Joseph
— Não, você não fez isso. — Demetria me encara
com a boca aberta e uma expressão perplexa no rosto, a qual só me faz gargalhar
mais ainda.
— Sim, eu fiz baby.
— Joseph, não acredito. Você era mesmo um
pestinha quando criança hein, coitada da tia Denise. — Ela diz rindo e esse
som, eu juro, é o mais relaxante que eu já ouvi. A risada dela faz coisas
comigo, com meu corpo, e faz com que eu tenha vontade de faze-la rir o tempo
todo.
— Não se esqueça que o seu irmão estava
junto comigo nessa.
— Mas quem que foi “o cabeça” e planejou
tudo? — Ela pergunta levantando uma sobrancelha e me olhando
desconfiada.
— Tudo bem, admito que foi eu. Eu arrastei
o pobre Ian comigo nessa, mas se serve de consolo quando a gente foi pego, eu
levei toda a culpa por ele.
— Isso foi antes de eu nascer, não foi?
— Foi, eu tinha uns 6 ou 7 anos.
É tão estranho quando eu paro para pensar
que a mulher ao meu lado, a mulher com quem eu venho mantendo relações sexuais
muito frequentemente, é a mesma pessoa que eu vi crescer. Deus, eu segurei ela
ainda bebê, isso é estranho demais. Praticamente uma década de diferença.
— Demetria, você não liga para a minha
idade? — De repente pergunto, pegando-a de surpresa.
— Como assim, o que você quer dizer?
— Eu sou bem mais velho que você, você não
liga para isso?
— Você liga?
— Eu? Não sei, na verdade não. É que com
você é diferente. Acho que com outras mulheres da sua idade não seria tão
estranho, é que quando eu penso que vi você crescer...
— Eu não me importo nem um pouco com a
nossa diferença de idade, Joseph. Admito que foi um pouco estranho no começo,
você me viu crescer e eu te vi como o melhor amigo do meu irmão mais velho a
minha vida toda, muitas vezes te via como um segundo irmão. O mais estranho
para mim é isso, eu acho, o fato de um dia eu ter o considerado como um irmão e
não os 9 anos que nos separam.
— Entendi. Sabe, eu estou gostando muito do
tempo em que estamos passando juntos. Digo, não só o sexo, que é incrível por
sinal, mas eu aprecio os momentos como esse também. — Digo encarando o
Jardim Botânico de Dallas onde estamos fazendo um piquenique.
— Eu também, sinto pela primeira vez que
somos próximos de fato. Amigos. Eu gosto de pensar em você como um amigo, acho
que em algum momento a nossa relação foi cortada totalmente, e nenhum de nós
dois percebemos. Mas eu gosto que estejamos retomando isso, só espero que
quando esse lance de amigos com benefícios acabar, que ainda possamos manter a
parte do amigos. — Ela diz me encarando com um sorriso amigável no rosto.
Não sei o porquê, mas com a menção da
palavra “acabar” um mal estar tomou conta do meu estômago. Não quero que isso
acabe, ainda não, minha necessidade por ela ainda é grande demais.
— Claro que sim. Não vamos mais nos afastar
como fizemos antes, ok? Mesmo quando a parte do beneficio acabar, vamos
continuar saindo e conversando como agora. — Digo e deposito um beijo suave em sua
mão.
— Eu adoraria isso, Joseph.
Nesse momento uma bola de futebol
americano aterrissa perto dos pés de Demetria, fazendo-a dar um pulinho de
susto. Olho na direção que a bola veio e vejo um cara vindo correndo até nós.
Ele usa uma bermuda e uma regata branca,
deixando a mostra seus braços fortes.
— Hey, foi mal, acho que eu não medi muito
bem minha força. — O loiro estilo surfista diz com um sorriso no rosto quando
para em frente de Demetria, ela olha para cima com a mão na testa e os olhos
semi fechados e o nariz franzido por causa da luz do sol.
— Sem problemas. — Ela diz, o cara se
abaixa, pega a bola e coloca-a em baixo do braço. Ele dá um passo para o lado,
ficando de perfil para mim e protegendo Demetria do sol.
— Espero que não tenha te acertado. — Ele diz dando-lhe um
sorriso que eu conheço muito bem.
“Oh não cara, ela não vai cair na sua.”
— Não se preocupe, não acertou. — Demetria retribui o
sorriso e eu juro que vi os joelhos do moleque vacilarem.
Filho da mãe, seus olhos viajam por Demetria
avaliando-a, e seu sorriso fica maior. Não posso culpa-lo por isso, ela com
esse vestido de verão com suas belas pernas de fora é de chamar a atenção de
qualquer um. No momento que ela apareceu em meu apartamento eu tive vontade de
cancelar o piquenique e levá-la direto para meu quarto.
— Tudo bem então, a gente se vê por aí. — Ele diz e pisca para
ela.
“Aposto que você gostaria disso, idiota.”
— Tudo bem.
