Joseph
Não acredito
que deixei o pessoal do escritório me arrastar de novo para o Eros. Estou
cansado, com dor de cabeça e ainda por cima de mau humor porque Demetria vai ficar no seu apartamento
hoje à noite e eu vou ter que dormir sem ela.
Assim que
achamos uma mesa peço um copo de uísque. Uma hora. Só vou ficar por uma hora,
só para que esse babacas que eu chamo de amigos não me encham o saco.
— Mas que cara é essa, Joseph?
Até parece que está em um velório. — Tommy diz.
Apenas solto
um grunhido, mas acho que por causa da musica alta ele não ouviu, e viro o
uísque.
Solto um
suspiro impaciente quando quarenta minutos depois, uma grupo de amigas vem até
nossa mesa.
Cada uma
parece ter um de nós como alvo. Eu sou o alvo de uma morena gostosa com
silicone, ela logo vem ficar ao meu lado e tenta começar uma conversa.
— Posso me sentar, gato?
— Fique à vontade. — O lugar não é meu, de qualquer forma.
Ela se senta
perto demais, suas coxas nuas encostam na minha perna e ela esfrega seus seios
no meu braço.
— Eu sou Veronica.
— Joseph. — Digo de mau humor e tomo um gole de uísque.
— Você não se importa se eu te fizer companhia, não é Joseph? — Ela se esfrega mais
em mim e apoia o braço em meu ombro.
“Que mulher
chata. Como eu queria estar em casa enterrado bem fundo em Demetria.”
Sinto os
dedos de Veronica acariciarem minha nuca e depois se afundarem em meu cabelo.
Rapidamente pego sua mão e a coloco em seu próprio colo. Ela me olha confusa.
— Qual o problema, gato?
— Não encoste em mim. — Digo rudemente e ela joga sua cabeça para trás e ri.
— Estava querendo um pouco de diversão hoje à noite, que tal a
gente ir para um lugar mais reservado? — Ela diz e desliza sua mão pro minha perna e aperta meu pau.
Levo um
susto e me afasto dela.
— Não estou interessado. Pode ir procurar outro. — Digo lhe lançando
um olhar zangado.
— Ah, Joseph, vamos
lá, prometo que você não vai se arrepender. — Ela vem e sussurra em meu ouvido.
“Deus,
dai-me paciência.”
Tento usar a
tática de ignorar. Olho para o lado fingindo que essa mulher chata não está ao
meu lado. Vejo Tommy e Will com as duas amigas de Veronica, trocando caricias e
sinto um enjoo.
— Estou sem calcinha e toda molhada. Vamos para o banheiro e eu
chupo o seu p...
— Chega, ok? — Afasto sua boca da minha orelha e a olho com nojo.
Será que
essa mulher não tem um pingo de respeito próprio? Fica se esfregando e falando
essas coisa para um completo desconhecido, e se eu fosse um psicopata, um
tarado que fosse machucar ela?
Meus olhos
viajam por seu corpo. Ela é gostosa e sabe disso. Enquanto observo-a, imagens
dela de joelhos no banheiro desse lugar me chupando vem a minha mente.
Contrariando tudo que eu achei que soubesse de mim mesmo, tudo que eu achei que
fosse, não me sinto excitado. Pela primeira vez sinto nojo ao imaginar transar
com uma mulher cuja a única coisa que eu sei é o nome. Olho para Tommy e Will
com as garotas e sinto meu estômago se revirando.
Porque dessa
vez é diferente? Porque dessa vez estou com nojo e não excitado?
Não sei. Só
sei que tenho que sair desse lugar.
Levanto-me
abruptamente, pego algumas notas e jogo na direção de Will.
— Pague a minha conta para mim, por favor. Estou indo embora.
— Tão cedo?
Não me dou
ao trabalho de responder e caminho para longe deles. Não vejo a expressão de
Veronica ao deixa-la sozinha e também não me importo se ela ficou ofendida ou
não. Espero nunca mais vê-la.
Vou
desviando da multidão de pessoas tentando chegar até a saída. Vejo a porta e só
preciso me livrar desse bando de bêbados para chegar até ela e estar livre para
ir para casa e ficar em paz.
Paro de
andar quando dois casais cruzam a porta rindo.
“Mas que
porra ?”
Olho atônito
Sunny e Demetria com dois caras irem em direção a uma mesa vazia. O moreno
que estava segurando na cintura de Sunny
se senta ao lado dela e o loiro ao lado de Demetria.
Fico
encarando aquela cena sem conseguir desviar o olhar.
“Que porra Demetria
está fazendo aqui?”
