Apesar de ter esperado aquilo, ela não
pôde evitar uma onda de desapontamento. Ainda estava tentando entender o
significado de sua emoção quando o barman,
entregou-lhe um bilhete. Ela abriu o pedaço de papel. Era de Rob, escrito às
pressas:
Querida, eu tive de ir... uma crise doméstica com Simon surgiu. Ligo
amanhã antes de você viajar! Robbie X.
Demi
balançou a cabeça, mesmo enquanto admitia que o disparo em seu coração falava
da esperança que tivera de que o bilhete fosse de Joe. Mas isso era que era
ridículo. Eles haviam conversado por apenas poucos minutos.
No momento em que estava se virando para
sair, avistou seu telefone sobre o bar e foi apanhá-lo, pegando seu casaco
também.
Um som veio de trás, então uma voz
familiar:
― Estou muito atrasado para pedir que você tome outro
drinque comigo?
Um alívio a inundou. Ele não tinha ido
embora. Demi virou-se para
fitá-lo. Ele era ainda mais alto do que ela imaginara, segurando o sobretudo
casualmente sobre um dos braços. E, naquele momento, por mais irracional que
fosse, Demi soube que não queria que ele fosse embora. A sensação de alívio era
forte demais para ser ignorada.
Tudo que ela conseguiu foi menear a
cabeça, hipnotizada pela beleza daquele rosto. Os olhos de Joe brilhavam com
alguma intenção que a deixou fraca.
― Ótimo. Eu pedi uma mesa e uma garrafa de champanhe.
Um calor se instalou entre as pernas
de Demi. Ela foi incapaz de
responder com coerência e Joe a pegou pelo braço e levou-a para onde uma das
garçonetes os estava conduzindo para uma mesa isolada, escondida por uma
cortina ornada. Eles se sentaram um na frente do outro.
― Então... aqui estamos
― murmurou ele.
Uma súbita tensão preencheu o ar. Ela não
podia entender por que, mesmo enquanto assentia. Joe inclinou-se para frente, o
rosto iluminado pela lâmpada acima deles. Ele era realmente o homem mais lindo
que ela já vira.
― Conte-me, você
vem aqui com frequência?
A pergunta, que sempre parecia um clichê
na boca de outros homens, soou completamente diferente quando ele falou. Demi
deu um sorriso cauteloso.
― Aqui é como meu segundo lar. ― Percebendo imediatamente que a sentença não fora bem construída, apressou-se
em esclarecer: ― Isso é, é claro,
porque eu...
Naquele momento, a garçonete retornou com
o champanhe, impedindo Demi de explicar que trabalhava lá. E, quando Joe
dispensou a garota e serviu as taças, ela já havia esquecido o que ele
perguntara.
― Vamos beber a esta noite.
Demi franziu o cenho, mas bateu a taça na
dele.
― Por que esta noite?
Ele deu um gole do champanhe.
― Porque eu acho que a noite vai se provar...
catártica.
Demi deu um gole de seu próprio
champanhe, saboreando as bolhas que explodiram na sua garganta. Mal podia
acreditar que estava sentada lá, em suas roupas de trabalho, tomando champanhe com aquele homem enigmático. Durante
todo o tempo que trabalhava lá, nunca conhecera um homem com aquele
dinamismo... e alguns dos homens mais ricos do mundo frequentavam aquela boate
exclusiva. Tinha sido o lugar favorito de seu irmão... e era como ela
conseguira o emprego.
Pelo menos, seu vestido era adequado o
bastante, simples e preto. O único problema era o comprimento... curto
demais... mas Simon, o gerente, namorado de Rob, insistia que ela se vestisse
de maneira sexy, uma vez que era a anfitriã da casa. E, com Barney lá para protegê-la de atenções indesejadas, Demi geralmente
evitava situações lascivas. Algo de que Simon tivera consciência quando a
contratara, uma vez que sentira que Demi era muito jovem na época para
trabalhar na boate. No final, ele a colocara à porta, para recepcionar os
clientes.
― Conte-me sobre você, Demi.
Ele estava falando com aquele sotaque de
novo, mudando a pronúncia de seu nome. Alguma coisa na expressão de Joe lhe
causou uma sensação de déjàvu, mas ela não conseguiu identificar o que era.
Estava tentada, a aceitar a sugestão de Rob... perder-se um pouco, permitir que aquele estranho a
ajudasse a esquecer sua dor.
Haveria ainda muito tempo para sofrer,
quando ela fosse para casa e tentasse recomeçar. Com o pensamento, a ameaça da
noite anterior voltou à sua cabeça, e Demi teve de lutar para enterrar o medo.
Mas, somente por enquanto, podia
fingir, com aquele homem, que tudo estava bem... não podia?
Joe arqueou as sobrancelhas.
― Você tem diploma em Administração de Empresas e
Contabilidade?
Demi assentiu, ainda orgulhosa do diploma
que finalmente obtivera, há poucas semanas, depois de um longo caminho, incerta
sobre por que ele parecia tão incrédulo. Talvez fosse um daqueles homens que
não acreditava que mulheres pudessem conseguir qualificações e trabalho.
