domingo, 29 de setembro de 2013

EPÍLOGO

EPÍLOGO



Uma brisa cálida e perfumada soprava das águas cor de tur­quesa do golfo do México, balançando as folhas das palmeiras. Em pé na janela do quarto, Demi observava os raios do sol da manhã se refletindo no mar. Ela adorava a Flórida, especialmente as ilhas Key.
— Em que você está pensando? A voz de Joseph a sobressaltou e interrompeu sua contemplação
— Em como este lugar é lindo... — Ela se virou para o marido que estava deitado na cama de dossel, os lençóis o cobriam até a cintura, expondo o peito largo.
— Pensei que você estivesse dormindo. — Demi sorriu.
— Não... Eu estava admirando você, nessa camisola transparente...
Ela corou, e Joseph riu.
— É impressionante como eu ainda consigo fazer você ficar vermelha, depois de um ano de casados! Feliz aniversário de casamento, meu amor!
Ele estendeu a mão, e Demi se aproximou e se enfiou na cama ao lado dele, suspirando.
— Feliz aniversário de casamento! — Ela o beijou, e por um longo momento eles se perderam nos braços um do outro, con­forme a paixão os inflamava.
— Amo tanto você... — sussurrou Demi contra o pescoço dele. — E quero lhe agradecer por este ano maravilhoso que você me proporcionou. — Ela deslizou os lábios até o peito recoberto de pelos escuros e os beijou.
— É apenas o primeiro de muitos. — Joseph a estreitou entre os braços. — Casar com você foi o melhor negocio que eu fiz em toda a minha vida.
Demi o fitou com uma expressão estranha, e ele riu.
— E devo dizer que foi também a negociação mais difícil de todas! — acrescentou ele.   — Que trabalho você me deu, menina...
Demi riu. Mesmo já estando grávida, ela havia feito Joseph esperar algum tempo até se render e aceitar o pedido de casa­mento. Não fizera isso como parte de uma estratégia, nem para se fazer de difícil, foi por pura cautela e prudência com relação ao matrimônio.
Morar com Joseph teria sido o ideal para Demi, mas ele a perseguira com uma obstinação imbatível. Mandara flores e presentes, e declarara seu amor eterno, alegando que nada me­nos que um total e completo comprometimento seria suficiente para ele.
Demi sorriu enquanto pensava na mudança que ocorrera em Joseph. Houvera, praticamente, uma inversão de papéis depois da declaração de amor dele. Ela ficara relutante e ele certíssimo do que queria.
— Você não precisava ter me mandado todos aqueles presentes. — Ela o beijou e murmurou: — Porque a melhor coisa de todas que você me deu foi Thomas.
Como se estivesse entendendo e querendo participar, o bebê balbuciou no berço ao lado da cama.
Thomas Jonas estava com dez meses, e era um bebê lin­do, com cabelos e olhos escuros como os de Joseph e um sorriso encantador.
— Olá, meu amorzinho...
Demi se sentou e se inclinou para pegar o bebê e colocá-lo na cama, entre os dois. Todos os dias, quando acordava e olhava para Thomas, ela se maravilhava com aquele pequeno milagre e dava graças pelo fato de, apesar de ter sido uma gravidez difícil, ter tido Joseph ao seu lado o tempo todo, apoiando-a e dando-lhe forças.
— E então, o que vamos fazer hoje? — perguntou ela. — Um pouco de jardinagem, talvez, ou...
— Nada de jardinagem — interrompeu Joseph, com firmeza. —Você, eu e Thomas vamos viajar esta tarde, para passar duas ensolaradas e relaxantes semanas em Barbados.
Demi o fitou, surpresa. Até onde ela sabia, Joseph precisava estar em Miami logo cedo, na manhã seguinte, e ela ficaria na casa de Key West.
— Mas eu pensei que você tivesse uma reunião importante no escritório amanhã...
Ele sorriu.
— Eu deleguei para uma pessoa de minha confiança.
Você fez isso? — Demi arqueou as sobrancelhas. — Ora... Como as coisas mudaram...!
— Bem, nós não pudemos viajar em lua de mel, não é verdade? Demi balançou a cabeça. Eles tiveram de cancelar a viagem por ordens médicas, uma vez que ela precisaria fazer repouso absoluto até o fim da gestação.
— E, se bem me recordo, na época eu prometi a você uma praia dourada e muito sorvete... E promessa é promessa, Sra. Jonas!                                              _____________________________________
Aí está o epílogo, sei que não foi a melhor história de todas, vou fazer o possível pra próxima ser muito melhor, espero que comentem e que tenham gostado volto apenas no próximo fim de semana com novidades fiquem ligadas bjus!!!   


