Joseph
Ajeito o travesseiro e deito. Viro para o
outro lado e puxo o edredom até meu pescoço. Não fico nem cinco minutos assim e
me viro para o outro lado, puxo o edredom para baixo, deixando-o em minha
cintura.
Fecho os olhos e tento desligar minha
mente de tudo para que eu consiga dormir. Não funciona. Viro, ficando de
barriga para baixo, aperto os olhos com força e solto um suspiro. Preciso
dormir, daqui a poucas horas vou ter que levantar e ir trabalhar. Viro-me de
novo, deitando de costas. Olho para o relógio e vejo que são 1:30 da manhã. Eu
tenho que acordar às 6h. Ótimo. Eu sempre dormi como uma pedra, então porque
porra eu estou me revirando na cama faz horas sem conseguir dormir? Que saco. Percebendo
que não vou conseguir dormir tão cedo, decido me levantar e trabalhar um pouco.
Vou até meu escritório, sento-me na poltrona de couro e ligo o notebook. Começo
a trabalhar na nova proposta que vou ter que apresentar para os acionistas da Thompson
Reuters Company, na semana que vem. Peixe grande. Se eu fechar esse
negócio, meu chefe vai beijar a sola do meu sapato. Será um dos maiores
contratos já assinados por nossa empresa. Sem falar que ter a Thompson
Reuters Company na nossa lista de clientes irá atrair muitas outras
empresas e companhias de renome para nós. Já tenho a apresentação toda na minha
cabeça, comecei a trabalhar nela alguns dias atrás e tenho mais essa semana
para deixa-la perfeita. As horas vão passando, continuo trabalhando na minha
proposta enquanto nas minhas costas Dallas pulsa com sua vida noturna selvagem.
Demetria
Visto uma roupa confortável, calça cargo
verde musgo e uma regata branca. Desligo o secador e arrumo meu cabelo em um
rabo de cavalo funcional.
Graças a Deus que quando voltei da minha
maratona de estudos com as meninas, Camilla não estava em casa. Assim pude
tomar meu banho tranquilamente e agora, vou poder comer alguma coisa na mais
completa paz. Estou tão cansada para fazer algo mais elaborado, então decido
fazer apenas um sanduiche. Depois de comer vou cair na minha cama e desmaiar
até amanhã. Se fosse por Joseph, eu estaria fazendo meu caminho para sua casa
agora mesmo. No final da tarde, quando eu ainda estava na biblioteca me matando
de estudar, recebi uma mensagem dele. Ele queria saber se eu estaria lá no
horário de sempre. Respondi dizendo que hoje não poderíamos nos encontrar, pois
depois de estudar o dia inteiro, estava sem energia e a única coisa que eu
queria era a minha cama.
Ele demorou em responder, e quando o fez,
foi um curto e grosso “tudo bem, nos vemos amanhã.” Muito diferente da sua
primeira mensagem, que parecia mais animada. Talvez ele tenha ficado chateado
por não tê-lo avisado antes, mas se for isso, ele está exagerando. Nós passamos
o último mês inteiro nos vendo todos os dias, além de eu ter dormido todas as
noites em seu apartamento. Um ou dois dias sem sexo não deve mata-lo. Caminho
até a cozinha, mas paro no meio do caminho quando escuto alguém batendo na
porta, então vou abri-la. Quando abro a porta, o ruivo do outro lado dela era a
última pessoa que eu esperava ver. Desde o dia em que eu joguei aquela caixa em
seus braços e disse que tudo entre nós havia terminado definitivamente, Harry
não me procurou mais, até hoje.
— Oi Demi. — Ele me cumprimenta com
aquele sorriso que eu tanto amava, surpreendentemente, percebo que ele já não
me afeta tanto quanto antes.
— O que você está fazendo aqui? Camilla
não está.
— Eu não vim aqui por ela, vim falar com
você. Posso entrar?
— Olha, Henrique, se eu me lembro bem, eu
havia dito que não queria mais te ver. Então, adeus. — Digo fechando a porta,
ele estica o pé, me fazendo abri-la de novo.
— Espere, Demi.
— O que foi?- Pergunto apoiando uma mão
em minha cintura e outra na porta.
— Você gostou das minhas flores? — Ele
pergunta e eu o olho com confusão.
