amor com você em cada quarto desta casa.
— Bem, você disse que queria a noite inteira. E a casa é muito grande.
Ele riu baixinho, e de repente ficou em pé, erguendo-a nos braços. Mas quando pensou que ia colocá-la na cama, abriu a porta e saiu, subindo a escada que conduzia a seu quarto.
Ele abriu a porta com um empurrão.
— Se temos que começar por algum lugar…
Ele entrou no banheiro enorme, revestido de mármore, e logo o som de água borbulhando encheu o ar. Ele entrou na banheira de hidromassagem, e colocou-a na água.
— Oh!
— É para minha perna e meu quadril. Com a massagem não ficam rígidos.
— Mas há outras coisas que continuam bem rígidas — provocou Demi, e debaixo da água fechou a mão sobre o membro ereto. Ele gemeu, apoiando-se na borda da enorme banheira. Demi sorriu, maliciosamente, deslizando por baixo da água.
Joseph piscou, e logo gemia, agarrado à borda, quando ela tomou-o na boca, sugando, manipulando. E então ergueu a cabeça da água, tirando os cabelos da frente do rosto e sorrindo.
— Você é uma feiticeira. Uma feiticeira sedutora. Segurando-a pela cintura, ergueu-a até a borda, afastou as pernas firmes e devorou-a com os lábios. O riso de surpresa desapareceu diante do desejo que a invadiu. Ondas de prazer se espalhavam por todo o seu corpo. Agarrando-se aos cabelos dele, sentia-se livre e selvagem, e quando ele virou-a, colocando-se atrás dela, gritou:
— Agora, Joseph! Por favor! E ele penetrou-a de uma vez.
Ela nunca sentiu nada tão maravilhoso. O desejo era enlouquecedor, aumentando e pulsando cada vez que ele investia. Joseph agarrou-a pelos quadris, a rigidez dele golpeando cada vez mais forte. Ela adorava o modo selvagem de fazer amor. E então ele colocou a mão entre as coxas dela, fazendo-a gemer.
O controle de Joseph desapareceu diante da paixão avassaladora. Com os braços à volta dela, penetrou-a mais e mais, até que o corpo forte estremeceu, entregue ao clímax da paixão.
Demi era perfeita em seus braços, e os gemidos de prazer misturavam-se ao borbulhar da água. Ela virou-se para beijá-lo, sussurrando que ele a fazia sentir-se livre. Mas Joseph sabia que era ele quem tinha sido libertado da prisão torturante em que vivera. A fera dentro dele tinha sido domada pela bela.

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Eu ia postar só amanhã, mas como estou sem fazer nada enquanto meu namorado e meu enteado foram comprar umas pizzas para jantar fiquei só e resolvi postar essa continuação de HOT, espero que gostem e amanhã posto outro.
Hey a história tá acabando :( . 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

CAPÍTULO 24 HOT


Em seu quarto, Joseph andava de um lado para o outro, como uma fera enjaulada. Além das paredes, a tempestade rugia, e ele sentia cada raio, cada trovão, ecoando em seu corpo. Passando os dedos nos cabelos, ainda molhados do banho, esfregou a nuca dolorida. Queria ir até ela, tocá-la, mesmo sabendo como era perigoso. Para os dois.
A noite anterior provou isso. Bastou um toque e todo o autocontrole desapareceu.
Demi queria o que ele não podia lhe dar. Permitir que outro ser humano, além de Dewey, o visse. Ela não entendia o que isso significava. Ele não podia correr o risco. E se ela o rejeitasse? Como ele se sentiria depois?
Viver nas sombras estava acabando com ele, deixando-o mais infeliz a cada dia. Sentia falta do sol, de entrar numa sala com as luzes acesas.
Sentia falta de Demi.
Joseph olhou para a grande porta em arco, percebendo que o vento rugia tão forte nos corredores que parecia querer abri-la.
Andando até ela, colocou a mão na maçaneta decorada. Por um momento, viu as cicatrizes na pele e flexionou os dedos. Então, virou a maçaneta e abriu-a.
Demi estava sentada na poltrona, junto à janela, com as pernas dobradas para o lado. Apenas uma pequena lâmpada brilhava no canto do quarto, e percebeu como se acostumou ao escuro.