Observo
ainda sem conseguir desviar o olhar ou me mover, enquanto eles pedem algo para
a mulher que foi atende-los.
O loiro
apoia seu braço em volta da cadeira de Demetria
e diz algo para ela. Ela se aproxima dele e ele diz algo em seu ouvido. Ela ri
e parece concordar.
Sinto um
fogo crescendo dentro de mim, sinto calor, como se não tivesse mais sangue
correndo em minhas veias, e sim lava quente.
Uma vontade
enlouquecedora de ir lá e arrancar o braço do loiro surge. Tenho vontade de
chegar até ele e empurra-lo no chão para bem longe de Demetria.
O que ela
está fazendo com ele, afinal? E quem é ele?
Os quatro
conversam e a bebida chega. Que porra está acontecendo ali?
O cara ao
lado de Sunny acaricia sua bochecha e
lhe dá um beijo suave. Olho para seu amigo para ver se ele vai fazer o mesmo
com Demetria.
Eu juro que
se ele encostar nela eu vou lá e acabo com ele.
Que caralho!
Obviamente Sunny e o moreno estão
juntos. Será que Demetria está com
aquele cara?
Mas que
porra! Foda-se! Eles estão num encontro duplo, deve ser isso.
Sinto minha
raiva crescendo cada vez mais forte.
Demetria está em um
encontro. Ela não pode estar em um encontro, ela é minha.
Eu vou
acabar com a festa deles e é agora.
Caminho com
raiva pura exalando de todo meu corpo, mas rapidamente me detenho.
Não posso
fazer isso, não posso ir até lá sem que Sunny
saiba o que está acontecendo entre Demetria
e eu.
Porra!
Não acredito
que Demetria está saindo com aquele
cara. Não acredito que ela mentiu para mim.
Droga, estou
sentindo tanta raiva que tenho vontade de quebrar toda a merda desse lugar.
Se ela está
transando com ele ao mesmo tempo em que esta comigo, eu juro que eu vou...Eu
vou...Vou matar esse filho da puta.
Passo a mão
por meus cabelos e percebo que ela está tremendo.
Encaro
minhas mãos tremulas de raiva. Observo Demetria
se levantando e se afastando da mesa, fecho minhas mãos em punho e aperto-as
até que os nós dos meus dedos fiquem brancos.
“Ela mentiu para mim. Ela mentiu para mim para
poder encontrar com aquele idiota.”
Mas isso não
vai ficar assim. Não vai mesmo.
Vou atrás de
Demetria e vejo-a entrando no
banheiro. Paro em frente da porta por um minuto e sem pensar duas vezes entro
no banheiro das mulheres.
O banheiro
está vazio, tem algumas cabines e apenas uma está ocupada.
Encosto-me
na pia e cruzo os braços, tento controlar os tremores de pura raiva. Encaro a
porta da cabine fechada fixamente, como se eu quisesse que ela sentisse meu
olhar fulminante. E espero que ela esteja sentindo mesmo.
Escuto a
descarga e a tranca da porta se abrindo, Demetria
sai da cabine distraída e quando me vê parado na sua frente dá um pulo.
— JESUS! — Ela leva a mão até o peito e se apoia na cabine. Olho-a com
raiva, tenho vontade de ir até ela e chacoalha-la e gritar com ela.
— Deus do céu, que susto! O que na terra você está fazendo
aqui? — Ela pergunta ainda se recuperando do seu susto.
— Eu poderia fazer a mesma pergunta. Só que eu já sei a
resposta. — Digo tentando me controlar para não gritar. Aperto os
músculos do meu braço e os deixo cruzados com força em frente ao meu peito para
que eu não de um soco na parede ou em alguma outra coisa.
— Não estou entendendo, Joseph.
O que está acontecendo, você está com uma cara tão estranha.
Mas como ela
é fingida! Tem coragem de se fazer de inocente na minha cara.
Não suporto
mais isso e sinto minha raiva saindo do meu controle. Em um único passo chego
até ela e dou um soco na estrutura da cabine ao lado dela, o som alto ecoa pelo
banheiro e Demetria dá um pulo,
levando a mão até a boca.
— Meu Deus, você está louco?
— Não sei, me diga você, Demetria.
Porque eu me lembro bem de você ter me dito que iria passar a noite estudando,
será que eu estou ficando louco ou entendi mal, hein? Talvez você estivesse se
referindo a estudar a anatomia humana, quem sabe? Talvez você tenha pedido
ajuda ao seu amiguinho loiro sentado naquela mesa agora mesmo. — Digo a centímetros
do seu rosto, o maxilar cerrado e as palavras malmente saindo de meus lábios.
