quarta-feira, 23 de julho de 2014

CAPÍTULO 8 MARATONA E DIVULGAÇÃO

Demi estava com tanta raiva que tinha vontade de desaparecer. Como aquele homem se atrevia a pensar que ela tinha algum interesse nele, quando ela queria apenas ajudá-lo? Ao raspar os restos de comida dos pratos, pensou em uma dúzia de coisas que deveria ter dito a ele.
Quando ouviu a campainha tocar, ela gelou. Se fosse Virginia novamente, ela não tinha certeza se seria tão cordial como da última vez. Demi estava com raiva e sem paciência. Infeliz de quem cruzasse seu caminho.
Ao abrir a porta, ela viu Joe. Fechou-a de imediato, mas os reflexos rápidos prevaleceram e ele a segurou com a mão que estava boa.
- Desculpe-me – disse ele.
Aquela simples palavra dissipou um pouco a raiva. Ele parecia mesmo arrependido. E muito sedutor...
Só o fato de pensar isso, fez com que ela ficasse com raiva novamente. Dessa vez, consigo mesma.
- Tudo bem. Até logo - ela empurrou a porta mais uma vez.
Ele a manteve aberta.
- Deixe-me explicar. Sei que devo ter parecido um cafajeste.
-Pareceu mesmo! - ela cruzou os braços, achando que ia ouvir uma desculpa esfarrapada.
- Ninguém nunca diz nada, mas observo o que as pessoas fazem. Minha mãe fez o mesmo.
- Sua mãe fez o quê?
- Tentou encontrar um marido. Meu pai a abandonou e ela ficou comigo. Queria ajuda, um desejo natural... Pai e mãe são necessários para se cuidar de uma criança, não é?
- Existem vários pais solteiros por aí criando filhos muito bem - ela não ficaria ali ouvindo nenhuma palavra contra sua mãe.
- Eu sei. Mas seria muito melhor ter um parceiro para compartilhar as responsabilidades. Então, minha reação imediata ao saber que você está grávida foi pensar que estivesse à procura de marido.
- Eu tinha um marido. Ele morreu. Não preciso de outro.
- Você é jovem. Vai mudar de ideia. - Ela deu de ombros.
- Joe, Ok! Você está arrependido por tirar conclusões apressadas, baseado na experiência de sua mãe. Muito bem. Desculpas aceitas. Feche a porta depois de sair.
Demi voltou para a pequena cozinha, atônita pelas coincidências entre Joe e ela. Os dois foram criados por mães solteiras. Mas a dela não estava por aí atrás de um marido. Diana foi estudar, arrumou trabalho e pôde dar a Demi uma ótima infância. Elas não tiveram tantas coisas materiais, mas tinham o mais importante ... amor.
- Ah! Vamos dar uma trégua? - perguntou Joe.
A moça se virou.
- Achei que já tivesse ido embora.
- Pois é, mudei de ideia.
- Mas quanta insistência! Você já se desculpou, eu aceitei. Fim da história, ok?
- É mesmo? As mulheres não ficam remoendo as coisas por um bom tempo depois que elas acontecem?
- Mais uma de sua mãe?
- Namoradas, ao longo dos anos.
-Não sou sua namorada, nem planejo ser. Que homem atrevido! Só porque lhe preparei o jantar estava pensando essas tolices?
- Ótimo! Eu também não estou concorrendo ao cargo de marido.
- Então está tudo certo. Pode ir embora agora.
- Tudo bem. Mais uma vez obrigado pelo jantar. A gente se esbarra lá no terraço.
Seu tom sugeria que, se isso realmente acontecesse, ele a empurraria lá de cima.
- Talvez, sim. Às vezes, vou lá em cima. Preciso aproveitar, pois na minha nova casa não vou ter um espaço assim.
- Quando vai se mudar? Eu posso lhe ajudar.
- Tenho minha própria ajuda.
- Só estou tentando ser gentil - disse ele.
- Ou tentando se livrar de mim o quanto antes... Ainda estarei aqui por duas semanas.
Demi não acreditava que ele pensasse que ela estava interessada nele. Com esse tipo de comportamento, não causava estranheza o fato de não ser casado. Quem ia querer alguém assim?
Ele se virou e foi em direção à porta, parando ao abri-la:
- Obrigado pelo jantar. O pouco que comi estava muito bom.
- Não me culpe por isso. Se você não tivesse feito aquele comentário ridículo, poderia ter terminado a refeição.
- Você será um ótima professora, já tem postura e tudo o mais...
Joe despediu-se dela e partiu. Demi ficou ali parada, confusa. Sua raiva havia passado. Ela quase riu ao pensar no último comentário dele. Acabou de limpar a cozinha e pegou o telefone para ligar para a mãe.
- Olá, o que me conta de novo, filha? - perguntou Diana.