Um raio caiu bem perto, a luz tremeluziu, apagou e voltou em seguida.
Naquele instante, soube que Joseph estava ali. Seu corpo estremeceu de antecipação, e apertando o roupão contra o corpo, virou-se para a porta.
— Por que está aqui?
— Honestamente, não sei.
Pelo menos, era sincero, pensou Demi.
— Sente-se — convidou.
Ele deu um passo na direção dela e parou.
— Meu Deus, está gelado aqui dentro — disse, indo até a lareira e colocando mais lenha.
— Não estou com frio.
— Está úmido. Vai acabar doente. E talvez a luz acabe. Joseph acendeu um fósforo e a pequena chama iluminou suavemente seu rosto.
Demi viu as marcas no pescoço.
— Não precisava fazer isso.
— Eu sei.
— Saia, Joseph.
— Já está cansada da minha companhia?
— É claro que não. Mas sei que não é seguro. — Ela suspirou.
— Você nem imagina o quanto eu desejo que me toque. Mas quero mais além de estar em seus braços — confessou, com sinceridade. — Quero tudo de você.
Ele ficou parado, segurando um pedaço de madeira que ia colocar nas chamas.
— Não quero apenas o homem nas sombras, a voz que me faz sentir viva quando diz meu nome. Não apenas o corpo, que não me deixa tocar por completo. — Ela parou, como se precisasse de coragem. — Já tive a metade do amor e da atenção de um homem antes. Já tive as migalhas… — Demi engoliu em seco, antes de continuar: — Não vou aceitar isso de novo.
Quando ele não respondeu, o coração de Demi apertou-se e a dor foi quase insuportável. Por fim, ela falou, lentamente:
— Não poderemos ter nada, se não confiar em mim. Tudo parece temporário, como se estivéssemos usando um ao outro.
Por um longo momento, apenas fitou-a, travando uma batalha interna entre o que desejava e o que não podia ter. Joseph ergueu a mão para ela e convidou:
— Venha para mim, Demi. Enquanto ainda tenho forças. — A mão dele tremia. — Venha ver o monstro que deseja que a toque.
— Você não é um monstro. Demi levantou-se, olhando para a mão estendida no ar. Os dedos de Joseph tremiam, e ela apressou-se para ele, segurando-lhe a mão e apertando-a contra o rosto.
— Oh, Demi — gemeu Joseph. Ela puxou-o para a sombra.
— No escuro — sussurrou —, somos iguais. Não, shh… Não sou a antiga rainha da beleza. Você não tem cicatrizes. Somos apenas duas pessoas, Joseph. Não existe nada além disso.
— Não podemos ficar aqui, e na luz…
— Na luz somos duas pessoas, cada qual com suas imperfeições. — Ela ergueu o olhar, vendo a silhueta das cicatrizes que ele escondeu por tanto tempo, mas não com nitidez. — Me mostre.
Joseph respirou fundo, sabendo que aquele era o momento em que perderia tudo que tinha conseguido e que tanto desejava. Virou-se para o fogo, lentamente, levando-a consigo.
A luz espalhou-se sobre o rosto de Joseph, que se encolheu, num gesto instintivo, embora não deixasse de fitá-la. Ele esperou. Esperou pela repugnância, pela rejeição no rosto de Demi.
Mas nada aconteceu.
Demi observou-o, lentamente, sentindo a tensão que o dominava, como se esperasse vê-la sair correndo dali. Mas não iria a lugar algum. Ele encontrou coragem para mostrar-se, e não iria decepcioná-lo. Aquele momento significava muito para ela, revelando-lhe coisas que Joseph não conseguia dizer. E aquela confiança era o maior presente que poderia receber.
Ele ainda era um homem muito bonito. Só de fitar aqueles lindos olhos azuis, iguais aos da filha, o coração dela disparou.
— Seus olhos são maravilhosos — disse ela. — E parece que esperei décadas para vê-los.
Por um instante, ela apenas saboreou o momento. Então, seu olhar voltou-se para as cicatrizes. Quanta dor ele devia ter sofrido, imaginou, tocando com a ponta dos dedos as marcas que tanto o faziam sofrer. Ele fechou os olhos, respirando pesadamente.
