segunda-feira, 22 de abril de 2013

CAPÍTULO 10

Antes do capítulo quero pedir a vocês 1.000.000.000.000 de desculpas por não ter postado ontem, mas tive vários motivos:1° tava mal pra caramba ontem, fui para um aniversário no sábado, e acabei exagerando um pouco, tive que ir trabalhar no domingo, e fui para a casa da minha mãe pra ela cuidar de mim, meu namorado ficou me enchendo por que passei da conta, e acabei dormindo pela casa da minha mãe mesmo.
2° o inútil do meu amado irmão está de castigo e meu pai desconectou toda a internet da casa, o que me impossibilitou de postar. Mas já estou em minha humilde residencia e estou de folga, hoje e amanhã, vou postar uns 3 capítulos hoje para me desculpar, talvez amanhã não vou postar, pois minha irmã vai levar meu not para um técnico da uma checada nele, e estou em semana de prova, se ela realmente levar vou dar um jeito de compensar não se preocupem é só isso aproveitem o capítulo.
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Demi, acorda – chamou Sel, me sacudindo bruscamente. 
- Eu quero dormir – murmurei, enterrando a cabeça sob o travesseiro. 
- Temos que ir pra casa trocar de roupa e trabalhar. Pelo amor de Deus, levanta, garota! 
- Eu estou em casa – virei-me de bruços quando ela tirou o travesseiro da minha cara. 
- Não está. O Logan está no banho e o Carlos está desmaiado no outro quarto. Vamos cair fora agora! 
- Quem é Carlos? – murmurei sonolenta. 
- O amigo do Logan, que por acaso é o dono da cama em que você se encontra agora – ela puxou o lençol. 
- Lo-Logan? – abri os olhos e me sentei num átimo, completamente desperta. Olhei para baixo. Minhas roupas haviam evaporado. – Ah, Deus! Não! 
- Foi exatamente isso que eu quis gritar quando vi o Carlos peladão do meu lado no outro quarto – ela jogou minhas roupas sobre a cama. – E foi ruim! Muito ruim! Eu não quero ter que fingir que lembro de alguma coisa. Então vamos dar o fora agora! 
- Ai meu Deus! Eu e o Logan? – Aquela voz fina no meu ouvido, os gemidos de garota... – Eca! 
- Da próxima vez vamos dispensar o absinto, certo? – sugeriu ela, procurando meus sapatos. 
- Certo. – Eu me pus de pé e em três segundos estava vestida, saindo sorrateiramente do apartamento arrumadinho de Carlos e Logan com os sapatos nas mãos. 
Assim que alcançamos a calçada, me dei conta de que faltava alguma coisa. 
- Hã... Cadê meu carro? 
- Demi! Você não lembra? – Sel parecia frustrada, batendo os saltos finos na calçada esburacada. 
- Eu devia? – Minha cabeça começou a latejar. Algo em meu estomago se agitava ferozmente, minha boca estava seca e achei que vomitaria a qualquer momento. Malditas enchiladas! 
- Deixamos seu carro no estacionamento perto da balada. Viemos pra cá no carro do Logan. Você não tinha condições de dirigir nem carrinho de supermercado. 
Estanquei, puxando-a bruscamente. 
- Você estava sóbria? Você estava consciente quando me viu com o Logan? – perguntei, chocada. 
- Não! Claro que não! Quer dizer, eu não estava tão doida quanto você, mas estava bem alta. Você tomou todas... 
- Não diga! – Voltamos a andar, nos afastamos do prédio deles o mais rápido possível. – Eu dei vexame? 
Ela mordeu o lábio. 
Ah, droga! 
- Você subiu no balcão do bar e começou a dançar feito uma stripper. 
- Não! – gemi. 
- Relaxa. Você não tirou a roupa dessa vez, mas comeu aqueles amendoins nojentos que ficam no balcão, onde todo mundo põe a mão. 
- Por que você me deixou fazer isso? – perguntei horrorizada. 
- Porque eu também comi – ela suspirou derrotada. – Você acha mesmo que, se eu tivesse em condições de alguma coisa, teria deixado aquilo chegar perto da minha boca? 
