Mal cheguei à minha mesa no
quinto andar, setor nove, e Joe me chamou pelo MSN.
Joe_Comex diz:
O que
aconteceu? Por que você foi chamada na presidência? Está com problemas?
Demetria
Lovato diz:
A principio pensei que sim.
A Blanda foi na sala do Hector, só Deus sabe fazer
o quê.
Pensei que ela tivesse contado pra ele, mas se
contou ele não deu importância, ou não quis demonstrar que sabia.
Joe_Comex diz:
Ela pode
muito bem ter dito alguma coisa.
E o Hector é
muito esperto.
Precisamos
ter cuidado.
Demetria
Lovato diz:
É, já saquei.
Joe_Comex diz:
Mas o que ele
queria afinal?
Demetria
Lovato diz:
Encontrei com ele ontem de manhã.
Deixei escapar que ganho um salário miserável.
Ele ficou surpreso e quis mais detalhes.
Falamos de aumento salarial.
Joe_Comex diz:
Você pediu
aumento?
Demetria
Lovato diz:
Na verdade, meio que exigi.
Joe_Comex diz:
Você mal
começou a trabalhar e já pediu aumento?
Você é
impossível!
Demetria Lovato diz:
Preciso de grana. Odeio os ônibus dessa cidade e
você não gosta de me dar carona.
Decidi comprar uma moto.
Joe_Comex diz:
VOCÊ VAI
COMPRAR O QUÊ?
Uuuh! Vovô não seria o único
a ficar irritado com a minha moto.
Demetria
Lovato diz:
Preciso acabar de organizar essa pilha de
contratos.
Nos falamos no carro.
Ele me lançou um olhar nada
satisfeito de sua mesa. Na verdade, parecia quase louco. Tentei me concentrar
no que estava fazendo, mas era difícil ignorar a sensação de estar nua sob
aqueles holofotes abrasadores.
Blanda, como a cobra que
era, se aproximou devagar, feito uma hiena sorridente, e não demorou nadinha
para mostrar as garras.
- E ai? O que o Hector
queria?
- Nada que seja da sua
conta – resmunguei.
- Tive
momentos muito agradáveis com o Joe no sábado à noite... - ela disse, sentando
no canto da minha mesa.
- Ah, eu sei. Ele me contou
– sorri candidamente. - Sabe que não imaginei que você precisasse disso? Chantagear
um homem pra conseguir sexo... Que decadente.
- E não precisei. Sabe,
Demetria, você finge bem. Quase chegou a me convencer que vocês realmente
tinham alguma coisa. Então imagina como fiquei surpresa ao ouvir que você tinha
comprado seu marido – ela sacudiu a cabeça e seus longos cabelos cobriram os
ombros. - Se eu soubesse que o Joe estava a venda, teria feito uma proposta há
muito tempo.
- Ele não está à venda. Não
sei do que você está falando. Agora tira essa bunda da minha mesa que eu não sei
por onde isso aí andou – a espetei com a ponta do lápis.
Ela se levantou, um tanto
surpresa.
- Não se faça de inocente,
Demetria. Não combina com você. Eu conheço garotas do seu tipo.
Suspirei exasperada.
- Blanda, tô ligando o
foda-se pra você. Depois não vem reclamar...
- Engraçado. Você me acuda
de tentar chantagear o Joe, mas na verdade quem tratou ele como objeto foi
você. E pode apostar que você não vai ficar com ele por muito tempo. É uma
questão de tempo até eu conseguir convencer o Joe que tenho muita mais a
oferecer do que você, uma pobre órfã falida e mimada. Seus dias estão contados,
meu bem.
Foi aí que tudo azedou.
Levantei-me num átimo, sem poder refrear meus impulsos. Agarrei seu braço
rapidamente e o girei atrás de usa costas, fazendo com que seu punho atingisse
a nuca. Ela gritou de dor quando esfreguei sua cara no tampo da minha mesa
organizada. Eu adorei.
- Meu avô não me deserdou à
toa, Blanda. Eu sei muita coisa, vi muita coisa, aprendi muito nas minha
viagens. Posso quebrar esse seu bracinho anoréxico antes que você possa dizer
silicone. Acredite, tenho muitas técnicas de persuasão, e sei que você não vai
querer conhecer nenhuma delas. Então fica longe do Joe.
- Me solta, está me
machucando! - gemeu ela.
- Ah,
eu ainda nem comecei a te machucar. E se você ainda quer desfilar por aí
exibindo esse sorriso cínico nessa sua cara de pau, fica longe do meu marido,
ou eu juro por Deus que arranco seus dentes com um alicate de cutícula!