CAPÍTULO 34 MARATONA FINAL

Lágrimas escorriam pelo rosto dela enquanto percebia que ele estava sofrendo tanto quanto ela.
— Não chore Demi! — Ele passou o braço em volta dela e no momento seguinte ela foi puxada para perto de seu peito. — Vamos permanecer positivos em relação ao nosso bebê, sim? Não vamos atravessar essa ponte antes que tivermos.
A voz dele estava rouca e profunda e infinitamente tranquili­zadora. Ela se inclinou em direção a ele, agradecida pelo apoio, adorando a sensação de proximidade, o cheiro familiar de sua colônia... O calor do seu corpo. Ela fechou os olhos e tentou extrair sua força.
— Joseph, sinto muito.
— Pelo quê? Você não fez nada de errado.
— Disse coisas horríveis para você no almoço! —Acho que eu merecia.
— Não, não merecia! — Ela se afastou e o olhou com olhos cheios de sentimentos. — Você me disse que queria nosso bebê e eu... Eu não percebi o quanto falava a sério!
— Sim, falei sério. Mas entendo porque você desconfiava de meus motivos. Já que eu sempre aproveitei a vida intensamente, sem compromissos. — Ele balançou a cabeça lamentosamente. — Você está certa sobre mim. Sempre fui um deserto emocional.
— Não deveria ter dito isso.
— Sim, deveria. Porque é verdade. — Ele pegou as mãos dela. — E eu tentei me manter daquela maneira de propósito... Parecia mais seguro.
— Conheço essa sensação. — Ela mordeu o lábio inferior. —Senti a mesma coisa depois que meu casamento acabou. Disse a mim mesma que nunca mais me envolveria emocionalmente.
— Sim, mas você é uma pessoa muito melhor que eu. Porque não conseguiu manter essa forma de vida. Você é carinhosa e amorosa e queria mais... E é por isso que terminou comigo. E não a culpo, Demi. Fui tão cego... Não vi a verdade... Ou talvez não quisesse ver a verdade até que me atingisse.
Demi engoliu em seco.
— E agora você percebeu o quanto quer ser pai... Que está preparado para esse compromisso...
— Não apenas isso... Ela o olhou com dúvida.
— Demi, a partir do momento em que entrou em meu escritório, você mudou minha vida.
— Mudei?
Ele concordou e tirou a lágrima que escorria no rosto dela com carinho.
— Achei que tinha minha vida em ordem até o dia em que você entrou em meu escritório e em minha vida, com seus olhos verdes fabulosos e seu espírito selvagem. Estava totalmente... Totalmente cativado. E desde aquele dia, tudo que pensei que soubesse sobre mim virou um caos.
— Virou? — Demi o olhava espantada. Ele concordou.
— Eu tentei fingir que não... Na verdade, era muito cabeça dura para escutar meu próprio coração! Quando você terminou, eu fiquei devastado. Mas disse a mim mesmo que era apenas um caso e que eu superaria... E depois percebi que não conseguia su­perar. — Ele riu impiedoso. — E quando você me disse que queria um relacionamento mais profundo e que significasse algo, eu fiquei desorientado.
Ela sorriu trêmula.
— Eu a acusei de querer fugir para Londres. Mas era eu quem sempre fugi Demi... — A voz dele tinha uma sinceridade crua que tocava o coração dela. — Eu fugia de meus sentimentos, de mim mesmo... E quando você pediu demissão, eu percebi. Fi­quei devastado com o sentimento de perdê-la. Porque sem você não sou nada. Você me faz uma pessoa melhor... Você faz minha vida completa...
O coração dela cambaleava e ela não conseguia encontrar sua voz para dizer qualquer coisa.
— E depois eu descobri que você estava grávida. Fiquei em estado de choque... Não só porque descobri que não poderia perdê-la... Mas, de repente, eu descobri que queria tudo. Queria você e o bebê... E eu queria tanto que machucava.
Ela engoliu as lágrimas.
— Era isso que eu queria lhe dizer no almoço. Mas claro que os velhos hábitos morrem tarde e eu me vi me escondendo atrás de todo o tipo de desculpa para mantê-la aqui... — Ele balançou a cabeça. — E agora olhe para mim... Dizendo isto tudo na hora errada. Eu estraguei tudo.
Não é a hora errada. — A voz dela estava embargada pelas lágrimas.
— É. Mas vou dizer de qualquer maneira... Eu amo você, Demi, e acho que amei desde o momento em que a vi pela primeira vez. Só fui muito estúpido ou muito cabeça dura para não ver. E agora não consigo imaginar a vida sem você. Se perder nosso bebê... — A voz dele tremeu e ele sorriu. — Descul­pe... É que preciso muito de você, Demi, e estou implorando para que me dê uma chance. Quero que nós enfrentemos esta situação como um casal...