Eram como marcas das garras de um animal selvagem. Duas tinham cortado a testa, próximo aos cabelos, uma descia pela sobrancelha. Havia outra no canto de uma pálpebra, perto do olho. Mais uma descia pelo rosto, até a mandíbula, continuando pelo pescoço, até desaparecer dentro da camisa.
Joseph continuava imóvel, como uma estátua de pedra, os braços ao lado do corpo, os punhos cerrados. O coração de Demi quase se partiu ao pensar nos anos de solidão, acreditando que a aparência o impedia de ser amado, esquecendo o ato de coragem que provocou as marcas.
— Você sobreviveu a tudo isto — sussurrou ela, surpresa e emocionada.
Ele fitou-a nos olhos, vendo que se aproximava ainda mais.
— Demi…
— Shh. — A mão dela deslizou para a nuca de Joseph, puxando-o para mais perto. Ela beijou de leve as marcas na testa, nos olhos, no pescoço, ternamente, abrindo um a um os botões da camisa e continuando a beijar as cicatrizes que atravessavam o ombro.
Ele gemeu, agarrando-a pela cintura e tentando afastá-la.
— Demi, não!
Ela abraçou-o, compreendendo o medo e a ansiedade.
— Por favor, Joseph, não me afaste. Você suportou tanta dor. Agora são apenas marcas na memória. — Ele sacudiu a cabeça, mas Demi continuou beijando cada cicatriz, e os lábios dela eram como um bálsamo. — Não vejo deformidade. O que vejo são sinais de sua coragem. Ferimentos de uma guerra à qual sobreviveu.
O coração de Joseph batia forte, e ele deslizou a mão pelas costas macias, enterrando os dedos nos cabelos sedosos. Com um gesto brusco, inclinou a cabeça dela para trás.
— Não quero sua piedade.
Os lábios dela curvaram-se num sorriso, antes de fitá-lo diretamente.
— Minha maravilhosa fera — disse, num tom baixo e sedutor. — A última coisa que sinto por você é piedade.
— Há muito mais — murmurou Joseph. — Minhas costelas, meu quadril… a perna.
— Eu não me importo. Quando vai entender isso?
— Eu nunca… Isto é, nenhuma mulher me tocou…
Ela sorriu, suavemente.
— Nossa… é quase virgem, então?
Ele riu baixinho, mas ficou imóvel quando Demi encostou o corpo ao dele. Sentia cada curva, os seios macios sob o roupão, percebendo que ela estava nua sob o tecido fino.
Cada célula de seu corpo vibrava, clamava por Demi. Murmurou o nome dela, as mãos percorrendo o corpo perfeito.
Arrancando a camisa dele de dentro da calça, Demi expôs o corpo musculoso. Pelo jeito, as horas de solidão tinham sido dedicadas a muito exercício, e o resultado era impressionante. Ele era mesmo muito bonito, e só a visão bastava para deixá-la louca de desejo.
Por um instante, encontrou o olhar dele, e então fechou os lábios sobre um dos mamilos, fazendo-o estremecer. Agora ele gemia, abraçando-a com mais força. Deslizando as mãos pelas costelas, Demi sentiu as cicatrizes. A cada beijo dela, a alma de Joseph se abria. Ele a desejava cada vez mais.
Mergulhando os dedos nos cabelos sedosos, puxou-a para si, beijando-a com paixão.
Era um beijo faminto, sem controle. A língua dele provocava, exigia, os lábios saboreavam, e Demi correspondia, com paixão.
Abraçando-a com força, Joseph ergueu-a do chão. Ela era tão pequena, tão leve, e conseguia tirar-lhe o fôlego, tocar-lhe a alma. Mas não era o bastante.
— Toque-me — sussurrou Demi. — Não posso mais esperar, Joseph.
E ele obedeceu, descendo as mãos para as coxas, acariciando os quadris.
Sem interromper os beijos, caíram de joelhos, abraçados, e Joseph desabotoou o roupão, cobrindo com as mãos os seios nus. Ela gemeu, inclinando a cabeça para trás, numa oferta silenciosa, e ele tomou um mamilo entre os lábios. Demi gritou o nome dele, as mãos enterradas nos cabelos macios, os quadris ondulando contra ele. E então Joseph intensificou as carícias.
