quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

CAPÍTULO 27 MARATONA


Assim que termino de guardar meus materiais na bolsa escuto meu celular tocando, saindo da sala de aula olho para o visor e sorrio ao ver quem está me ligando.
— Alô?
— Olá, baby. — A voz sexy de Joseph diz do outro lado da linha. — Não estou te atrapalhando, não é? Está em aula?
— Não, não. Minha aula acabou de terminar.
— Estou te ligando para avisar que eu vou sair um pouco mais tarde do trabalho hoje, então teremos que nós encontrar uma ou duas horas depois do horário de sempre.
Ele diz e eu paro. Droga esqueci de avisa-lo. Fico em silêncio tentando descobrir como dizer para Joseph que pela terceira noite consecutiva, não irei dormir em seu apartamento.
— Ainda está aí, baby?
— Sim, estou aqui.
— Algum problema?
— Não, é só que...Eu meio que tenho um compromisso hoje a noite, então não poderemos nos ver.
— Ah de novo, Demetria? Mas que porra. — Ele parece bravo.
— Sinto muito, amanhã nos vemos, prometo.
— Eu quero te ver hoje, droga. Não dá para você cancelar seu compromisso?
— Não, sinto muito.
— Mas o que de tão importante você vai fazer, afinal? — Ele pergunta e pelo tom de sua voz posso apostar que nesse momento ele está com uma carranca na cara.
— Hoje a noite terá uma exposição no museu Meadown de 62 pinturas raras pintadas por Van Gogh, Monet, Homer e Seurat. A mulher daquele filantropo, Paul Mellon, doou as pinturas depois que ele morreu e será a primeira vez que elas serão expostas ao publico.
— Você vai me trocar por algumas pinturas, é isso? Por que você não vai outra noite?
— Porque essa é a única noite de exibição aberta ao publico. Amanhã os quadros vão para o museu da Califórnia. Combinei com minhas colegas de irmos juntas na exposição.
— Você não precisa ir. — Rio do seu tom de voz.
— Claro que eu preciso, Joseph, eu estudo História da Arte.
— Urgh! Tudo bem. Eu te ligo amanhã então, ok? — Ele diz de mau humor.
— Tudo bem, até amanhã, tchau.
— É, tanto faz, tchau. —
Ele diz e desliga, não posso evitar e sorrio com o seu jeito. Esse mau humor todo é só porque não vamos nos ver de novo hoje? Nossa!

