sexta-feira, 12 de abril de 2013

AMOR SEM FIM CAPÍTULO 27

Joseph congelou. Não tinha idéia do que iria responder. Sabendo a linha de pensamento de Demi, duvidava muito que estivesse falando com sinceridade. A declaração o deixou cheio de ciúme e desconfiança, pois em vez de soar liberal e compreensiva a frase parecia vir de uma libertina.
— Que quer dizer?
— Bom, proponho um casamento aberto. Basicamente, teríamos nossas vidas separadas.
— Separadas?— Joseph estava sendo invadido por vibrações perturbadoras.
Demi corou.
— Obviamente, não compartilharíamos o mesmo quarto.
Joseph fez que não com a cabeça arrogante, rejeitando a idéia enfaticamente.
Demi continuou, ignorando a expressão de desgosto do futuro marido.
— Se não pode ser fiel, esse tipo de casamento seria a melhor opção para nós dois.
Joseph forçou a coluna contra a porta como se tivesse acabado de acordar. Seu silêncio deixou Demi ainda mais nervosa.
— Haveria benefícios, claro. Pelo menos, nos aceitaríamos tal como somos.
— Eu como um pecador eterno e você como uma santa reprimida? — respondeu Joseph com um cinismo atroz.
— Não. Aos poucos, iríamos esquecendo... bem, você sabe... que tivemos relações sexuais — murmurou Demi sem graça. — E, então, nos tornaríamos bons amigos.
Joseph fez que não de novo com a cabeça e apontou o polegar para baixo como um imperador romano declarando a sentença de morte.
— Pelo visto, a segunda opção é aceitar a cláusula absurda que quer me impor e ser multado em milhões e milhões se infringir suas regras?
Demi fez uma careta.
— Apenas preciso que leve nosso casamento a sério. Joseph suspirou.
— Se eu fizer o que você quer, vamos dormir na mesma cama? Não! Esqueça... a Grécia não produz covardes que se deixam mandar pelas mulheres.
— Onde está escrito que um grego magnata pode ter uma amante? — atacou Demi com um sentimento furioso de frustração. — Não sou suficiente para você? Qual seria sua reação se eu tivesse um amante?
Toda a pretensão de relaxamento desapareceu, Joseph se afastou da porta e foi na direção dela com movimentos e um olhar ameaçadores.
— Nem pense nisso. Não toleraria nem que flertasse com outros homens. Nem em sonho!
Demi lançou um olhar irônico para ele.
— Prefiro nem fazer um comentário óbvio sobre essa sua atitude.
— Theos mou... está me chamando de hipócrita?
— Suponho que não tenha importância. Tudo indica que esse casamento não vai sair mesmo. Afinal, parece que nenhum dos dois vai assinar o contrato pré-nupcial.
O silêncio tenso invadiu o recinto e Joseph soltou um suspiro cansado. Os traços morenos e belos estavam melancólicos. Observava-a com uma intensidade extraordinária. Não iria se render. Nunca se rendia.
Sem dizer mais nada, saiu do quarto. Desceu as escadas e pediu que a limusine o fosse buscar. Enquanto esperava, serviu-se de um copo de conhaque. Estava tão furioso que andava de um lado para o outro, como um tigre preso em uma jaula. Quando a limusine chegou, ficou em dúvida se deveria partir ou não. Tinha vindo para passar a noite, e ficaria. Era ela quem estava acostumada a fugir dos problemas, não ele. Franziu a testa. Reconhecia que a tinha pressionado demais, o que acabou afetando a capacidade de Demi de confiar nele.
Talvez não fosse justo culpá-la por isso. Mas já não tinha mais amante, considerou, tomando mais uma dose de conhaque, irritado. Os advogados tinham lhe aconselhado a formular a tal cláusula que lhe dava o direito da guarda das crianças em qualquer circunstância. Obviamente, Demi não entendia que o contrato era, principalmente, para resguardar a fortuna Jonas. Não entendia porque não era gananciosa. Havia sido a única mulher que tinha ignorado o tamanho da riqueza dele e tratado Joseph como um homem comum.
Provavelmente, refletiu ele, ela também não fazia idéia de que os casamentos na família Jonas tinham, quase sempre, uma história longa e infeliz. Divórcios amargos, batalhas nos tribunais pela guarda das crianças e escândalos explosivos haviam atingido todas as gerações. Com exceção do casamento dos bisavós, que tinham sido o último casal feliz da família.
