quinta-feira, 18 de abril de 2013

CAPÍTULO 6


- Vá até a sala da copiadora. Fica no andar de baixo. Tire dezoito cópias de cada um desses documentos. Você acha que é capaz de fazer isso, meu bem? – Perguntou Joyce com ar inocente. 
- Talvez. – Havia muitas coisas que faziam meu sangue subir à cabeça. Uma delas era se referir a mim como, meu bem. Peguei a pequena pilha de documentos e sorri cinicamente. 
Eu estava ofendida demais para pedir informações aquela mulherzinha irritante, de modo que me arrisquei nos corredores da empresa com um pouco de dificuldade e, depois de aprender o caminho para o banheiro daquele andar, encontrei a sala com a máquina gigantesca. Era uma saleta branca claustrofóbica, sem janelas e aparentemente sem ar-condicionado, já que o calor ali era insuportável. Apenas a copiadora e uma mesa velha num canto, abarrotada de folhas de sulfite, compunham a decoração da sala treze do sexto andar. 
Pacientemente comecei a tirar cópias das trinta páginas que Joyce havia me entregado. Na metade do processo, o papel começou a enroscar e a copiadora simplesmente desligou. Depois de algumas pancadas e pontapés – e de acabar com minhas unhas tentando desatolar o papel , consegui fazê-la voltar a vida e continuei copiando os documentos. Tomei a liberdade de incluir a cópia de uma parte do meu corpo, para que Joyce, aquele doce de pessoa, aprendesse a me tratar com um pouco mais de respeito. Minha bunda até que ficou bem bonitinha... 
Quando terminei, empilhei tudo de maneira totalmente desorganizada e saí daquela sauna. Estava distraída demais olhando em volta, tentando encontrar um rosto amigável ou até mesmo conhecido naqueles cubículos frios e impessoais, e acabei colidindo contra algo maciço e duro. Perdi o equilíbrio, e folhas voaram de todas as direções enquanto eu tentava me manter sobre os calcanhares. Levantei os olhos 
e então pude ver o que havia se chocado comigo. Uma coisa solida de um metro e oitenta e poucos, cabelos ligeiramente longos, de uma rica tonalidade cor de castanho escuro. A franja caía teimosamente na altura dos olhos, a parte de trás se enroscava na gola da camisa. O nariz reto lhe conferia inegável masculinidade, o queixo duro e recoberto por uma barba rala lhe dava um ar de pirata ou de foragido da justiça. Os misteriosos olhos verdes pareciam emitir luz própria. Olhos que me observavam com intensidade. 
Uau! Que sorte a minha! 
Trabalhar tendo aquela visão privilegiada não seria sacrifício algum, afinal... 
Mas então ele abriu a boca. 
- Olha só o que você fez! Eu levei horas para colocar esses papéis em ordem! Ele cuspiu, agachando-se para pegar as folhas, depois olhou para cima. – Você vai ficar aí, me olhando com essa cara? Vê se pelo menos separa o que é seu! 
Ah, claro. Ele não estava recolhendo as minhas folhas, apenas tentava encontrar as suas. Fiquei um pouco irritada. Não era assim que acontecia no cinema. Nem nos livros! Cadê a parte em que o cara sexy olha para a mocinha e um momento mágico acontece? Onde a musica melosa de fundo, que embalaria o final da cena, em que o cara diria: “Me desculpe, você está bem?”, e eu responderia um pouco tímida, corando e desviando o olha, devido a intensidade do momento cataclísmico: “A culpa foi minha. Eu devia ter prestado mais atenção”. Então ele sorriria, estenderia a mão para me ajudar a levantar, mas não a soltaria, e ficaria ali, me encarando com as pupilas dilatadas, como se o restante do mundo houvesse desaparecido, e só se daria conta de que não estávamos a sós no planeta quando alguém passasse por ali e esbarrasse em seu ombro. Cadê tudo isso?Não que eu quisesse ter um tórrido romance ou algo do gênero, mas, se era pra protagonizar uma cena tão manjada e cafona quanto aquela, eu queria o pacote completo. 
