terça-feira, 4 de junho de 2013

CAPÍTULO 2


A pele de Demi se arrepiou, mas ela tentou ignorar a emoção intensa que sentiu na presença do homem. Também ignorou o conselho de Rob. Não pretendia se perder numa noite de paixão com ninguém... muito menos com um estranho. Especialmente uma noite após o funeral de seu irmão, ainda mais especialmente quando nunca experimentara nenhum tipo de paixão em seus 22 anos. Rob, apesar de toda a intuição que alegava ter, parecia achar que Demi era tão liberal quanto ela fingia ser. Mas aquela era um fachada para se auto preservar, que criara para evitar os comentários depreciativos de Taylor, e também para evitar atenção indevida na boate.
Com todas as intenções de ir embora, ela virou-se para descer do banco... mas, antes que se desse conta, tinha se virado para onde o homem estava de pé ao bar. Sentindo-se absurdamente compelida, olhou para cima e deparou-se com um anjo caído, que a encarava de volta. Com olhos que pareciam verdes e dourados sob longos cílios pretos. E sobrancelhas pretas. Maçãs do rosto altas. Uma boca que atraiu o olhar de Demi e o manteve ali. Ela foi tomada pelo bizarro desejo de pressionar seus lábios contra aquela boca, sentir seu gosto e textura. Algo que nunca quisera fazer com qualquer homem antes... jamais.
Isso tudo aconteceu em segundos. Juntamente com a percepção de que ele possuía ombros largos e devia ter mais de 1,80m. Pela postura arrogante, Demi soube que ele tinha o tipo de corpo que faria Rob babar. Usava um sobretudo pesado, mas, por baixo, uma camisa aberta no colarinho evidenciava a pele bronzeada e alguns pelos escuros.
Demi não podia compreender o calor que se instalou em seu baixo-ventre, enquanto eles se entreolhavam pelo que pareceu séculos. Ela arfou e sentiu tontura. E ainda estava sentada!
De algum lugar distante, veio uma voz:
Senhor?
O homem esperou por um longo momento antes de olhar para Rob. Demi sentiu como se tivesse sido suspensa no ar, e agora estivesse voltando a Terra. Era uma estranha sensação. A voz dele era baixa e profunda. E então Rob estava pondo outra dose de uísque na sua frente e gesticulando para o homem com uma expressão travessa nos olhos.
Do cavalheiro.
Rob distanciou-se, assobiando, e Demi o amaldiçoou silenciosamente enquanto começava a protestar:
Oh, não... eu já estava indo embora...
Por favor. Não vá embora por minha causa.
A voz profunda tinha um sotaque delicioso e Demi não pôde evitar olhá-lo novamente. Desta vez, a sensação de calor que experimentou se espalhou por todo seu corpo, e, quando ele sorriu, o salão pareceu girar. Ela decidiu permanecer sentada por mais um momento.
Eu... começou, de modo pateticamente ineficaz.
Ele tirou casaco e sobretudo, revelando a camisa de seda branca, e o corpo que Demi suspeitara existir estava agora muito evidente. Sentou-se no banco ao seu lado, efetivamente prendendo-a, tornando sua tentativa de escapar desconcertante. Ela estava lutando uma batalha perdida, e sabia disso. Ali, em meros segundos, aquele completo estranho tinha despertado seu corpo adormecido por 22 anos e Demi parecia não conseguir se mover ou formar uma sentença coerente.
Bem... certo, então. Beberei o drinque que você me trouxe murmurou ela, e acomodou-se melhor no banco, esperando colocar alguma distância entre os dois.
Ele angulou o corpo na sua direção e Demi pegou o copo, com a intenção de beber num único gole antes que se dissolvesse de vez. Mas então ele falou novamente, atrofiando seu cérebro.
Qual é o seu nome?
Ainda segurando o copo, ela o fitou.
Demetria. Demetria Lovato.
Ele a estudou por um longo momento, os olhos enigmáticos.
Demetria...
Ela enrubesceu perante o jeito como ele pronunciou seu nome, quase como um termo carinhoso.
Demetria repetiu ela, mas sem aquele sotaque que ele usara, e que tivera o poder de fazer sua pele se arrepiar.
O que estava lhe acontecendo? Seria o choque dos últimos dias? As palavras sugestivas de Rob? Seu sofrimento? Pois, embora não pudesse dizer que amava seu irmão, ou até mesmo que gostava dele não depois que anos de abuso tinham destruído tais emoções , não seria humana se não tivesse lamentado que agora perdera sua família inteira. Todavia, sofria mais por Selena, a namorada de seu irmão, que também morrera no acidente.
O homem arqueou uma sobrancelha preta.
De onde você é?
Irlanda. Estou indo embora para lá amanhã. Moro aqui desde que tinha 16 anos, mas voltarei para casa agora.
Demi sabia que estava tagarelando, mas ele a olhava com tanta intensidade que a enervava, causando-lhe sensações que ela nunca experimentara antes.
Ele ergueu o copo.
Um brinde ao recomeço. Nem todos são afortunados o bastante para recomeçar a vida.
Demi ouviu a irritação na voz do homem, mas ele estava sorrindo e aquilo a confundiu. Ela bateu o copo no dele e o tinido produzido pareceu restaurar um pouco de sua sanidade. Deu um pequeno gole em seu drinque e sentiu-se cedendo à inevitabilidade daquela conversa, daquele homem.
E você? Qual é o seu nome e de onde você é? Ele levou um longo momento para responder, como se estivesse considerando alguma coisa, deixando-a nervosa. Finalmente falou:
Eu sou da Itália... Joe. Prazer em conhecê-la.
A menção do nome do país a perturbou momentaneamente. Selena era da Itália: Sardenha. Ela forçou-se a respirar. Era apenas uma coincidência, mas uma dolorosa. Ele estendeu uma mão, com dedos longos de aparência forte e capaz. Relutantemente, Demetria estendeu a sua, muito menor, mais branca, e sensível.
Uma mão grande envolveu a sua, os dedos descansando sobre as batidas frenéticas do interior de seu pulso.
Impotente contra a onda de sensação que o toque lhe causou, Demi podia jurar que suas pupilas haviam se dilatado naquele momento. Joe parecia similarmente capturado por alguma emoção. Uma expressão dura cruzou o rosto bonito antes de desaparecer, quando ele sorriu novamente, fazendo-a acreditar que ela imaginara aquilo. Seu sorriso era lento, sexy e devastador.
Oh, Deus.
Demi finalmente recolheu a mão e colocou-a debaixo da perna, dizendo a si mesma que não estava tremendo. De repente, precisava de espaço daquela intensidade. Desceu do banco, seu corpo roçando o dele por um momento e esquentando sua pele.
Com licença, eu preciso ir ao toalete. Sobre pernas trêmulas, ela se apressou em direção à boate cheia; a música, antes abafada pelas grossas cortinas de veludo, agora alta demais. Demi entrou no banheiro e fechou a porta com alívio, descansando as mãos sobre os azulejos frios. Olhou para seu reflexo, meneando a cabeça. A distância do homem estava fazendo pouco para acalmar sua pulsação ou amenizar o rubor em seu rosto. A imagem de Joe estava perturbadoramente viva nos olhos de sua mente.
Por que isso estava lhe acontecendo? Justamente nessa noite? Ela não tinha nada de especial. Cabelos loiros na altura dos ombros e lisos, olhos castanhos, pele branca, branca demais.. Um corpo desengonçado. Nenhuma maquiagem. Era isso que via no espelho. Uma estranha euforia a pegou de surpresa. Iria finalmente para casa no dia seguinte, para longe de Londres, onde nunca se sentira em casa. O fato de que aquela boate e seus funcionários pareciam um lar desde que ela deixara Dublin após a morte de seus pais dizia tudo.
Mas, então, a terrível memória do acidente voltou para assombrá-la. Toda cor foi drenada de seu rosto quando uma imagem vivida da noite chuvosa e do carro vindo na direção deles passou em sua cabeça como um filme de horror, juntamente com sua incapacidade de impedir aquilo, de gritar a tempo de avisar Taylor. E, mesmo se tivesse gritado... Demi segurou-se no balcão da pia, enquanto uma dor profunda a consumia.
Ela olhou para baixo. Como podia ter se esquecido, mesmo por um segundo, dos eventos catastróficos de poucos dias atrás? O acidente fora tão grave que os paramédicos haviam declarado que era um milagre que ela tivesse sobrevivido.
Joe. Seu coração parou e recomeçou a bater. Ele a fizera esquecer-se do horror por um breve momento. Demi olhou para seu reflexo novamente, ignorando o brilho intenso em seus olhos. Não duvidava que ele tivesse ido embora quando ela retornasse. Conhecia bem o tipo de Joe. Ele não esperaria por alguém como ela. Os homens que frequentavam aquela boate eram, na maioria, homens ambiciosos da cidade, que podiam pedir o champanhe mais caro e conseguir as mulheres mais lindas.
Todavia, Joe não tinha dado essa impressão. Parecia sofisticado demais para isso. Sem dúvida, era rico Demi podia reconhecer isso de longe , e o mero pensamento a fez estremecer. Conhecera milionários suficientes para uma vida inteira, tendo passado a desprezar o poder que eles exerciam, o estilo de vida que almejavam. Contemplou pedir que um dos funcionários pegasse sua bolsa, para evitar vê-lo novamente, mas então reprimiu o medo tolo. Lidaria com a situação, se Joe ainda estivesse lá ou não...