— Eu posso explicar, você entendeu tudo errado.
— Mas é claro que você pode me explicar. Você pode e você vai.
Quero saber quem é aquele cara e o que vocês estão fazendo juntos. — Seu olhar confuso
muda e vejo raiva em seus lindos olhos verdes.
— Espera aí um minuto. Eu não te devo explicação nenhuma, eu te
dou se eu quiser, você não tem direito de exigir nada de mim. Eu posso sair com
quem eu quiser a hora que eu quiser. — Ela afunda seu dedo no meu peito, me fazendo recuar um passo.
— É claro que você me deve satisfações, eu não vou permitir que
você durma comigo e ao mesmo tempo durma com outro.
Sua boca
abre em choque e ela me empurra.
— Eu não estou dormindo com ele, seu idiota. Ele é amigo do
namorado da Sunny, só isso.
— Não parece nem um pouco que é só isso. Não parece que
você está vestida para “só isso” parece que você está vestida para provocar um
ataque cardíaco no cara. — Digo olhando seu vestido colado ao corpo. Olho suas pernas
nuas, subo o olhar passando por seu quadril e sua cintura fina, terminando no
decote que molda seus seios perfeitamente.
“Merda, Joseph! Suba o olhar, suba a porra do
olhar.”
Sinto meu
corpo se arrepiar e a excitação percorrer meu corpo. Aí eu lembro que ela se
vestiu assim para ele e a minha raiva volta com força total.
— Você nega que você e sua irmã estão em um encontro duplo?
— Não nego mas...
— Então você mentiu para mim que iria estudar só para sair com
aquele filho da puta. Por acaso ele vai te dar algo que eu não te dou?
Laço sua
cintura e puxo seu corpo para junto do meu. Minha excitação se misturando com
minha raiva e me deixando confuso.
Não sei se
grito com ela ou se a beijo. Seus lábios são tão irresistíveis, então encolho a
segunda opção. Puxo seu pescoço e sua boca se choca contra a minha. Beijo-a
violentamente, ainda morrendo de raiva por ela estar com aquele cara.
— Não quero te beijar. — Ela diz me empurrando para longe.
— Porque não? — Pergunto sem fôlego.
— Porque você esta agindo como um idiota e eu estou furiosa com
você.
— Você está furiosa comigo? Você está furiosa? Essa é boa, sou
eu quem tem o direito de estar furioso aqui.
— Posso saber que direito é esse? Nós não temos nada, se eu
quiser ficar com ele ou qualquer outro, eu posso.
Só de
imaginar ela com aquele cara ou outro, me deixa cego de fúria. Agarro-a pelos
braços e olho fundo em seus olhos.
— Você não vai ficar com ele, entendeu? Você vai embora comigo
agora.
— O inferno que eu vou. Você não manda em mim, Joseph.
— Olha aqui Demetria,
se você pensa que... — Nesse momento a porta se abre e uma mulher entra, ela para
quando vê nós dois.
— Humm, está tudo bem aqui? — Ela diz olhando para minhas mãos segurando os braços de Demetria.
— Está sim. — Respondo.
— Eu estava falando com ela, bonitão.
Percebo que
eu devo estar parecendo um louco violento, então solto Demetria e tento suavizar minha expressão.
Deus, será
que essa mulher pensou que eu iria bater em Demetria?
Eu nunca bateria numa mulher, nunca.
Mas pelo seu
olhar eu devo ter dado essa impressão. Meu Deus! Eu nunca seria capaz, é só que
eu fiquei tão furioso, mas se eu fosse bater em alguém seria no loiro idiota,
não nela.
— Está tudo bem sim, obrigada. — Demetria diz e a mulher
assente, se vira e vai embora, desistindo de usar o banheiro.
— Viu o que você fez? Fez eu parecer um louco violento. — Digo.
— Eu fiz? Eu fiz? Você fez isso sozinho. E você é louco mesmo
se por um momento achou mesmo que eu iria para casa com você.
— Você não pode ficar aqui com aquele cara.
— Joseph, eu já falei, não tem nada acontecendo entre eu e o Zac. Não
tem motivo para você ficar com ciúmes.
— Ciúmes? Quem disse que eu estou com ciúmes, eu não sinto
ciúmes. Nunca senti e não iria começar a sentir por você.
— Ah não, então porque você está agindo assim?
