quinta-feira, 9 de maio de 2013

CAPÍTULO 38



- Demetria? – Joe chamou, batendo na porta do banheiro.
- Tô terminando de arrumar o cabelo. Só um minuto! – Decidi não fazer nada de especial nos cabelos para o jantar com Joe naquela noite. Porém deixa-los soltos, perfeitamente lisos e naturais tomava algum tempo. Desliguei a chapinha e escovei-os uma ultima vez. Olhei-me no espelho e fiquei satisfeita com o resultado. Fechei o roupão negro mais firmemente e abri a porta.
Joe havia saído uma hora antes. Disse que precisava resolver um problema de ultima hora, mas que voltaria a tempo.
- Eu me visto em dois segundos... ei! Você já tá pronto! – exclamei assim que o vi em seu terno escuro perfeitamente alinhado e totalmente sexy. Parecia ter saído de um anuncio de revista.
- Não tem muita coisa que eu possa fazer para melhorar – ele disse, parecendo sincero em sua modéstia, o que era um absurdo, já que Joe era tudo aquilo. Qualquer ator de Hollywood se descabelaria para ter aquele rosto, ou aquele corpo, ou aquela voz, ou aqueles cabelos... – Você está muito bonita.
Sorri.
- Imagina o frisson que vou causar aparecendo no restaurante vestida assim...-brinquei. Ele sorriu em resposta. Fico pronta em um minuto
- Não precisa ter pressa. Estamos bem de tempo.
- Tá. Já volto.
Joe esteve um pouco distante o dia todo – não que alguma vez tenha estado próximo. Tudo bem, eu estava bêbada na noite anterior e meio que o ataquei, mas não tão fora de mim a ponto de não saber o que havia feito. Eu sentia o rosto queimar toda vez que me lembrava de como tinha me jogado em cima dele e como ele havia me rejeitado. Envergonhada até a medula, me obriguei a lhe pedir desculpas pela manha, enquanto ele tomava seu café preto. Meu estomago revirou ao sentir o cheiro e minha língua seca salivou desagradavelmente.
- Joe, sobre ontem à noite, eu...
- Eu sei.
- Não sei o que deu em mim. Acho que...
- É, eu sei. Não se preocupa. Está tudo bem.
- Poxa, Joe – suspirei pesadamente e sorri. – Fico aliviada por termos tido essa conversa.
Depois disso, ele agiu como se nada tivesse acontecido, e, claro, fiz o mesmo, mas me magoava um pouco o jeito como ele parecia querer se manter longe de mim.
Eu me enfiei em meu quarto jogando o roupão no chão e procurando os sapatos para combinar com o vestido que havia usado no casamento, o único mais arrumado que eu trouxera da minha antiga vida. Não havia pegado muita coisa de vovô. Pensei que, como fora deserdada, não precisaria de roupas formais enquanto estivesse – eu tinha que admitir de uma vez – pobre.
Eu sou pobre.
Aceitar isso não surtiu o efeito que eu esperava. Não me senti melhor ao admitir minha nova posição. Dei de ombros e me sentei na cama, esmagando uma sacola.
- Mas o quê...? – Eu não havia deixado aquilo ali. Na verdade, nem conhecia aquela sacola cor de areia decorada com letras vermelhas. Peguei-a com cuidado, alcancei o pacote envolto em papel de seda e desembrulhei-o lentamente, até ver surgir o delicado vestido preto. Meu queixo caiu quando eu reconheci.
Avancei correndo para a porta, mas me detive a tempo, antes de aparecer diante de Joe usando apenas calcinha. Vesti o roupão apressadamente e voei para a sala.
- O que é isso? – perguntei.
Ele estava mexendo em seus CDs. Não se moveu quando disse:
- Eu acho que se chama vestido.
- Eu sei que é um vestido. Eu quero saber o que ele estava fazendo na minha cama.
- Eu pensei que você quisesse esse vestido...
- Essa não é a questão. Ele é lindo, Joe, mas eu não posso pagar. – Era irritante a forma como ele evitava olhar para mim.
- E não vai. É um presente, Demetria. Você devia experimentar e ver se acertei o tamanho.
- Joe! Quer fazer o favor de olhar pra mim? – exigi, furiosa.
Ele deixou a pilha de CDs e lentamente se virou. Seu olhos estavam hesitantes.
- Por que você me comprou esse vestido? – eu quis saber.
- Porque eu quis – ele deu de ombros, jogando uma das caixinhas de CD sobre a estante.