Pensado bem, não queria, não. 
E na verdade o cara nem assim tão sexy. 
- Você também trombou em mim, então não tem o direito de reclamar, camarada. – camarada? Quem diz camarada hoje em dia? 
Ele apenas bufou, me ignorando. Agachei-me para ajudá-lo de qualquer forma, juntando tantas páginas quanto pude alcançar. Não fazia ideia de quais eram as minhas. Nem me dei ao trabalho de olhar. O rapaz pegou abruptamente o calhamaço de minhas mãos e começou a ordená-las. 
- Essas... são suas – ele esticou a mão rudemente, me oferecendo a pequena pilha. – Parece que está tudo aqui... – e examinou sua parte. Sua testa franziu, e o rosto adquiriu um tom avermelhado enquanto ele analisava uma das folhas. – Isso certamente não é meu! 
Olhei para o papel e, horrizada, vi a cópia do meu traseiro, em todos os seus arredondados detalhes em preto e branco. Parece-me que todo o fluxo sanguíneo de meu corpo decidiu seguir para o rosto. 
Tomei bruscamente a copia de sua mão e me levantei. 
- Presta mais atenção por onde anda. Isso aqui não é shopping Center pra ficar olhando vitrine – ele falou mal-humorado, se endireitando. – Tenta ser menos desastrada. 
- Parece que cordialidade é contagioso por aqui – murmurei acidamente. – E você estava olhando pra onde que passou por cima de mim como um mamute? 
Ele estreitou os olhos, me examinando de cima a baixo, de modo nada lisonjeiro. 
- Você é a menina nova, não é? A neta do sr. Marcus. – De alguma forma, sua observação pareceu uma ofensa. – Já ouvi falar de você. 
- É mesmo? – me empertiguei. – Então é melhor ficar longe de mim. Sabe, nem tudo que dizem ao meu respeito é invenção – sorri, sarcástica, e me afastei. 
Por quê meu avô aturava esse bando de grosseiros?, me perguntei enquanto voltava para o sétimo andar. Não fazia sentido. Vovô prezava muito a boa educação. Só pude supor que aquela cambada de mal-educados não se comportava daquela maneira quando o patrão estava por perto. 
Entreguei as cópias para Joyce, que mal me olhou e já tinha mais serviço para mim. No geral, me saí bem. Passei a maior parte do tempo indo e vindo de uma sala para outra – e me perdi diversas vezes em andares diferentes -, levando documentos, relatórios e coisas do tipo. Assistente de secretária devia ser a nova forma de dizer Office girl. Eu era uma Office girl! Como poderia ficar ainda pior? 
Em uma dessas andanças, encontrei Hector, o homem que ocupava agora a cadeira de meu avô. 
- Demetria, o que faz aqui? – ele perguntou, franzindo a testa cheia de marcas de expressão. 
- Comecei a trabalhar hoje. 
- Por que não fui informado disso? 
- Não faço a menor ideia – dei de ombros. 
Ele me analisou por um momento. 
- Como você está? 
Suspirei. 
- Bem irritada, pra falar a verdade. Todo mundo aqui é meio grosseiro comigo, e a Joyce fica me dando ordens sem parar. Aquela mulher tá me tirando do sério. 
Ele quase sorriu. Quase. Hector não era dado a coisas tão mundanas. 
- Eu me referia à ausência do seu avô. 
- Ah. Bom... não me sinto muito diferente em relação a isso. Estou bem irritada com meu avô também. 
- Sinto muito – ele assentiu, sério, o maxilar pontudo trincado. – Sei que você está passando por um momento delicado e, acredite, não quero te trazer mais aborrecimentos, então espero não ter que fazer isso. Estou sendo claro? – Não havia muita hospitalidade em seu rosto. 
- Bastante – resmunguei irritada, mas nada surpresa. 
- Bom. Muito bom – Ele me deu as costas. 
Almocei no grande refeitório, absolutamente sozinha. A comida era quase sofrível, e os rostos curiosos que me analisavam de maneira pouco educada não me surpreenderam. Ninguém se aproximou, me disse um oi nem nada. Era como se eu fosse uma piada ou algo do tipo. Sussurros ecoavam nas paredes. Eu podia deduzir o teor das conversas: a neta desajuizada de Marcus Lovato havia sido excluída da herança por inaptidão. Era como estar de volta ao colégio. Liguei para Sel. 