O mala sem alça me ignorou o tempo todo,
nem se dignou a olhar para mim, se virou e correu de volta para o seu grupo de
amigos. Demetria pega um morango e leva até a boca, mordendo um pedaço.
Observo-a mastigando e ela percebe meu olhar sob ela, então sorri. Ela não faz
a mínima ideia do quanto é atraente. Ela nem percebeu que o aspirante a Andrew
Brees ali jogou a bola nessa direção de propósito. Aposto que se ela quisesse,
ela facilmente conseguiria ter qualquer cara fazendo o que ela pedisse. Droga,
ela conseguiu me convencer a vir até aqui, sentar ao lado desse jardim colorido
de tulipas e fazer um piquenique, e ela só precisou me olhar com seus lindos,
grandes e expressivos olhos verdes e dizer a palavra “por favor” e eu já estava
igual a um idiota arrumando a porcaria de uma cesta de vime.
Mas devo admitir, isso não esta nada mal,
na verdade, ficar aqui sem fazer nada, conversando com ela e sentindo o frescor
do vento e admirando o céu azul é bem gostoso. Sinto-me relaxado como não me
sentia a um bom tempo.
Demetria está sentada tão perto de mim,
enquanto ela olha para cima e observa os desenhos das nuvens – um hábito que
ela tem desde pequena – eu a observo. Seus cabelos sendo jogados para trás pelo
vento, sua pele se eriçando com o frio de final de tarde, o sol que faz seu
caminho para se pôr e ilumina seu rosto, fazendo com que ela pareça um ser divino,
iluminado, tão inconcebivelmente belo.
“Preciso capturar esse momento. Para
sempre.”
Sem que ela perceba, pego meu celular e
tiro uma foto sua de perfil. Ao ouvir o barulho que o celular fez, Demetria se
vira e rapidamente cobre o rosto com a mão.
— Joseph, o que você está fazendo? — Ela pergunta
indignada.
— Tirando uma foto sua, não é obvio? — Ela abaixa sua mão
do rosto, olha para mim com uma sobrancelha erguida e parecendo brava agarra
meu pulso e abaixa minha mão, eu a levanto de novo e tento tirar mais uma foto
dela, mas ela não deixa.
— Não, Joseph. — Ela diz e vira o
rosto para o outro lado.
— Só mais uma foto, vamos lá Little Nips.
Vamos guardar a lembrança dessa tarde para sempre.
— Não, eu não gosto de tirar foto. — Ela diz ainda com o
tronco virado parcialmente para o outro lado.
— E o porquê disso? — Pergunto curioso.
— Eu só não gosto...Minhas fotos sempre
ficam estranhas.
— Claro que não, já vi várias fotos de você
com o seus irmãos e seus pais, você estava linda em todas.
Ela não diz nada mas vejo sua cabeça
balançando, ela discorda de mim.
— Ah é, está discordando do
senhor-sabe-tudo aqui? — Pergunto em um tom divertido.
— Senhor-sabe-tudo? — Ela se vira e me
pergunta rindo.
— Vou te mostrar que sempre tenho razão. — Digo e tento tirar
mais uma foto dela, mas ela diz não e me pede para parar. Seguro seu braço e
tento faze-la se virar para mim.
— Não, Joseph. Chega. Para com isso.
Jogo meu peso em cima dela, fazendo-a se
desequilibrar e cair deitada para trás em cima da toalha, ela solta um gritinho
que me faz rir. Não lhe dou tempo de se levantar, sento-me em cima dela,
tomando o cuidado de sustentar a maior parte do meu peso com minhas pernas para
não esmaga-la.
— Joseph Jonas, saia de cima de mim agora
mesmo. — Ela diz em um tom autoritário, o que só me faz rir mais ainda
dela.
— Depois que eu tiver a minha foto, baby. — Digo levantando o
celular e tiro a foto.
Olho na tela, a foto teria ficado
perfeita se não fosse a mão de Demetria cobrindo a maior parte do seu rosto.
— Qual é, Little Nips. Você me conhece, eu
não vou desistir.
— Se eu deixar você tirar uma foto, só uma,
você vai sair de cima de mim?
— Vou. — Respondo.
— Tudo bem. — Ela diz e tira a mão
da frente do seu rosto. — Vai logo com isso.
Por um momento, um breve momento, sinto
que não consigo me mexer. A visão de Demetria deitada com seus cabelos
espalhados para todos os lados, seus olhos verdes parecendo mais claros do que
nunca, suas bochechas coradas e seus lábios rosados me faz perder o fôlego.
— Anda logo com isso Joseph. — Ela diz e só então
eu percebo que estava segurando minha respiração, deixo o ar sair lentamente
enquanto tento me controlar para que as batidas do meu coração voltem ao
normal.
— Não se mexa, ok? Eu já volto. — Digo saindo de cima dela.
— Joseph?
— Fique assim, não se mexa nem um
milímetro. — Digo me levantando e indo até o jardim bem perto de onde
estamos.