Eu e as meninas chegamos ao museu Meadown cerca de uma hora depois da exposição ser aberta. O local não estava lotado, mas também não estava exatamente tranquilo, várias pessoas vieram aproveitar, assim como nós, para ver essas pinturas magnificas que nunca tinham sido expostas ao publico. Eu, como uma apaixonada estudante da História da Arte, estou me sentindo deslumbrada com essa oportunidade de ver tão de perto tais pinturas. Zoey, Britt, Darla e eu andamos lentamente, parando em frente a cada caixa de vidro, protegida atrás de uma corda vermelha, que guarda as valiosas obras de arte.
— Amei esse, olhe como é maravilhosamente simples. — Digo observando uma pintura de uma paisagem bucólica, com várias pessoas em suas roupas de camponês e uma casa vermelha e simples ao fundo, cercada por colinas verdes.
— Meninas? — Pergunto quando não obtenho resposta ao meu comentário. Viro-me e percebo que perdi de vista Zoey, Britt e Darla.
“Droga, onde essas meninas foram? Não acredito que me perdi delas.”
Acho que eu estava tão absorta com a beleza simplista do quadro que não notei que elas seguiram em frente. Mas que seja, não me importo de ficar sozinha se isso significa que eu posso seguir meu ritmo e admirar os quadros o tempo que eu quiser. Lentamente, levando o meu tempo, vou passando de quadro em quadro. Admirando, absorvendo a arte e deixando que ela me inspire. Não gosto de simplesmente passar o olhar pela tela e seguir para a próxima. Não. Eu gosto de observar cada detalhe, cada pequeno e mínimo detalhe, que para mim, faz toda a diferença e só ajuda a me mostrar o porquê isso é considerado um obra de arte. As pessoas que fizeram isso tinham um dom, e não serei eu quem passará apressadamente por cada uma das obras sem dar o devido valor.
Aproximo-me o máximo que posso da corda vermelha que delimita até onde podemos ir, me curvo um pouco sobre ela na esperança de conseguir chegar mais perto da pintura e observa melhor os pequenos detalhes.
— Deus, baby, será que você faz parte da exposição? Porque estou percebendo muitos olhares em você esta noite. — Uma voz sexy sussurra em meu ouvido, me fazendo dar um pulo e me desequilibrar. Antes que eu me enrosque na corda vermelha e caia para o outro lado dela, mãos fortes seguram meus braços e me puxam para junto de um corpo firme. Viro-me e meu olhar cruza diretamente com os olhos azuis mais lindos que eu já vi, olhos que eu conheço muito bem.
— Joseph? O que faz aqui? — Pergunto surpresa enquanto o moreno me encara com um sorriso malicioso nos lábios. Suas mãos ainda me seguram e nossos corpos estão colados. Posso sentir o frescor do aroma do seu sabonete e perfume, seus cabelos pretos estão levemente molhados, penteados numa bagunça tão sexy que faz o meio das minhas pernas pulsar. Deus, esse homem poderia facilmente ser considerado um Deus grego, só que muito mais bem dotado do que as estatuas de mármore que eu vi.
— Vim ver a exposição, não é óbvio? — Ele diz e dá uma piscadinha para mim, aliviando o aperto de suas mãos em meus braços. Dou um passo para trás, essa proximidade é perigosa demais, se ele continuar me olhando da forma que ele está nesse exato momento vou acabar me esquecendo de que temos publico e vou pular em seus braços.
— Esse não é o motivo. Você não estava nem aí para a exposição quando eu te falei dela mais cedo. — Digo cruzando os braços, desconfiada.
— Mudei de ideia. Pensei sobre ela e me pareceu tão interessante. Estou curioso para ver os tais quadros de Van Gogh e não sei mais quem. — Ele diz fazendo um maneio de mão, apontando para as obras expostas.
— Ah sim, posso perceber que você está exalando interesse. — Digo revirando os olhos.
— Vejo que não acredita em mim. Mas estou falando a verdade, por que mais eu viria a um museu se não para ver as obras expostas? — Ele pergunta com ar inocente. Por um momento penso em respondê-lo e dizer que acho que ele veio atrás de mim. Mas refreio minha língua, não quero fazer papel de idiota, é óbvio que não deve ser esse o motivo. Ele deve ter ficado realmente curioso com a exposição, ele não veria até aqui somente para me ver, não é como se ele não conseguisse aguentar mais e precisasse me ver imediatamente.
“Que idiota, Demetria. Você nunca foi o tipo de mulher irresistível.”
— Está certo então. Aproveite a exposição. — Digo dando-lhe um sorriso e saindo para o lado, mas logo a mão de Joseph me segura pelo cotovelo, me fazendo virar novamente para ele.
— Ei, espera um minuto. Já que nós dois estamos aqui, por que não aproveitamos da companhia um do outro?
— Tenho que achar minhas amigas, eu me perdi delas. — Digo.
— Tenho certeza que elas estão bem com você ficar um pouco comigo. Venha, eu não entendo nada de arte, talvez você possa me ensinar alguma coisa. Como, por exemplo, por que diabos as pessoas ficam admiradas com um quadro de algumas frutas em cima da mesa. — Ele diz e eu não aguento, jogo minha cabeça para trás e solto uma gargalhada. Rapidamente me recomponho quando várias pessoas próximas a nós me olham de cara feia, sinto minhas bochechas pegarem fogo.
— Tudo bem, vamos então.
Joseph e eu seguimos observando as pinturas, em todas elas eu tinha que lhe explicar o porquê daquilo ser algo tão admirado pelas pessoas, tentava lhe fazer enxergar como aquilo na nossa frente era algo belo. Ele insistia em dizer que eu era a obra de arte mais linda ali, e que ele preferia ficar observando a mim, então eu ria e seguíamos para a próxima pintura. Quando estou observando a sétima pintura depois da chegada de Joseph, escuto ele soltando um gemido ao meu lado.
— Mas que inferno, não aguento mais isso.
— Como é?- Viro-me para ele e pergunto. Ele se aproxima e encosta sua boca em minha orelha.
— Venha comigo. — Ele sussurra numa voz sensual e meu corpo todo se arrepia ao sentir seu hálito quente.
Antes que eu possa respondê-lo, Joseph entrelaça seus dedos nos meus e me puxa consigo, me guiando para Deus sabe onde.
— Joseph, espera. Onde estamos indo? — Ele anda com tanta pressa, me puxando com sigo, que tropeço algumas vezes e esbarro em algumas pessoas. Meus pedidos de desculpas ficando para trás enquanto Joseph me conduz com demasiada pressa.
— Onde estamos indo, Joseph? — Pergunto mais uma vez.
— Tenho que achar um lugar.
— Um lugar para que? — Pergunto e ele para abruptamente, quase me fazendo me chocar contra suas costas. Ele se vira e o que eu vejo em seu olhar faz com que uma corrente elétrica de pura excitação percorra todo meu corpo, desde o topo da minha cabeça até o dedão do pé.
— Acho que não é preciso dizer o óbvio, mas você estava certa, eu não vim aqui pelas obras de arte. Eu vim para te convencer a ir para casa comigo.
— Joseph, eu já te disse que eu realmente quero ver essa exposição. Não estou saindo daqui. — Digo determinada e fazendo um biquinho emburrado.
Ele sorri e se aproxima de mim para sussurrar algo.
— Eu sei, baby. Por isso e por causa da minha pressa de estar dentro de você, eu tive que mudar meus planos. Não estamos mais indo para meu apartamento, estamos indo achar um canto nesse lugar onde eu possa levantar seu vestido e me enterrar fundo dentro de você. — Escuto suas palavras com a boca entreaberta e um baixo gemido escapa por meus lábios.
— Isso mesmo, baby. Venha, vamos fazer sexo selvagem no museu. — Ele começa a me puxar novamente e dessa vez eu permito sem nenhum protesto.
Suas palavras me deixaram em chamas, sinto o liquido da minha excitação escorrendo entre minhas pernas. Joseph vai nos guiando por entre os corredores, quanto mais para o norte da construção nós vamos, menos pessoas encontramos. Até que paramos em frente a uma porta com uma placa e com os dizeres:
ATENÇÃO!
ACESSO RESTRITO

APENAS FUNCIONÁRIOS 

Ultimo de hoje!  

2 comentários:

  1. ultimo de hoje?
    pq faz isso comigo poxa!?
    estou tentando descobrir oq vai acontecer ..
    kkkk posta maais

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  2. Haaaaa nao
    Poste super cedo amanhã viu, 5:00 da manha ta perfeito

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