O corpo de Demi estremecia em ondas de prazer, e logo estava úmida, pronta para recebê-lo. As roupas dele não podiam mais conter o membro ereto. E ela queria mais. Queria senti-lo dentro dela, preenchendo-a totalmente, até explodir de prazer.
Com gestos rápidos, arrancou-lhe a camisa, rasgando-a nos braços e atirando-a no chão. As mãos percorreram o peito, os braços fortes, o abdômen liso.
— Você é tão bonito — disse, e ele sabia que era sincera. Sabia que aquela mulher via o homem, não as cicatrizes.
Ofegante, Joseph não parava de acariciá-la.
— Vou fazer amor com você. — Não era uma pergunta, nem havia qualquer hesitação.
— Era o que eu estava esperando.
Ele tirou o roupão que ela vestia, e o olhar ansioso percorreu o corpo perfeito, as coxas nuas, abertas no colo dele.
— Vou precisar da noite inteira — murmurou.
Demi arqueou as sobrancelhas, desabotoando o cinto da calça de Joseph e abrindo o zíper.
— Não vou a lugar nenhum.
Engolindo em seco, Joseph segurou a mão dela.
— Precisamos de proteção.
— Posso cuidar disso — retrucou Demi, deslizando a mão para dentro da calça com um sorriso malicioso.
Ele tentou detê-la, mas Demi explorou-o lentamente, tocando o membro ereto, sentindo-o enrijecer ainda mais sob seu toque.
O corpo forte e musculoso de Joseph estremecia ao toque das mãos dela.
— Vai me deixar louco — gemeu, baixinho.
— Você disse a noite inteira. Quero ter certeza disso.
Ela riu, beijando-o de novo, antecipando o prazer de senti-lo dentro de si. Mas ele a deitou no chão, saboreando cada parte do corpo perfeito, os seios, as coxas, a barriga lisa. E quando se inclinou entre as pernas dela, Demi tremeu de antecipação. Afastando-lhe as pernas, ele introduziu dois dedos na fenda úmida, e ela arqueou as costas, como uma gata selvagem.
— Olhe para mim — pediu, e Demi obedeceu, abrindo os olhos devagar.
Joseph provocou, excitou, observando o rosto dela, as reações, o prazer que sentia e, sem desviar o olhar, cobriu com os lábios o centro de sua feminilidade.
Ela gritou seu nome, roucamente, e Joseph percebeu cada movimento, cada músculo, enquanto a saboreava. Então empurrou os dedos mais fundo, sentindo o corpo dela pedir mais, percebendo que o desejo pulsava cada vez mais forte.
O prazer de Demi também era seu. E quando mordeu os lábios e estremeceu, no auge do prazer, sentiu o quanto era importante para ele. Ela agarrou-se a ele com força.
— Joseph! — E por fim, deixou-se cair no chão, esgotada. Ele riu, e antes que ela pudesse descansar, levantou-se e tirou o resto das roupas.
Demi abriu os olhos. Ele era lindo, as coxas firmes, os quadris estreitos, parado à frente dela, o membro ereto e pulsante. E quando deu um passo para trás, ela ajoelhou, abraçando-o pelas coxas e percorrendo com os lábios a cicatriz que descia pela perna, até o joelho. A língua de Demi subiu pela perna, pelas coxas, enquanto as mãos o acariciavam. E então, ela segurou o membro rígido e fitou-o, diretamente. Joseph balançou a cabeça, segurando a mão dela e deixou-se cair no chão, deitando-a de costas.
— Ainda não. Quero sentir você. — E abrindo as pernas dela sobre as suas, acomodou-se entre elas, provocando, tocando de leve.
— Venha, agora — disse Demi, tentando puxá-lo.
— Não quero machucá-la.
— Você não poderia, Joseph. Nunca.
De repente ela se ergueu, acomodou-se no colo dele, e guiou-o para dentro de si.
— Eu disse agora.
— Não posso negar nada a você — gemeu ele. Agarrada aos ombros de Joseph, o olhar perdido no dele,
Demi moveu o corpo, ajudando-o a penetrá-la mais fundo. Ele era grande, rijo, e ela estremeceu, movendo-se sensualmente.
