Naquela noite, quando Demi entrou no hall, sentia-se muito nervosa. Disse
a si mesma que aquele não era um encontro romântico. Sabia que só estava lá
ainda por causa da questão do débito não resolvido... mas talvez agora pudesse
convencer Joseph a deixá-la ir para encontrar trabalho e começar a pagá-lo.
Ignorou a pontada de dor diante do pensamento de pedir liberdade... mas não aguentaria
muito daquilo... de Joseph olhando-a como se a estivesse vendo pela primeira
vez.
Então parou de pensar quando Joseph
apareceu à porta da frente, em jeans e camisa cinza de manga longa, que marcava
cada músculo definido no peito largo. Ele segurava um capacete de motocicleta
em cada mão.
Seus olhos a percorreram, notando o jeans
desbotado e blusa preta sem mangas de Demi. Sapatilhas pretas baixas. Os cabelos
estavam soltos, mechas loiras caindo sedosamente sobre um dos ombros. Ela
carregava um casaco num braço, e Joseph pensou que nunca vira alguém mais sexy do que naquele momento. Todavia,
o preto da blusa o fez querer levá-la para a boutique mais próxima e vesti-la
em cores vibrantes.
Mas Demi não era uma amante vestida para
seduzir e excitar, embora o excitasse muito sem fazer o menor esforço. Era sua
esposa, e uma história confusa ainda existia entre eles, com ou sem revelações.
E, além de tudo isso, havia o desejo, ardente e mais poderoso do que antes,
abalando seu corpo inteiro.
Demi pegou o menor dos capacetes que ele
estendeu-lhe e acompanhou-o para o lado de fora, onde uma moto enorme e
poderosa esperava.
― Você já andou de moto antes?
Demi meneou a cabeça, sentindo-se
excitada com a aventura, assim como aliviada porque eles não entrariam num
carro ou no jipe.
― Como nós... Quero dizer, como eu subo?
Ela observou quando Joseph levantou uma
das pernas e sentou-se no banco da moto, o jeans esticando-se sobre as coxas
musculosas. A visão era tão erótica que as pernas de Demi tremeram. Ele
estendeu-lhe a mão e, depois de envolver uma das mãos ao redor da sua, pôs a
outra em sua cintura.
― Apenas levante sua perna aqui, atrás.
Ela fez como o instruído e encontrou-se
sentada de pernas abertas na moto, o banco fazendo-a escorregar contra ele.
― Desculpe ―
murmurou ela, enrubescendo enquanto tentava ir mais para trás.
Joseph pôs uma mão na sua coxa e Demi
parou, o toque a fazendo tremer em resposta.
― Fique onde está. O banco é projetado para ser assim.
Demi engoliu em seco. Não poderia estar mais perto dele. Depois que ambos vestiram
seus capacetes, Joseph pegou-lhe as mãos e colocou-as ao redor de sua cintura.
― Agora, incline-se contra mim e segure firme.
Então ele ligou a moto e saiu, o motor
potente soando no ar. Instintivamente, as mãos de Demi se apertaram mais ao
redor de Joseph, quando ela sentiu um medo inicial de cair. Mas, quando eles
passaram pelos portões e pegaram a estrada, ela começou a relaxar.
A estrada na qual estavam margeava a
praia, e a vista era tão espetacular, enquanto o sol baixava no horizonte, que
Demi estava sem fôlego. Tentava saborear cada segundo daquela experiência
incrível, absorvendo a vista, o jeito como o corpo de Joseph se inclinava nas
curvas, o motor poderoso sob eles.
Aproximadamente dez minutos depois, eles
pararam no acostamento, a fim de ver o pôr do sol. Permaneceram sentados em
silêncio, admirando as faixas rosadas pintando o céu. Demi sentiu um nó na
garganta. Parecia patético, e eles nem tinham jantado ainda, mas aquela já era
a melhor experiência que alguém lhe dera.
Depois de mais um curto trajeto ao longo
da costa, eles pararam na extremidade de uma praia cuja areia branca brilhava
na luz do crepúsculo. Saltando da moto, Joseph virou-se para ajudá-la, duas
mãos firmes em sua cintura. Ela estava mais do que um pouco ofegante no momento
em que seus pés tocaram o solo. Água cristalina batia na praia e Demi andou em
frente para explorar, tirando os sapatos para sentir a textura da areia, ainda
quente do sol.
Joseph juntou-se a ela, surpreendendo-a
quando pegou sua mão. Sentindo-se vulnerável, Demi tentou afastar-se.
