Enrosquei os dedos em seus
cabelos, me grudando ainda mais a ele. Então o beijo se tornou mais delicado,
mais lento e contido. Devagar, Joe me deitou na cama, deslizando a mão pela
lateral do meu corpo até alcançar minha coxa, sem pressa.
- Você acredita que é real,
Demetria, ou estamos sonhando? – inquiriu numa voz gutural.
- Não sei. Não me importo
mais – murmurei, ofegante, enquanto ele delineava minha cintura com os dedos
febris.
- Você ainda tem medo? –
seus lábios tocaram a lateral de meu pescoço, me fazendo tremer.
- Não.
Ele
ergueu a cabeça, me fitou nos olhos por um instante e sorriu. Um sorriso tão
pleno, tão completo, que parecia vir de sua alma. Joe continuou a me acariciar,
a me beijar sem pressa, e entendi o que ele pretendia. Estava saboreando cada
toque, cada caricia, prolongando o prazer de cada gesto. Eu também não tinha
mais pressa, queria apreciá-lo, acariciá-lo, amá-lo lenta e profundamente.
Eu me livrei de seu paletó,
desfiz um a um os botões de sua camisa, até que finalmente senti sob a ponta
dos dedos sua pele lisa, candente, macia. Seu coração bateu rápido sob minha
palma. Com lentidão exagerada, deslizei a camisa por seus braços fortes e
atléticos, até que consegui jogá-la em alguma parte daquele quarto mágico.
Joe deslizou os lábios por
meu pescoço, por meu braço, até encontrar o zíper na lateral do meu vestido,
abrindo-o com extremo cuidado. Correu os dedos até alcançar a barra do vestido
em minha coxa, o levantou e o passou por minha cabeça, então admirou meu corpo.
Suas mãos grandes eram suaves sobre a minha pele, e os olhos, escurecidos de
desejo, me fizeram suspirar. Chegava a ser cruel a maneira como Joe parecia me
reverenciar. Quando voltou a me beijar, sua pele febril tocou a minha, me
fazendo gemer diante do prazer de tê-lo ali, me espremendo de encontro ao
colchão. Ele explorou cada centímetro de meu corpo com a ponta dos dedos antes
de deslizar com delicadeza pelos mesmos caminhos as sedosas pétalas de rosa
espalhadas no lençol. Logo seus lábios refizeram o trajeto, detendo-se em minha
barriga. Gentilmente, Joe me virou de bruços e continuou a explorar, alternando
dedos, lábios, pétalas, dentes, fazendo com que eu me contorcesse de prazer.
Ouvi Joe rir baixinho
quando seus dedos se enroscaram nas laterais na minha calcinha, mas,
aparentemente, Mickey Mouse não o desencorajou. Ele traçou uma trilha de beijos
da minha nuca até a dobra dos joelhos, retirou meus sapatos com delicadeza e me
virou, os olhos me absorvendo como se pudéssemos nos tornar um só. Ajoelhei-me
na cama e alcancei sua cintura estreita, abrindo seu cinto e ajudando-o a se
livrar do restante das roupas. Tudo que pude pensar enquanto o tecido caia,
revelando o corpo perfeito, foi que Davi, de Michelangelo, tentaria cobrir sua
nudez medíocre comparada à de Joe. Ele era lindo, forte, másculo. Um máximo !
Ele também me estudava, os
olhos vorazes percorrendo minhas curvas, saboreando-me a distância.
- Tão linda... – sussurrou,
me fazendo deitar outra vez.
Suas mãos se tornaram mais
firmes, afoitas, ansiosas. Tão ansiosas quanto eu estava para que me tocassem.
Joe se demorou em minhas curvas, como que me conhecendo, me descobrindo pelo
tato.
Movendo-se
agilmente, ele se colocou sobre mim e acabei gemendo ao sentir o contato puro,
cru, de seu corpo junto ao meu. Ele tocou meus cabelos, afastando-os para o
lado, e abaixou a cabeça até alcançar minha orelha.
- Tem certeza? – murmurou.
– Podemos parar, se você quiser.
Automaticamente cravei as
unhas em seus quadris para que ele não se afastasse. Ele ergueu a cabeça e
sorriu.
Sempre com os olhos presos
aos meus, Joe deslizou para dentro de mim e, de imediato, luzes coloridas e
quentes me açoitaram, trazendo lagrimas aos meus olhos. Então houve a mudança.
A delicadeza, a sutileza ainda estavam presentes, mas ficaram em segundo plano.
Era o desejo, feroz e impetuoso, que nos conduzia agora. Eu sentia a mesma
urgência em Joe, que a cada movimento alcançava mais e mais de mim,
inundando-me de prazer, tocando minha alma.