Demi colocou seus braços em volta dele e o segurou.
— Eu também quero — palavras sussurradas. — Mais do que você jamais imaginou.
— Sério? — Ele a afastou. — Porque sei que antes de descobrir que estava grávida você queria terminar nosso relacionamento e procurar outra pessoa... Alguém que quisesse um compromis­so...
— Eu quero você, Joseph. — O coração dela batia apertado con­tra o peito. — E por isso que terminei tudo. Porque eu o amo e achava que você jamais corresponderia a esse amor. Ela viu a expressão de esperança no rosto dele.
— Então... Não importa o resultado do exame... Nós o enfrentaremos juntos?
Ela concordou.
— Demetria, quer se casar comigo? Demi estava tão chocada que não conseguia dizer nada.
— Joseph, eu...
Não diga não! Ele colocou um dedo nos lábios dela. — Sei que esta é a hora errada, mas tenho que dizer isto agora. Eu a amo muito. Apenas me dê uma chance de provar que meus sen­timentos são verdadeiros. — Ele via uma lágrima escorrer pelo rosto dela. — Não chore meu amor, por favor.
— Não deveria dizer isso.
— Eu sei. Mas se nosso bebê estiver bem e eu a pedir em casamento depois, vai parecer que o fiz porque teremos um filho. E se a notícia for ruim... Deus proíba... — A voz dele ficou austera. — Bem, pelo menos uma coisa boa terá saído desta situação.
— Joseph, você não sabe o que está dizendo. — A voz dela estava rouca de emoção. — Se perdermos este bebê, você estará se comprometendo com alguém que nunca poderá dar uma família a você. Não pude engravidar de Wilmer... Esta criança pode ser minha última chance.
Um dia de cada vez, Demi... Passo a passo. Ela balançou a cabeça.
— Não posso me casar com você, Joseph. Sinto muito, mas não posso passar por isso novamente. Não quero enfrentar a dor de não poder dar a você o que quer. Já passei por isso uma vez com Wilmer e foi... Insuportável... Acho que essa foi à razão pela qual mantive meus sentimentos desligados quando começamos nosso caso. Estava com medo de me apaixonar novamente, de passar pela mesma coisa...
— A mesma coisa não vai acontecer, porque não sou o Wilmer — disse ele, gentilmente. — E eu amo você. — Ele segurou o ombro dela e a olhou. — Amo muito... Preciso de você... E contanto que eu tenha você, posso enfrentar qualquer coisa.
— E você ainda me quer mesmo... Se eu perder este bebê... Talvez eu não possa lhe dar outro?
— Quero você do fundo do meu coração, Demi. E se perde­mos esta criança, nós encararemos juntos... Confortaremos um ao outro... Sofreremos juntos... E então tentaremos de novo, tal­vez adoção. Há outras possibilidades.
— Não posso pensar nisto agora, Joseph.
Ele hesitou. Queria pressioná-la, mas ela parecia pertur­bada.
— Certo... Deixaremos para depois. — Ele passou seus braços em volta dela e por um momento se abraçaram. — Apenas saiba que es­tou aqui por você. E sempre estarei. Não importa o que aconteça.
As palavras dele a confortaram.
A porta se abriu e a enfermeira entrou.
— Está na hora de levá-la para o ultrassom, Demetria.
O medo voltou instantaneamente, mas Joseph segurou sua mão. Ela podia sentir sua força e seu amor naquele toque e isso ajudou.
Demi nunca esqueceria aqueles momentos seguintes, quan­do eles a levavam para o outro quarto e uma médica diferente aparecia e se apresentava.
Houve silêncio quando a doutora começou o procedimento. Demi olhava a expressão da doutora enquanto esta olhava as imagens que mostrariam seu bebê na tela.
— Está tudo bem, doutora? — foi Joseph quem fez a pergunta e sua voz estava tensa.
A doutora não respondeu de imediato; ela estava muito ocupada olhando o monitor. Então ela sorriu.
— Posso ver o bebê... E, sim, tudo parece bem.
Demi não tinha percebido o quão duramente havia reprimi­do suas emoções até aquele momento; ela se sentiu fraca com o alívio e escondeu seu rosto nas mãos.
Joseph a pegou em seus braços.
— Está tudo bem, amor... Tudo vai ficar bem agora.
A doutora sorriu para Joseph enquanto se levantava e os deixava a sós.