- Ele custa mais que três salários meus. É caro demais. Isso é... – olhei para o vestido em minha mão, Joe provavelmente saíra ainda há pouco para ir busca-lo. Engoli em seco. – É lindo, mas eu não posso aceitar.
- E por que não? Eu sou seu marido, posso comprar o que quiser para a minha esposa. É algum crime? – ele perguntou mais relaxado, cruzando os braços sobre o peito largo.
- Se a gente fosse casado de verdade, talvez não. Mas você sabe tão bem quanto eu que não passamos de... amigos que dividem o apartamento. Não posso aceitar – estiquei o vestido para que ele pegasse.
Joe passou a mão pelos cabelos escuros e suspirou. Deu alguns passos, até ficar com o peito largo a dois palmos do meu nariz.
- Demetria, essa noite é importante pra mim. Muito importante. Muita gente respeitável da empresa em que nós dois trabalhamos vai estar lá para me avaliar. Você é minha mulher, para todos os efeitos. Você é meu reflexo – ele sorriu.
- Mas...
- Quero que todos te vejam como você realmente é. A garota linda e carinhosa que raramente se deixa ver, porque se esconde atrás do sarcasmo. E esse vestido é só um presente, não precisa ficar preocupada. Não estou tendo algum tipo de ideia que vá além do que o nosso acordo permite. Realmente não estou.
- Mas, Joe, eu...
- Você usaria esse vestido como um favor a um amigo? Só para eu me sentir mais seguro. Já estou ansioso o bastante. – Seus olhos brilharam tanto que quase me cegaram.
Claro que ele não estava tendo ideias. Apenas queria exibir uma mulher bem-vestida. Nada mais. Seu gesto atencioso não passava de uma tentativa de se sentir mais seguro.
- Tudo bem – concordei, irritada. – Eu... Obrigada pelo vestido. Vou... – e apontei para o meu quarto com o polegar.
- Eu espero – ele sorriu.
Voltando rapidamente para o quarto, coloquei o vestido e me observei no espelho. O tamanho e o caimento eram perfeitos. O decote nas costas era provocante e ainda assim elegante. Calcei os sapatos – uma sapatilha preta, simples, meio retrô -, peguei a bolsa de mão de crochê e voltei para a sala. Joe me presenteou com um sorriso enorme enquanto me examinava. Corei um pouco. Ele sempre conseguia fazer isso, fazer com que eu me sentisse nua enquanto me olhava.
- Linda – ele suspirou.
Sorri, ligeiramente encabulada.
- Obrigada. Estou pronta.
- Não – ele se aproximou, os olhos presos nos meus, levantou a mão e tocou meu ombro. Minha respiração sumiu quando seus dedos quentes acariciaram minha pele sensível, mas então, com um puxão brusco e um tec, ele me soltou. – Agora sim você está pronta – e me mostrou a etiqueta que acabara de arrancar.
- Ah.
Sorrindo ele indicou com o braço para que eu fosse à frente. 
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Hey, quem aí quer arrancar minha cabeça? .... não façam isso, tenho uma desculpa aceitável, eu estava sem internet desde segunda-feira, geralmente posto quando estou trabalhando o detalhe é que estava totalmente sem tempo de postar de lá, me jogaram tarefas que não era da minha área de trabalho mais o lado bom é que ganhei outro fim de semana e vou fazer outra maratona igual aquela de domingo só que vou começar no sábado porque no domingo vou assistir a semifinal do estadual com meu namorido (mesmo sem querer ir) mais vou fazer pra me desculpar pela falta que tive com vocês... mais tarde talvez posto outro já que hoje vou ao show do paul McCartney (ansiosa) então é isso... deixem seus comentários!       

3 comentários:

  1. U.u primeira a postar,kkkkkkkk o cap. Ta maravilhoso como sempre..........Parabens!!!!!!!

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  2. Annw outra maratona no final de semana lindo demais isso, lindo assim como a história posta logo, xo
    Maaas um post hoje pra gente te perdoar kkkkkkkk brincadeira, xo.

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  3. ownnn. mais maratona... noticia perfeita. assim a gente desculpa facil, mas não era suposto deixar-nos na curiosidade para saber o que vai acontecer nesse jantar

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