Joseph Jonas reprimiu a vontade de tirar
sua gravata borboleta, jogá-la no chão, abrir o primeiro botão da camisa e
fugir do salão de bailes. Voltar para sua ilha, Sardenha, onde o céu era
estrelado e tudo era tranquilo e silencioso.
O que estava lhe acontecendo? Sentia-se
insatisfeito, irritadiço. E já fazia semanas que experimentava esses
sentimentos. Dois meses, para ser exato. Ele congelou, rejeitando aquele
pensamento e as imagens vividas que o acompanharam. Seu peito se comprimiu,
causando-lhe uma onda de culpa que não queria reconhecer. Dois meses atrás, Joseph
começara o processo de cura, iniciando por vingar a morte de sua irmã. Então,
por que não sentia que estava no caminho da cura?
Ele reprimiu os pensamentos ao ver seu
bom amigo Nicholas Cameron aproximar-se com sua pequena esposa, Miley, cujos
cabelos loiros lhe traziam mais memórias indesejáveis.
Os dois se cumprimentaram, ambos bonitos
e atraindo muita atenção.
― Finalmente ―
disse Nicholas . ― Pensei que nunca
fossemos convencê-lo a abrir uma loja aqui.
Joseph ignorou a provocação de seu amigo
e beijou as duas faces de Miley. Ela estava no final de sua segunda gravidez.
Miley repreendeu o marido carinhosamente,
então pegou uma mão de Joseph nas suas e murmurou:
― Lamentamos muito não termos podido ir ao funeral de Selena.
Deve ter sido devastador para você e Silvio.
Tocado pela emoção genuína, Joseph sentiu
alguma coisa comprimir seu peito ao testemunhar o óbvio amor entre o casal. Nicholas
sempre fora muito protetor em relação à
esposa, desde que Joseph os conhecera... logo depois que eles tinham se casado,
quando ele fizera uma negociação comercial com Cameron, dois anos atrás. Embora
vê-los juntos sempre fosse uma experiência agradável, costumava causar um
efeito claustrofóbico em Joseph, que não queria uma vida doméstica para si
mesmo. Nenhuma mulher poderia ocupar esse espaço na sua vida. Ele jurara muito
tempo atrás não ser como seu pai e entregar-se a uma mulher que talvez um dia
tivesse o poder de devastar a família.
Nicholas puxou Miley para seu lado e pôs
uma mão possessiva na grande barriga grávida. Então Miley chamou-lhe a atenção
para a chegada de um conhecido deles. Joseph olhou para trás e, a distância,
perto das portas, capturou um vislumbre de cabelos loiros e pele clara. O som
do salão desapareceu. Sua pele arrepiou-se. Não podia ser. Mas por que não? Ele
não estivera dolorosamente ciente de onde estava desde que descera do avião,
uma hora atrás? Seu coração disparou violentamente.
Demi estava do lado de fora do salão de
bailes no hotel exclusivo do centro da cidade. Nervos deixavam-na
temporariamente imóvel. Nem sequer notava pessoas passando por ela, olhando-a
com curiosidade. Precisava pensar na injustiça, na raiva que pulsava em seu
peito, ou desistiria, e Joseph Jonas nunca saberia das consequências de suas
ações. Porque ela certamente não teria recursos para ir procurá-lo na Itália.
Respirou fundo e disse a si mesma que,
depois que lhe contasse, poderia ir para casa e se sentir pelo menos um pouco
vingada. Passou pela porta, estremecendo diante do barulho e da multidão de
pessoas. Não se incomodara em se arrumar, tendo jogado fora o vestido que usara
naquela noite em Londres. Estava de jeans e camiseta sob um casaco leve, sem
maquiagem, e com os cabelos presos num rabo de cavalo.
Avistou-o quase imediatamente. Ele estava
de costas, mas ela o reconheceria em qualquer lugar. Seu próprio corpo traidor
pareceu pulsar em resposta, fazendo seu coração bombear. Aquele físico poderoso
era tão familiar... Ela podia lembrar-se até mesmo do gosto salgado da pele
dele, do jeito como ele a preenchera completamente...
Demi hesitou. Como poderia fazer aquilo?
Entre as pessoas, ele estava de pé com o
outro homem da fotografia, tão lindo e intimidador, e, sem dúvida, tão rico
quanto Joseph. Aquele era um mundo à parte. Demi reprimiu o medo que lhe dizia
para fugir, e seguiu em frente, cada passo levando-a para mais perto de Joseph
Jonas.
Joseph sentiu um arrepio da nuca, como o
aviso de perigo segundos antes do ataque de uma cobra. Reprimiu a vontade de
virar-se, dizendo a si mesmo que estava sendo ridículo. Mas, então, Nicholas parou no meio da sentença, Miley olhou para a
direita de Joseph e um aroma familiar provocou-lhe os sentidos. Era o cheiro
inconfundível de rosa almiscarada. Um que estava em seu banco de memórias
recentes. Seu corpo já estava respondendo, de um jeito que não sentia em...
semanas. Percepção chocante o atingiu em cheio.
Virou-se, e lá estava Demetria Lovato,
encarando-o com aqueles enormes olhos castanhos, os cílios realçando a pele
muito pálida. Nem um pingo de maquiagem. O tempo pareceu parar enquanto eles se
entreolhavam.
Então ele ouviu Miley perguntar:
― Você conhece esta mulher?
Tudo voltou para Joseph... tudo pelo que
aquela mulher tinha sido responsável. Seu instinto era atacar verbalmente. Ele
negou a reação que ela estava causando em seu corpo.
― Não, não acredito que eu a conheço. ― E, então, virou-se para Nicholas e Miley, dando as costas a ela.