- Era tão nojento assim? – a náusea aumentou. 
- Ah, não! O amendoim até que era bom. Eu estava falando do Carlos. Não acredito que eu... Argh! Ele tem namorada! Tem uma foto dos dois do lado da cama. Mas ele me contou isso ontem a noite? Não, claro que não! – Ela cobriu os olhos com uma das mãos. – Esse dia já está ruim o bastante. Vamos pegar um taxi. 
- Como? Eu tô lisa! 
Ela examinou sua bolsa e torceu o nariz. 
- Isso não dá pra uma corrida. – Então me lançou um olhar piedoso. – Vamos ter que encarar o ônibus. Desculpa. 
- Pare com isso, Sel – reclamei. – Eu já peguei ônibus muitas vezes. 
- Isso aqui não é Oslo, Demi. 
Não entendi bem o que ela quis dizer até entrar no ônibus lotado e ser literalmente amassada por todos os lados. Não havia um único espaço vazio, nem mesmo no corredor. Ficamos em pé, pressionadas pelas pessoas ao redor. A cada freada brusca, eu era jogada para frente e depois ricocheteava para trás, onde um homem barbudo sorria satisfeito, mostrando um dente dourado, enquanto tocava minha cintura. E isso não era o pior. Seu odor era nauseante. Eu não tinha certeza se o cheiro vinha mesmo daquele homem, já que era cedo demais para alguém ter suado tanto. 
Prendendo a respiração e tentando conter a náusea, suportei a viagem, distribuindo cotoveladas para todo lado. Consegui um pouco de espaço, suficiente para que eu visse a primeira página do jornal Na Mãos de um senhor sentado a poucos centímetro. 
- Ah, que inferno! 
- Que foi? – perguntou Sel. 
Apenas apontei para o jornal, em que se estampava uma foto,  eu sobre o balcão, pelo amor de Deus! – seguida de letras garrafais: “PRINCESA DO CONGLOMERADO LOVATO FLAGRADA EM MAIS UMA NOITE DE BEBEDEIRA”
Quarenta minutos depois, descemos a duas quadras da casa de Sel. Examinei meu corpo e agradeci aos céus por estar inteira, mas o futum do barbudo havia se impregnado em mim. Sel voou para o banheiro assim que chegamos. Esperei minha vez impaciente. Mandy me recebeu com um bom-dia e um sermão por termos passado a noite fora durante a semana e sem avisá-la. De uma maneira doentia, foi reconfortante. Assim que Sel assumiu meu lugar perante a furiosa Mandy, corri para o banho – demorado e revigorante -, tentando me livrar do cheiro de cê-cê alheio. 
- Estou indo – anunciou Sel. – Quer carona? 
Eu ainda estava com os cabelos empapados e sem maquiagem. 
- Ah, quero! Nem pensar que eu vou entrar naquilo outra vez. Não mesmo! –Eu não pretendia repetir tão cedo a experiência com o transporte público. 
Engoli dois analgésicos e um antiácido e corri para o carro. Sel dirigiu feito louca pelo trânsito caótico. Eu ainda tentava arrumar os cabelos com os dedos quando ela encostou o carro meio-fio em frente a L&L Cosméticos. 
- Mais tarde eu volto pra te pegar e vamos resgatar o seu carro. Passa alguma coisa nessa cara que você tá meio verde. 
- Eu me sinto verde – objetei. – Eu transei com o Logan! Eca! 
- Você está carente. Ele ouviu pacientemente suas lamúrias e te consolou quando você começou a chorar. – Eu me lembrava vagamente de algo assim. Pisquei, sem querer reviver aquela cena constrangedora. Sel  continuou: - Eu é que não tenho desculpa, além do tradicional eu estava bêbada. Agora corre! – ela ordenou, me dando um beijo estalado na bochecha. 