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Ué cadê os comentários só posto o epílogo se tiver bastante comentarios.

CAPÍTULO 33 PENULTIMO

Mais tarde, a lembrança de chegar ao hospital estava um pouco embaçada para Demi. Ela se lembrava de que Joseph tinha as­sumido o comando e que sua calma havia sido tranquilizadora. Ela a ajudara a andar, e quando a dor voltou, ele a pegou nos braços e a carregou.
Em questão de segundos ele tinha chamado um táxi que pas­sava.
Agora, Demi estava em um quarto particular e uma enfer­meira pegava seus detalhes e eles esperavam por um médico. Ela não conseguia acreditar que isso estava acontecendo! Tinha se sentido tão bem essa manhã! Era culpa sua? Ela havia feito algo errado? Trabalhado muito? Talvez se tivesse tirado o dia de folga, com Joseph sugeriu?
O médico chegou ao quarto e falou com ela antes de começar a examiná-la. Demi fechou os olhos e rezou para que o bebê estivesse bem.
Joseph andava de um lado para o outro no corredor. O cheiro de antisséptico e as luzes de néon o deixavam tonto. Ele não se lembrava de já ter se sentido desamparado como dessa vez. Demi pediu que ele esperasse do lado de fora enquanto a exa­minavam e ele respeitou seu desejo, mas apenas queria ficar com ela, para fazer algo.
Ele se virou assim que a enfermeira saiu do quarto.
— Como ela está? O bebê está bem?
A enfermeira o olhou com compaixão.
— Não sabemos ainda se Demetria perdeu o bebê. A Dra. Curran sugeriu que fizéssemos um ultrassom para sabermos exatamen­te o que está acontecendo.
— E quanto tempo demora isso?
— Não muito. Tem uma máquina de café no final do outro corredor e alguns assentos confortáveis, se quiser esperar lá.
Joseph balançou a cabeça.
— Gostaria de ficar com Demi enquanto ela estiver fazendo o ultrassom...
Sim, claro... Demetria perguntou por você. Apenas sugeri que você esperasse enquanto o Dra. Curran termina o exame. Dê-nos mais alguns minutos e eu deixo você entrar. — Ela se apressou novamente e mais uma vez ele foi deixado no corredor.
Pareceu ter demorado uma eternidade até que eles o deixa­ram entrar. Demi estava deitada na cama, apoiada por alguns travesseiros, ela parecia tão frágil que seu coração ficara aperta­do. Seu cabelo estava tão escuro em contraste com a pele pálida e seus olhos verdes grandes pareciam cheios de ansiedade.
Ele foi em direção a ela e pegou sua mão.
Demi estava tão feliz de vê-lo que sentiu lágrimas se forma­rem em seus olhos.
— Então, como vai a paciente, Dra. Curran?
— A dor de Demetria parou isto é uma coisa. Estou com dificul­dade em encontrar a batida do coração do bebê. Mas saberemos mais quando fizermos o ultrassom. — Ela olhou ambos com uma expressão séria. — Abortos são comuns nos primeiros meses de gravidez. É um período de risco.
— Está dizendo que acha que Demi perdeu o bebê? — A voz de Joseph soou de modo triste.
— Estou dizendo que é uma possibilidade. Ela olhou de um para o outro. — Sinto muito, mas acho que deveria prepará-los para o pior...
Demi sentiu um nó na garganta. Ela queria chorar, mas as lágrimas pareciam presas, como se esperassem para explodir. — Vai fazer o ultrassom agora? — perguntou Joseph.
Ele parecia tão calmo, pensou Demi. Como quando ele estava no escritório, resolvendo um problema inesperado. Ela escutava enquanto ele fazia perguntas e a doutora explicava os procedimentos.
— Obrigado, doutora.
— De nada.
A doutora fechou a porta e eles foram deixados a sós.
— Não parece bom, não é?
Joseph estava ao lado da cama e a olhou com gentileza. — A doutora estava apenas nos preparando para o pior. Mas isso não significa que o pior aconteceu.
— Não quero perder o bebê, Joseph. Quero muito esta criança...
— Eu sei querida. Ele tirou o cabelo dela do rosto com um toque gentil. — Mas vamos pensar positivamente.
Ela notou como ele estava pálido, como os olhos dele estavam cheios de uma dor intensa. Ela nunca vira Joseph dessa maneira, e isso a chocou. De repente, percebeu que ele tentava se manter calmo por ela e que isso também o estava destruindo!


