Saio da sala
de reuniões muito mais tranquilo do que quando entrei. Tudo saiu exatamente
como eu havia planejado, a apresentação saiu perfeitamente. Apesar de eu já
tê-la apresentado para os acionistas há duas semanas, hoje a apresentação seria
diferente, eu teria que ficar durante uma hora dentro de uma sala apenas com
outro homem, e não um homem qualquer. Carlson William Thompson, o fundador e
maior acionista da Thompson Reuters Company, e o meu verdadeiro alvo. Se eu
conseguisse acerta-lo em cheio com a minha proposta então esse contrato já
estaria no papo.
E pela
expressão em seu rosto durante toda a apresentação, pelos comentários e
interesse que ele demostrou, estou mais que confiante que ele ficou
impressionado com a minha proposta, muito bem impressionado.
Tento não
deixar o meu sorriso vitorioso se espalhar por meu rosto, ainda não. Até o
segundo antes dele assinar o contrato, tudo pode acontecer.
— Joseph, estou realmente muito impressionado com a sua proposta. — Ele diz enquanto
caminha ao meu lado pelo corredor em direção aos elevadores.
— Quando Robert me disse que a proposta era digna da minha
atenção, eu não imaginava que seria algo tão bem elaborado e com tanta
probabilidade de funcionar. Admito que estou muito impressionado com seu
desempenho e estou tentadíssimo a fechar esse contrato com vocês. — Ele diz e eu tento
controlar a minha animação, mas é muito difícil, se esse contrato realmente
sair e eu for o intermediário, vai ser uma das melhores coisas que poderia
acontecer com a minha carreira aqui na Townsend.
— Fico extremamente feliz de ouvir isso, Sr. Thompson. Seria um
prazer para a Townsend ter uma parceria com vocês, e tenho certeza que
seria muito vantajosa para ambos os lados. — Digo e chamo o elevador, quando ele chega entramos e
continuamos nossa conversa sobre negócios até chegarmos ao térreo. Acompanho-o
até a porta e nos despedimos:
— Foi um imenso prazer finalmente conhece-lo Sr. Thompson. — Digo lhe estendendo
a mão.
— Igualmente Joseph. — Ele aperta minha
mão. — Gostaria de
convida-lo para almoçar na semana que vem para discutirmos alguns detalhes do
contrato, seria possível?
— É claro, seria um prazer esclarecer qualquer duvida que possa
ter permanecido. Estou à disposição.
— Maravilha, nesse caso então, minha secretaria liga para sua
para combinarmos o horário.
— Perfeito. Tenha uma boa tarde.
Ele entra no
seu Rolls Royce cinza e eu observo o carro com um sorriso no rosto até
ele sumir de vista.
Tudo esta
correndo perfeitamente. Não quero me precipitar e cantar vitória antes da hora,
mas só se uma merda muito grande acontecesse para esse contrato não ser
fechado.
Demetria
Durante o
caminho todo até a enfermaria eu fico me perguntando se isso é o certo a se
fazer. Talvez o melhor seja deixar ela resolver isso, eu não deveria estar me
metendo na vida da minha irmã desse jeito.
Mas droga,
eu tive uma conversa com ela e a medrosa da Sunny
me disse que não pretende convidar Wilmer para sair e que não vai deixa-lo
saber que ela está caindo de amores por ele. A garota se apaixonou perdidamente
a primeira vista, fica sonhando acordada com o cara o tempo todo mas está
morrendo de medo de chama-lo para sair e deixa-lo saber do seu interesse.
Eu sei que o
que eu estou prestes a fazer pode deixa-la muito, mas muito furiosa. Se ela
fizesse o mesmo comigo acho que provavelmente ficaria meses sem falar com ela.
Mas...Eu só
quero que ela seja feliz, e além do mais, se ele disser não eu nem conto para
ela o que eu fiz, e se ele disser sim, ela vai acabar me agradecendo no fim das
contas.
Paro em
frente à enfermaria e a encaro. Entro ou não entro? Faço isso ou não faço?
Eu quero
tanto ver a Sunny feliz, todos
merecem encontrar uma pessoa legal e se apaixonar, eu quero que ela tenha isso.
E se depender dela, ela vai deixar a oportunidade de ter isso com o Wilmer passar
sem fazer nada.
Decido que
eu vou fazer, não importa que ela fique furiosa depois, então entro na
enfermaria rapidamente antes que eu perca a coragem.
Quando entro
olho direto para a mesa na entrada, está vazia.
— Miguel? — Chamo um pouco hesitante. Escuto um barulho na sala ao lado e
logo um homem alto, moreno e muito gato sai de lá de dentro.
“Meu Deus, a
Sunny tinha razão quando disse que
ele é lindo.”
— Oi. — Digo um pouco sem graça. Deus, eu estou mesmo fazendo isso?
Vou me passar pela minha irmã? Nós já fizemos isso antes, mas quando éramos
crianças.
