sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

CAPÍTULO 29 MARATONA

Joseph
Não, você não fez isso. Demetria me encara com a boca aberta e uma expressão perplexa no rosto, a qual só me faz gargalhar mais ainda.
Sim, eu fiz baby.
Joseph, não acredito. Você era mesmo um pestinha quando criança hein, coitada da tia Denise. Ela diz rindo e esse som, eu juro, é o mais relaxante que eu já ouvi. A risada dela faz coisas comigo, com meu corpo, e faz com que eu tenha vontade de faze-la rir o tempo todo.
Não se esqueça que o seu irmão estava junto comigo nessa.
Mas quem que foi “o cabeça” e planejou tudo? Ela pergunta levantando uma sobrancelha e me olhando desconfiada.
Tudo bem, admito que foi eu. Eu arrastei o pobre Ian comigo nessa, mas se serve de consolo quando a gente foi pego, eu levei toda a culpa por ele.
Isso foi antes de eu nascer, não foi?
Foi, eu tinha uns 6 ou 7 anos.
É tão estranho quando eu paro para pensar que a mulher ao meu lado, a mulher com quem eu venho mantendo relações sexuais muito frequentemente, é a mesma pessoa que eu vi crescer. Deus, eu segurei ela ainda bebê, isso é estranho demais. Praticamente uma década de diferença.
Demetria, você não liga para a minha idade? De repente pergunto, pegando-a de surpresa.
Como assim, o que você quer dizer?
Eu sou bem mais velho que você, você não liga para isso?
Você liga?
Eu? Não sei, na verdade não. É que com você é diferente. Acho que com outras mulheres da sua idade não seria tão estranho, é que quando eu penso que vi você crescer...
Eu não me importo nem um pouco com a nossa diferença de idade, Joseph. Admito que foi um pouco estranho no começo, você me viu crescer e eu te vi como o melhor amigo do meu irmão mais velho a minha vida toda, muitas vezes te via como um segundo irmão. O mais estranho para mim é isso, eu acho, o fato de um dia eu ter o considerado como um irmão e não os 9 anos que nos separam.
Entendi. Sabe, eu estou gostando muito do tempo em que estamos passando juntos. Digo, não só o sexo, que é incrível por sinal, mas eu aprecio os momentos como esse também. Digo encarando o Jardim Botânico de Dallas onde estamos fazendo um piquenique.
Eu também, sinto pela primeira vez que somos próximos de fato. Amigos. Eu gosto de pensar em você como um amigo, acho que em algum momento a nossa relação foi cortada totalmente, e nenhum de nós dois percebemos. Mas eu gosto que estejamos retomando isso, só espero que quando esse lance de amigos com benefícios acabar, que ainda possamos manter a parte do amigos. Ela diz me encarando com um sorriso amigável no rosto.
Não sei o porquê, mas com a menção da palavra “acabar” um mal estar tomou conta do meu estômago. Não quero que isso acabe, ainda não, minha necessidade por ela ainda é grande demais.
Claro que sim. Não vamos mais nos afastar como fizemos antes, ok? Mesmo quando a parte do beneficio acabar, vamos continuar saindo e conversando como agora. Digo e deposito um beijo suave em sua mão.
Eu adoraria isso, Joseph.
Nesse momento uma bola de futebol americano aterrissa perto dos pés de Demetria, fazendo-a dar um pulinho de susto. Olho na direção que a bola veio e vejo um cara vindo correndo até nós.
Ele usa uma bermuda e uma regata branca, deixando a mostra seus braços fortes.
Hey, foi mal, acho que eu não medi muito bem minha força. O loiro estilo surfista diz com um sorriso no rosto quando para em frente de Demetria, ela olha para cima com a mão na testa e os olhos semi fechados e o nariz franzido por causa da luz do sol.
Sem problemas. Ela diz, o cara se abaixa, pega a bola e coloca-a em baixo do braço. Ele dá um passo para o lado, ficando de perfil para mim e protegendo Demetria do sol.
Espero que não tenha te acertado. Ele diz dando-lhe um sorriso que eu conheço muito bem.
“Oh não cara, ela não vai cair na sua.”
Não se preocupe, não acertou. Demetria retribui o sorriso e eu juro que vi os joelhos do moleque vacilarem.
Filho da mãe, seus olhos viajam por Demetria avaliando-a, e seu sorriso fica maior. Não posso culpa-lo por isso, ela com esse vestido de verão com suas belas pernas de fora é de chamar a atenção de qualquer um. No momento que ela apareceu em meu apartamento eu tive vontade de cancelar o piquenique e levá-la direto para meu quarto.
Tudo bem então, a gente se vê por aí. Ele diz e pisca para ela.
“Aposto que você gostaria disso, idiota.”
Tudo bem.
