quinta-feira, 11 de abril de 2013

AMOR SEM FIM CAPÍTULO 25

Joseph não gostou nada da declaração, porém tinha alcançado sua meta e isso já bastava, por enquanto. Não haveria mais escapadas ou ameaças de fuga com seus filhos. O desaparecimento de Demi havia sido motivo de insônia e desconforto para Joseph, uma realidade que não estava mais disposto a tolerar.
— Quero que a cerimônia seja marcada o mais rápido possível — disse, olhando-a minuciosamente, sem estar totalmente confiante de que ela cumpriria o trato. Por isso, não queria perder tempo.
— Por mim, tanto faz... — Demi deu de ombros, demonstrando indiferença e irritando Joseph.
— Quero uma festa decente — acrescentou ele, para que não restassem dúvidas de que o pouco tempo para organizar a festa não significava que não haveria pompa e luxo. — Igreja, um belo vestido de noiva, centenas de convidados.
Demi empertigou-se.
— Não vou me meter dentro de um vestido de noiva grávida desse jeito!
— Qual o problema? — provocou-a Joseph. — Atualmente é bem comum. Além disso, vai garantir que seja a atração da festa.
Demi não conseguia pensar em nada mais constrangedor que uma enorme barriga em um vestido branco. Ficaria parecendo um bombom de festa. Fora isso, todos os amigos de Joseph e parentes ficariam comparando-a com a bela e elegante ex-noiva, Ashley.
Joseph esperava que o entusiasmo fosse aos poucos tomando conta de Demi, mas isso não ocorreu.
Não obstante, uma de suas maiores qualidades era a persistência. Talvez, raciocinou, ela estivesse com medo de não ser capaz de organizar uma festa daquela dimensão em tão pouco tempo.
— Naturalmente, você não vai precisar se preocupar com nada. Vou contratar uma equipe para cuidar de todos os preparativos.
— Gostaria que, se possível, a cerimônia fosse bem simples e reservada.
Controlando para que não deixasse a irritação transparecer, Joseph respirou profunda e lentamente, antes de dizer, com admirável tranquilidade:
— Estou orgulhoso em fazer de você minha esposa. Discrição e simplicidade não estão nos meus planos.
— E, claro, como todos sabemos, tudo tem que ser do jeito que você quer. Mas vou logo avisando, se você se casar comigo a vida não vai ser tão simples e fácil assim.
— Essa é uma declaração de guerra, pedhi moul — Joseph achou divertida a ameaça e percebeu que considerava Demi uma companhia extremamente jocosa e agradável, na maioria das vezes. Naquele instante, estava aborrecida, mas acabaria se acalmando e percebendo que ele, sim, sabia o que era melhor para ela e seus filhos. Afinal, será que não se dava conta de que um casamento simples e discreto apenas faria parecer que ele tinha vergonha dela? E que seria a alegria dos maldizentes? E, afinal, as mulheres não eram loucas por casamentos?
Estava convencido de que, não importava o que ela dissesse naquele momento, logo estaria profundamente envolvida com os preparativos. Apenas precisava de um empurrãozinho na direção certa.
— Não tenho mais nada a dizer sobre esse assunto. Apenas gostaria de saber onde vou morar, enquanto isso.
— Aqui.
Demi fez uma careta. Não queria ter que encontrá-lo todos os dias. Era tentação demais para uma grávida só.
— Se não gosta deste lugar, não tem problema. Tenho uma casa de campo em Kent, a poucas horas daqui.
— Se não se importa, prefiro ficar lá até o dia do casamento.
Joseph se importava, e muito, mas não disse nada. Entendia que havia usado da coerção e agora ela revidava com as únicas armas que tinha à disposição. Estava desconcertado com a rapidez com que ela havia aprendido a contra-atacar. Teria aprendido essa arte com ele? Em seguida pensou em quanto tempo uma festa de casamento de qualidade poderia ser organizada. Não queria esperar nem um mês. Na verdade, sendo honesto consigo mesmo, não queria esperar nem uma semana. Estava assombrado com a sofreguidão de sua impaciência. Afinal, havia sido ele quem tinha insistido com Ashley para que marcassem a data do casamento com mais de 18 meses de antecedência.
Dez dias depois, Demi se encontrava no escritório da enorme casa de campo de Joseph, em companhia de um dos advogados dele. Naquele instante, o silêncio era desconfortável, pois o jurista havia acabado de explicar os pontos mais relevantes do acordo pré-nupcial.
Ela não conseguia acreditar no que havia acabado de ouvir. Segundo um dos termos do contrato, em uma eventual separação, Joseph exigia o direito de ficar com a guarda das crianças. A inclusão de tal condição lhe parecia uma insinuação de que Joseph apostava no fracasso do casamento e que estava pouco disposto a se esforçar para garantir que a relação fosse duradoura.
— Joseph ficaria com a guarda das crianças independentemente de quem fosse a culpa pelo fim do casamento? — inquiriu Demi. — Isso é totalmente injusto.
— O mérito da culpa não entra em questão, aqui.
— Pois deveria — disse Demi ao advogado. — Presumo que também possa impor minhas condições?