- Nada de mais. Eu queria ver o apartamento amanhã, se puder. Você levou a maioria dos móveis, não é? Vou precisar comprar o quê?
- A gente se encontra à tarde que tal? Temos de conversar sobre algumas coisas. Virginia me ligou.
- Ligou para falar sobre eu ir morar com eles?
- Ela disse que seria a melhor solução.
-  Mas que droga, mãe! Ela cismou em criar o bebê, como se eu quisesse partir e abandonar meu filho. Virginia tem de entender que eu amo esse bebezinho. Eu ainda não o peguei em meus braços, mas sei que o amarei para sempre. Não preciso entregá-lo para os avós.
 - Seja paciente com ela...
- Como, mãe? Ela está sempre vindo aqui! Quando me mudar para o outro apartamento, ela estará ainda mais perto, a alguns quarteirões apenas. Acho que vou falar para ela que estou saindo com alguém - resmungou.
- Como assim "saindo com alguém"?
- Ela me viu com um vizinho e tirou conclusões precipitadas. Se ela visse o Joe essa noite também... Nem sei o que ela diria! Ele acha que o mundo todo gira em tomo dele e que todas as mulheres no planeta querem se casar com ele - resmungou Demi.
Diana ficou em silêncio.
- Mãe?
- Quem é Joe?
- Um vizinho. Mora em um apartamento aqui em cima. Conheci hoje, lá no parque.
- Jovem e solteiro?
- Claro! E posso garantir que ele planeja continuar desse jeito. Ele achou que só porque fiz o jantar, eu estava atrás dele. Ainda mais quando soube da minha gravidez.
Diana insistiu em saber a história completa. Demi se complicou um pouco ao contar a novidade. Confessar as idas ao parque para observar Joe seria ridículo.
- Você não acha que eu deveria ficar em casa e não sair por um tempo? Talvez não esteja guardando o luto de Zac como devesse.
- Em relação a isso, cada um tem seu jeito. Não sei se existe uma maneira certa.
- Você lamentou a partida do meu pai? - perguntou Demi.
- De certo modo. Mas acho que estava com tanta raiva dele e tão assustada, que foi mais pela perda do estilo de vida, que achei que teríamos, do que por qualquer outra coisa.
- É assim que me sinto às vezes. Que nem chegamos a ter uma vida juntos. Namoramos firme durante a escola e logo depois ele foi para o Exército. Ele não era o mesmo quando chegou em fevereiro.
- Quando as pessoas amadurecem, cada um é a seu modo. Ele foi para um lado e você para outro.
- Você disse que deveríamos ter esperado. Talvez sim. Talvez não. Ninguém esperava a morte dele.
- Decida seu o futuro, em vez de perder tempo lamentando o passado - disse Diana. - E esse futuro inclui se apaixonar de novo.
- Mas se isso acontecer, ele vai ter de arrumar um emprego menos perigoso. Não quero outro marido morto.
- Hum, parece uma boa ideia! O que o seu vizinho faz?
- Ele é bombeiro. Quebrou o braço tentando apagar um incêndio na semana passada.
 - Então ele não está na sua lista.
- Mãe, não estou procurando alguém nesse momento. Já me bastam o bebê e a faculdade.
- Encontraremos você no apartamento amanhã à tarde e decidiremos o que você precisa para seguir em frente. Ainda quer comprar as coisas para o bebê na semana que vem?
- Gostaria de ver o que há de bom por aí. Mas não diga nada a Virgínia, ela quer comprar tudo. Sei que ela é avó, mas ela nunca foi próxima a mim e eu não vejo isso como uma razão para se aproximar dela.
- Tenha um pouco de paciência. Você é o último elo dela com Zac até o nascimento do bebê.
- Creio que sim. O que você e Edie farão hoje à noite?
-Estamos nos preparando para jantar e então, hum, não sei. Com certeza, encontraremos algo para fazer... He, he, he.
Demi riu.
- Certo, mãe! Não precisa falar mais nada. Ainda sou a criança da casa!
- Querida, você cresceu rápido. Mas alguns assuntos ainda são proibidos para os ouvidos da minha menininha.
Demi desligou poucos minutos depois feliz pela empolgação na voz da mãe. Em seguida, porém, ela foi tomada por um sentimento de solidão. Tinha amigos para os quais podia telefonar, porém não era a mesma coisa. Miley estava grávida, mas casada e feliz. Selena era ótima, porém não sofria de solidão ou de falta de namorados.
Será que ela era a única pessoa na cidade em casa e sozinha?
Não, havia pelo menos mais alguém: o homem arrogante no 5C que não queria se casar.