Arranco uma tulipa roxa do jardim e volto
para onde Demetria ainda está deitada, como eu pedi. Sento-me em cima dela
novamente e coloco a tulipa roxa atrás da sua orelha esquerda, lentamente
deslizo minha mão e sutilmente acaricio seu rosto macio, Demetria solta um
suspiro e fecha os olhos.
— Sorria. — Eu peço. Ela abre os
olhos e dá um sorrisinho tímido para meu celular, tiro a foto e mostro para
ela.
— Viu? Nem um pouco estranha.
— Ficou bonita.
— Ficou mesmo. — Concordo admirando a
tela do meu celular. Guardo-o no bolso e sorrio para ela, ela sorri e então
distraidamente morde seu lábio inferior.
“Ah Deus, esse lábios!”
De repente sou tomado por uma vontade
incontrolável de beija-los. Me curvo sobre Demetria, me abaixando lentamente, a
deixando saber qual é a minha intenção. Ela não me impede, apenas me encara
intensamente, abre um pouco os lábios, num convite silencioso.
Passo meu dedo por sua bochecha, fazendo
um carinho gentil, e então quebro a distância que nos separava e a beijo.
Seus lábios são tão macios, tão gostosos
de serem provados. Tão lentamente quanto vou mexendo meus lábios contra os
dela, vou deslizando meu corpo, para que toda a extensão do meu corpo esteja
encostando no dela.
Ela abre a boca e eu a invado, sua língua
vem de encontro com a minha e uma brinca com a outra.
Demetria geme e o som viaja por todo meu
corpo, me causando sensações que até então, eram desconhecidas para mim. Sinto
a necessidade de aprofundar o beijo, e bem quando eu vou fazer isso, um
estrondo alto rompe a bolha de sensações estranhas mas boas em que estávamos. Demetria
treme em baixo de mim e eu relutantemente afasto nossos lábios, olho para cima
e deixo uma maldição sair.
Cinco minutos atrás o céu estava limpo e
o sol estava brilhando fazendo seu caminho para se pôr, agora o céu está cheio
de nuvens cinzas e o sol está escondido atrás delas.
De repente, escuto mais um estrondo de
trovão e saio de cima de Demetria.
— Droga, acho que vai cair um temporal. É
melhor irmos. — Digo me levantando.
— De qualquer forma logo já iria escurecer
mesmo. — Ela diz e começa a me ajudar a guardar as coisas na cesta.
Guardamos tudo e vamos em direção a onde
estacionei meu carro, quase chagando lá a chuva começa a cair. Demetria e eu
corremos a distância que falta, pego a chave e destravo as portas, quando
entramos no carro ela começa a rir.
— Isso foi divertido, acho que eu não me
molhava toda assim com chuva faz muito tempo.
— Vamos trocar de roupa antes que você
acabe pegando uma pneumonia. — Digo colocando a cesta no banco de trás e ligando o carro.
— Exagerado. — Ela diz sorrindo,
reviro meus olhos e guio o carro até meu apartamento.
No tempo em que chegamos ao meu prédio, a
alegria de Demetria já tinha me contagiado e estávamos ambos conversando e
rindo enquanto entravamos na recepção.
— Boa tarde, Carlos. — Digo sorrindo para
ele.
— Boa tarde, senhor. — Ele diz mas me olha
de uma forma estranha.
Demetria e eu subimos até meu andar,
vejo-a tremer então envolvo seu corpo com meus braços. Quando entramos no
apartamento deixo a cesta de piquenique em cima do primeiro móvel que vejo e
puxo Demetria comigo.
— Vamos nos secar antes de ficarmos doente.
Levo-a até meu banheiro e começo a tirar
minhas roupas.
— O que você esta fazendo?
— Tirando minhas roupas. Não podemos tomar
banho vestidos, podemos?
Entro no box e faço sinal para que ela me
acompanhe. Seus olhos lentamente viajam por meu corpo nu e param na minha
ereção. Ela morde o lábio inferior e quando seus olhos voltam a encarar os
meus, vejo desejo neles, fazendo meu pau pulsar.
Ela começa a tirar a roupa e eu a observo
atentamente, como um leão faminto observa sua presa, ansioso para devora-la.
Ligo o chuveiro na água quente e quando
ela entra no box, puxo-a para debaixo da água comigo. Suas curvas delicadas se
encaixam perfeitamente com meu corpo. Beijo-a como se fosse a última vez, quase
a devoro. Suas mãos viajam por minhas costas e apertam minha bunda, nesse
momento perco meu controle e a espremo contra a parede, levanto sua perna e
deslizo para dentro do calor do seu corpo.
Ela geme, eu gemo, e nós dois nos
perdemos um no outro.
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ResponderExcluirMeu deusssss, posta logo, joe ta caidinhos por demi, e ela? Será q tbm ta sentindo tudo oq ele sente por ela?
ResponderExcluirQue perfeitoooo posta logo quero saber se demi sente oq joe sente por ela.
ResponderExcluirPerfeitooo posta logooooooo.
ResponderExcluirA chuva tinha que estragar o momento fofo dos dois? Quando o Ian vai descobrir? Continuaaaa.....
ResponderExcluirNanda