Rodas Jonas havia se casado com o amor da infância, Adelaide, apesar de toda a oposição de ambas as famílias. Não houve contrato pré-nupcial e, apesar das brigas e dos altos e baixos da relação, o casal permanecia unido com amor e respeito. Ao longo de todo o processo, haviam aprendido a ceder, a compartilhar e ouvir. Advogados nunca precisaram intermediar qualquer crise. Talvez, ponderou, não estivesse sendo sábio ao deixar desconhecidos se meterem em sua vida privada. De fato, o acordo e aquela conversa deveriam ter deixado Demi insegura e intimidada.
Alguém bateu na porta e Demi se sentou na cama.
— Sim?
Joseph entrou, sem o terno e sem a gravata. A camisa azul estava aberta, deixando à vista o peito esbelto e definido.
Demi piscou, surpreendida. Havia escutado a limusine partindo e estava certa que Joseph tinha ido embora.
— Ainda está aqui? Joseph fez que sim.
— Tenho um vôo muito cedo amanhã. Não faz sentido sair daqui. Até eu preciso dormir.
Demi lembrou que os olhos estavam vermelhos e inchados, porque havia chorado, mas, para sua sorte, ele não a olhou diretamente. Em vez disso, estava com a atenção no detalhe da cama com adornos talhados em madeira.
— O que você tem? — perguntou, preocupada.
A cabeça sempre ereta e exibindo confiança estava cabisbaixa. Ergueu-a ao ouvir a pergunta.
— Tomei uma decisão. Vamos esquecer esse contrato pré-nupcial. Não é necessário.
Demi ficou confusa e aturdida. Quase chegou a perguntar quais seriam as novas exigências, mas preferiu manter-se calada, e suspirou aliviada preparando-se para o pior possível. Estaria ele se defendendo? Ou, ainda, pensando nas opções que ela oferecera? Depois de tantas perguntas, chegou à conclusão de que o confronto não daria resultados positivos. Precisava ser mais sutil. Afinal, não importava o quanto brigassem, ela o amava e sabia que ficaria muito triste sem ele.
— Está bem... — concordou Demi. — Está precisando fazer a barba. Parece um pirata — acrescentou ela sem pensar.
A tranquilidade de não ser atacado com perguntas permitiu que um sorriso se estampasse em seu rosto.
— O barco eu já tenho — brincou ele. — Falta a espada e o papagaio.
Ela riu.
— Já é madrugada, pedhi mou — disse ele em voz baixa. — Deveria descansar.
— Fica comigo... — pediu ela automaticamente, sem raciocinar.
Depois de um segundo de hesitação, Joseph se aproximou. Demi ficou imóvel e mal conseguia respirar, pois a presença dele sempre a deixava nervosa e ofegante. Com os braços, ele a envolveu e a puxou para mais perto.
— Precisa dormir — disse ele. — Parece muito cansada.
Demi não precisava que lhe dissessem isso. Sabia de sua condição física, mas o calor de Joseph, seu cheiro inconfundível e inebriante e a textura deliciosa da pele a deixavam excitada demais. Mesmo cansada, o desejo de tê-lo mais intimamente nunca a deixaria descansar.
Joseph passou as mãos por debaixo da camisola e parou na cintura.
— Posso? — perguntou em voz baixa.
— Faça o que quiser — respondeu ela com uma voz sedutora e convidativa, sentindo calafrios pelo corpo.
Na verdade, era o formato do corpo dela que provocou seu interesse. As mãos fortes e os dedos largos foram gentis ao começar a brincar e explorar a barriga volumosa.
— Incrível... — sussurrou ele.
Joseph sentiu algo mexer com força dentro de Demi.
— É um dos bebês chutando? — perguntou assombrado.
— Sim, são muito ativos.

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Gente tá terminando, ta no finalzinho, provavelmente termine ela amanhã ou no domingo ainda estou decidindo , a unica certeza é que tem outro mais tarde!
Mais e aí acham que agora eles se acertam ou não?
Hum sei não os dois são muito orgulhosos mais não vivem sem o calor do corpo um do outro Demi já se convenceu que ama Joe mais não dá o braço a torcer, e gente a  Demi é tão tarada quanto Joseph só pra deixar claro que Joe não é o unico safado ok!
até logo.   

3 comentários:

  1. anwww, que momento mais cute ai no final >< annw, que lindo posta sim mais tardeee, beeijos <33 Já tem a proxima história que vai postar em mente? Poosta, beeijos

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  2. Awnnn que fim de cap mais fofo.
    Adoro a ideia que vai ter mais cap hj. Thank youuuu! :)

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  3. Claro Qe a gente sabe Qe ela é tarada mas epá ela é mais civilizada....
    Estou tristonha...já no final... :( Tão fofo ... Esses dois quando estão bem... Mas amo quando eles brigam

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