Animada com esse pensamento, ela foi para o banheiro. Uma banheira de água quente seria o ideal para relaxar antes de dormir.

divulgação:
Staying Strong Adoro esse blog.

Ainda estou na casa do meu avô talvez até amanhã, espero que na sexta eu possa voltar pra minha casa, então estou aproveitando um momento rápido de desocupação do trabalho e estou postando esse pra vocês, mais tarde se tiver comentários posto mais outro e no fim de semana se eu já estiver na minha casa com internet posto uma maratona completa sem interrupções.   

domingo, 13 de julho de 2014

CAPÍTULO 7 MARATONA

Exatamente às seis da noite, Demi tocou a campainha do apartamento 5C. A torta salgada ficou perfeita. Era um prato fácil de se preparar e não precisava usar faca.
Joe abriu a porta, surpreso por vê-la.
- Achei que fosse difícil para você cozinhar, então fiz isso para você - disse ela, orgulhosa, segurando o pirex.
- Puxa, obrigado, muito gentil de sua parte. Ele se afastou e fez um gesto para que ela entrasse.
Demi entrou no apartamento e observou. Quase não havia móveis. Somente umas poucas fotos de rios e montanhas nas paredes. Ela gostava do aspecto clean do lugar.
Joe apontou para a mesa próxima à janela.
- Normalmente, eu como aqui.
- Você tem microondas?
Ele balançou a cabeça afirmativamente.
- Talvez precise esquentar por alguns minutos. Acabei de tirar da fôrma, mas deve ter esfriado no caminho.
- Muita gentileza de sua parte. Eu a convidaria para ficar, mas creio que seu marido deva estar esperando por você.
- Meu marido? Ele morreu há meses, fora do país. Estava servindo ao Exército.
- Ah, desculpa! Eu não sabia. A julgar pelo que aquela mulher disse, achei que ele estivesse esperando por você em casa.
- Um conjugado seria um tanto apertado para dois - respondeu ela. Virou-se e pôs a mão na maçaneta. - Espero que goste da torta!
- Espere. Fica aqui. Faça-me companhia. Sua sogra ainda está lá embaixo?
- Ela foi embora poucos minutos depois que nos encontrou.
- Demi hesitou. Não esperava um convite. Mas, por que não? Ele estava sozinho e ela também. Um jantar acompanhada seria uma boa.
- Tudo bem. Vou lá embaixo pegar meu prato e volto em um segundo.
Joe esperou na porta. Ele se sentia em uma montanha-russa. Primeiro, pensou que ela fosse solteira. Depois, ficou sabendo que ela era casada. Mas nem tão casada, e sim viúva. Ela devia ter uns 20 anos... Tão jovem e já viúva!
Sentiu muito pelo marido, mas não achava ruim o fato de Demi estar solteira novamente. Há quanto tempo o marido morrera? Será que ela já estava em busca de um novo companheiro? Ele queria ser o primeiro, se fosse o caso.
Joe olhou para o gesso. Quem diria que um ferimento fosse chamar a atenção?
Demi voltou logo, com um sorriso tímido. Eles acabaram de se conhecer e ela não fazia idéia das fantasias que passavam pela cabeça dele. Então, ele prometeu a si mesmo agir sensatamente.
A refeição estava uma delícia. Joe fez questão de elogiar.
- Fico feliz por você ter gostado - respondeu ela. - Você sabe cozinhar?
- O suficiente para sobreviver, mas não com esse gesso - disse ele, erguendo o braço. - Talvez dentro de uma ou duas semanas, mas no momento o meu braço dói muito para usá-lo. Eu ia ligar para um restaurante.