Obedeci, sabendo que estava atrasada. Chamei o elevador ao mesmo tempo em que tentava aplicar a máscara nos cílios, mas a geringonça metálica parava de andar em andar, de modo que, assim que terminei a maquiagem, decidi subir as escadas, afinal sete lances não eram muita coisa. De início, subi de dois em dois degraus, mas no segundo lance já estava exausta. Malhar nunca foi meu forte e, depois da quantidade de álcool que eu havia ingerido na noite anterior meu organismo estava mais lento. Na metade do terceiro lance, tropecei em algo grande e me espatifei nos degraus. 
- Caramba! – exclamou o algo. 
Tentei me livrar das pernas compridas e fortes enroscadas nas minhas. 
- Joe! 
- Você nunca olha por onde anda? – ele perguntou confuso, me ajudando a ficar de pé. 
- Já te ocorreu que a escada não é o melhor lugar para ficar sentado dando um tempo? – me endireitei um pouco, afastando-me de suas mãos quente. Meu cotovelo começou a arder. 
- Eu não estava dando um tempo. Estava...pensado – disse ele, dando de ombros. 
- Lugar ideal para isso. Ai, inferno! – murmurei quando vi que um pouco de sangue havia escorrido do braço para a barra imaculada de minha regata branca. 
- Você se machucou? – ele perguntou numa voz suave que quase não reconheci. 
- Não foi nada. É só um arranhão. 
- Me deixa ver isso – ele pediu, ignorando o que eu havia dito. 
- Você é médico agora? 
- Me deixa ver, Demetria – e sem esperar ele se apossou de meu braço, virando-o para observar a ferida rubra e gotejante no cotovelo. Não sei bem se eu estava fria demais ou se Joe estava muito quente, mas os pontos em que seus dedos me tocavam me queimavam. Ele me surpreendeu ao retirar um lenço branco do bolso da calça e pressioná-lo contra meu cotovelo latejante. – Melhor lavar o machucado. Está sujo, pode infeccionar. 
- Você ainda usa lenço de tecido? De que século você saiu – indaguei para me distrair da súbita sutileza em seu rosto. 
- Nunca se sabe quando pode acontecer uma emergência – ele sorriu. Por um momento, me senti completamente zonza. Fiquei olhando para sua boca atônita. Era a primeira vez que eu o via sorrir tão descontraído e despido de ironia. Era uma experiência e tanto. – Esta sendo útil, não está? 
- Você é... estranho . 
Ele riu. 
Fiquei observando enquanto o mundo desacelerava ao som de sua gargalhada quente e rica. Acabei sorrindo em resposta. Que coisa mais idiota de se fazer! 
- Você costuma atropelar as pessoas desse jeito? Foi a segunda vez que você passou por mim feito um trator. Estou pensando em te denunciar para as autoridades competentes – ele brincou. 
Ali estava o Joe que eu ainda não conhecia. Que era bem-humorado e sorria e cuidava do meu braço machucado. Meu estomago se revirou furiosamente, e desejei que o velho Joe voltasse para que ele se aquietasse. 
- Às vezes – respondi, um pouco atordoada. – Oque você estava fazendo aqui, afinal? 
Ele se retraiu um pouco. O sorriso abandonou seus lábios. 
- Pensando, eu já disse – e lá estava o velho Joe outra vez. Graças a Deus! 
- Você esta com problemas? – pressionei. – Eu... posso ajudar em... alguma coisa? 
- Você esta disposta a me ajudar? – ele perguntou, com algo estranho cintilando em seus olhos. 
- Bom... – dei de ombros. – Se eu puder fazer alguma coisa pra tirar essa expressão de dor de barriga da sua cara, vou ficar feliz. 
Ele continuou me encarando. 
- Por quê? 
- Sei lá. Gosto de gente sorrindo, eu acho. Mas você precisa de ajuda ou não? 
Um pequeno sorriso teimou em curvar os cantos de seus lábios. 
- Eu... tive a impressão de que você estava atrasada. 
- Caramba, é verdade! Tenho tentado chegar na hora, mas, cara, não é fácil, obrigado por... hã... – apontei para o lenço com a cabeça. 
Ele assentiu. 
- Disponha.
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mais tarde tem outro!

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