A espera havia sido longa e
dolorosa, mas, ah, valeu a pena. Nunca ninguém me fizera sentir o que eu
experimentava com Joe. Enquanto ele imprimia o ritmo, que a cada segundo se
tornava mais e mais frenético, suas mãos passeavam em minha pele, seus lábios
me sugavam, seus dentes me devoravam, num misto de ferocidade e delicadeza
quase insuportável. Rapidamente fui açoitada pela força das ondas e das luzes que
se quebraram sobre mim. Uma vez, duas, três vezes. Estremeci violentamente
enquanto estrelas douradas explodiam ao meu redor e sua poeira mágica e
brilhante me envolvia. Joe explodiu no mesmo instante, com um gemido gutural.
Sem folego, os corpos lustrosos
de suor, lânguidos, arquejantes, permanecemos imóveis, sem dizer uma única
palavra, apenas desfrutando da sensação de paz. Era tão, tão certo estar com
Joe...
- Preciso dizer que sou fã
numero um do Mickey Mouse – ele disse um tempo depois, com a voz ainda
entrecortada.
Eu ri.
- Bom saber – respondi
ofegante. Era difícil respirar com todo aquele peso sobre meu estômago, mesmo
ele sustentando o tronco com os cotovelos – tenho uma coleção de calcinhas do
Mickey.
Ele sorriu largamente.
- Faço questão de ser
apresentado a todas elas – então beijou meu pescoço e se moveu, deitando-se ao
meu lado, me puxando para seu peito. Descansei a cabeça na curva de seu ombro,
recuperando o fôlego, enquanto sua mão brincava preguiçosamente em minhas
costas.
- Você
percebeu que acabamos de consumar nosso casamento? – apontei feliz.
- Ah, percebi. E posso
garantir que desfrutei de cada segundo – ele disse divertido, mas em seguida
suspirou pesadamente.
Levantei a cabeça.
- Que foi?
- Nada. Só que estou
pensando no que acabei de fazer. Quebrei o acordo.
Não pude resistir a esses
olhos arredios. Acho que são eles que tanto me atraem a você.
A você, não em você. Havia
uma diferença enorme entre uma coisa e outra.
- Você se sente atraído por
mim?
- Você é linda, Demetria. A
mulher mais linda que eu já conheci. Ainda não acredito que esteja aqui – ele
estreitou o braço ao meu redor. – Eu seria louco se não sentisse em chamas
perto de você.
- Em chamas? – Uh, isso é
bom! É ótimo!
- E isso é péssimo! – disse
ele, cortando o meu barato. – Eu sempre honrei meus acordos. Até essa noite –
ele pareceu culpado.
- Ah, não, Joe! Para de ser
tão adulto! – e o ataquei sem hesitar.
Joe ficou surpreso - mas
nem tanto – quando meus lábios o capturaram. Parte dele esperava pelo ataque.
Não houve resistência, não mesmo! Ele correspondeu apaixonadamente ao meu
beijo. Sua língua brincava com facilidade em minha boca, e seus dedos se
cravaram em minha cintura. Mas quando nossa respiração voltou a se tornar pesada
e eu me agarrei ao seu pescoço querendo trazê-lo para mais perto, ele me
afastou delicadamente.
- Demetria, espera.
Precisamos conversar. O que aconteceu entre nós foi...
- Não diga erro. Por favor,
não me diz que o que acabamos de fazer foi errado. Não me magoe assim.
- ... fantástico! – ele
sorriu. - Mas você deixou claro que esse tipo de intimidade estava fora de
questão.
- Isso foi antes de tudo
ficar confuso. Nós somos casados. Demorou pra eu te levar pra cama. – Tentei
alcançar seu pescoço, mas ele segurou meus punhos e os colocou sobre o peito
nu. Se a ideia era me
desestimular,
ah, se enganou muito. Sentir a firmeza de seus músculos, o calor e o suor ainda
em sua pele, só me fez querer explorar mais aquele corpo.
- Na verdade não somos, e
você sabe disso – ele apontou.
- Qual é, Joe! Você tem um
papel dizendo que somos casados. Acabamos de fazer amor... e foi
extraordinário, diga-se de passagem. O que mais falta pra ser um casamento de
verdade?
- Não sei – ele sacudiu a
cabeça, atormentado.
- Então o que você sugere?
Vamos nos divorciar pra que eu possa te levar pra cama?
- Isso também soa errado –
ele disse, mas sorriu. – E fui eu quem te levou pra cama.
Desisti com um suspiro.
- E o que acontece agora?
Porque tecnicamente estamos casados e acabamos de consumar o casamento. E,
honestamente, não vejo como pode ser errado. O marido que leva a esposa pra
cama dificilmente é condenado por isso. É o que se espera que aconteça.
Ele acariciou minhas
costas, sem dar conta que o fazia.
- Acho que precisamos rever
tudo. Conversar a respeito.
Revirei os olhos.
- Viu só? Já somos um casal
de verdade se você quer discutir a relação.
Ele riu.
- E o que sugere que a
gente faça?
- Bom... – enrosquei meus
dedos em seus cabelos, me aproximando mais. – A gente podia deixar rolar e ver
o que acontece.
- Simples assim? – ele
perguntou zombeteiro.