— Mas é claro. No entanto, isso irá estender as negociações, o que demandará mais tempo — alertou o advogado, como se esperasse que o fato a fizesse desistir.
Demi quase sorriu.
— Por mim, tudo bem. Não aceito a cláusula que diz respeito às crianças. Minha condição é a de que, caso Joseph cometa adultério, terá de abdicar do direito da custódia das crianças.
Pego desprevenido, o advogado fitou-a com os olhos arregalados, antes que o profissionalismo voltasse a suavizar seu semblante.
— Devo adiantar à senhora que Joseph não vai gostar disso.
— Não tenho dúvida. Mas a fidelidade é muito importante para mim e quero que haja uma cláusula que o desencoraje a procurar outras mulheres.
O advogado a olhava com total admiração. Estava pensando em como iria descrever a futura sra. Jonas para os colegas, visto que ela era fonte de enorme curiosidade. A noiva podia estar grávida, mas não parecia nem um pouco ávida para subir ao altar e fazia valer suas exigências com tranquilidade.
— O que, exatamente, tem em mente?
Demi levou em conta o que era de mais estimado para Joseph. Sua reputação? Poder? Fortuna? Ele levava incrivelmente a sério os negócios e a arte de fazer dinheiro.
Quiçá, ao descobrir que a infidelidade pudesse lhe pesar no bolso, Joseph pensaria duas, três vezes antes de traí-la. E se por acaso o fizesse, mesmo assim, ela teria, pelo menos, o consolo de ficar merecidamente rica, mesmo que infeliz.
— Se ele me trair, quero que tenha um prejuízo milionário.
— Acredito que uma cláusula desta natureza despertaria uma tempestade e tanto — preveniu o advogado.
— Tenho certeza que sim.
Demi não pensava em recuar. Se Joseph estava determinado a se casar com ela, teria que fazer escolhas também. Não podia ter tudo à sua maneira.
— Que tipo de quantia a senhora tem em mente como forma a não incentivá-lo à traição.
— Uma quantia que fosse bem dolorosa.
O advogado mal podia esperar para apresentar o contrato explosivo ao soberbo time de assessores jurídicos de Jonas, que havia deixado claro que esperava que o acordo pré-nupcial fosse assinado imediatamente e sem que houvesse chance para estratagemas. Ficou curioso em saber qual deles teria a tarefa ingrata de informar a Joseph Jonas sobre a cláusula punitiva sobre adultério exigida pela noiva. Depois que o advogado partiu, Demi foi dar um passeio pelas dependências da casa. O lugar era suntuoso como um hotel cinco estrelas e os empregados pareciam esmerar-se para fazê-la se sentir à vontade. Após algumas noites muito bem dormidas e refeições regulares e saborosas, o cansaço e a magreza desapareciam gradualmente. Sentia-se bem-disposta e mais forte. Desde sua saída de Londres, havia visto Joseph apenas uma vez, nos primeiros dias, quando ele passou rapidamente para almoçar antes de voar para Bruxelas. No entanto, estava quase certa que a cláusula adicionada ao contrato pré-nupcial o traria de volta para uma visita em breve. E esperava ansiosamente por esse momento...
Naquela mesma tarde, Demi desfrutava de um demorado e preguiçoso banho de banheira quando alguém bateu na porta impacientemente. Ela se sentou rapidamente. A água da hidromassagem agitava-se em seus ouvidos ruidosamente.
— Sim? — gritou.
— Sou eu, Joseph... — A porta se abriu.
— Nem pense em entrar!
— Não me faça esperar — respondeu ele. Demi saiu apressadamente do banheiro, enrolada em uma toalha. A água escorria por todo o corpo.
Do outro lado do quarto estava Joseph que a observava assim que ela saiu do banheiro.
— Me arrumo em cinco minutos — disse ela, apressada.
— Você rejeita tudo o que lhe ofereço... rejeita quem eu sou!
Demi ficou atônita. Não esperava uma saudação tão enérgica e desaforada:
— Eu...
— Que interesse tem em boicotar o próprio casamento? Não compreendo essa falta de interesse e desleixo com algo tão importante. — Ele parecia profundamente ofendido: — Se arruinar o que temos, não vai poder recuperar depois!
Demi descobriu que estava tremendo. Sua única intenção fora mostrar a ele que não estava inclinada a bancar a esposa feliz, depois de ter sido obrigada a se casar com ele sob condições injustas.
— Mas o que não posso perdoar é o fato de você ter exposto meu comportamento, minha privacidade, para meus próprios advogados! — vociferou ele. — Como pôde fazer isso?

5 comentários:

  1. vishh, ferrou kkkkk Joe está muito muito bravo haha' quero só ver o que vai acontecer, poosta logo, pleeeease, beeeijos

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  2. haha' a demi é o maximo, isso mesmo garota, poosta logo, pleeeease,

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  3. lindo demaaais, posta logo amando essa história, posta, xoxo.
    C. Shay

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  4. Ameiiii Kkklkkkl a Demi cutucou a onça agora ele ta una fera. Ta certa.
    Postaaa maissss pleaseee

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