Assim que termino de guardar meus
materiais na bolsa escuto meu celular tocando, saindo da sala de aula olho para
o visor e sorrio ao ver quem está me ligando.
— Alô?
— Olá, baby. — A voz sexy
de Joseph diz do outro lado da linha. — Não estou te atrapalhando, não é? Está
em aula?
— Não, não. Minha aula
acabou de terminar.
— Estou te ligando para
avisar que eu vou sair um pouco mais tarde do trabalho hoje, então teremos que
nós encontrar uma ou duas horas depois do horário de sempre.
Ele diz e eu paro. Droga esqueci de
avisa-lo. Fico em silêncio tentando descobrir como dizer para Joseph que pela
terceira noite consecutiva, não irei dormir em seu apartamento.
— Ainda está aí, baby?
— Sim, estou aqui.
— Algum problema?
— Não, é só que...Eu meio
que tenho um compromisso hoje a noite, então não poderemos nos ver.
— Ah de novo, Demetria? Mas
que porra. — Ele parece bravo.
— Sinto muito, amanhã nos
vemos, prometo.
— Eu quero te ver hoje,
droga. Não dá para você cancelar seu compromisso?
— Não, sinto muito.
— Mas o que de tão
importante você vai fazer, afinal? — Ele pergunta e pelo tom de sua voz posso
apostar que nesse momento ele está com uma carranca na cara.
— Hoje a noite terá uma
exposição no museu Meadown de 62 pinturas raras pintadas por Van Gogh, Monet,
Homer e Seurat. A mulher daquele filantropo, Paul Mellon, doou as pinturas
depois que ele morreu e será a primeira vez que elas serão expostas ao publico.
— Você vai me trocar por
algumas pinturas, é isso? Por que você não vai outra noite?
— Porque essa é a única
noite de exibição aberta ao publico. Amanhã os quadros vão para o museu da
Califórnia. Combinei com minhas colegas de irmos juntas na exposição.
— Você não precisa ir. —
Rio do seu tom de voz.
— Claro que eu preciso, Joseph,
eu estudo História da Arte.
— Urgh! Tudo bem. Eu te
ligo amanhã então, ok? — Ele diz de mau humor.
— Tudo bem, até amanhã,
tchau.
— É, tanto faz, tchau. —
Ele diz e desliga, não posso evitar e
sorrio com o seu jeito. Esse mau humor todo é só porque não vamos nos ver de
novo hoje? Nossa!
Eu e as meninas chegamos ao museu Meadown
cerca de uma hora depois da exposição ser aberta. O local não estava
lotado, mas também não estava exatamente tranquilo, várias pessoas vieram
aproveitar, assim como nós, para ver essas pinturas magnificas que nunca tinham
sido expostas ao publico. Eu, como uma apaixonada estudante da História da
Arte, estou me sentindo deslumbrada com essa oportunidade de ver tão de perto
tais pinturas. Zoey, Britt, Darla e eu andamos lentamente, parando em frente a
cada caixa de vidro, protegida atrás de uma corda vermelha, que guarda as
valiosas obras de arte.
— Amei esse, olhe como é maravilhosamente
simples. — Digo observando uma pintura de uma paisagem bucólica, com várias
pessoas em suas roupas de camponês e uma casa vermelha e simples ao fundo,
cercada por colinas verdes.
— Meninas? — Pergunto quando não obtenho
resposta ao meu comentário. Viro-me e percebo que perdi de vista Zoey, Britt e
Darla.
“Droga, onde essas meninas foram? Não
acredito que me perdi delas.”
Acho que eu estava tão absorta com a
beleza simplista do quadro que não notei que elas seguiram em frente. Mas que
seja, não me importo de ficar sozinha se isso significa que eu posso seguir meu
ritmo e admirar os quadros o tempo que eu quiser. Lentamente, levando o meu
tempo, vou passando de quadro em quadro. Admirando, absorvendo a arte e
deixando que ela me inspire. Não gosto de simplesmente passar o olhar pela tela
e seguir para a próxima. Não. Eu gosto de observar cada detalhe, cada pequeno e
mínimo detalhe, que para mim, faz toda a diferença e só ajuda a me mostrar o
porquê isso é considerado um obra de arte. As pessoas que fizeram isso tinham
um dom, e não serei eu quem passará apressadamente por cada uma das obras sem
dar o devido valor.
Aproximo-me o máximo que posso da corda
vermelha que delimita até onde podemos ir, me curvo um pouco sobre ela na
esperança de conseguir chegar mais perto da pintura e observa melhor os
pequenos detalhes.
— Deus, baby, será que você faz parte da
exposição? Porque estou percebendo muitos olhares em você esta noite. — Uma voz
sexy sussurra em meu ouvido, me fazendo dar um pulo e me desequilibrar. Antes
que eu me enrosque na corda vermelha e caia para o outro lado dela, mãos fortes
seguram meus braços e me puxam para junto de um corpo firme. Viro-me e meu
olhar cruza diretamente com os olhos azuis mais lindos que eu já vi, olhos que
eu conheço muito bem.
— Joseph? O que faz aqui? — Pergunto
surpresa enquanto o moreno me encara com um sorriso malicioso nos lábios. Suas
mãos ainda me seguram e nossos corpos estão colados. Posso sentir o frescor do
aroma do seu sabonete e perfume, seus cabelos pretos estão levemente molhados,
penteados numa bagunça tão sexy que faz o meio das minhas pernas pulsar. Deus,
esse homem poderia facilmente ser considerado um Deus grego, só que muito mais
bem dotado do que as estatuas de mármore que eu vi.