— Oh, Demi… é tão…
— Eu sei — disse ela, beijando-o carinhosamente. — Eu sei. É perfeito.
Demi sabia que nenhum outro momento em sua vida seria igual àquele. Nada tão íntimo poderia acontecer. Seu coração já estava entregue. Era dele.
E agora sua alma também. Os lábios de Joseph cobriam os dela, ansiosos, famintos. E então ela se mexeu.
Joseph prendeu a respiração, cerrando os dentes, e Demi deliciou-se com a expressão do rosto dele enquanto se mexia, flexionando os músculos femininos para lhe dar mais prazer. As mãos fortes agarraram seus quadris, ajudando o movimento.
Ela parecia tão pequena nos braços musculosos, as coxas esguias flexionando-se cada vez que se erguia e descia sobre ele. Com golpes cada vez mais fundos, ele a penetrava, e afastando do rosto dela os longos cabelos, fitou-a diretamente.
Nunca haveria outra mulher em sua vida. Nenhum momento seria mais precioso que aquele. Não era a paixão que compartilhavam, nem o desejo que lhe roubava o controle. Era ela. Demi, que conseguira tocá-lo como nenhuma outra pessoa. Que abrira seu coração, sua alma, para lhe dar a salvação. Ela o fizera desejar ser um homem melhor, um pai melhor. E o forçara a ver o próprio valor, do qual chegou a duvidar.
A felicidade de Joseph expressava-se nos beijos, na vontade de lhe dar mais prazer. Deitando-a sobre o tapete, as coxas presas aos quadris dele, observou o rosto perfeito, o sorriso sensual, e penetrou-a ainda mais fundo.
As chamas iluminavam o corpo dela com uma luz dourada.
A chuva batia nas janelas e nas paredes de pedra.
Colocando a mão sob ela, Joseph arremeteu, vendo-a gemer de prazer, a pele brilhante, o rosto iluminado.
— Oh, Joseph…
Ela abraçou-o, enquanto o desejo pulsava dentro dela.
Ao fitá-la, Joseph refletia como Demi o fez sentir-se feliz, desde o dia em que ali chegou. Como o tornou novamente um homem. Como lhe proporcionava ali, naquela noite, muito mais do que prazer físico. Muito mais.
Á luz da lareira, no castelo de pedra, os dois tinham renascido.
A tempestade rugia lá fora, enquanto Joseph a amava, perdido na maciez que o acolhia, encontrando esperança e liberdade.
Demi ondulava o corpo, os músculos delicados prendendo-o como um punho aveludado. Ela enrijeceu, os dedos agarrados ao peito dele, e isso o fez perder o controle totalmente. As pernas dela apertaram ainda mais os quadris de Joseph ao atingir o êxtase.
Inclinando a cabeça para trás, ele gritou. A fera presa dentro dele tinha sido libertada.
O som encheu o ar.
Joseph mergulhou mais fundo dentro dela, e Demi puxou-o contra si, como se nunca fosse suficiente. Ele estremeceu, a expressão do rosto tensa, e ela acariciou-o, ternamente.
Joseph respirava ofegante. As mãos dela acariciavam as costas cobertas de cicatrizes e esse gesto o comoveu. Nunca se cansaria do toque de Demi. Nunca. Roçando os lábios nos dela, soube que toda a dor e toda a solidão tinham desaparecido.
Nela encontrou a liberdade.
E recuperou o coração.

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UI, calor... gostaram do HOT?
bom achei ....HOT, espero que tenham gostado e até amanhã. 

CAPÍTULO 23


Agarrando uma lanterna, Joseph deslizou para a escada de serviço escondida entre as paredes, e desceu um andar, dirigindo-se ao outro lado da casa.
— Kelly? Kelly?
— Papai?
— Fique onde está, princesa. Já estou chegando.
— Estou com medo… A gatinha miou.
— Eu sei, querida. Continue falando comigo. — Joseph subiu a escada estreita. — Pode ver a lanterna?
— Não. — Era possível perceber o pânico na voz dela.
— Está tudo bem, princesa. Papai está aqui. Nada vai acontecer.
— Está bem.
Joseph sorriu, percebendo que ela tentava ser corajosa.
