quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

CAPÍTULO 40 MARATONA


Joseph

Acordo e a primeira coisa que faço, antes mesmo de abrir os olhos, é procurar aquele corpo macio e quente que eu conheço tão bem. Tateio a cama ao meu lado procurando por ela, mas minha mão encontra apenas com o lençol frio.

É nesse momento que minha ficha cai e eu me lembro do que aconteceu sexta à noite. Ela não está aqui, como não estava ontem e nem sábado, mas minha mente continua insistindo em me fazer de idiota e me fazendo procurar por ela quando acordo.

Terceira noite seguida, isso já está começando a me dar nos nervos. Venho tentando falar com Demetria o final de semana todo, até fui à faculdade, mas chegando ao seu apartamento me encontrei com sua desagradável colega de quarto e ela disse que Demetria estava passando o final de semana em Wills Point com a família. Eu não poderia procura-la lá.

Liguei várias vezes, enviei diversas mensagens e até deixei um recado no seu correio de voz. E ela não deu sinal de vida, não me respondeu nem ao menos para me mandar parar de procura-la.

Isso está me deixando louco, não só pelo fato de sentir saudades dela, mas também por causa da culpa que está me corroendo. Eu não devia ter agido tão violentamente, aos olhos de Demetria eu devo ter aparentado ser um cara descontrolado e violento, e eu não sou assim, pelo menos não com mulheres.

Levanto-me e caminho até o banheiro para cuidar das minhas necessidades básicas e nesse meio tempo tomo uma decisão. Hoje na hora do almoço eu vou até a UTD e vou fazer Demetria conversar comigo, vou me desculpar e nós vamos nos entender e hoje mesmo vou poder ter ela novamente em meus braços.


 

Não espero ela sair do prédio, sei exatamente qual aula ela está tendo agora e em qual andar, então entro no prédio e vou esperar Demetria sair da sua aula, vou ficar ao lado dos elevadores onde sei que ela tem que passar para poder sair daqui.

Saio no andar dela e fico encostado em um canto onde eu tenho uma boa visão de ambos os lados do corredor, como não sei de qual lado ela virá, observo ambos, atento para qualquer sinal de sua presença.

Depois de poucos minutos eu a vejo. Ela vem andando pelo corredor a minha esquerda, sozinha e olhando para os próprios pés.

Não espero ela chegar até mim e vou a encontrar no meio do caminho.

Demetria.

Ao ouvir seu nome levanta a cabeça, quando ela me vê uma expressão zangada surge em seu belo rosto.

— Não acredito, o que você está fazendo aqui? — Ela pergunta parando de andar e cruzando os braços.

Paro em frente dela, como sou mais alto uns bons centímetros, ela tem que levantar um pouco a cabeça para me encarar nos olhos.

— Eu vim para conversar com você.

— Não temos nada para conversar. Porque você não vai conversar com a morena gostosa de sexta e me deixa em paz? — Ela diz com amargura e sai andando. Rapidamente me viro e a seguro pelo braço, puxando-a de volta para ficarmos frente a frente.

— Eu não estava falando sério sobre isso. Se você tivesse atendido pelo menos uma vez das centenas que eu te liguei, já teríamos conversado e você saberia que eu falei aquilo somente porque estava nervoso.

Ela não diz nada, apenas me olha com uma expressão impaciente. Aproveito a brecha e falo tudo que eu queria.

— Olha, Little Nips, aquela noite eu falei coisas que eu não deveria e agi de uma forma que eu não queria. Estou o final de semana todo tentando falar com você para me desculpar por tudo que aconteceu. Eu já tinha bebido um pouco e quando vi você com aquele cara interpretei da maneira errada. Achei que você poderia estar se encontrando com ele ao mesmo tempo em que estava comigo, e isso me deixou puto. Mas se eu tivesse parado um pouco para pensar...Eu deveria saber que você não é assim, você não dormiria com ele e comigo ao mesmo tempo. Sinto muito se te ofendi com a minha desconfiança, eu perdi a cabeça e isso não vai mais acontecer. Por favor, me desculpe, por tudo.

Vejo sua expressão se suavizar com meu discurso de desculpas e aproveito para dar o tiro de misericórdia.

— Sério, eu realmente sinto muito. Sei que eu errei e estou me sentindo péssimo, não quero que as coisas acabem assim entre nós, na verdade, eu não quero que elas acabem. — Dou-lhe aquele sorriso que eu sei que mexe com ela e vejo o resto da sua raiva se dissipar dos seus traços.

— Também não quero que o nosso lance acabe, eu não falei sério quando disse que não queria mais te ver. Eu estava nervosa também.

— Eu sei, e com razão.