CAPÍTULO 32 MARATONA

O telefone dela tocou e ela o pegou em sua bolsa e o abriu. O nome de Joseph estava piscando na tela.
Ela desligou e colocou o celular de volta na bolsa. Não havia razão para conversarem.
Mas e quanto ao fato de ele querer tentar fazer a coisa cer­ta? Uma pequena voz corou a infelicidade dela. Isso não conta­va para nada? Ela realmente tinha o direito de tomar a decisão e voltar para Londres? Eles fizeram esse bebê juntos... Não era apenas a decisão a ser tomada... Era?
Ela engoliu em seco. Mas como poderia ficar ali sabendo que o amava? Assisti-lo brincar de pai seria uma tortura. Pela preservação de sua sanidade, ela precisava partir.
O telefone tocou novamente. Seria ele... Ela sabia que seria ele. Tentou ignorar.
Permitir que ele brincasse de pai não seria melhor que nada? Aquela pequena voz persistente dentro dela estava au­mentando de volume, cortando todos os outros pensamentos fortes.
Ela pegou o telefone na bolsa novamente e o abriu. Como ela sabia, o nome de Joseph piscava na tela.
Ele seria um pai terrível, ela disse a si mesma. Sempre colo­caria os negócios em primeiro lugar... E sempre teria uma mu­lher linda e diferente em seus braços. E esse era o ponto crucial. Demetria estava voltando para Londres porque não conseguia en­carar o fato de que ela não estaria em sua vida? E, se sim, isso era egoísmo? Ela não deveria colocar as necessidades de seu bebê em primeiro lugar?
Talvez Joseph fosse um excelente pai! Como ela saberia? Joseph não merecia uma chance para provar a si mesmo?
O celular continuou a tocar e, de repente, ela não conseguia mais evitar e o atendeu.
— Demi... Obrigado. Deus. Olhe, eu sinto muito. Como pos­so consertar isto?
— Não sei — murmurou ela, honestamente.
— Onde você está?
— Estou... Estou do outro lado da rua... Perto do parque.
— Certo, fique onde está. Estou a caminho.
Com a expressão fechada, Demi desligou. Isso provavel­mente foi um erro. Ela estava se sentindo vulnerável e não era uma boa ideia conversar nesse estado. O que ela deveria ter feito era ter voltado ao escritório e mergulhado no trabalho até que ganhasse alguma força.
Ela deixou o celular de lado e se levantou para partir. Foi quando sentiu uma dor no estômago. Ela não se atreveu a se mover por um momento e esperou com apreensão para ver se a dor retomaria. Segundos mais tarde, foi seguida por outra, uma dor mais forte.
Sentou-se e colocou a mão no estômago, alarmada.
— Demi?
Ela olhou para cima e viu que Joseph estava ao seu lado, mas sua voz parecia vir de muito longe. Ela se sentia tonta agora.
— Querida, você está bem? — Ele se abaixou e a olhou com preocupação.
— Acho que você deveria me levar para o hospital. — Ela sus­pirou enquanto sentia outra pontada. Estava com muito medo agora. Isso não poderia estar acontecendo! Ela estava perdendo seu bebê... Ela podia sentir...