Ao entrar na seção VIP, todavia, todos os pensamentos recentes de Demi desapareceram.
Ele tinha ido embora.                                                                                    

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Oi vim dar tchau! acho que vou vomitar meu coração, já mencionei meu pavor  á avião, pois é, teve algumas mudanças de planos em relação a minha viagem e irei ao Rio de Janeiro semana que vem e não irei mais a Manaus, então vou ficar fora uns dias até significativos mais vai ser rápido prometo que assim que voltar posto para vocês, então não entendi porque da duvida mais Taylor é homem e irmão mais velho,ou pior castigo da Demi, bom estejam preparadas para derramar muitas lágrimas porque o negócio vai ser tenso!
ontem derramei muitas, mais por motivos que não irei dizer para evitar mais julgamentos que já recebi nos últimos 2 anos, apenas não julguem ninguém pelos erros do passado por que somos humanos e estamos dispostos a errar, mais Graças que vou passar esses dias foras e não farei besteiras, comentem!      

6 comentários:

  1. Aawn vc vai pra minha terra kkkkkkkk vc vai adorar o rio, ass: iza morais

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  2. Ameiiiii
    Achei incrível o final da outra fic, ficou lindo
    Posta logo
    Beijos

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  3. galera novo jemi http://jemilovetoyou.blogspot.com.br/2013/06/sinopese.html

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  4. Tá demais o capitulo posta mais assim que possivel. Boa sorte com a viagem. Odeio altura se eu for em um avião acho que só amarrada

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