— Porque eu não quero ficar com você sabendo que outro cara
está te tocando também, nenhum homem gostaria disso. Não é ciúmes, se você quer
ficar com outros caras então me diga agora e a gente acaba o nosso lance e
ambos ficamos livres. Se for isso que você quer então me diga, porque eu acabei
de recusar uma morena gostosa e talvez dê tempo de ir atrás dela.
Antes que eu
possa assimilar qualquer coisa, a mão de Demetria
vem em minha direção e acerta meu rosto, causando um estalo e uma ardência
instantânea.
— Você é um filho da mãe mesmo. Pode ir atrás da sua morena
gostosa, eu não ligo. Pode fazer o que quiser que eu não ligo. Não quero mais
falar com você, seu idiota. Não me procure mais, entendeu?
Ela diz
furiosa e sai do banheiro pisando duro.
Droga.
Droga. Droga. Não, merda! Não era isso que eu queria. Tenho que ir atrás dela e
explicar que eu só falei de Veronica porque estava com raiva.
— Demetria, espera. — Saio do banheiro rapidamente, quando abro a porta dou de cara
com um homem enorme de terno e ele me segura pelo colarinho.
“Oh merda!”
— Então você é o filho da puta que está incomodando as minhas
garotas?
— O que? Não.
— Ah não? Vai me falar também que entrou no banheiro errado sem
perceber?
— Não, eu...Hey, espera aí. — Digo enquanto ele começa a me arrastar para fora.
— Eu não fiz nada, é sério. Me solta.
O cara
gigante continua me arrastando para fora enquanto as pessoas olham. Ele chega
na porta de saída e me joga para fora, quase perco o equilíbrio e caio.
— Rock, esse filho da puta estava no banheiro feminino, não
quero mais ver a cara dele aqui, entendeu?
Rock, outro
segurança/montanha ambulante, me olha com raiva.
— Entendido. Quer que eu cuide dele?
— Não perca seu tempo, só não deixe mais ele entrar aqui.
— Eu não fiz nada, me deixe explicar o que aconteceu...
Rock avança
para cima de mim e mete o dedo na minha cara.
— Se eu ver o seu rosto por aqui de novo, eu vou te arrebentar
filho da puta. Agora se manda. — Ele diz e me empurra. Desisto de tentar explicar o que
aconteceu, eles não vão acreditar em mim de qualquer forma.
Vou até meu
carro, chuto uma lata de lixo no caminho, depois chuto o pneu do carro antes de
entrar nele.
— Porra! — Passo a mão pelos cabelos e aperto os olhos. Não acredito em
tudo que acabou de acontecer.
Demetria não pode estar
falando sério sobre não querer mais me ver, certo? Certo?
Merda! E
agora eu não posso voltar lá dentro e me explicar para ela, pedir desculpas.
Tenho uma pequena sensação que ela não vai atender se eu ligar.
Não
acredito, vou ter que esperar para falar com ela amanhã. Vou me explicar e tudo
vai voltar ao normal.
Que porra
deu em mim? Nunca me senti tão não no controle assim. É como se algo
estivesse me controlando, não consegui controlar meus atos e o que saia da
minha boca. A única coisa que eu sentia era a raiva borbulhando dentro de mim.
Eu fiz o
certo, não é? Que homem gostaria de saber que a mulher com quem ele está
dormindo também está dormindo com outro?
Eu sei o que
você está pensando. Eu nunca liguei para isso antes, é verdade. Mas com Demetria é diferente, não suporto a
ideia de outro também estar tocando nela.
Mas isso não
é o que ela falou. Eu não estou sentindo isso. Eu absolutamente não estou com
ciúmes dela. Ter ciúmes implica sentimentos que eu não sou capaz de sentir. Eu
só não quero que ninguém toque nela enquanto eu estiver tocando, só isso. É só
isso.
PALPITES???
ULTIMO DE HOJE!
AMANHÃ SERÁ O ULTIMO DIA DE MARATONA.
PALPITES???
ULTIMO DE HOJE!
AMANHÃ SERÁ O ULTIMO DIA DE MARATONA.
Posta mais um por favor...só mais um
ResponderExcluirposta logoo, mais um, por favor *_____________*
ResponderExcluirPosta mais um hoje por favor!!!!!
ResponderExcluirEu vou ficar doida desse jeito!! Pelo amor de Deus e pelo amor que você sente por suas leitoras posta mais um hoje por favor!!!!!!
Se isso não é ciúme é o que então? Kkkkkkkkk. Agora ele vai ter que rebolar pra conseguir que ela o perdoe......kkkk continuaaaa......,
ResponderExcluirNão acredito que ele conseguiu estragar tudo, será que ela vai ficar com o tal do Zac? Posta logo.
ResponderExcluir