sábado, 1 de março de 2014

CAPÍTULO 51

— Demi?
A voz de Joseph chegou ao berçário, e o coração de Demi perdeu uma batida. Deixou de lado o livro que lia, observou Cody dormindo e desceu. Joseph a esperava ao pé da escada.
— Meu escritório.
Demi o seguiu, cheia de ansiedade. Ele já estaria sentindo falta de Graham? De Ash? E o que aconteceria com eles, com o casal que não eram? As férias dele estavam no fim, e voltaria para... onde? Não sabia. E não sabia o que esperar dele. Mas queria que precisasse dela, que soubesse que o amava, que sempre estaria lá para ele. Queria ensiná-lo a amar também. Descobrir que o amava a deixou ainda mais nervosa.
Joseph se sentou à escrivaninha, a expressão igual à do dia em que o conhecera. Não viu nos olhos dele nenhum traço da paixão que haviam partilhado apenas no dia anterior.
Sarah se levantou.
— Vou fazer café. — Lançou um olhar solidário a Demi enquanto saía, o que apenas aumentou sua inquietação.
— Ashley e Graham partiram?
— O pai dela os espera ansiosamente em Atlanta. — Estendeu a ela uma pasta que estava sobre a mesa.
Apreensiva, ela se aproximou e a pegou sem abri-la.
— Quando vai ver Graham de novo?
— Não vou.
— Mas...
— Não há um “mas”, Demi. Nada mudou. Sou pai de Graham apenas biologicamente. Ficará melhor com a mãe.
— Como pode dizer isto depois de conviver com ele?
— Facilmente. Não tenho lugar para um bebê na minha vida. Se abrir a pasta, verá que lhe fiz um pagamen­to de três meses e lhe dei uma carta de recomendação muito boa.
Dinheiro.
— É demais, só trabalhei duas semanas.
— Você mereceu, trabalhou 24 horas por dia. E agra­deço por cuidar de Graham. O carro que pedi para levar você e Cody para casa chegará dentro de uma hora.
Ela perdeu o fôlego com o choque.
— É isto, obrigado e adeus?
— Sim.
— Eu lhe disse que nossa associação existiria apenas enquanto estivesse no emprego.
— Sim, mas...
Então mordeu a língua. Precisava manter, pelo menos, o orgulho, embora seu coração estivesse se partin­do. Ele descartava-a como faria com qualquer empre­gado e pagava-lhe por “serviços prestados”. Sentiu-se barata e usada. E percebeu claramente que Joseph ja­mais a amaria, jamais permitiria que ela e Cody fizes­sem parte de sua vida. Tudo bem, ela e Cody mereciam mais, mereciam ser amados.

— Vou fazer as malas o mais depressa possível. — Segurou-se no que restava de seu orgulho e saiu do escri­tório, deixando para trás o homem que amava.

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