O mala sem alça me ignorou o tempo todo, nem se dignou a olhar para mim, se virou e correu de volta para o seu grupo de amigos. Demetria pega um morango e leva até a boca, mordendo um pedaço. Observo-a mastigando e ela percebe meu olhar sob ela, então sorri. Ela não faz a mínima ideia do quanto é atraente. Ela nem percebeu que o aspirante a Andrew Brees ali jogou a bola nessa direção de propósito. Aposto que se ela quisesse, ela facilmente conseguiria ter qualquer cara fazendo o que ela pedisse. Droga, ela conseguiu me convencer a vir até aqui, sentar ao lado desse jardim colorido de tulipas e fazer um piquenique, e ela só precisou me olhar com seus lindos, grandes e expressivos olhos verdes e dizer a palavra “por favor” e eu já estava igual a um idiota arrumando a porcaria de uma cesta de vime.
Mas devo admitir, isso não esta nada mal, na verdade, ficar aqui sem fazer nada, conversando com ela e sentindo o frescor do vento e admirando o céu azul é bem gostoso. Sinto-me relaxado como não me sentia a um bom tempo.
Demetria está sentada tão perto de mim, enquanto ela olha para cima e observa os desenhos das nuvens – um hábito que ela tem desde pequena – eu a observo. Seus cabelos sendo jogados para trás pelo vento, sua pele se eriçando com o frio de final de tarde, o sol que faz seu caminho para se pôr e ilumina seu rosto, fazendo com que ela pareça um ser divino, iluminado, tão inconcebivelmente belo.
“Preciso capturar esse momento. Para sempre.”
Sem que ela perceba, pego meu celular e tiro uma foto sua de perfil. Ao ouvir o barulho que o celular fez, Demetria se vira e rapidamente cobre o rosto com a mão.
Joseph, o que você está fazendo? Ela pergunta indignada.
Tirando uma foto sua, não é obvio? Ela abaixa sua mão do rosto, olha para mim com uma sobrancelha erguida e parecendo brava agarra meu pulso e abaixa minha mão, eu a levanto de novo e tento tirar mais uma foto dela, mas ela não deixa.
Não, Joseph. Ela diz e vira o rosto para o outro lado.
Só mais uma foto, vamos lá Little Nips. Vamos guardar a lembrança dessa tarde para sempre.
Não, eu não gosto de tirar foto. Ela diz ainda com o tronco virado parcialmente para o outro lado.
E o porquê disso? Pergunto curioso.
Eu só não gosto...Minhas fotos sempre ficam estranhas.
Claro que não, já vi várias fotos de você com o seus irmãos e seus pais, você estava linda em todas.
Ela não diz nada mas vejo sua cabeça balançando, ela discorda de mim.
Ah é, está discordando do senhor-sabe-tudo aqui? Pergunto em um tom divertido.
Senhor-sabe-tudo? Ela se vira e me pergunta rindo.
Vou te mostrar que sempre tenho razão. Digo e tento tirar mais uma foto dela, mas ela diz não e me pede para parar. Seguro seu braço e tento faze-la se virar para mim.
Não, Joseph. Chega. Para com isso.
Jogo meu peso em cima dela, fazendo-a se desequilibrar e cair deitada para trás em cima da toalha, ela solta um gritinho que me faz rir. Não lhe dou tempo de se levantar, sento-me em cima dela, tomando o cuidado de sustentar a maior parte do meu peso com minhas pernas para não esmaga-la.
Joseph Jonas, saia de cima de mim agora mesmo. Ela diz em um tom autoritário, o que só me faz rir mais ainda dela.
Depois que eu tiver a minha foto, baby. Digo levantando o celular e tiro a foto.
Olho na tela, a foto teria ficado perfeita se não fosse a mão de Demetria cobrindo a maior parte do seu rosto.
Qual é, Little Nips. Você me conhece, eu não vou desistir.
Se eu deixar você tirar uma foto, só uma, você vai sair de cima de mim?
Vou. Respondo.
Tudo bem. Ela diz e tira a mão da frente do seu rosto. Vai logo com isso.
Por um momento, um breve momento, sinto que não consigo me mexer. A visão de Demetria deitada com seus cabelos espalhados para todos os lados, seus olhos verdes parecendo mais claros do que nunca, suas bochechas coradas e seus lábios rosados me faz perder o fôlego.
Anda logo com isso Joseph. Ela diz e só então eu percebo que estava segurando minha respiração, deixo o ar sair lentamente enquanto tento me controlar para que as batidas do meu coração voltem ao normal.
Não se mexa, ok? Eu já volto. Digo saindo de cima dela.
Joseph?
Fique assim, não se mexa nem um milímetro. Digo me levantando e indo até o jardim bem perto de onde estamos.
Arranco uma tulipa roxa do jardim e volto para onde Demetria ainda está deitada, como eu pedi. Sento-me em cima dela novamente e coloco a tulipa roxa atrás da sua orelha esquerda, lentamente deslizo minha mão e sutilmente acaricio seu rosto macio, Demetria solta um suspiro e fecha os olhos.