Demi piscou por alguns segundos. Não
podia acreditar que ele tinha feito aquilo. Negado sua existência. Raiva subiu
à superfície e ela começou a tremer incontrolavelmente. Planejara ir lá e agir
de modo frio e articulado... mas agora tais planos tinham voado pela janela.
Mal percebeu as pessoas em volta quando o
rodeou e parou em sua frente.
― Como você ousa fingir que não me conhece?
― Lovato! ― A
voz de Joseph foi como um chicote em sua pele.
Demi deu um sorriso triunfante, mesmo
quando tremia tanto que não sabia como estava de pé.
― Se você não me conhece, então como sabe meu nome? Um
nervo pulsava na testa de Joseph. Demi sabia que só tinha o elemento da
surpresa por mais alguns segundos, então se voltou para o outro casal. Se
pudesse manchar a reputação dele, pelo menos um pouquinho...
Uma pequena multidão sé reunira em volta
deles.
― Sabiam que, dois meses atrás, seu amigo aqui esteve
em Londres comigo? ― Demi apontou um
dedo para seu próprio peito. ― Ele
deliberadamente armou para...
Suas palavras foram interrompidas quando Joseph
segurou seu braço com força e começou a conduzi-la através da multidão.
Ela abriu a boca para protestar, e, como
se lendo sua mente, ele virou a cabeça e olhou-a.
― Nem mais uma palavra, Lovato.
A multidão se abriu como o Mar Vermelho e
logo eles estavam fora do salão de bailes e num saguão isolado. Ele parou-a na
sua frente. Demi estava ofegante e esfregou o braço que ele apertara enquanto a
conduzia para lá.
― Você não precisava ter me movido à força, como se eu
tivesse dois anos de idade.
Uma sobrancelha se ergueu e Demi
encolheu-se. Nunca o vira tão furioso. E como podia ter tanta consciência da
beleza dele naquele smoking?
― Oh, não? E o que queria que eu fizesse? Que a
deixasse falar a sórdida verdade? Que você foi responsável por...
― Pare! ― gritou Demi,
subitamente perturbada por encará-lo com tamanha proximidade.
Ele cruzou os braços.
― O que você está fazendo aqui, senhorita Lovato?
― O que você está fazendo aqui? ― devolveu ela, tentando ganhar tempo, sabendo muito
bem por que ele estava lá. Sua raiva estava se dissolvendo rapidamente numa
onda de emoções confusas, agora que o confrontava.
― Eu tenho negócios aqui. Não que isso seja da sua
conta.
Demi respirou fundo e desviou o olhar.
Estava lá agora. Precisava fazer aquilo. Ele tinha de saber o que fizera. Ela o
fitou.
― Eu também tenho negócios aqui. Com você.
Joseph se aproximou e observou-lhe a
reação. Ela enrubesceu e arregalou os olhos. Era óbvio que Demi não fora lá
para se divertir. Na verdade, ele estava surpreso que ela não tivesse sido
detida na porta, pelo traje esporte que usava. Ele precisou de toda sua força
de vontade para não baixar os olhos para o corpo deleitoso, para aqueles seios
firmes que cabiam perfeitamente em suas mãos, com bicos cujo gosto era
paradisíaco em sua boca...
Suas memórias foram recompensadas com uma
ereção pulsante dentro da calça, e com o lembrete de que nenhuma mulher desde
então conseguira excitá-lo.
― Bem, que negócios são estes? Fale aqui e agora, ou
terei de mandar expulsá-la, porque, no que me diz respeito, nós concluímos
quaisquer negócios.
Demi recusou-se a ser intimidada.
Imitou-lhe as ações, aproximando-se, de modo que apenas centímetros os
separassem. E foi encorajada pelo brilho ardente que viu nos olhos dele.
― Bem, infelizmente este não é o caso, pois eu estou
grávida de um bebê seu. Lamento que as consequências de sua vingança daquela
noite são maiores do que você antecipou.
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E aí o que acharam do capítulo, o Joseph tá começando a pagar um preço caro já que só Demi o atrai, essa marra toda da Demi é passageira no próximo ela vai tá comendo na palma da mão de Joe, pois é as coisas vão ficar tensas, tristes e românticas mais na frente....
Sobre a maratona pensei e..... vou fazer uma com 5 capítulos pra vocês domingo de tarde, não ia postar hoje mais como aqui em Fortaleza ta caindo um dilúvio não deu pra ir para meu curso, se eu fosse ia afogar meu carro, então postei esse e amanhã não sei se vou postar pois é a estreia da copa das confederações e vai ter uma festinha aqui no condomínio que moro e eu vou participar apesar de não gostar muito de futebol, mais né.... Comentem!!!
OMG PRIMEIRA, POSTA LOGO, CURIOSA
ResponderExcluirebaaaaaaa ... que feliz !! maratona :)
ResponderExcluirpoosta logoo
bjss
capítulo maravilhosooo, ansiando muito pela maratona, apesar de domingo eut er que estudar, por causa das provas da faculdade, mas vou dar um jeitinho de ler os capítulos também kkkkk
ResponderExcluirbeeeeeeeeijos
posta maisss, pfvrrr
ResponderExcluiri need
eu quero saber o que o joseph vai fazer
Adorei o cap :))
ResponderExcluirAi amei o cap, mto ansiosa pra maratona...
ResponderExcluirmaratonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!brigada brigada brigada :)
ResponderExcluirAi Deus, já estou ficando com pena da coitada da Demi.
ResponderExcluirEstou curiosa pra saber qual vai ser a reação do Joe.
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Beijos