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COMENTEM PARA O PRÓXIMO!
Gente estou sempre aberta para críticas, não estou aqui pra ser perfeita estou apenas para entreter, me desculpem ter sido um pouco "grossa" ontem, estou apenas passando por algumas coisas e estou super estressada, anonimos podem continuar comentando não vou bloqueá-los.     

sábado, 28 de setembro de 2013

CAPÍTULO 31 MARATONA


Por um longo momento Demi estava tão em choque que não conseguia respondê-lo. Joseph, ao contrário, não pareceu perce­ber. Ele estava falando sobre o fato de ambos serem responsá­veis por essa nova vida preciosa e de que tinham o dever de fazer o melhor para isso.
Foi à palavra dever que de alguma forma a trouxe de volta à realidade.
— Sinto muito, mas isto não vai dar certo.
Joseph estava falando que em sua opinião uma criança precisa­va de dois pais. Ele parou e a olhou com interrogação.
— O que não vai funcionar?
— Isto. — Ela gesticulou. — Esta demonstração de... De preocu­pação é muito nobre. Mas eu não vou ficar andando por Miami enquanto você acalma sua recém-adquirida consciência e inter­preta o papel de pai. Pode esquecer!
Joseph balançou a cabeça. — Você não está entendendo, Demetria. Não estou tentando acal­mar minha consciência. Quero fazer o melhor para esta criança. Quero ter certeza de que você tenha segurança financeira. Quero tomar conta de você.
— E eu não quero que ninguém tome conta de mim. Sabe, Joseph, quando meu ex-marido me deixou, ele me disse que sua nova namorada estava grávida. Ele também me disse que ainda me amava. Que ele não queria partir. Mas sentia que tinha que fazer a coisa certa pelo seu bebê.
— Demetria, sei que você foi magoada, mas esta situação é diferente.
Não, não é. Por que você sabe o que eu senti quando ele disse aquelas coisas? Eu senti compaixão pala namorada dele... E eu achei que se ela tivesse um pouco de sentimento, ela o teria mandado de volta no momento em que ele pisasse em sua porta.
— Você o aceitaria de volta? Os olhos dela se arregalaram.
— Você deve estar brincando! Não o aceitaria de novo nem se ele estivesse embrulhado para presente.
Joseph sorriu.
— Bom, porque ele parece ser um completo idiota...
— E por que você parece ser tão perfeito? Ela o olhou e balançou a cabeça. — Joseph, tenho uma novidade para você. Não quero um pai para o meu bebê que só vai ficar ao nosso lado por causa do dever.
— Mas eu pensei sobre isto e é o que quero — disse seriamente.
— Tenho certeza de que é o certo neste momento. Mas não vai dar certo. O que vai fazer? Tirar uma hora de folga por semana para colocar o bebê no seu colo e depois voltar correndo para os negócios, o seu verdadeiro comprometimento?
— Acho que posso fazer melhor que isso — a voz de Joseph estava tensa.
— E como um bebê vai ficar dentro de seu apartamento de alta tecnologia? Sem mencionar que vai destruir sua vida social. E você acha que um assento de bebê vai caber no seu Porsche?
— Muito engraçado.
— Sim, é não é? Porque a verdade é que depois de alguns meses brincando de papai, você ficaria entediado. O bebê ficaria no meio de sua vida de playboy e de suas mulheres glamorosas.
— Está errada sobre isso, Demetria — disse Joseph.
— Não, não estou. — Ela respirou fundo. — Mas você estava certo sobre uma coisa. Somos produtos do nosso passado. Estou mais velha e mais sábia e certamente não vou ficar amarrada... Ela o olhou nos olhos, firme. — Você é um deserto emocional, Joseph.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela estava afastando sua cadeira.
Obrigada pelo convite para almoçar, mas acho que perdi o apetite.
— Demetria, não se vá! — Ele falava consigo mesmo, pois ela estava andando em direção à rua.
Joseph queria correr atrás dela, mas naquele segundo, o gar­çom chegou com a comida. Ele foi forçado a perder minutos preciosos tentando explicar que eles não comeriam agora e pedindo a conta. Quando foi seguir Demi, já não havia sinal dela.
A fúria atravessou seu corpo enquanto ele olhava através da rua populosa e em direção à praia. Ele estragou tudo completamente. Com um sentimento cruel de profunda frustração, pegou seu celular, pediu o número de Demi e ligou.
Demi tinha planejado pegar um táxi e voltar para o escritó­rio. Mas quando ela chegou do lado de fora do restaurante, de repente, não conseguiu voltar para o trabalho. Ao invés disso, ela se viu cruzando a rua e voltando por aonde vieram, cortando um parque, em direção à praia.
Ela se sentou em um muro e olhou a longa faixa de areia branca. Era um dia perfeito. O sol estava brilhando em um céu azul e as ondas se quebravam com uma brisa leve tocando as folhas das palmeiras.
Nunca aprenderia? Demi se perguntava com raiva. Por um momento, quando Joseph a olhou na mesa e deixou claro que queria o bebê, ela sentiu uma felicidade que quase a sobrecar­regou. Naqueles segundos preciosos, ela os imaginou como um casal... Como uma família. Era maravilhoso como várias visões do futuro se conseguia imaginar em segundos... E o quão felizes aquelas imagens poderiam ser. Felizes, mas tolas!
Como se Joseph pudesse ser um homem de família!