— Vim ver a exposição, não é óbvio? — Ele
diz e dá uma piscadinha para mim, aliviando o aperto de suas mãos em meus
braços. Dou um passo para trás, essa proximidade é perigosa demais, se ele
continuar me olhando da forma que ele está nesse exato momento vou acabar me
esquecendo de que temos publico e vou pular em seus braços.
— Esse não é o motivo. Você não estava
nem aí para a exposição quando eu te falei dela mais cedo. — Digo cruzando os
braços, desconfiada.
— Mudei de ideia. Pensei sobre ela e me
pareceu tão interessante. Estou curioso para ver os tais quadros de Van Gogh e
não sei mais quem. — Ele diz fazendo um maneio de mão, apontando para as obras
expostas.
— Ah sim, posso perceber que você está
exalando interesse. — Digo revirando os olhos.
— Vejo que não acredita em mim. Mas estou
falando a verdade, por que mais eu viria a um museu se não para ver as obras
expostas? — Ele pergunta com ar inocente. Por um momento penso em respondê-lo e
dizer que acho que ele veio atrás de mim. Mas refreio minha língua, não quero
fazer papel de idiota, é óbvio que não deve ser esse o motivo. Ele deve ter
ficado realmente curioso com a exposição, ele não veria até aqui somente para
me ver, não é como se ele não conseguisse aguentar mais e precisasse me ver
imediatamente.
“Que idiota, Demetria. Você nunca foi o
tipo de mulher irresistível.”
— Está certo então. Aproveite a
exposição. — Digo dando-lhe um sorriso e saindo para o lado, mas logo a mão de Joseph
me segura pelo cotovelo, me fazendo virar novamente para ele.
— Ei, espera um minuto. Já que nós dois
estamos aqui, por que não aproveitamos da companhia um do outro?
— Tenho que achar minhas amigas, eu me
perdi delas. — Digo.
— Tenho certeza que elas estão bem com
você ficar um pouco comigo. Venha, eu não entendo nada de arte, talvez você
possa me ensinar alguma coisa. Como, por exemplo, por que diabos as pessoas
ficam admiradas com um quadro de algumas frutas em cima da mesa. — Ele diz e eu
não aguento, jogo minha cabeça para trás e solto uma gargalhada. Rapidamente me
recomponho quando várias pessoas próximas a nós me olham de cara feia, sinto
minhas bochechas pegarem fogo.
— Tudo bem, vamos então.
Joseph e eu seguimos observando as
pinturas, em todas elas eu tinha que lhe explicar o porquê daquilo ser algo tão
admirado pelas pessoas, tentava lhe fazer enxergar como aquilo na nossa frente
era algo belo. Ele insistia em dizer que eu era a obra de arte mais linda ali,
e que ele preferia ficar observando a mim, então eu ria e seguíamos para a
próxima pintura. Quando estou observando a sétima pintura depois da chegada de Joseph,
escuto ele soltando um gemido ao meu lado.
— Mas que inferno, não aguento mais isso.
— Como é?- Viro-me para ele e pergunto.
Ele se aproxima e encosta sua boca em minha orelha.
— Venha comigo. — Ele sussurra numa voz
sensual e meu corpo todo se arrepia ao sentir seu hálito quente.
Antes que eu possa respondê-lo, Joseph
entrelaça seus dedos nos meus e me puxa consigo, me guiando para Deus sabe
onde.
— Joseph, espera. Onde estamos indo? —
Ele anda com tanta pressa, me puxando com sigo, que tropeço algumas vezes e
esbarro em algumas pessoas. Meus pedidos de desculpas ficando para trás
enquanto Joseph me conduz com demasiada pressa.
— Onde estamos indo, Joseph? — Pergunto
mais uma vez.
— Tenho que achar um lugar.
— Um lugar para que? — Pergunto e ele
para abruptamente, quase me fazendo me chocar contra suas costas. Ele se vira e
o que eu vejo em seu olhar faz com que uma corrente elétrica de pura excitação
percorra todo meu corpo, desde o topo da minha cabeça até o dedão do pé.
— Acho que não é preciso dizer o óbvio,
mas você estava certa, eu não vim aqui pelas obras de arte. Eu vim para te
convencer a ir para casa comigo.
— Joseph, eu já te disse que eu realmente
quero ver essa exposição. Não estou saindo daqui. — Digo determinada e fazendo
um biquinho emburrado.
Ele sorri e se aproxima de mim para
sussurrar algo.
— Eu sei, baby. Por isso e por causa da
minha pressa de estar dentro de você, eu tive que mudar meus planos. Não
estamos mais indo para meu apartamento, estamos indo achar um canto nesse lugar
onde eu possa levantar seu vestido e me enterrar fundo dentro de você. — Escuto
suas palavras com a boca entreaberta e um baixo gemido escapa por meus lábios.
— Isso mesmo, baby. Venha, vamos fazer
sexo selvagem no museu. — Ele começa a me puxar novamente e dessa vez eu
permito sem nenhum protesto.
Suas palavras me deixaram em chamas,
sinto o liquido da minha excitação escorrendo entre minhas pernas. Joseph vai
nos guiando por entre os corredores, quanto mais para o norte da construção nós
vamos, menos pessoas encontramos. Até que paramos em frente a uma porta com uma
placa e com os dizeres:
ATENÇÃO!
ACESSO RESTRITO
APENAS FUNCIONÁRIOS
Ultimo de hoje!
Ultimo de hoje!
ultimo de hoje?
ResponderExcluirpq faz isso comigo poxa!?
estou tentando descobrir oq vai acontecer ..
kkkk posta maais
Haaaaa nao
ResponderExcluirPoste super cedo amanhã viu, 5:00 da manha ta perfeito