- Isso é bom, de vez em quando.
-Não tão bom quanto comida caseira. Hum, mas que curso você está fazendo na faculdade?
- Quero ser professora primária. Acabei de terminar o segundo ano. Ainda tenho um longo caminho pela frente.
-Boa escolha profissional. O papel dos professores é muito importante em uma sociedade.
Ela sorriu para ele e Joe sentiu algo lhe invadindo o corpo. Ela deveria sorrir mais vezes. Ficava mais linda quando fazia isso.
-Eu também acho. Professores são primordiais na etapa inicial da educação. Quero que todos meus alunos amem aprender e desejem conquistar grandes coisas. E o mesmo desejo para o meu bebê. Joe olhou para ela.
- Você está grávida?- ele olhou para ela. Não parecia grávida. Talvez um pouco gordinha na região da cintura, mas ele estivera mais interessado nos olhos castanhos e no sorriso radiante.
- Sim, estou de quase cinco meses. O que torna as coisas mais difíceis não tendo um marido e um pai para o bebê. Gostaria muito que a situação fosse outra.
Grávida era pior do que casada. Casada, ela era intocável. Grávida e viúva, ela de repente tornava-se uma nova figura. Será que o comentário dela fora bem interpretado?
- Não gosto do "felizes para sempre" - disse ele.
- Perdão não entendi. - ela olhou para ele, surpresa.
- Não estou à procura de um relacionamento sério - preferiu ser direto sobre a situação.
-Nem eu - disse Demi, empurrando a cadeira de volta. - Você achou que eu estivesse seduzindo-o? Só estava querendo ser gentil trazendo a comida, não estava em busca de relacionamentos. Perdi meu marido há poucos meses! Que tipo de pessoa você pensa que sou? Não estou em busca de substitutos para Zac. E mesmo se estivesse, a última pessoa que procuraria seria alguém com uma profissão perigosa. Se eu me casar de novo, o que duvido muito, será com um contador ou vendedor, cuja coisa mais perigosa que faça seja dirigir para o trabalho todos os dias!
- Ah, um momento! Qualquer homem ia pensar isso. Você mesma disse que gostaria que as coisas fossem diferentes - reclamou.
- Sou apenas uma vizinha que se dispôs a ajudá-lo - retrucou ela, levantando-se, pegando o prato de ambos. - Mas eu não me dei conta de que seu ego era tão monumental que você interpretaria um ato de bondade como uma cantada. De qualquer forma, já sei que há pessoas que não entende esse tipo de coisa.
Ele não tinha terminado de comer, porém Demi arrancou o prato da frente dele e partiu em direção à porta.
-Espere!
Desta vez, no entanto, Demi Efron não esperou nem um momento sequer.
Joe se arrependeu do que dissera. Estragara a noite. Ela foi gentil em lhe trazer comida e ele agiu como se ela estivesse à sua caça. Agiu como um idiota. Joe esfregou o rosto com a mão sem o gesso e sentiu doer ao tocar a queimadura.
Ele odiava relacionamentos. Certamente entenderia a relutância de Demi em se envolver com alguém com a profissão dele. Encontros casuais era o que ele fazia de melhor. E depois desse vexame, ele.nem ao menos tinha certeza se era mesmo bom nisso.
Ficara muito surpreso ao saber da gravidez dela. Não que isso desculpasse seu rompante. Ela não linha dado nenhum sinal de que pudesse estar interessada nele. Será que seu ego era mesmo tão inflado, como ela disse?