— Sunny? — Ele me olha com a testa franzida.
— Sim, sou eu, a Sunny.
— Minha voz
sai tão falsa e trêmula. Droga, ele vai sacar que eu não sou minha irmã.
— Você está meio...Diferente. — Ele diz ainda me
olhando com um pouco de estranheza.
Merda! Eu e Sunny somos gêmeas idênticas, como é que
ele percebeu alguma diferença?
— Estou? — É a única coisa que eu consigo responder.
— É, não sei o que é...Mas deixa para lá. — Ele diz balançando
a cabeça e abrindo um sorriso enorme, ele se aproxima um pouco e sua postura
delata seu nervosismo.
Ah sim, esse
cara está totalmente na da minha irmã. Olha só o jeito que ele olha para ela,
quer dizer, para mim, mas ele acha que é ela então dá no mesmo.
— Não me diga que você se machucou de novo? Eu te falei, você
deveria andar com um trevo de quatro folhas, uma ferradura e um pé de coelho. — Ele diz rindo.
— Um trevo, uma ferradura e um pé de coelho? — Pergunto levantando
as sobrancelhas e rindo.
— É, dão sorte, assim talvez você se machucaria menos.
— O pé de coelho não deu sorte para o coelho. — Digo cruzando os
braços e ele ri.
— Verdade. Estou apenas implicando com você, sei que é meio
estranho dizer isso, e por favor não me leve a mal, mas eu gosto que você seja
desastrada. — Ele diz se apoiando na mesa e me lançando um olhar tímido.
— Ah é? E o porquê disso? — Pergunto.
— Porque assim você vem bastante aqui, e eu posso te ver. — Ele me dá um
sorriso tímido e eu sorrio para ele.
“Ah meu
Deus, a Sunny tem que sair com esse
cara, ele é um fofo.”
— Sinto muito te decepcionar, mas hoje eu não estou aqui pelos
seus cuidados médicos. — Digo.
— Não?
— Não.
— Então o que te trouxe até aqui? — Ele pergunta com um
olhar de flerte.
— Eu vim saber se você por acaso quer sair comigo algum dia
desses. — Pergunto e por um momento ele parece surpreso, como se não
esperasse que eu fosse ser tão direta. Acho que a minha irmã esteve agindo
muito timidamente perto dele, essa não é uma Sunny que ele esperava ver, com certeza.
Ele abre a
boca mas parece não saber o que dizer. Droga, será que eu interpretei mal os
sinais e ele irá me dizer não?
— Eu...Ann...Eu quero sim. Na verdade, eu quero muito sair com
você, Sunny. — Ele diz sorrindo
largamente.
— Ótimo.
— Sinceramente, eu já estava querendo te convidar desde daquela
vez que você veio aqui com aquele olho roxo, mas não tive coragem. Fico feliz
que você tenha me convidado, porque se dependesse de mim ia demorar. Eu sou tão
tímido quando se trata de chamar uma garota para sair. — Ele diz encarando o
chão e parecendo envergonhado.
— Para falar a verdade, eu também sou muito tímida quando eu
conheço um cara novo. Mas eu quero mesmo sair com você, então... — Deixo o resto da
frase morrer no ar.
— Será que você pode me dar o seu numero de telefone para eu te
ligar e combinarmos o dia?
— Claro. — Respondo.
Vou até a
mesa, parando do seu lado e anoto o número do celular de Sunny, quase que escrevo o meu número por engano.
— Prontinho, aqui está. — Entrego o papel para ele.
— Perfeito. Eu te ligo então.
— Vou estar esperando.
— A gente se vê então.
— Certo, até depois.
— Até, tenha uma boa tarde. — Ele diz e se aproxima, segura minha mão e a beija.
“Ah meu Deus, minha irmã encontrou um
cavalheiro. Estou tão feliz por ela.”
Sorrimos uma
última vez um para o outro e eu vou embora. Uma vez fora da enfermaria, respiro
mais aliviada, não tinha certeza se isso ia funcionar e muito menos se ele iria
aceitar o convite. Mas ele aceitou, e disse que queria convidar ela para sair
desde a primeira vez que eles se viram.
Cara, eu
preciso contar isso para a Sunny.
Sigo
caminhando pelo campus com um sorriso no rosto. O que eu fiz não foi totalmente
correto, mas acabou dando certo, agora a minha irmã e o cara que ela está
caidinha tem um encontro.
Certamente
ela não vai ficar zangada comigo quando eu contar que ele aceitou, ou vai?
Continuo
caminhando enquanto penso como contar para Sunny
o que eu fiz e imaginando diversas reações da parte dela, quando escuto alguém
chamando meu nome.
— Demi.
Olho para
trás e vejo Harry fazendo sinal com a
mão e sorrindo para mim. Curiosamente, a visão dele já não me provoca mais
borboletas no estômago. Claro que ele continua lindo e gostoso, mas essa beleza
não tem mais o mesmo efeito que tinha antes.
