quarta-feira, 15 de maio de 2013

CAPÍTULO 66




No salão de festas, luxuosamente decorado com flores brancas de vários tipos em enormes vasos de cristal, vimos Hector e sua esposa, Suzana, com outros presidentes e diretores. Tentei parecer relaxada e sorridente, mas não funcionou. O mau humor de Joe parecia uma força física, saindo em ondas de seu corpo, me deixando instável.
- Ah, a herdeira do império e seu marido! – exclamou Hector. – Como seu avô estaria orgulhoso se visse você agora! Se tornou uma mulher, Demetria. Uma linda mulher. Não concorda Suzana?
- Tão linda quanto a mãe – ela sorriu.
- Assim vocês me deixam sem jeito – murmurei, ciente de que os olhos de Hector estavam colados aos olhos pouco amistoso de Joe.
- Você é um rapaz de sorte Joseph – o presidente disse a ele.
- Você nem imagina o quanto – Joe murmurou acidamente, desviando os olhos dos meus. Reprimi um gemido. Eu tinha que falar com Joe. Tinha que explicar que, ao menos naquela noite, precisávamos parecer um casal apaixonado.
No entanto, não houve tempo. O salão foi ficando abarrotado de gente, e muitos exigiam a atenção de Joe. Vi Clovis, parecendo mais atarracado do que nunca em seu terno cinza mal cortado, e reprimi um suspiro. Os grandes hematomas sob seus olhos e em torno do nariz não ajudavam a melhorar sua aparência. A culpa me consumiu quando ele sorriu hesitante. Telma estava ao seu lado e acenou com a cabeça quando me viu.
Joe conversava descontraído com alguns colegas que haviam sido remanejados para outras empresas e me deixou de lado. Obriguei-me a andar pelo salão até estar em frente à mesa do casal.
- Como você está radiante esta noite, amada! Essa cor favoreceu seu tom de pele. Parece brilhar! – Telma falou, sorrindo.
- Obrigada, Telma. Como foi a viagem?
- Ah, amada – ela revirou os olhos – Foi uma agonia ficar tantos dias longe do meu Clóvis. Mas consegui me divertir um pouco. Já esteve nos Andes? – ela não esperou que eu respondesse. Fez um aceno de mão e continuou. – Ah, você precisa conhecer. Aquele lugar é mágico.
- Quem sabe um dia – sorri.
- Como vai, Demetria? Você parece triste esta noite – Clóvis comentou.
- É, eu estou. É a primeira vez que vovô não... você sabe.
Ele assentiu, com o rosto grave.
- Sim, eu sei.
- Minha nossa! Olha o colar da Suzana!- exclamou Telma. – Meu Deus! Posso ver o brilho daquelas pedras a quilômetros! Preciso saber onde ela conseguiu aquela joia. Me deem licença, por favor.
Assim que ela se levantou ocupei a cadeira ao lado de Clóvis.
- Me desculpa, Clóvis. Eu não tinha a intenção de te agredir. Só... perdi a cabeça.
Ele assentiu brevemente.
- Já se decidiu?
- Humm... – Será que essa mancha roxa em torno de seus olhos não deixou claro?, pensei. Vou ter que ser mais explícita que isso? – Não tem o que decidir.
Seus olhos se estreitaram.
- Tem certeza? - ele grunhiu. – Eu não estava brincando, Demetria.
- Você não vai querer me ameaçar, Clóvis. Eu reajo muito mal. Acho que você já notou isso.
Ele sorriu um pouco. E, dessa vez, um arrepio gélido percorreu minha coluna.
- Você já tomou sua decisão. Não vai voltar atrás. Que pena. Gostaria que tudo se resolvesse de maneira amigável, sem mágoas ou palavras duras.
Levantei-me, observando as manchas roxas em seu rosto causadas por meu punho, e mordi o lábio.
- Acho que é um pouco tarde para isso.
Voltei para perto de Joe. E percebi que seus olhos questionadores estiveram em mim o tempo todo.
- Por que você foi procurar o Clóvis?
- Só fui me desculpar – e tomei um gole de champanhe.