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Tá aí o ultimo de hoje, me desculpem a história estar maçante, já tá no fim e não tem como mudar ok.
COMENTEM!!!  

CAPÍTULO 30 MARATONA

Demi se viu concordando. Certo, ela tentaria diminuir suas barreiras, disse a si mesma. Mas não muito... Joseph tinha bastante poder sobre ela para que se arriscasse dessa maneira. Se não se cuidasse, ele tomaria conta da situação. O pensamento a tornou apreensiva.
Joseph saiu do carro e deu suas chaves ao atendente. Então, com a mão nas costas dela, permitiu que ela o acompanhasse.
Os prédios do restaurante eram todos decorados com art déco e todo o ambiente era de uma sofisticação estilizada.
Joseph a conduziu a um restaurante com um jardim. Uma banda tocava salsa e alguns casais estavam dançando perto da piscina.
Eles sentaram a assombra de um guarda-sol em meio a plan­tas. Demi tinha uma visão clara do outro lado da estrada em direção à praia.
Um garçom veio e Joseph pediu as bebidas.
— Apenas uma água mineral para mim. — Ela sorriu para o garçom e pegou o menu que fora oferecido.
Quando ela olhou para o menu, fingiu estar interessada na co­mida. Mas, na verdade, ela se perguntava por que Joseph a tinha convidado para almoçar fora... E qual o motivo por trás daquele sorriso charmoso que ela vira quando seus olhos se encontraram.
— É adorável aqui. — Ela tentou relaxar um pouco.
— Sim... — Joseph encostou em sua cadeira e a olhou.
— E a banda é boa. — Ela tentou não se mostrar ciente do olhar dele e olhou em direção à banda.
— A música me lembra a primeira vez em que saímos — disse ele, de repente. — Você se lembra?
— Sim, claro. — Ela sorriu. — Jantamos juntos e depois dança­mos salsa no clube perto do restaurante.
— Considerando que nenhum de nós sabia dançar, nos saímos muito bem.
Demi riu.
— Bem, tinha tantas pessoas naquela pista pequena e o lugar estava tão escuro que não importava, não é?
Por um segundo, ela teve a lembrança daquela noite. Lem­brou-se de como eles riram e de como, no final, Joseph a pegou em seus braços e a beijou ao longo da noite. Ela havia se esque­cido da multidão depois daquilo; só prestava atenção no corpo dele perto do seu, no toque da sua mão sobre sua pele. Ela mal conseguia esperar que eles saíssem do lugar para poderem ficar a sós.
Os olhos deles e encontraram e ela sentiu a pele corar de calor com a lembrança.
— Sempre nos divertimos juntos.
Sim... Demi desviou o olhar. Ela ficou aliviada quando o garçom trouxe as bebidas naquele instante. Lembrar-se dos bons momentos não ajudaria agora, disse a si mesma.
Tão cedo eles ficaram sozinhos, ela tentou mudar a conversa.
— A propósito, você teve a chance de olhar o problema naque­le contrato que lhe mandei ontem?
— Não vamos conversar sobre negócios esta tarde, Demetria. Está fora de cogitação.
— Bem, estava apenas perguntando...
— Guarde o trabalho para o escritório. Temos coisas mais im­portantes para nos concentrarmos.
— Mais importante que o trabalho? — Ela não conseguiu evitar o tom sarcástico. — Deve estar preocupado, Joseph. Porque pela mi­nha experiência nada é mais importante que negócios para você.
— Bem, talvez... Como as suas... As minhas prioridades te­nham sido mudadas.
— Sinto muito por isso, Joseph. Certamente não quis mexer com seu mundo bem-organizado...
— Não, você apenas planejava fugir sem me dizer à verdade. Ela o olhou com o coração batendo forte contra o peito. O garçom chegou na hora para perguntar se eles estavam prontos para pedir. Demi olhou de volta para o menu. A atmosfera parecia tensa e horrível agora e ela não estava nem um pouco com fome. Essa situação era muito desconfortável... Ela pediu a primeira coisa do menu. Tudo que queria era terminar esse almoço