Sorria. Eu peço. Ela abre os olhos e dá um sorrisinho tímido para meu celular, tiro a foto e mostro para ela.
Viu? Nem um pouco estranha.
Ficou bonita.
Ficou mesmo. Concordo admirando a tela do meu celular. Guardo-o no bolso e sorrio para ela, ela sorri e então distraidamente morde seu lábio inferior.
“Ah Deus, esse lábios!”
De repente sou tomado por uma vontade incontrolável de beija-los. Me curvo sobre Demetria, me abaixando lentamente, a deixando saber qual é a minha intenção. Ela não me impede, apenas me encara intensamente, abre um pouco os lábios, num convite silencioso.
Passo meu dedo por sua bochecha, fazendo um carinho gentil, e então quebro a distância que nos separava e a beijo.
Seus lábios são tão macios, tão gostosos de serem provados. Tão lentamente quanto vou mexendo meus lábios contra os dela, vou deslizando meu corpo, para que toda a extensão do meu corpo esteja encostando no dela.
Ela abre a boca e eu a invado, sua língua vem de encontro com a minha e uma brinca com a outra.
Demetria geme e o som viaja por todo meu corpo, me causando sensações que até então, eram desconhecidas para mim. Sinto a necessidade de aprofundar o beijo, e bem quando eu vou fazer isso, um estrondo alto rompe a bolha de sensações estranhas mas boas em que estávamos. Demetria treme em baixo de mim e eu relutantemente afasto nossos lábios, olho para cima e deixo uma maldição sair.
Cinco minutos atrás o céu estava limpo e o sol estava brilhando fazendo seu caminho para se pôr, agora o céu está cheio de nuvens cinzas e o sol está escondido atrás delas.
De repente, escuto mais um estrondo de trovão e saio de cima de Demetria.
Droga, acho que vai cair um temporal. É melhor irmos. Digo me levantando.
De qualquer forma logo já iria escurecer mesmo. Ela diz e começa a me ajudar a guardar as coisas na cesta.
Guardamos tudo e vamos em direção a onde estacionei meu carro, quase chagando lá a chuva começa a cair. Demetria e eu corremos a distância que falta, pego a chave e destravo as portas, quando entramos no carro ela começa a rir.
Isso foi divertido, acho que eu não me molhava toda assim com chuva faz muito tempo.
Vamos trocar de roupa antes que você acabe pegando uma pneumonia. Digo colocando a cesta no banco de trás e ligando o carro.
Exagerado. Ela diz sorrindo, reviro meus olhos e guio o carro até meu apartamento.
No tempo em que chegamos ao meu prédio, a alegria de Demetria já tinha me contagiado e estávamos ambos conversando e rindo enquanto entravamos na recepção.
Boa tarde, Carlos. Digo sorrindo para ele.
Boa tarde, senhor. Ele diz mas me olha de uma forma estranha.
Demetria e eu subimos até meu andar, vejo-a tremer então envolvo seu corpo com meus braços. Quando entramos no apartamento deixo a cesta de piquenique em cima do primeiro móvel que vejo e puxo Demetria comigo.
Vamos nos secar antes de ficarmos doente.
Levo-a até meu banheiro e começo a tirar minhas roupas.
O que você esta fazendo?
Tirando minhas roupas. Não podemos tomar banho vestidos, podemos?
Entro no box e faço sinal para que ela me acompanhe. Seus olhos lentamente viajam por meu corpo nu e param na minha ereção. Ela morde o lábio inferior e quando seus olhos voltam a encarar os meus, vejo desejo neles, fazendo meu pau pulsar.
Ela começa a tirar a roupa e eu a observo atentamente, como um leão faminto observa sua presa, ansioso para devora-la.
Ligo o chuveiro na água quente e quando ela entra no box, puxo-a para debaixo da água comigo. Suas curvas delicadas se encaixam perfeitamente com meu corpo. Beijo-a como se fosse a última vez, quase a devoro. Suas mãos viajam por minhas costas e apertam minha bunda, nesse momento perco meu controle e a espremo contra a parede, levanto sua perna e deslizo para dentro do calor do seu corpo.
Ela geme, eu gemo, e nós dois nos perdemos um no outro. 


5 comentários para o próximo!!!

6 comentários:

  1. Meu deusssss, posta logo, joe ta caidinhos por demi, e ela? Será q tbm ta sentindo tudo oq ele sente por ela?

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  2. Que perfeitoooo posta logo quero saber se demi sente oq joe sente por ela.

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  3. Perfeitooo posta logooooooo.

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  4. A chuva tinha que estragar o momento fofo dos dois? Quando o Ian vai descobrir? Continuaaaa.....

    Nanda

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