Ele virou a curva seguinte, desejando que a passagem estreita tivesse alguma iluminação. A escada de serviço, entre as paredes, percorria todo o castelo, e embora ele conhecesse o caminho no escuro, Kelly poderia ficar presa ali durante vários dias, sem encontrar a saída.
— Como achou a escada na parede?
— Serabi passou por baixo da parede, no canto do meu quarto. Ele devia ter deixado parte do painel aberto na noite anterior. A culpa era sua!
— Estou vendo a luz, papai.
O alívio era evidente na voz da menina. Logo Joseph desviava o facho de luz, localizando-a. Inclinando-se, abraçou-a e pegou-a no colo. Se alguma coisa acontecesse com ela… Kelly passou os braços à volta do pescoço dele, e Joseph beijou-a no rosto, acariciando as costas da menina, que tremia e soluçava.
— Está tudo bem, querida. Papai está aqui.
— Eu estava com tanto medo…
— Eu sei, meu bem, eu sei.
Joseph carregou-a de volta para a saída. Apertando a saliência na parede, a porta se abriu. Ele colocou-a no chão, e Kelly correu para o corredor.
— Demi, Demi!
— Oh, Kelly! — ela gritou, correndo para abraçar e beijar a menina. Kelly começou a rir. Joseph ficou parado na soleira da porta entreaberta, vendo Demi abraçar a menina. O amor que sentia pela criança refletia-se nos olhos dela, misturado às lágrimas que tentava conter.
— Querida, onde você estava? Fiquei tão preocupada! Agora ela saberia, pensou Joseph.
— Dentro das paredes.
— O quê?
— Há uma escada de serviço, com passagens escondidas dentro da parede, que percorre toda a casa — explicou Joseph.
Demi virou-se, olhando para ele. Semi-escondido, podia ver apenas que usava short e uma camiseta preta. A luz refletia-se nos músculos fortes das coxas, e imagens da noite passada voltaram de repente. Mas Demi afastou-as com raiva.
— Passagens? — repetiu . — Meu Deus, Joseph! Ela podia ter caído, se machucado. Eu nunca iria encontrá-la! Você devia ter me avisado sobre isso.
— Sinto muito, srta. Demi — disse Kelly.
— Não é sua culpa — disse Demi, abraçando-a carinhosamente.
— É assim que vem para o meu quarto, não é, papai? — Kelly olhava para os dois, com expressão preocupada.
— Sim, princesa.
Não era de admirar que ele pudesse andar pela casa tão facilmente. Colocando a menina no chão, Demi cruzou os braços. — Que notícia!
— Só fui ao quarto dela — esclareceu Joseph, sabendo o que ela estava pensando.
— Jamais pensaria que fosse ao meu — disparou Demi.
— Afinal, tem muitas luzes.
— Papai lê para mim todas as noites.
Demi olhou para Kelly, sem esconder a surpresa.
— O quê? — Ela fitou Joseph, os braços ao lado do corpo.
— Você lê para ela? Vai até o quarto por trás das paredes?
— Sim.
Demi deu um passo à frente e colocou o dedo indicador no peito dele.
— Isso é… é… — Ela suspirou, pousando a mão nos músculos fortes. — E maravilhoso, Joseph. Fico feliz por vocês dois.
— Isso muda muito pouco.
— Mas me permite ver que pode se arranjar sozinho, se eu for embora.
Ele inclinou-se e Demi sentiu o perfume que usava, o aroma masculino, e seus sentidos se aguçaram, desencadeando uma onda de desejo.
— Você não vai embora — resmungou ele. Não podia nem pensar nisso. Não agora.
— Por favor, srta. Demi, não vá! Por favor! — pediu Kelly, e o pânico na voz da menina cortou o coração de Demi.
— Eu não vou embora, querida. Ainda não — disse, num tom mais baixo, só para Joseph, imaginando como conseguiria deixá-los algum dia. — Eu já disse — murmurou. — Não posso continuar assim.
Ele inclinou a cabeça, a boca a poucos centímetros dos lábios dela.
— Mas vai continuar.
Por Kelly. Era isso que ele queria dizer. Mas Demi não concordaria tão facilmente, sem discutir.