— O que você fez foi muito errado.

— Eu sei.

— Eu fiquei muito brava com você, e eu ainda estou um pouco. Mas se você realmente se arrepende, então eu te desculpo. — Não consigo segurar o sorriso que se espalha por meu rosto.

— Então estamos bem? Quer dizer, voltamos com o lance de amigos com benefícios? — Pergunto dando-lhe o meu outro sorriso que as mulheres gostam, sexy mas inocente ao mesmo tempo. Vejo algo mudando em seus olhos e ela leva a mão até seu rosto, colocando nervosamente uma mecha do seu cabelo para trás da orelha.

— Tudo bem, mas temos que conversar sobre algo antes. — Ela diz parecendo nervosa.

— Sobre o que?

— Sobre sermos exclusivos nesse nosso lance. Eu sei que o que temos é apenas...Sexo sem compromisso. — Ela sussurra as últimas palavras e olha pelo corredor para ver se alguém a escutou. — Mas eu acho que nós deveríamos estabelecer se podemos sair com outras pessoas ou não, porque se a gente já tivesse conversado sobre isso antes, no começo, teríamos evitado o seu ataque de ciúmes de sexta a noite e...

— Ei, espera um minuto. — Suas palavras me pegam de surpresa e leva um segundo para eu absorve-las, ela se interrompe e me encara com seus grandes e lindos olhos castanhos.

— Só para deixar claro, mais uma vez, o que aconteceu sexta não tem nada a ver com ciúmes, ok? — Ela revira os olhos e me olha parecendo impaciente.

— Foi ciúmes sim, porque é tão difícil de admitir isso? Não tem nada demais em sentir ciúmes dos outros. — Ela pergunta com uma expressão confusa.

— Eu admitiria, se eu realmente tivesse sentido ciúmes, mas eu já te disse que o que aconteceu sexta foi por que...

— Ah por favor, Joseph. Nem comece com aquela baboseira, aquilo foi muito mais do que orgulho masculino bobo. Se realmente fosse o que você diz ser, você teria esperado para falar comigo no outro dia, ou até poderia ter ido tirar satisfações comigo ali mesmo, mas você nunca teria ficado tão nervoso daquele jeito. Você ficou com ciúmes sim, admita de uma vez. — Ela diz se exaltando um pouco.

— Porque eu mentiria sobre isso? Eu estou falando sério, eu não senti ciúmes. Porque você continua insistindo nessa ideia? — Pergunto indignado com sua teimosia.

— Só porque é a verdade. Aquela noite você disse que não sentia ciúmes e não iria começar a sentir por mim, aquilo foi cruel se você quer saber, e agora o mínimo que você pode fazer, além de pedir desculpas, é admitir que você agiu sob efeito do ciúmes que você sentiu ao imaginar que eu estava me relacionando com Zac. — Ela diz como se fosse a coisa mais lógica do mundo. Eu realmente nunca vou entender como funciona a cabeça das mulheres.

— Eu não vou dizer que eu senti algo que eu não senti só porque você quer. É melhor você desistir dessa ideia ou não vamos poder retomar o nosso lance — Digo cruzando os braços e olhando-a de um modo que ela possa perceber que eu estou falando muito sério.

— Ótimo, se é assim que você quer, que assim seja. — Ela diz e sai pisando duro.

— Ei, espera, onde você está indo? — Seguro-a novamente pelo braço e faço-a se virar para mim.

— Você disse que ou eu desistia da ideia que você ficou com ciúmes de mim ou esse lance de dormirmos juntos não iria mais funcionar, não foi isso?

— Sim, mas...

— Então, ou você admite que sentiu ciúmes do Zac ou acabou.

— Como assim? — Pergunto com um leve sentimento de desespero se instalando em minha garganta, impedindo que minha voz saia alta e clara.

— É isso que você ouviu. Só vamos voltar com o lance de amigos com benefícios quando você admitir o que você sentiu aquela noite.

“Mas que merda! Do que essa mulher está falando? Ela ficou maluca? Mas que porcaria!”

Abro minha boca para tentar dissuadi-la dessa ideia maluca, mas nesse momento ambos nos assustamos com uma exclamação vinda detrás de mim:

— Ah meu Deus!

5 COMENTARIOS PARA O PRÓXIMO!!!

6 comentários:

  1. Acho que é a sunny, Hahahahahahah jesus isso vai dar o que falar, amando essa história, posta mais e mais e mais

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  2. Não acredito que vc parou agora..... continua logoooooo..,

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  3. Aposto que é a Sunny......kkkkkkk posta mais

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  4. So consegui acompanhar agr jsbdhd mdsd, sera que é a sunny?? Shvsjsp

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