Começamos vasculhando o
quarto do vovô, tomando cuidado pra não bagunçar muito e não levantar suspeitas
de que alguém estivera ali. Eu tinha a impressão de que dessa vez vô Marcus
escondera seja lá o que fosse de modo que eu pudesse encontrar algum dia, já
que não era de mim que ele estava escondendo. Vasculhamos todo o quarto — nas
gavetas, atrás da cabeceira da cama, dentro do armário do banheiro — e nada.
— No seu quarto? — Sel
sugeriu quando revistei o último esconderijo: embaixo do colchão.
— É meu próximo palpite.
Telma tivera o bom-senso de
não mudar a decoração do meu quarto, mas, apesar de minha determinação em olhar
cada possível refúgio, não encontrei nada ali que pudesse ser útil.
— Muito bem, sr. Marcus.
Dessa vez você se superou — resmunguei.
Vasculhamos cada um dos
doze quartos do andar de cima e nada de suspeito ou improvável apareceu.
— Ele deve ter escondido em
algum lugar novo — Sel disse.
— É.
Parece que dessa vez ele me venceu. Suas estratégias finalmente se provaram
efic... — Então me lembrei das poucas vezes em que vovô falara comigo depois de
morto, das citações fora de hora de Sun Tzu. Sempre o mesmo livro. “A arte da
guerra pode conter respostas que você tanto procura.” — Ah, que burra! Na
biblioteca, Sel. Está na biblioteca!
Corremos escada abaixo —
meio na ponta dos pés para não fazer barulho, só para garantir — e, assim que
entramos na biblioteca, ignorei as mudanças feitas por Clóvis e Telma, me
dedicando a vasculhar as muitas lombadas de livros, procurando por Sun Tzu.
Puxei o volume, apressada, e o sacudi sobre a mesa na esperança de que algo
caísse ali de dentro. Frustrada quando isso não aconteceu, folheei as páginas,
tentando ler alguma coisa, uma anotação talvez, ou quem sabe uma sequência de
números de um código secreto, mas não havia nada.
— Droga! Eu tinha certeza
que era isso — exclamei, frustrada.
— Talvez seja outro livro.
— Não, Sel. Tinha que ser
este. — Joguei o livro sobre a mesa, que caiu com um baque surdo. — Não sei
mais onde procurar.
Deixei-me cair na cadeira
giratória e suspirei, exausta. Sel também estava frustrada, passou os braços em
meus ombros e os apertou gentilmente.
— Ei, não vamos desanimar —
ela disse. — Já chegamos até aqui, não é mesmo?
— Tá bom — suspirei. Peguei
o livro para devolvê-lo ao lugar, mas estava escuro demais e eu mal via a
prateleira. — Sel, você pode virar a lanterna, por favor?
— Ah, desculpa. Me distraí
com esse negócio do seu avô — ela segurou a bolinha do pêndulo de Newton que vô
Marcus mantinha sobre sua mesa, uma das únicas coisas de meu avô que restara
naquele ambiente, impedindo que continuasse seu movimento insano.
Sel correu a luz verde pela
parede de livros até encontrar o buraco destinado a A arte da guerra. No
entanto, quando a luz tocou o vão deixado pelo volume, no fundo da estante,
através da fenda estreita, algo brilhou, refletindo luz, me deixando cega por
alguns segundos. Intrigada, enfiei a mão na fresta e toquei um objeto frio e
cilíndrico. Fechei os dedos ao redor dele e o puxei com ansiedade, mas esbarrei
em alguns livros, e quatro ou cinco caíram ao chão. Olhei para o cilindro
metálico.
Um porta charuto.
Com os
dedos trêmulos, girei a tampa e pude ver algumas folhas de papel branco que se
embolavam ali dentro. Instantaneamente eu soube que era aquilo. Puxei o rolo de
papéis e os desenrolei. Sel se moveu rapidamente, apontando a lanterna para as
páginas para que pudéssemos ler juntas. Mal pude acreditar no que tinha em
mãos.
— Te peguei, cretino! —
sorri.
— O que é... — ela correu
os olhos pelo documento. — Ah, meu D...
Tapei a boca de Sel ao mesmo tempo em que
a luz da sala de estar acendeu. Alguém estava ali, a apenas uma porta de
distância.
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Boa tarde meninas! fiquei bem feliz com seus comentários, bom quanto as dicas que deixei do ultimo capítulo vai sim ter briga, vai sim ter sangue, choro, polícia, prisão, quanto morte vontade não faltou de "matar" certa pessoa mais não vou colocar isso não se preocupem, bom gente estou bem melhor ainda não fiquei boa, mas melhor, como mudei de trabalho meus horários também mudaram o que dificulta que fique boa logo mais logo me acostumo e pronto fica tudo beleza e uma notícia que recebi hoje é que vou viajar dia 5 de junho para São Paulo a trabalho ( odeio avião, morro de medo) e dia 15 vou para Manaus, e já estou me preparando psicologicamente para isso então estou um pouco mais apetada com tempo já que tenho que preparar toda a papelada para as reuniões e propostas que vou fazer e ainda adiantar algumas coisas da faculdade para não me prejudicar com isso tudo me atormentando não postar nos dias 5,6,7,15,16,e 17 desse mês pois não terei tempo nem de respirar nesses dias, amanhã é feriado e aniversário da minha irmã mais velha( 24 anos) e como sempre deixei pra comprar o presente de ultima hora, queria fazer uma maratona para terminar logo essa fic mais não vai dar posto 2 pelo menos já que também vou visitar minha melhor amiga/irmã que ta grávida e vou ser a madrinha então é isso meninas comentem!
aaaaah OMG, posta maaais *_*
ResponderExcluiramei o capítulo, me diz que ela achou o verdadeiro testamento!!!!
AAAAA POOSTA MAAAIS PLEEEASE, <33
ResponderExcluirvocê trabalha de que amr?!
Poosta logo, to aamando demaais essa história, xo
Vai tet briga, vai ter prisão. A demi vai ser presa por invasão ou o que ela descobriu vai levar alguma outra pessoa a prisão?
ResponderExcluirPosta mais assim que possivel.
Ine
amei!!só uma duvida...qnts anos vc tem?
ResponderExcluirSos! Djhsksgwj genteeee a demi nao pode ser presa pq legalmente a casa é dela tambem, ainda mais se esse for o verdadeiro testamento! Mds, vc tem quantos anos? Trabalha em que?? Hshshshhs bjs, lena
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