— Que flores? — Pergunto.
— Eu te enviei um buquê de rosas
vermelhas. Você não recebeu? — Agora ele é quem parece confuso.
— Um momento, o buquê era para mim?
— Como assim?
— Três dias atrás Camilla recebeu um
buquê de rosas vermelhas, mas ela disse que era para ela. — Explico.
— Mas que vadia. — Ele sussurra para ele
mesmo enquanto esfrega o queixo. — Não era para ela coisa nenhuma, era para
você. Eu tinha até escrito um cartão com o seu nome. Pedi que o garoto da
floricultura estregasse somente para você, mas que idiota.
— Bem, então obrigada pelas flores. Mas
você não deveria ter feito isso, não estamos mais juntos.
— Sinto muito que você não tenha recebido
meu presente. Eu sei muito bem que não estamos mais juntos, mas isso não me
impede de continuar pensando em você, Demi. Eu te amo.
— Por favor, não comece. — Peço.
— Estou com tanta saudade de você, linda.
Diga-me o que eu posso fazer para te ter de volta.
— Henrique, eu já disse, acabou. — Dizer
essas palavras não doeu tanto como na última vez. É claro que eu não superei Harry
completamente, ver ele ainda mexe comigo, mas fico aliviada em constatar que
ele não me afeta tanto quanto antes, apesar de ainda provocar algumas reações
em meu corpo.
— Demi, minha linda, não seja tão dura
comigo, por favor. Eu me arrependi de ter feito o que fiz, eu nunca mais vou
olhar para outra mulher, eu prometo. Volte para mim e vamos continuar de onde
nós paramos. A gente sempre se deu tão bem, a gente se ama tanto, não deixe Camilla
atrapalhar isso.
— Acontece que não dá, Henrique. Eu não
consigo esquecer o que você fez, a magia acabou. Mesmo que voltássemos, não
seria como antes. Não insista em tentar reviver algo que está definitivamente
morto. — Surpreendendo a mim mesma, minhas palavras saem calmamente.
Ele dá um passo para frente e chega muito
perto de mim, sua mão vem para o meu rosto, ele acaricia minha bochecha e seu
toque já não me provoca mais arrepios.
— Eu quero voltar a ser só Harry para
você, quero escutar de novo você me chamando de “meu amor,” quero voltar a
passar a maior parte do dia ao seu lado, quero voltar a fazer amor com você, Demetria.
Oh caramba! Agora ele conseguiu alguma
reação perceptível do meu corpo.
Fazer amor...Eu sinto falta disso. Por
mais que as minhas noites com Joseph seja arrebatadores e inesquecíveis, o que
nós fazemos em sua cama é sexo, e eu sinto falta de fazer amor. De ter essa
intimidade com alguém que eu ame e que me ame de volta. Ser selvagem, mas
apaixonado ao mesmo tempo. O sexo com Joseph é selvagem, feroz, necessitado,
mas nunca suave, terno, carinhoso ou apaixonado.
Eu não quero me esquecer de como é isso,
não quero só fazer sexo sem amor.
Talvez eu possa ter isso de novo, algum
dia. Mas infelizmente, não será com Harry, mesmo que eu me sinta tentada a
ceder.
— Sinto muito, mas não tem mais volta
para nós. Realmente acabou tudo. Quanto antes você aceitar isso, melhor. Só
tente não cometer o mesmo erro com a próxima garota pela qual você se
apaixonar, ok?
— Eu sou apaixonado por você, só por
você. E eu vou provar isso, vou te mostrar que eu te amo e vou conseguir você
de volta, você vai ver. — Ele diz parecendo determinado.
— Adeus, Henrique.
— Adeus não, Demi. Até logo. — Ele diz e
então se afasta, me dá um sorriso um pouco triste e se vai.
Fecho a porta e apoio minha testa nela,
fechando os olhos os aperto com força. Depois de alguns segundos me dirijo ao
meu quarto. Perdi a fome.
Posta maaaais...perfeito
ResponderExcluirPosta mais!!
ResponderExcluirPosta logooooooo ta incrivel essa fic
ResponderExcluirPostaaaa
ResponderExcluiraaah posta mais *-*
ResponderExcluirta muito perfeito..
ResponderExcluirqndo tem mais?
posta rapido