— Continuaremos nossa conversa mais tarde, sr. Jonas — disse, virando-se para Kelly.
— Sim, bela, tem razão.
As palavras dele soavam como uma ameaça.
— Está zangada com o papai? — perguntou Kelly, enquanto Demi segurava a mão dela.
— Sim, querida.
— Por quê?
— Porque ele é… teimoso. — E orgulhoso, desconfiado. Queria que acreditasse nela, que confiasse nela. E que a beijasse, como na noite anterior.
— Oh!
Demi sorriu. Kelly não entendeu, mas segurou a mão dela.
— Venha, querida. Ainda tem tempo de tirar uma soneca antes do jantar. — Kelly não pareceu muito animada, mas foi para o quarto, apertando Serabi contra o peito. — Quanto a você, Joseph…
— Sim? — retrucou ele, calmamente, observando o corpo delineado pela saia jeans justa e lembrando como era senti-la reagir ao toque de suas mãos.
Ela parou na porta do quarto de Kelly e virou-se, olhando para ele, meio escondido nas sombras.
— Tem pernas fantásticas — provocou, sem deixar de fitá-lo.
Ele riu, sentindo que as palavras dela faziam seu corpo arder de desejo, lembrando a noite anterior. E então, o batente da porta lhe pareceu uma barreira. De um lado havia apenas solidão, rodeando-o como uma nuvem sufocante. Do outro, estava Demi, a esperança, a liberdade e a oportunidade de ter muito mais.
Demi virava na cama, inquieta, e pela primeira vez o som de chuva e trovões não a reconfortava. Se não descansasse estaria exausta no dia seguinte, pensou, culpando Joseph. Depois de dar banho e jantar para Kelly, tinha lido um pouco, desenhado, tomado chá de camomila. Mas nem mesmo o alívio de encontrar a menina sã e salva e a alegria de saber que Joseph passava algum tempo com ela conseguiam aliviar a tensão que a dominava.
Estava inquieta, agitada, consumida pela paixão, e o culpado era Joseph. Os momentos que havia passado nos braços dele não lhe saíam da memória. Atirando as cobertas para o lado, levantou-se e foi até a janela. Puxando as cortinas, sentou-se na poltrona próxima e contemplou a tempestade. O mar estava escuro, e as ondas enormes explodiam numa espuma branca que se destacava ã luz dos relâmpagos. Ela sentia-se exatamente como aquele mar, vivo, agitado, selvagem.
Olhando para o roupão, sobre a poltrona, imaginou se deveria procurar Joseph e tentar convencê-lo a confiar nela. Mas sabia que não adiantaria. Ele o faria quando estivesse pronto. Se algum dia estivesse… Se insistisse, tinha medo que ele recuasse, e pelo bem de Kelly não podia arriscar. Estava ali por causa da menina, lembrou a si mesma. A criança precisava de um pai de verdade, que pudesse encará-la, e ao resto do mundo, sem qualquer restrição.
Parte dela sofria pelo homem gentil e terno, forçado a esconder-se. Pelo homem que desejava poupar sofrimento aos outros, mas sofria sozinho, escondido nas sombras.
Demi percebeu como gostava de Joseph. E teve medo. Tinha sido muito magoada por Wilmer, mas reconhecia que Joseph era capaz de enxergar além das aparências.
De certo modo eram parecidos. O acidente mudou a vida dele por completo, alterando planos e prioridades. O noivado rompido mudou a sua vida, fazendo-a perceber que podia confiar em poucas pessoas. E que era difícil encontrar alguém que a visse como era realmente, e não apenas sua beleza.
Joseph achava que era bonita demais para querer um homem como ele. Mas não percebia que ela não enxergava as cicatrizes, não notava como ele procurava esconder que mancava levemente. Ela havia se encantado com a voz na escuridão, com os beijos ardentes que deixavam seu corpo em fogo, com o homem que conseguira ver nela a artista escondida.
E imaginou como podia ter se apaixonado por um homem que não podia confiar nela, nem mesmo o suficiente para mostrar-lhe o rosto.
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HEU PSIU O PRÓXIMO É HOT. ENTÃO COMENTEM MAIS E MAIS E LOGO POSTO O TÃO ESPERADO HOT.