- Simples assim. Acho que
não tem por que criar caso. Pensa bem. Pelo que pude notar, você se sente
atraído por mim quanto eu por você. O que você acha que vai acontecer quando a
gente se cruzar naquele apartamento? Não sei você, mas eu sou meio ruim de auto
controle.
Suas sobrancelhas se
arquearam.
- Eu
era bom nisso, antes de conhecer você.
- Então vamos acabar
repetindo o que acabou acontecendo aqui. Muitas e muitas vezes – acrescentei
sorrindo. – E você vai se sentir culpado em todas elas? Eu só vejo duas saídas.
- E quais são? – Ele
perguntou, sorrindo um pouco.
- Ou você relaxa e deixa
rolar, ou nos divorciamos pra poder ficarmos juntos.
- Isso não tem lógica
nenhuma, Demetria – ele riu.
- Exatamente! Que bom que
você entendeu! – e me inclinei para beijá-lo.
- Estou falando sério – ele
murmurou em seus lábios.
- Eu também.
Ele me afastou
abruptamente.
- Você faria isso? Se
divorciaria e perderia a chance de recuperar sua herança para ficar comigo? – e
me encarou intensamente.
- Eu faria qualquer coisa
pra ficar com você – respondi prontamente.
- Demetria – ele gemeu,
agarrando meus cabelos, girando sobre mim e me beijando furiosamente, até me
deixar sem fôlego. – Você é inexplicável! Tão maravilhosamente inexplicável! –
e colocou a testa na minha. Algumas mechas de seus cabelos sedosos acariciaram
minha bochecha.
- Então vamos nos
divorciar? – perguntei, um pouco confusa.
- Eu não quero isso – ele
ergueu a cabeça. – E você?
- Claro que não. Mas então
como vai ser?
- Humm... – ele se acomodou
entre minhas coxas. – Vamos tentar do seu jeito. Deixa rolar.
- Fico feliz em ouvir isso.
Nada de regras, planos ou de acordos. Só... deixar acontecer.
- Nada de planos? Justo
agora que eu tinha um perfeito. Que droga! – ele resmungou, fingindo
indignação.
- E que plano seria esse? –
arqueei uma sobrancelha.
- Já
que estamos casados a quase um mês e nunca namoramos, temos algo em torno de
dois anos e meio de sexo atrasado. Se deu conta disso? Precisamos começar logo
se quisermos recuperar o tempo perdido... Você acha que é um bom plano?
- Não posso imaginar um
melhor! – eu ri, adorando a ideia. – Acho que não tem problema seguirmos esse
plano.
- Demetria – ele disse, me
olhando com intensidade, - Preciso te avisar.
Eu sou péssimo com essa
coisa de deixar rolar.
- Ah, mas eu sou ótima.
Você estará em boas mãos – sorri, deslizando os dedos por seus bíceps, que, oh,
Deus, eram duros e imponentes. Mas então um pensamento terrível serpenteou em
minha cabeça. – Joe, tudo desandou por eu não ter te contado algumas coisas.
Então acho que preciso te falar algo importante. Não sei como você vai reagir.
Eu espero que bem, mas sei lá...
Sua testa vincou, e um
misto de medo e preocupação cruzou seus olhos.
Tomei fôlego.
- Eu... meio que amo você –
soltei, mordendo o lábio inferior.
Ele suspirou, parecendo
aliviado.
- Acho isso ótimo, já que
eu inteiro amo você - e sorriu largamente.
Completamente atordoada
perguntei:
- Você me ama? Ama mesmo,
tipo ama?
- Demetria, o que você acha
que eu acabei de dizer? Palavras são necessárias em certas ocasiões, mas em
outras não. Acho que deixei bem claro agora há pouco quanto eu te amo. Ou...
não deixei? – ele perguntou, um pouco inseguro.
- Oh!
- Bom... – sorri, desviando
os olhos para seu peito musculoso e enroscando o dedos nos pelos macios como
cashmere. – Não tenho certeza se entendi direito...
Tocando meu rosto com
carinho e elevando-o na altura do seu, para que suas esmeraldas incandescentes
me capturassem, ele disse:
- Eu amo você. Eu. Amo. Você. Amo com meu
coração, com meu corpo, com minha alma. Amo você desde sempre, Demetria –
murmurou e então me beijou, me levando mais uma vez até aquela poeira mágica de
estrelas.
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Como eu já havia mencionado o HOT não seria safado iria ser mais como uma realização para ambos que agora sabem o que sentem um pelo outro e vão viver como marido e mulher espero que tenham gostado, ainda tem muita água pra correr debaixo dessa ponte, será que Demi vai engravidar???
comentem rápido para o próximo!
ResponderExcluirPrimeiraa
~le eu dançando~
perfeito .Posta logo por favor a curiosidade ta me consumindo aaaahhh pfv?
Posta logo!
ResponderExcluirQuantos capitulos tem a maratona de hj?
bjss
Adorei :)
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