― Está tudo bem. Você não precisa fazer isso.
― Demetria. ―
Ele parou e puxou-a para seus braços. ― As
coisas mudaram. Nós dois sentimos isso. — Joseph a pressionou mais contra seu
corpo, fazendo-a sentir a evidência da ereção masculina. Pura luxúria a
percorreu. ― Isso é tudo que
importa agora. Não o passado nem o futuro. Isso é só para nós. Não tem mais
nada a ver com seu irmão ou com minha irmã.
Mas tem a ver... com o débito. Mas ela já
estava se perdendo naqueles olhos dourados.
― Mas... na outra noite... quando você não quis...
― Na mansão de Emerald Coast? Ela assentiu.
Joseph a fitou. A revelação daquela
noite, e do que esta lhe mostrara sobre Demi, ainda doía. ― Não me pareceu certo ―
disse ele. E não pareceu. A parte a inegável fragilidade daquela noite, de
alguma maneira o pensamento de fazer amor com Demi naquele lugar o desagradou.
Surpreendeu a si mesmo agora, jurando vender a mansão.
Ele deu um passo atrás, puxando-a
gentilmente para que ela o acompanhasse.
Logo, eles se aproximaram de um
restaurante com um terraço aberto, recuado da praia numa clareira. Luzes fracas
vinham das janelas e portas abertas, e, quando eles entraram, Demi sentiu que
estava pisando no cenário italiano mais íntimo. Joseph foi cumprimentado por
uma mulher rechonchuda mais velha, que envolveu Demi nos braços antes de dar diversos
beijos no seu rosto. Demi riu, e a sensação foi boa. Uma leveza deliciosa a
envolvia.
Eles foram conduzidos para um andar
superior, ao ar livre, o qual tinha uma única mesa, com vista para a praia e o
mar além. Se Demi tivesse pintado um quadro do que imaginou um dia, certamente
seria aquilo.
― Nós devíamos ter tentado chegar aqui para o pôr do
sol ― disse Joseph.
― Oh, não. ―Demi
virou um rosto sorridente para ele. ―
Isso é maravilhoso. A lua na água será mágica... e as estrelas.
Joseph estava atônito. Se tivesse levado
qualquer de suas ex-namoradas lá, elas teriam corrido de volta para
civilização.
Demi refletiu sobre as palavras de Joseph
um pouco depois, enquanto o observava falar com o garçom em italiano. Se o que
havia entre eles não era sobre Taylor ou Selena, então por que ela ainda estava
lá sob a proteção dele? O débito. Como uma covarde, esquivou-se de tal pensamento
novamente. O garçom saiu e Joseph a fitou. Então sorriu, e Demi soube que não
era forte o bastante para lidar com um Joseph charmoso.
Eles conversaram sobre diversas coisas,
embora cuidando para evitar assuntos controversos. Ele a contou como o avô
tinha começado os negócios da família e que um dia o local foi apenas um campo
com uma oliveira. O pai havia expandido e começado uma cadeia de lojas
italianas, então Joseph transformou o negócio numa empresa global num curto
período de tempo. Demi pensou na mãe dele e no que ela fez, podia entender
agora o que dera tanta determinação a Joseph. Ela lhe contou timidamente como
encontrou consolo no Café Valentini´s em Londres.
Ela nunca o viu assim: relaxado,
engraçado, charmoso... Nem mesmo naquela noite em Londres, uma vez que a
surpresa pela atração sexual de ambos não tinha deixado espaço para muito mais.
Durante o café, ele a olhou tão
intensamente que ela perguntou:
― O que foi? Há alguma coisa no meu rosto? Ele meneou
a cabeça, então indagou baixinho:
― Por que ficou com seu irmão por tanto tempo? Por que
você se submeteu àquilo?
DIVULGAÇÃO:
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Tá aí mais um pra vocês ontem que não ia postar então não devo explicações, não é?
Hoje quero dá boas vindas as novas seguidoras, espero que estejam gostando do blog, bom é só isso, até amanhã e comentem!!!
Anw <3
ResponderExcluiradorei o capitulo, não é novidade e_e
Cara, você é muuuuuito diva, eu já li todas as suas fics, são incriveis *---------*
Posta logo, pfv :)
Beijos,
Adorei o capitulo, estou ansiosa para o próximo
ResponderExcluirPosta logo
beijos
Awn que lindo.
ResponderExcluirAdorei.
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Beijos
scrr tô apx na moto.
ResponderExcluirhahaha
A cada capitulo se torna mais perfeita essa fic <3
ResponderExcluirPosta logo.