Todavia, não parecia esse tipo de homem. A garrafa de champanhe estava pela
metade. Uma leveza deliciosa a envolvia. Sentia como se tivesse vivido numa
espécie de nevoeiro até hoje e agora estava tudo claro como cristal. Apesar de
ter acabado de conhecer Joe, achava fácil conversar com ele... e isso era uma
revelação, uma vez que ela nunca fizera isso com ninguém antes.
― Mas você não foi à faculdade?
Demi estivera olhando intensamente para a
boca de Joe. Enrubesceu.
― Eu falei isso? ―Aquilo
era engraçado. Ela não se lembrava de ter dito a ele que estudara em casa. ― Você tem razão, eu não fui. ― Ela estava se perguntando como eles tinham chegado
naquele assunto, quando um bip tocou de algum lugar perto. Joe pediu licença e
tirou seu celular do bolso do casaco, atendendo ao chamado com um sorriso
apologético, falando alguma coisa sobre um pai doente. Demi sinalizou que iria
embora, para lhe dar privacidade, mas ele segurou-lhe o pulso, puxando-a de
volta.
Enquanto ele falava em italiano rápido,
manteve os olhos fixos nela, e começou a acariciar-lhe o interior do pulso com
o polegar. Demi precisou se conter para não gemer. O homem tinha alguma ideia
do que estava lhe causando? Mas ela também não conseguia tirar os olhos dele. E
nem recolher a mão. Que loucura era
aquela?
Joe terminou a conversa e guardou o
telefone. Então, soltou-lhe a mão abruptamente, quase como se tivesse se
arrependido de segurá-la. Demi pensou que a mudança de atitude talvez tivesse
alguma coisa a ver com o pai dele, e perguntou de modo hesitante:
― Está tudo bem?
Ela viu o maxilar forte enrijecer. Ele
parecia estar travando algum tipo de luta interna. Fitou-a então, e a
intensidade de seus olhos a prenderam no lugar. Então disse:
― Hora de partir.
Por um segundo, Demi imaginou se ele
estava sugerindo que ambos saíssem de lá. Então, sentiu-se mortificada. Por que
um homem como Joe iria querer isso?
Evitando-lhe o olhar, ela pegou suas
coisas e murmurou:
― Tenho um dia movimentado amanhã. É melhor eu ir
embora também. Obrigada pelos drinques.
Joe já tinha pago a conta, recusando a
tentativa de Demi para contribuir. Apesar de detestar que outros pagassem suas
contas, aquilo havia sido um alívio, pois ela mal tinha dinheiro para chegar em
casa. Rob saíra antes que tivesse a chance de lhe dar suas gorjetas e levaria
duas semanas antes que ela recebesse seu último pagamento.
Deixou Joe guiá-la através da área VIP,
agora congestionada, e de volta para a boate. Tremeu um pouco. Não lamentava se
despedir do lugar. Aquela era a noite
de folga do porteiro Barney, e o substituto dele era novo, portanto ela
disse um breve boa-noite enquanto saía.
Logo eles estavam no ar frio da noite de
primavera. Era quase meia-noite. Demi tremeu quando Joe ajudou-a a vestir o
casaco. Ele capturou-lhe os cabelos e libertou-os, suas mãos roçando-lhe a
nuca. Ela se derreteu por dentro. O gesto parecia muito íntimo. Naquele
momento, seu nome foi chamado por alguém na fila, e Joe baixou as mãos,
fazendo-a se sentir ridiculamente desolada. Uma atriz, que era cliente regular,
acenava-lhe. Demi acenou de volta e viu a mulher entrar na boate com seu grupo,
agradecendo silenciosamente porque nunca mais teria de ajudar a carregá-la
novamente.
― Uma amiga sua?
Demi virou-se para Joe, o coração
bombeando de modo frenético.
― Não exatamente. ―
Ela deu um passo para trás e se afastou um pouco. ― Ouça, obrigada por tudo... e pelos drinques... Foi
bom conversar com você.
Com as mãos enfiadas nos bolsos, Joe a
estudou.
― Você realmente quer ir?
O cérebro de Demi congelou. Seu coração
disparou.
― O que você disse?
― Vá ao meu hotel comigo.
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oiiiiiiiiii, alguém aí sentiu minha falta? eu senti a de vocês, como prometido postei o mais rápido possível cheguei hoje 12:30, mais amanhã quero compensar vocês com o primeiro HOT da fic, que tal então serão 3 capítulos. Comentem!
AAAAAAA vaai ter mais capitulo hoje?
ResponderExcluirPoosta loogo please, Fiiirst!
Posta logooooooooooooooooooooooooooooo
ResponderExcluirPosta logo <3
ResponderExcluirposta mais
ResponderExcluiroooba, louuuca esperando os próximos capítulos *_____*
ResponderExcluirposta logo to tendo um heart attack
ResponderExcluirAproveitando a minha folga da semana vim dar um Oi.
ResponderExcluirE menina a história é muito interessante e não é só para Demi que Joe parece um enigma, não entendo.
Vai logo pegar a menina na primeira noite... Meu Deus!!