Agora ele tinha de se desculpar e ele detestava fazer isso. Mas não podia deixá-la ir embora sem nenhuma explicação.

Gente desculpa a demora estou uns dias na casa do meu avô e aqui não tem computador muito menos internet, como meu notebook ficou em casa não deu pra postar mas agora estou com ele aqui e me virando com a internet compartilhada do celular ou seja uma porcaria... não vou prometer de postar mais pois não sei se vou conseguir com essa internet mas assim que eu voltar pra minha casa vou voltar a postar normalmente e fazer as divulgações pedidas... até logo!    

domingo, 6 de julho de 2014

CAPÍTULO 6 MARATONA

- Onde você estava? - insistiu Virgínia, enquanto Demi destrancava a porta.
- Fui dar uma caminhada no parque. Como faço quase todos os dias... Aliás, o que você veio fazer aqui?
- Vim ver você. Será que uma sogra não pode mais visitar a nora? -respondeu ela, na defensiva.
- Claro que sim, mas isso foi uma surpresa. Do contrário, estaria em casa esperando você chegar. Sente-se. Gostaria de algo para beber?
Se Virgínia não tivesse aparecido, será que Demi estaria no terraço tomando um drinque com Joe?
- Chá gelado, se tiver. Quem era aquele rapaz?
- Um vizinho. Ele vive em um dos andares de cima.
Demi preparou a bebida rapidamente para Virgínia. Pegou um copo d'água para si e sentou-se ao lado da sogra.
- O que você trouxe? - ela tentou conter um suspiro. Torcia para Virgínia não se comportar mal dessa vez. Queria decidir por conta própria o que ela e o seu bebê fariam da vida, sem ceder aos desejos da sogra.
Virgínia puxou um catálogo da bolsa e abriu em uma página de móveis de bebê.
- Trouxe isso da loja. Veja! Achei esse lindo - disse ela, ao apontar para um sofisticado berço estilo francês.
Demi fechou o catálogo e entregou-o a Virgínia.
- Eu já lhe disse que minha mãe e Edie comprarão os móveis do quarto do bebê.
- Nós também somos avós. Sua mãe não precisa se preocupar com isso. Ela tem o próprio bebê a caminho. Eu não tenho nenhum. Comprarei o berço.
Como Demi lidaria com aquilo? Não queria ferir os sentimentos da mãe de Zac, mas ela estava passando dos limites.
- Virgínia, não precisamos fazer nada hoje. Deixe-me mudar primeiro e me estabelecer. Teremos tempo para conversar sobre isso depois.
- Demi, você só está adiando o inevitável. O tempo passa depressa! Antes que você se dê conta, você terá o bebê e não terá nada pronto. Por mim, você deveria deixar tudo preparado logo.
- Eu vou, prometo. Onde está James?
- Foi jogar golfe.
- Talvez você devesse jogar também.
- Acho que não - respondeu Virgínia, nem um pouco abalada pela tentativa de Demi em mudar de assunto.
O que a sogra precisava era de um hobby, Demi pensou. Algo que desviasse a atenção do filho morto e do bebê a caminho.
- Aquele homem sabia que você era casada? -perguntou Virgínia, de repente.
- Tecnicamente, não sou casada disse ela, calmamente. - Ela nem ao menos chegou a se sentir casada. Eles tiveram uma adorável lua-de-mel na semana seguinte ao casamento e cinco outras noites espalhadas entre várias semanas antes de Zac partir. Eles nunca chegaram a fazer compras no supermercado juntos, nunca discutiram sobre que programa de televisão assistir ou receberam amigos para jantar.
- O que você quer dizer com isso? Claro que você é casada! - a sogra respondeu chocada.
- Acho que o juramento dizia "até que a morte os separe" - lembrou Demi, com bastante cuidado.
- Então você está saindo com aquele sujeito? - A emenda saiu pior que o soneto.
-Nada disso! Ele é apenas um vizinho e nada mais.
- Ele lhe ofereceu um drinque. Eu ouvi bem!
-Você está exagerando as coisas. Ele é apenas uma pessoa tentando ser agradável.
- Venha morar comigo e com James. Sua mãe está ocupada; você está de férias. Não precisa de nenhum dos apartamentos. Temos espaço de sobra.
- Não vou me mudar para sua casa, Virgínia. Obrigada pelo convite, mas já estou crescida e gosto de viver do meu jeito. Por favor, para de me pressionar!
- Bem, se oferecer uma casa é pressionar, tenho certeza de que não foi essa a intenção. Vou embora e não precisa me acompanhar até a porta!
A sogra saiu do apartamento furiosa. Mas tinha tudo ao seu modo, droga?
Meia hora depois, Demi pegou o elevador e subiu até o terraço. Não havia ninguém. Ela não admitia, mas estava tremendamente decepcionada.
Sentou, então, em uma das cadeiras que deixara lá. Ela sentiria falta desse lugar quando se mudasse para o antigo apartamento, onde vivera com a mãe. E como sentiria!
O sol ainda estava quente, porém a brisa já podia ser sentida. De lá, ela podia ver as águas brilhantes do Pacífico. Era uma das vantagens do prédio.
Mas ela não estaria longe da marina, do cais e do Fort Mason no outro apartamento. Então, haveria muitos lugares para passear. A única diferença é que em nenhum desses lugares encontraria Joe...