- Demetria, solta a Blanda
– pediu Joe, já atrás de mim, tentando me tirar de cima da garota. - Você vai
arranjar problemas na empresa.
Com um empurrão brusco, eu
a soltei. Ela ofegou, se apoiando em minha mesa. Os cabelos, sempre
meticulosamente penteados, estavam um caos, os olhos vermelhos de raiva.
- Você é louca!
- Você não faz ideia do
quanto – sorri diabólica.
Joe pegou minha bolsa e
começou a me arrastar para o elevador.
- Está avisada! - gritei
antes que ele me jogasse lá dentro.
- O que deu em você? - ele
perguntou, furioso.
- Como assim, o que deu em
mim? Aquela vagabunda me chamou de meu bem! Disse que sou uma órfã falida e que
comprei seus serviços de amante e que vai te tirar de mim. Que nossos dias
estão contados. E tenho certeza que o Hector ouviu tudo isso hoje de manhã. O
que você queria que eu fizesse, Joe? Cara de paisagem?
- Por que isso te irritou
tanto? Ela disse a verdade.
Pela primeira vez desde que
havíamos nos conhecido, Joe me machucou. Tão fundo que não consegui respirar.
Livrei-me de suas mãos, empurrando-a com força.
Ele suspirou.
- Eu quis dizer que ela tem
razão sobre nós dois. Nossos dias estão contados – apontou.
- Bom... sim... mas não da
forma como ela sugeriu. E nós somos amigos agora. Eu me preocupo com você e
acho que você se importa comigo, pelo menos um pouquinho. E acho que o que
temos é algo que deve ser respeitado. - O que eu estava falando? Nada fazia
sentido, eu ainda via tudo vermelho.
- Você está certa. Mas não
precisava ter chegado a tanto.
O elevador se abriu e
partimos para o carro.
-
Espero que isso não se espalhe – continuou ele. - Agressão física não é
tolerada na empresa.
- Relaxa, Joe. Meu avô
cuidou de tudo. Não posso ser demitida. Tenho um emprego vitalício ou algo do
tipo.
- Sim, mas podem te mudar
de cargo. Te deixar isolada para não criar confusão. Já pensou na possibilidade
de ficar meses na copiadora?
Estanquei.
- Não! Isso seria...o
apocalipse! - exclamei, horrorizada.
Joe revirou os olhos e me
pegou pela mão, abriu a porta do carro e me ajudou a entrar. Eu me sentia fria,
gelada. Ficar na copiadora pelo resto da vida? Eu preferia o ônibus!
Ele deu a volta e entrou no
carro com elegância. Girou a chave e o motor resmungou suavemente.
- Que tal fazemos algo
diferente hoje? Quer sair pra beber alguma coisa? - ele sugeriu.
- Bem que eu queria, mas
até o próximo pagamento estou completamente lisa. Não tenho grana nem pra um
pão na chapa. Gastei quase tudo naquele jan... hã... Não tenho grana.
Ele sorriu.
- Estou convidando. Eu
pago.
- Bom...Então tudo bem.
Preciso mesmo esquecer algumas coisas. Nem que seja por poucas horas - e uma
delas estava bem diante de mim, com seus quase dois metros de altura e mãos
enormes agarradas ao volante. Eu duvidava que conseguiria tirar Joe da cabeça
com ele ali, a dois palmos de mim, mas não custava tentar.
Eu preciso urgentemente
comprar minha moto e pôr fim a essa proximidade ridícula.
- Demetria, sobre aquela história da
moto... - disse ele, como se lesse meus pensamentos. - Pode esquecer. Enquanto
for minha esposa, não me importa como, você não vai subir numa daquelas coisas
– falou categórico, me olhando fixamente. - Vou fazer o possível e o impossível
para você não conseguir comprar a moto. Sou muito determinado, caso ainda não
tenha notado. E quase sempre consigo o que quero.
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Adorei o que a Demi fez com a Blanda, merecido né gente, então meninas esse infelizmente é o ultimo de hoje, lembrei que amanhã é dia das mães e ainda não comprei nada e meu namorado ta louco aqui do meu lado porque esqueci vou comprar o presente da minha mãe agora, mas não se preocupem amanhã continuo ok, comentem gente.
Anw, amei demais u.u também amei o que demi fez com a blanda.
ResponderExcluirPosta logo pleease xo.
Awn bem feito pra blanda adorei demi e faixa preta?
ResponderExcluirQuero beijos de jemi
Adorei a o cap, amanha tem maratona ?
ResponderExcluirMaratona maratona maratona \o
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