— Oi. — Digo quando ele para na minha frente.
— Oi, eu te procurei por toda parte. Fui falar com você depois
que sua aula acabou mas você já tinha saído.
— É, foi mal. Estava na enfermaria.
— Você está bem? — Rapidamente seu olhar muda para preocupação.
— Sim, está tudo ótimo comigo. É só que eu tinha que...Fazer
uma coisa. — Digo com um sorriso envergonhado. Ainda não acredito que eu
fingi ser minha irmã e marquei um encontro para ela.
— Que susto, achei que tinha acontecido algo com você. Que bom
que você está bem. — Ele diz chegando mais perto e exagerando na preocupação e
principalmente na invasão do meu espaço.
— É, estou. Inteira. Nada de errado. — Olho
desconfortavelmente para ele e lhe dou um sorriso nervoso.
— A gente se vê por aí. — Digo e me viro, mas Harry
me segura pelo braço e vem ficar na minha frente.
— Espera, achei que você tinha falado que a gente ia se ver
hoje. — Ele diz.
— Acabamos de nos ver. — Digo e tento ir embora mas ele me segura de novo.
— Tem alguma coisa errada? Você parecia disposta a ser pelo
menos minha amiga quando conversamos na sua varanda.
— Não tem nada errado.
— É aquele cara? — Ele pergunta fazendo uma careta de poucos amigos.
— Que cara, Harry?
— O idiota que eu dei uma surra. Como é o nome dele mesmo?
— Joseph.
— Isso, Joseph. É por
causa dele que você ainda está fugindo de mim? Seu namoradinho não te deu
permissão para você ser minha amiga? — Ele pergunta ríspido.
— Você está louco se acha que algum dia vou permitir que um
homem me diga de quem eu devo ou não ser amiga. Além do mais, o Joseph não é meu namorado. E foi bom
você tocar nesse assunto, porque eu ainda estou com aquela briga de vocês dois
entalada na garganta. — Digo cruzando os braços e fazendo cara de brava.
— Foi para ele aprender a não mexer com a garota dos outros,
espero que ele tenha aprendido. Vocês ainda estão saindo?
— Isso realmente não é da sua conta. — Digo ficando
irritada com sua atitude.
— Quer saber, não importa. Eu só quero que a gente deixe para
trás tudo isso, ok? Se você não vai voltar comigo, quero pelo menos voltar a
ser seu amigo. Pode ser?
— Não sei se isso vai dar certo, Harry.
— Por quê?
— Você não traiu minha confiança só como namorada, mas como
amiga também. A amizade que nós tínhamos antes de começar a namorar,
simplesmente não sei se tem concerto, entende?
— Acho que sim. Mas e se fossemos devagar? Retomando ela aos
poucos?
— Talvez, quem sabe.
— Vamos fazer isso, por favor? Não quero que você saia da minha
vida, Demi.
Encaro seus
lindos olhos verdes, que são quase na mesma tonalidade do que os meus, só que
muito mais penetrantes. Encaro com saudades o rosto do homem que até pouco
tempo atrás eu amava com todo meu coração.
— Tudo bem, Harry.
Nós podemos ser amigos, ou pelo menos, tentar. — Ele abre um sorriso
do tamanho do Texas e me abraça. Hesito um momento mas acabo retribuindo o
abraço.
Ele me puxa
para mais perto e eu posso sentir toda a extensão firme e forte do seu corpo
contra o meu.
— Que tal nós irmos almoçar para comemorar? — Ele se afasta e
pergunta animado.
— Comemorar? — Pergunto sorrindo com a sua empolgação infantil.
— Sim, venha, vamos comer. — Ele agarra meu braço e começa a me puxar.
— Tudo bem, vamos almoçar então. Quer ir ao restaurante
universitário ou...
— Mas é claro que não. Vamos comer comida de verdade, eu
conheço um restaurante fora do campus que é uma delicia.
Não digo
nada e deixo que ele me segure pela mão e me leve até seu carro.
Bom estamos chegando na metade da fic e bom comentem mais que a maratona acaba amanhã...
Ai meu Deus..... já vi tudo o Joseph vai ver os dois juntos...., ele vai descontar a surra ? Postaa....
ResponderExcluirAah posta mais *-*
ResponderExcluirMaraton nO pode acabaa :/
Aah posta mais *-*
ResponderExcluirMaraton nO pode acabaa :/
Já estou aguardando o próximo viu
ResponderExcluirTa ficando muito bom
Olha o Joe tendo crise de ciumes kkkkkkkk posta
ResponderExcluirMeu deussss isso n vai terminar bem, já to vendo os dois brigarem. Mas é o cara que vai almoçar com joe espero q isso n interfira nos negócios da empresa
ResponderExcluirto ate vendo eles se encontrarem nesse restaurante kkk
ResponderExcluirposta mais
Posta maaais
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