Será que estaria se virando bem com aquele braço? Talvez fosse difícil cozinhar. Será que Joe gostaria que... Hum, talvez como um gesto de boa vizinha, ela pudesse preparar o jantar para Joe essa noite. Demi podia cozinhar algo fácil de ser comido com apenas uma das mãos e levaria para ele por volta das 18 horas. Ninguém veria malícia nesse ato, veria? Seria ótimo fazer isso!

comentem para o próximo!

sábado, 5 de julho de 2014

CAPÍTULO 5 MARATONA

Demi levantou o olhar e piscou os olhos, surpresa. O seu deus grego estava bem ali na sua frente, com um gesso no braço.
- Olá. Senti sua falta, o que aconteceu com seu braço? - perguntou ela, olhando para o gesso e algumas queimaduras no pescoço e no rosto. ele se sentou ao lado dela. Uma pequena briguinha com um incêndio teimoso. Vou ficar um tempo sem poder correr.
Demi sentiu algo estranho enquanto ele se encostava no banco de madeira. Ele estava perto demais, invadindo o espaço dela. Como esse homem conseguia roubar assim o ar que ela respirava?
Sinto muito... - disse ela. - Mas o que houve mais?
Mantenha as coisas amigáveis, ela pensou. O olhar dela foi desviado para a boca do rapaz. Eram lábios tentadores...
Quebrei ao cair de uma escada. Ficarei bem em algumas semanas. Até lá, nada de exercícios.

- É verdade! - exclamou, sorrindo para ele. Um brilho quente começou a dissipar o sentimento estranho que lhe invadira o corpo.
- Meu nome é Joseph Jonas - ele se apresentou.
- Demi Efron - disse ela, apertando-lhe a mão. - Foi sua casa que pegou fogo? - Enquanto dizia seu nome, sentia a mão quente, dura, calejada de Joe. Os olhos escuros do rapaz penetravam os dela.
- Não, não. Sou bombeiro. Estávamos tentando salvar um prédio antigo perto da Masonic. O fogo estava muito forte. Perdemos o controle.
- Oh! É um trabalho perigoso! Fico feliz por não ter acontecido nada de muito grave.
Um bombeiro! É por isso que corre no meio da tarde. Eles não trabalham em dias alternados?
- Você vem sempre ao parque? - perguntou ele.
- Quase todos os dias. Vou sentir faltar daqui, estou de mudança - disse ela.
Hora de acabar com isso. Não havia futuro para uma amizade. Muito em breve, ela estaria de volta ao apartamento do outro lado da cidade que ela e sua mãe dividiam.
- Quando você vai se mudar?
- No final do mês, provavelmente. Meu contrato de aluguel vence no fim de agosto e não vou renová-lo. Bem, preciso ir agora. Até logo!
Demi tinha de sair já, antes que arrumasse um punhado de razões para manter contato com Joe.
Vou caminhar com você - disse ele.
Meu apartamento não fica longe daqui. Não preciso de companhia. Até logo!
Até logo, Demi... ela se virou e saiu do parque. Enquanto esperava o sinal para atravessar a rua, a moça percebeu que ele lhe seguira e estava a alguns passos de distância apenas. Quando o sinal abriu, cruzou a rua depressa e partiu em direção a seu prédio. Ela podia ouvir os passos atrás dela.
Demi se virou e pôs as mãos na cintura.
Você está me seguindo?
Depende do seu ponto de vista - falou ele, em tão bem-humorado.
O que você quer dizer? - perguntou ela, um tanto quanto desconfiada.
Você está indo na mesma direção que eu. Se caminhar atrás de você significa que estou lhe seguindo, então sim, estou. Por outro lado, se virar no final uma rua e eu continuar caminhando, então a resposta é não, não estou lhe seguindo.
Você vai na frente - disse ela. Ele não parecia apresentar perigo, mas ninguém sabe. Na verdade, ela não se sentia ameaçada por um homem de braço quebrado. Um homem que parecia estar rindo dela. Que irritante!