- Como assim, é pior que a oitava serie? Nada pode ser pior do que passamos na oitava serie – ela declarou. 
Podia. E era! Aos catorze anos, eu ainda era uma menina,  menina mesmo, corpo reto como uma tábua, nada de curvas ou peitos, e menstruação era uma palavra inexistente em meu mundo. Após um terrível acidente envolvendo meu skate, um rolo de massa, duas latas de tomate seco e goma de mascar, tive que dar adeus aos meus cabelos que iam até a cintura. O chiclete grudou bem rente a raiz, no alto da cabeça, de modo que não dava para cortar apenas aquela parte e deixar o restante intacto. Foi necessário aderir ao corte estilo Joãozinho. Meu avô adorou o novo visual. Disse que fiquei parecendo uma boneca de porcelana. Mas a turma do colégio não compartilhava da mesma opinião. As garotas passaram a me evitar, porque achavam que eu tinha desenvolvido tendências homossexuais. E os meninos fugiam de mim porque eu era menina, mas naquele momento, não me parecia com uma. Uma pena que essa coisa andrógina não estivesse na moda na época. 
- Você está linda. Parece um menino. Um menino meio gay, mas continua linda – Sel resmungava enquanto eu chorava desolada. 
O problema era que, apesar de minha falta de curvas, cabelos e bom-senso, os hormônios já fervilhavam em meu corpo, e eu queria ficar bonita para um garoto do colegial que nem sabia da minha existência – a não ser ele tivesse se juntado aos espectadores, quando eu revidava os insultos e acabava rolando no chão com alguma garota peituda. 
Sel, já escultural naquela época, com um corpo de mulher adulta, se manteve firme ao meu lado, e aguentou comigo todo tipo de provocação,  o  que resultou em mais fofocas ainda. Era comum perguntarem se estávamos namorando. 
Foi um ano terrível, mas eu tinha minha melhor amiga ao meu lado para suportar a rejeição, que na época parecia o fim do mundo. Agora, ali no refeitório da empresa, eu estava completamente só.
- Pode acreditar, Sel – falei ao celular. – A oitava série ficou no chinelo. 
- Meu Jesus! ... Aguenta firme. Passa lá em casa mais tarde. Vou levar uma sacola de chocolates para você. 
Desliguei, desanimada, e vi sentado a pouca distância, a uma mesa mais no centro, ao rapaz que havia trombado comigo. Ele me encarou brevemente antes de se virar para falar com Joyce. Eles pareciam estar se divertindo muito, a julgar pelos sorrisos trocados. Deixei o refeitório e circulei um pouco pelos corredores, desejando escapar dos olhares inquisitivos. 
Os escritórios da L&L Cosméticos eram parcialmente decorados. A maior parte das salas era composta de muita madeira clara, toneladas de papéis e computadores. As paredes brancas imaculadas davam o tom sério e respeitoso que uma empresa daquele porte exigia. 
- Garota, esse documento é do Comex, setor nove. Como veio parar aqui? –Joyce, aquele doce de pessoa, questionou quando finalmente voltei para o sétimo andar. 
- Não faço ideia – dei de ombros. 
- Claro que não. – Ela me esticou o papel daquele seu jeito imperioso. – Leve imediatamente para o quinto andar. 
- Por que o setor nove fica no quinto andar? O que fica no nono? 
- A sala da presidência – ela responde sem me olhar. – Anda, garota! Eu tenho muito que fazer. 
Eu até que estava gostando das andanças. Cada incursão, aproveitava para dar uma olhadinha nos cartazes motivacionais da empresa, só para enrolar. 
“Se eu quisesse tapinhas nas costas, seria massagista. A gerência.” 
“Uma máquina pode fazer o trabalho de cinquenta pessoas comuns. Nenhuma máquina pode fazer o trabalho de uma pessoa extraordinária.” 
“Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto”, e seguia-se um longo texto descrevendo o que deveria ser feito para se obter êxito. Achei tudo aquilo ridículo. Quem realmente acreditava naquela balela? 
O quinto andar era muito mais agitado que o sétimo. Dezenas de pessoas se amontoavam nos cubículos, todos falando ao telefone ao mesmo tempo e em idiomas diferentes, como na Torre de Babel. Eu não sabia onde deixar o documento, então decidi que qualquer uma daquelas mesas serviria. 
Já estava dando meia-volta quando alguém me chamou. 
- Dem... – Ou quase me chamou. 
Virei-me e dei de cara com o gigante grosseirão. 
- Ah, só podia ser você. Meu nome é Demetria. Repete comigo: De-me-tri-aaa. 
- Tanto faz – ele deu de ombros, parecendo entediado. – Você encontrou um documento que... 
- Tá ali naquela mesa – indiquei com a cabeça e dei um sorriso afetado. – De nada. 
Ele me olhou com uma expressão dúbia. 
- De nada? 
- Obviamente você precisa do documento e eu o encontrei. Então, de nada. 
Ele sorriu, mas não era nem de longe um sorriso alegre, e cruzou os braços sobre o peito atlético. Eu podia apostar que era enchimento que deixava seus ombros tão largos. Ou talvez o terno escuro desse a impressão de que músculos bem torneados se escondiam sob o tecido... Não. Com certeza era enchimento. 
- Ah, entendi. Você quer que eu te agradeça por ter trombado comigo e tirado de ordem um contrato que passei a manhã toda organizando e que você, em segundos, transformou num caos. É isso? – ele perguntou debochado. 
- Talvez – o desafiei, empinando o nariz. Não era porque ele era muito mais alto que eu, que eu não poderia lhe dar uma surra. Aquele policial búlgaro também era bem grande e mesmo assim consegui quebrar seu nariz em dois ou três lugares diferentes. 
Ele devolveu o olhar, e um brilho desafiador surgiu em seus olhos. 
- Então agradeço a ajuda preciosa. Não sei o que seria de mim sem ela – ele disse zombeteiro. 
- Sabe de uma coisa, camarada? Acho que você é assim tão legal porque faltou gente para chutar a sua bunda no colégio. Se quiser, posso te ajudar com isso. Vai ser bem divertido! 
- Seu avô deve estar orgulhoso vendo a neta se comportar como uma trombadinha. 
Se ele tivesse me dado um soco na cara, teria doido menos. 
- Você não sabe nada sobre mim – trinquei os dentes. – Nem sobre o meu avô. Você não passa de um idiota extremamente grosseiro. 
Ele deu de ombros. 
- Não é segredo nenhum que o seu avô te deserdou. Agora entendo o por quê. 
- Cala a boca! – gritei, atraindo vários olhares. 
Com horror, notei que lágrimas escapavam de meus olhos. Não havia como retê-las. O que aquele cara arrogante disse libertou algo que estivera rondando minha cabeça desde que eu soubera que vovô tinha decidido me excluir – ainda que não fosse exatamente isso – do testamento. Eu só não queria admitir, nem mesmo para mim. Assim como não queria admitir perante aquele homem gigante e sensível como um tubarão que eu era uma fracassada irresponsável, no entanto sua hostilidade gratuita me compelia a revidar. 
- Quer saber se eu estou feliz com o que meu avô fez? Não, não estou feliz. Na verdade, estou com muita raiva dele nesse momento por ter me jogado nesse covil de cobra, cercada de pessoas tão gentis como você, a Joyce e a espanador do RH. Mas o fato é que vovô me amava. Eu sei disso! Me impedir de assumir seus negócios não tem nada a ver com o que ele sentia por mim ou com a forma como levo a minha vida. Você. Não. Sabe – apontei um dedo, cutucando seu peito (duro pra caramba, aliás). Ele se retraiu um pouco, 