Ele me olhou intrigado por um momento, antes de voltar à fachada fria e distante, o que só me deixou pior. Eu me sentia fria naquela noite, a necessidade de ver vô Marcus circulando por aquele salão me deixava nauseada. E, sem o calor dos olhos de Joe, estava ficando impossível suportar a sensação de abandono, solidão e perda. Era estranho ver todos os diretores, presidentes e vice-presidentes, quando o anfitrião não,estava ali. Tentei ignorar a dor o melhor que pude, tentei focar os pensamentos em outra direção, mas as luzes do salão se apagaram e imagens de vovô em diversas fases da vida surgiram no telão branco. Vi uma foto dele com papai e mamãe, eu – ainda bebê – em seu colo. Depois eu e vovô com orelhas de coelho, ambos com a cara suja de chocolate. Eu tinha seis anos naquela foto. Vovô e eu na praia, enterrados até o pescoço. Abraçados, com a Torre Eiffel ao fundo, ele sorria abobalhado para mim, como fizera a vida toda. Com orelhas pretas na Disney, de braços dados embaixo da Estatua da Liberdade, fingido escorar a Torre de Pisa, para que não caísse. A música de um piano insuportavelmente triste que acompanhava o vídeo me obrigou a me levantar da cadeira e fugir do salão o mais rápido que pude. Enfiei-me numa das sacadas laterais, trêmula e trôpega, sem enxergar nada à minha frente. A balaústra que separava a sacada e seu pequeno jardim da piscina do hotel me fez parar. Apoiei as mãos sobre ela, tentando respirar, tentando me livrar da dor.
Então senti novamente aquele toque, aquela carícia em minha cabeça, e o aroma de flores, que permeava meus sonhos toda vez que vovô aparecia neles, me atingiu como uma rajada de vento.
- Você está aqui vovô? – murmurei, tentando conter as lágrimas. – Por favor, me mande um sinal. Qualquer coisa que me faça crer que você ainda está perto de mim.
Esperei inutilmente. Tudo o que aconteceu foi uma borboleta voar ali perto. Engoli em seco quando ela pousou no topo da balaústra cor de creme. Observei o inseto, que se manteve imóvel, como se me observasse também.
As vozes, o tintilar de taças, aquela música insuportável vindo de dentro do salão aumentaram, depois voltaram a ficar abafados.
Virei-me e lá estava Joe, imóvel como uma estátua, me observando com olhos escuros. Recuei até bater o quadril na balaústra. Ele soltou um longo suspiro e se aproximou rapidamente, sem se deter até me tomar em seus braços.
- Sinto muito – murmurou, acariciando meus cabelos. – Sinto muito. Me desculpa. 
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Finalmente Joe jogou o orgulho pra debaixo do tapete e se rendeu, bom meninas só vou postar mais esse hoje, motivo? se eu continuar postando nesse ritmo a fic acaba e ainda to no começo da próxima e tenho que acelerar tudo aqui e estou um pouco exausta com o ritmo que minha vida tá levando, é tanto que hoje estou em casa porque pedi demissão ontem, pois é estou desempregada até próxima segunda-feira já consegui um próximo de casa e ganhando um pouco mais e tendo os finais de semana livres então de vez enquanto poderei fazer maratonas pra vocês, o que acham disso, então vocês ficam comentando bonitinho, o numero de visualizações aumentou bastante, tenho novas seguidoras maravilhosas e me da uma vontade louca de tá postando direto, pena que o tempo é curto, mais continuem comentando ok, só me anima ainda mais.         

10 comentários:

  1. oh, podias postas mais , adoro a historia

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  2. aaaaaaaaaah, não vejo a hora do próximo capitulo, to amando a história *_____*

    Bem vinda ao mundo das desempregadas hahahaha
    o/\o

    Beeeeeijos

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  3. Essa borboleta deve ser o simbolo q o vô da demi usa para dizer q esta com ela mesmo q ele não possa aparecer. Mas porque raios ela tem medo/nojo de borboleta. O joe já foi atras dela já está arrependido da merda q fez,do modo como a tratatou... ai deixa eu parar de falar já estou querendo adiviar a web toda e tambem estoi atrasada Kkkkkkkkkkkk

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