Demi esperou até que Joe passasse por ela e, logo depois, o seguiu. Na outra esquina, ele virou na rua que ela viraria. Como sabia onde ela morava?
Ele olhou para trás e, quando ela entrou na mesma rua, Joe gritou:
- Você está me seguindo?
- Não, eu moro naquele prédio - ela apontou para o edifício à frente.
- É? E eu moro ali, no último andar, no lado direito.
Ela ficou surpresa com aquilo. Seria verdade?
-Você é estudante? - perguntou ele.
Ela balançou a cabeça, dizendo que sim.
-Nota-se. Há muitos estudantes nesse prédio. Prazer em conhecê-la, vizinha...
Joe se virou e entrou no edifício. Quando se aproximou das caixas do correio, apontou para uma delas. Ela se aproximou e leu o nome: J. Jonas
O homem deslizou o dedo pelos nomes e parou no dela, D. Efron. Em seguida, abriu a porta do saguão com a chave e segurou-o para ela.
Demi passou e sentiu o perfume dele. Seu coração acelerou. Que mal haveria nisso? Ela ficaria ali ainda por mais algumas semanas. Tornar-se amigo de alguém não significava ter um elo para a vida toda.
- Obrigada- disse ela ao se dirigir ao elevador. Joe permaneceu próximo aporta, observando-a com os mesmos olhos brilhantes e ar divertido.
- Seria seguir você, se eu fosse no elevador também?
- Uma mulher deve sempre ser cuidadosa - lembrou ela.
- Você está certa. Se você se sente insegura, suba sozinha. Eu espero o próximo.
- Ah, deixe disso. Entre! Moro no quarto andar, em um conjugado.
Demi pensou seriamente se havia cometido um erro quando as portas do elevador se fecharam. Joe parecia preencher todo o espaço ali. Ela tentou ignorar as sensações que se reviravam dentro dela, o sentimento estranho que retornara. Queria conferir os cabelos, ter certeza de que o batom ainda estava no lugar. A blusa larga que usava camuflava a gravidez. Será que ele teria percebido? Ela notava cada detalhe dele: o rosto, a altura quase l,80m, os cabelos-castanhos escuros bem cortados...
Ela ficou muito mais ciente da presença dele do que esperava. Selena, em seu lugar, já teria feito algo para diminuir a estranheza daquele momento mas Demi permanecia com a língua presa.
Felizmente, o elevador chegou no andar dela. Quando as portas se abriram, Joe as segurou para que ela pudesse sair.
- Gostaria de me encontrar no terraço para um drinque mais tarde? - convidou ele.
O prédio tinha um pequeno terraço cujo telhado tinha uma parte em madeira. O dono do edifício permitira aos inquilinos trazer cadeiras e usar o local como um pátio. Demi adorou essa área quando alugou o apartamento no verão passado.
- Demi, onde você estava? - Virgínia vinha pelo corredor, perguntando. - Estou aqui há mais de 20 minutos. Não esperava que você estivesse fora de casa... - disse a sogra, olhando Joe de cima a baixo.
- Quem é esse rapaz?
- É Joseph Jonas, um vizinho. Joe, Virgínia Efron.
- A sogra dela - completou rapidamente. - Venha, Demi, tenho alguns catálogos para lhe mostrar.
Joe viu Demi partir com a megera. Sentindo-se mal, voltou para o elevador e apertou o botão do seu andar.
Ele não sabia que Demi era casada! Tentou se lembrar se havia uma aliança no dedo dela. Se houvesse, certamente teria notado.
Mesmo assim, o que ela estaria fazendo, flertando com homens estranhos se tivesse mesmo um marido?
Ficou decepcionado por ela não estar disponível . Não que ele estivesse à procura de um relacionamento sério. Ela poderia ser apenas uma agradável vizinha com quem pudesse passar um tempo... E se quisesse explorar esse desejo, bem, isso era normal. Mas não se ela fosse casada. Ele não se envolvia com mulher dos outros.