ligeiramente desconcertado. – Você não viveu com ele os últimos vinte anos de sua vida. Não correu para a cama dele quando sentiu medo, e ele, sempre carinhoso, apertou sua mão e disse que ia ficar tudo bem, que não ia sair do seu lado. Ele não te consolou quando seu coração se partiu pela primeira vez, nem em todas as outras. Ele não te deu bronca atrás de bronca, para logo em seguida te abraçar e dizer que só brigava com você pra te educar direito. Ele não te abandonou. Foi comigo que ele fez isso! 
Ele pareceu confuso e, se estivesse lendo corretamente suas feições, arrependido e penalizado. 
Argh! Eu havia chegado ao limite. 
- Hã... olha... eu não quis dizer... – ele começou, inseguro. 
- Mas disse. Muito obrigada por me lembrar. Será que agora você pode, por favor, me deixar em paz? – e saí o mais rápido que pude. 
Graças aos céus, eu já sabia onde ficavam os banheiros de todos os andares. Tranquei-me em um deles, soluçando e tremendo até que as lágrimas secassem. Voltei para a sala de Joyce uma hora depois, resoluta. 
- Ah, aí está você! Que ideia foi essa de xerocar sua bunda? E por que tanta demora? Leve esses papéis para Janine e depois volte para se explicar... 
Peguei minha bolsa. 
- Não. Não levo. 
- Como assim, não leva? – ela perguntou, colocando as duas mãos na cintura inexistente. 
- leva você. Vai te fazer bem caminhar. É bom pro coração, diminui o quadril e... deixa pra lá. – Passei minha bolsa pelo ombro e me dirigi ao RH, deixando Joyce como que presa ao chão, a boca aberta feito um peixe. 
- Você está o quê? – questionou a espanador. 
- Pe-din-do-de-mis-são! Quer que eu soletre? 
- Você não pode se demitir! – Ela disse, em pânico. 
- Posso sim. Todo mundo pode. E, como você lembrou mais cedo, eu sou igual a todo mundo. Posso me demitir quando bem entender e, no caso, estou fazendo isso agorinha mesmo. 
- O Dr. Clóvis me alertou sobre essa possibilidade. Onde está...? – Ela revirou a mesa e me entregou um envelope. – Aqui! Tome. 
- O que é isso? – perguntei desconfiada, encarando o envelope. 
- Não faço ideia. Mas o Dr. Clóvis disse que era pra te entregar caso você quisesse desistir. 
Afastei-me um pouco de seu olhar curioso e abri o envelope. Era um bilhete. A letra eu conhecia bem. A assinatura era a mesma que tantas vezes eu havia tentado falsificar nos anos do colégio para que ele não visse minhas notas no boletim ou as suspensões. 
Demetria, estou espantado que já tenha desistido. Quanto tempo já passou? Três horas? 
Um pouco mais, vovô. 
Sei que talvez você esteja com raiva, mas acredite: Só estou pensando no seu bem. Quero que vá para casa agora, respire fundo e volte amanhã. Há uma lutadora em você. Nesses últimos anos, ela sempre apareceu nas horas mais inadequadas, mas não posso acreditar que tenha desistido agora. Volte amanha e me deixe orgulhoso

 Vô Marcus
Respirei fundo. Isso era chantagem emocional. E ele sabia disso! 
Fui para casa num misto de saudade e agonia. Com aquele bilhete, senti como se vovô ainda pudesse olhar por mim. Eu me senti protegida outra vez, como se ele estivesse por perto, velando por mim. 
O que não significava que eu voltaria a botar os pés no antro de lunáticos. Não mesmo. De jeito nenhum!

5 comentários:

  1. haha, que povo mais chato, muito chato mesmo, tadinha da Demi '-' mas to amando a história, poosta logo, beeeijos

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  2. que lindo, concordo com a Demizinhaaa as pessoas são muito más, bubu :/ pooosta logo amaaaaando, beijos

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    1. C. Shay no comentário acima, esqueci de falar kkk

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  3. Já falei que eu amo o Vô Marcus... Esse homem
    Não existeee... Te amo Marcus. O grosseirão é o Joe?

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