Joseph, por outro lado, demorou mais a escolher e conversou amavelmente com o garçom.
Ele estava muito relaxado, pensou Demi. Ela o havia obser­vado em épocas de conflito nos negócios e descobriu que quanto mais relaxado ele parecia, mais na defensiva tinha que ficar... Porque normalmente existia algum plano surpresa à espera.
Isso a tornou inquieta. Demi pegou seu copo d'água e deu um gole. Ela estava começando a ficar paranoica, disse a si mes­ma. Que plano ele possivelmente teria? Ela estava no comando. Esse era seu bebê e ele não poderia forçá-la a fazer nada que não quisesse.
— Você parece estar no limite, Demi — disse Joseph, depois que foram deixados a sós.
— Suponho que é porque estou no limite. Sei que não está fe­liz com esta situação... E me pergunto por que você me convidou até aqui. Talvez pudéssemos ir direto ao ponto — disse ela.
— Disse o que quero. Que conversemos honestamente. E não quero que briguemos. — É fácil de dizer isto.
— Não se nos propusermos.
— Propusermos?
— Sim, a resolver as coisas de forma cordial.
— Você faz isto parecer mais um acordo de negócios.
— Esperava que pudéssemos concordar sem ficarmos muito emotivos. Ali estava. O pragmatismo, o tom relaxado... — Que Deus nos proíba de ficarmos muito emotivos — disse Demi, sarcasticamente. — Assim você iria contra tudo que acre­dita, não é, Joseph?
Ela viu os olhos dele ficarem sombrios. — Quero dizer, não quero que discutamos. Estava tentando ser civilizado. — Não estava sendo muito civilizado ontem quando me disse que não poderia cuidar de uma criança sozinha.
— Disse que seria difícil — corrigiu-a ele rapidamente. — De qualquer forma, achei que tínhamos concordado em deixar on­tem de lado.
Ela deu de ombros e o olhou. — Apenas espero que você não mencione a palavra aborto, Joseph. Porque vou me levantar e ir se você o fizer... Joseph estava horrorizado.
— Você realmente acha que diria algo assim para você? — Achei... — Ela passou a mão pelo cabelo. — Não sei Joseph... — Deus, não! — Ele a olhou seriamente. — Demi, podemos começar novamente? Esta conversa não está caminhando da maneira que eu planejava.
Por um segundo, ela estava completamente desarmada pelo tom da voz e o olhar de Joseph.
— Como você planejava?
— Ah, não sei. — Ele balançou a cabeça. — Fiquei acordado a noite toda pensando. — Ele pegou a mão dela.
O toque da mão dele em sua pele fez seu pulso correr de forma caótica.
— Ficou? — Demi o olhou surpresa. Joseph nunca perdeu o sono por nada.
— Sim. — Ele a olhou nos olhos. — Estou preocupado com você.
— Preocupado! — Ela se sentiu decepcionada e tirou a mão da dele. Não queria que ele se preocupasse com ela!
— Demi, não posso deixar você voltar para Londres e lidar com isto sozinha.
— Bem, terá que deixar Joseph. — Ela não sabia como manteve sua voz tão calma se por dentro estava furiosa. — Porque não preciso que se preocupe comigo!
— Talvez não... Mas ainda sou o mesmo.
— Posso assegurar a você que ficarei ótima.
— Não pode me assegurar nada, Demetria. Está fugindo de volta para a Inglaterra!
— Não estou fugindo! Estou pensando no que é melhor para meu bebê.
Nosso bebê — corrigiu-a ele.
Demi o olhou, com as emoções latejando.
— Pensei muito sobre isto. E não posso deixar você ir. Esta criança é tanto minha quanto sua responsabilidade. Quero que fique aqui em Miami comigo.


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Tá aí o segundo da maratona quando eu chegar posto mais um e continuo amanhã.