Joe entrou em seu apartamento. Isso é o que ia tentar descobrir e mais coisas sobre a mocinha. Que ilusão a sua! Ou talvez tenha apenas interpretado os fatos de maneira errada. Riu consigo e foi até à cozinha. Pegou um refrigerante gelado e seguiu para o terraço. Não havia mais o que fazer. Estava de licença médica até que fosse liberado para trabalhar. Algo em torno de um mês e meio...

Comentem para mais amanhã!!!

CAPÍTULO 4 MARATONA E DIVULGAÇÕES


Quando chegou em casa, telefonou para Selena.
- Como foi por lá? - perguntou Selena, ao ouvir a voz de Demi.
- Virgínia está obcecada com a ideia da criança agora. Chegou até a me pedir para deixá-la criar o bebê.
-Ela sente falta do Zac. Fica tranquila. Hum... mas, e então, viu o seu amigo?
- Que amigo? -Demi suspeitava sobre o que Selena queria dizer, mas se fez de tola.
- Ah, sim, como se você tivesse um monte de amigos secretos!
- Eu nem conheço o rapaz!
- Então, leva água para ele. Deve sentir muita sede ao ficar malhando para as garotas. Ofereça a ele da próxima vez.
Demi riu. Nunca imaginou fazer tal coisa.
- Selena, não pretendo conhecê-lo. Só gosto de observá-lo.
- Queridinha você não morreu quando Zac se foi. Você precisa encontrar outro partido e seguir em frente.
-Não faz tanto tempo que ele morreu...
- Mas ele se foi para sempre. Eu nem cheguei a conhecê-lo, e olha que somos amigas há quase dois anos.
Demi teve de concordar. Quando Zac voltou para casa, em razão do serviço temporário de poucas semanas em São Francisco, eles se apresaram em se casar. Selena fora convidada para o casamento, mas não pôde comparecer. Nas poucas vezes em que Zac esteve disponível, Demi preferiu tê-lo apenas para si e evitava compartilhar com as amigas.
Não quero namorar tão cedo - disse Demi.
Ainda bem. Espere mais um pouco. Mas não se aniquile para a vida só porque Zac morreu. Não me leve a mal, mas isso é muito ruim. Você é muito jovem para ficar viúva eternamente. Quer ir a um show amanhã?
Demi pensou em aceitar. Domingo, porém, era dia de corrida.
Fica para a próxima. Elas conversaram por mais um tempo e depois se despediram. Demi não acreditava que acabara de recusar uma tarde de diversão garantida com amiga, para espiar um homem que nem mesmo conhecia.
Na tarde seguinte, Demi foi cedo para o parque. Torcia para que seu deus grego aparecesse. Queria não que tirasse da mente o confronto com a sogra. Virgínia já telefonara hoje, sugerindo que Demi viesse até sua casa para discutirem mais sobre o assunto. O bebê só nasceria dali a quatro meses, mas Virgínia estava ansiosa para fazer planos.
Mais uma vez, seu atleta não apareceu. Será que ele desistira de correr? Talvez esteja trabalhando à noite e o horário tenha mudado. Ou talvez ele seja estudante e tenha ido para casa passar o restante do verão.
Qualquer que fosse o motivo, Demi ficou muito decepcionada por não vê-lo.
Em vez de desejar sorvete e picles durante a gravidez, será que ela estava com uma fixação em um estranho? Queria de todo jeito ver o rapaz, admirar seu corpo, e, talvez, até fantasiar conhecê-lo melhor algum dia...
Dificilmente ele estaria interessado em uma mulher grávida que, segundo sua mãe, logo estaria parecendo uma leoa-marinha.
Não que ela quisesse alguém interessado nela. Mas Demi sentia-se muito solitária. Nem quando estava vivo, os breves e-mails de Zac ajudavam a dissipar esse sentimento. Agora, nem isso tinha mais.
Depois de mais três visitas ao parque, Demi estava pronta para desistir de sua empreitada. O homem, obviamente, já não corria mais durante as tardes. A moça tinha de encontrar outro atrativo.
Sábado à tarde era um dia muito movimentado no parque. Havia crianças correndo por todos os lados. Várias pessoas utilizavam a pista de corrida e os equipamentos de ginástica. Um casal de idosos caminhava lentamente pelo gramado conversando.
Ela  observava os esquilos subindo nas árvores. O soI estava quente demais para ficar se exposto por muito tempo. Talvez ela saísse para uma caminhada, para um exercício leve. Quando voltasse para o apartamento, tudo o que tinha de fazer era arrumar as malas.

- Olá!

DIVULGAÇÃO:
Sedução e Vingança - IZZA NASCIMENTO
Garota Realidade - IZZA NASIMENTO
Faith - LÍVIA STRAMARE (amei seu nome ... é o mesmo da minha irmanzinha)

PRIMEIRO CAPÍTULO DA MARATONA SEI QUE POSTEI TARDE MAS É QUE RECEBI HOJE AQUI EM CASA UMA VISITA MUITO ESPECIAL  E NÃO DEU PRA POSTAR POIS FUI DEIXAR A VISITA EM CASA AGORA POUCO E ESSA VISITA ERA O FILHO DO MEU EX FUTURO NAMORADO. MAS VOU POSTAR MAIS UM E AMANHÃ POSTO MAIS 5 CAPÍTULOS DEPENDENDO DA QUANTIDADE DE COMENTÁRIOS.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

AVISO

Bom dia!
Só dizer que hoje não vou postar ... talvez a noite pois vou ao estádio assistir a nossa seleção, então dependendo do resultado que espero que seja vitória, sou chego em casa bem mais tarde, pra compensa amanhã faço uma maratona pra vocês ok?
até logo!