Hesitante, apoiei a mão em
seu peito e esperei, receosa de afugentá-lo. Como Joe permaneceu imóvel, me
atrevi a inspirar profundamente, sentindo aquele aroma todo dele invadir e
excitar meus sentidos. Ele me observou com o rosto duro, concentrado, mas os
olhos tinham fogo, queimavam enquanto encaravam fixamente meus lábios.
Aproximei-me um pouco mais,
colando o corpo na lateral do dele, retorcendo os dedos em sua camisa para
ganhar equilíbrio. Senti quando sua respiração se tornou mais curta, as batidas
de seu coração, mais rápidas. Prendendo-o com o olhar, me estiquei um pouco,
até que meus lábios quase tocaram os dele. Vacilei, temendo que ele me
repelisse. Entretanto ele não me afastou. Continuou encarando meus lábios com
intensidade, como se quisesse tomá-los para si. Então fui em frente e beijei
sua boca. E a explosão de sensações e cores foi mais forte dessa vez, quase
insuportável. Prendi a mão em seus cabelos, trazendo-o mais para perto,
desejando fundi-lo ao meu corpo, para que fizesse parte de mim. Ele não pareceu
chocado com minha abordagem nada sutil. Na verdade, pareceu tão aliviado quanto
eu.
Contornando minha cintura
com uma das mãos, ele deslizou a outra por minhas costas, acariciando minha
pele, se prendendo em meus cabelos. O beijo se tornou mais intenso, mais
intimo, e Joe, num movimento rápido e firme, porém delicado, me girou em seus
braços até que fiquei sob ele. Gemi quando senti seu corpo sobre o meu, e
afundando contra o sofá.
Sua boca esquadrinhava a
minha com ímpeto, querendo conhecer cada segredo meu, e eu estava mais do que
afoita para que ele os desvendasse. Retribuí, abraçando-o com braços e pernas,
trazendo seu corpo de encontro ao meu e estremecendo ao sentir a rigidez e a
força de seus músculos.
Joe levantou a cabeça e me
encarou com os olhos injetados, ferozes, escurecidos de desejo. Alcancei a
barra de sua camisa, puxando-a pela cabeça pois não queria perder tempo com os
botões. Ele me ajudou, se desvencilhando do tecido com agilidade. Tive um
pequeno vislumbre de seu peito antes que ele voltasse a me beijar, numa entrega
total. Sim, havia pelos macios! O estreito caminho de pelos, um pouco mais
escuros que seus cabelos, descia fluido pelo abdome chato e perfeito. Deslizei
os dedos por eles – ainda mais
macios
que o cashmere -, sentindo sua pele quente se arrepiar com o toque. Desvendei
cada centímetro de sua barriga lisa até alcançar o cós da calça. Ele
estremeceu.
- Demetria – murmurou numa
voz gutural contra minha pele.
Eu me senti viva, livre,
dolorida, faminta, quando suas mãos percorreram a lateral de meu corpo,
contornaram meu quadril, e acariciaram minha coxa. Sua língua passou a saborear
a pele de meu pescoço, injetando fogo em minhas veias. Continuou descendo até
encontrar o obstáculo de minha blusa. Delicadamente ele transpôs o tecido com
dedos imperioso, porém carinhosos, abaixando-o e expondo meu sutiã, e em
seguida alcançou a carne macia que ele abrigava. Seus lábios exploraram e se
fecharam em torno da pele sensível de um mamilo, já entrumecido, me lançando
num vertiginoso redemoinho de prazer.
À beira do abismo outra
vez.
Gemi e ele comprimiu o
quadril de encontro ao meu, deixando um som rouco e primitivo escapar do fundo
da garganta. Enrosquei os dedos em seus cabelos selvagemente, arqueando o corpo
de encontro à sua boca, num desespero lascivo que chegava a doer em meu íntimo.
Num ritmo frenético, tanto
Joe quanto eu nos dedicamos aos botões e zíperes de nossas calças, meio
atrapalhados, pois continuávamos aos beijos, apertões e arranhões, sôfregos
como animais... como amantes.
Então a campainha tocou.
Joe deu um pulo, se endireitando.
Ele me observou surpreso, como se recobrasse a sanidade, então olhou para a
porta, depois para seu corpo seminu, a calça semiaberta, e de volta para mim e
minhas roupas bagunçadas, parecendo não acreditar no que via.
Eu ainda respirava com dificuldade
quando ele alcançou a camisa e foi atender a porta. Eu me recompus com
desanimo. O distanciamento que vira em seus olhos ao sermos interrompidos me
fez crer que ele não voltaria e me diria: “Onde foi que paramos mesmo?” Eu o
conhecia o suficiente para saber que Joe havia se deixado levar pelo impulso e
não correria para meus braços assim que quem quer que fosse nos deixasse em
paz.
Era a mãe do garoto que me
atropelara, querendo saber se eu estava ferida. Joe explicou que não havia nada
sério além de uma pequena luxação e recomendou que ela o alertasse sobre o
perigo de descer a escada daquela forma. Ela concordou prontamente, dizendo que
o garoto estava assustado com o ocorrido,
me
desejou melhoras e se foi. Eu esperei, imóvel, até que Joe voltasse. Ouvi
barulho na cozinha e logo ele estava diante de mim, me oferecendo um copo de
água enquanto tomava o seu.
- Demetria, eu...
sinceramente não sei o que deu em mim pra agir dessa forma. Eu... – ele olhava
para todo lado, menos em minha direção – juro que isso nunca mais vai
acontecer.
Pressionei os lábios contra
o copo para não gritar.
- Acho que estou sob
pressão no trabalho, e você é tão... Desculpa. Acho melhor irmos pra cama – ele
disse, depois corou e completou: - Sozinhos, eu quis dizer. Cada um pra sua
cama e... precisa de ajuda?
Sacudi a cabeça, negando.
- Boa noite – ele me
observou por um segundo antes de pousar o copo sobre a mesa de centro e se
dirigir para seu quarto.
- Joe? – chamei quando ele
já estava na porta.
Relutante, ele prendeu seus
olhos aos meus.
- Você mente muito mal –
sussurrei, tomando o restante de minha água.
Ele abriu a boca,
desconcertado, mas desistiu, entrando no quarto apressadamente.
Permaneci no sofá,
frustrada, pois me dei conta de que minha tentativa de seduzi-lo dera errado e
que agora Joe estaria mais precavido do que nunca e certamente na defensiva. De
alguma forma, eu havia conseguido afastá-lo ainda mais de mim.
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ei pessoal vou pedir para comentarem um pouquinho mais rápido porque daqui a pouco vou sair pra um almoço na casa de um tio meu e só volto ás 13:30 e vou sair de novo as 16:00 para a semifinal do estadual com meu namorado então vamos agilizar pra ter o máximo de capítulos.
posta posta posta <33
ResponderExcluirnão dá para postar sem ter dois comentários? é que eu tou sempre fazendo alguma coisa e quando venho ler ainda está no mesmo :(
ResponderExcluirPosta logoooo!
ResponderExcluirA historia tem quandos capitulos? To amando ela nao quero q acabe.
Bjs