Joseph
— Demetria, espera eu... — Não consigo
terminar minha frase, ela se foi.
Fico encarando a porta por alguns
segundos me perguntando se eu deveria ir atrás dela ou dar lhe um tempo.
Escolho a segunda opção.
Passo a mão por meu rosto e meus cabelos
frustradamente.
“Você é um idiota, Joseph. Um idiota de
primeira.”
Não posso acreditar que eu confessei para
Demetria que eu já me masturbei pensando nela, que tipo de idiota faz isso?
Claro que foi sem querer, eu estava desesperado tentando me justificar e quando
eu percebi já estava falando.
Não terminei a frase, mas não precisei,
ela entendeu. E a sua cara...Droga, ela deve estar com nojo de mim, me achando
um tarado. Ela me vê como um irmão mais velho e eu pensando nela como mulher,
mas que fodido.
Você sabia que isso ia acabar em merda, Joseph.
Não devia tê-la beijado, mas eu simplesmente não pude evitar.
Desde que nos beijamos pela primeira vez,
naquela noite que ela estava bêbada, eu tentei fingir que não havia sido nada
demais, tentei fingir para mim mesmo que eu não queria mais.
Mas como eu queria.
Eu deveria ter me afastado, deveria ter
negado em ajuda-la.
Eu deveria ter feito tanta coisa, mas não
fiz.
Essa vontade de sentir seus lábios, seu
gosto, seu calor novamente foi crescendo a cada dia até que hoje eu não
aguentei mais. E agora veja o que aconteceu! Ela nunca mais vai querer olhar na
minha cara ou falar comigo.
“Você ferrou com tudo, Joseph.”
Sento-me no sofá e começo apensar no que
eu devo fazer para remediar essa situação. E obvio que eu não posso mais ficar
perto de Demetria.
Eu nunca senti esse tipo de necessidade,
tão grande, por nenhuma outra mulher. Porque tinha que ser justo com uma que eu
não posso ter?
O jeito é me afastar dela. É isso que eu
vou fazer. Isso e pegar tantas mulheres quanto eu conseguir, esse meu desejo
tem que ser saciado, se não sinto que vou ficar maluco. Tenho que achar uma
mulher com quem eu possa transar sem compromisso e sem sentir culpa nenhuma por
isso, e que seja capaz de tirar esse desejo por Demetria do meu sistema. Tenho
que achar alguém que eu possa ter e que tenha os lábios tão macios, o corpo tão
delicado e o perfume tão inebriante quanto o dela. Só assim vou conseguir ter
um pouco de paz. Mas primeiro eu devo me desculpar com Demetria por ser um
filho da puta. Amanhã irei falar com ela, e depois manter a maior distância
possível.
Demetria
Olho para as várias chamadas perdidas no
meu celular. Todas de Joseph. Desde o dia seguinte aquele em seu apartamento
ele tem me ligado constantemente e mandado mensagens, e eu tenho ignorado
todas. Não sei como lidar com isso. Eu só tenho conseguido pensar em nosso
beijo e em como eu gostei dele, e em como é errado eu ter gostado. É errado,
não é? Quer dizer, Joseph é totalmente proibido para mim. Primeiramente ele é
muito mais velho, quase uma década inteira. Segundo, ele é o melhor amigo do
meu irmão, o que leva a terceira coisa, ele é praticamente um segundo
irmão para mim. Sempre o achei um homem atraente, mas nunca tinha pensado nele
de fato como homem. Até ele ter me beijado e me confessado que me vê como
mulher. Toda vez que eu me lembro da sensação dos seus lábios nos meus, da
sensação da minha mão em seu peito e da sua em minha coxa, um calor infernal me
domina. Mas que droga, o que eu devo fazer com isso? Eu não posso simplesmente
me entregar a luxuria, posso? Não, claro que não. Se eu fizesse isso, se eu me
deixasse levar por esse desejo recém-descoberto por Joseph e dormisse com ele,
o que aconteceria depois? Na outra manhã eu simplesmente iria embora como se
nada demais tivesse acontecido, ou talvez ele nem permitisse que eu dormisse em
sua cama. Conheço muito bem a fama de Joseph. Ele transa com inúmeras mulheres,
mas é só isso. Sem envolvimento emocional nenhum, depois de elas darem o que
ele quer, elas devem ir. Seria eu capaz de aceitar isso somente para saciar meu
desejo? Estaria disposta a arriscar nossa relação de amigos e criar momentos
desconfortáveis, quando nos encontrássemos numa festa na fazenda, por exemplo?
Não. Não vale a pena.
E além de tudo isso, tem Harry. O que ele
fez foi horrível, o ver batendo em Joseph daquela maneira me fez pensar sobre
algumas coisas, mas mesmo assim, eu tenho sentimentos por ele. Talvez eu não
deveria, mas não se pode controlar o coração, exatamente como não se pode
controlar nosso desejo. Por conta do que aconteceu depois do jogo, tenho
evitado mais ainda de encontrar Harry. Parece-me que logo não poderei mais sair
desse quarto, parece que de uma hora para a outra estou tendo de evitar todo
mundo.
Joseph, Harry, Camilla.
Eu deveria ser uma pessoa mais corajosa e
enfrentar meus problemas de frente, e não simplesmente me esconder em meu
quarto como uma garotinha assustada.
Mas de novo, a gente nem sempre faz o que
se deve.
— Bom turma, é só isso por hoje. Já
estamos no horário então continuamos na próxima aula, mas por favor, não se
esqueçam de antes de sair me entregar o trabalho. Não aceitaria outro dia.
Guardo minhas coisas na mochila e
levanto-me, indo em direção a mesa da professora.
— Aqui está, Sra. Pecked. — Digo lhe
entregando o trabalho que eu tanto me esforcei para fazer.
— Obrigada, Demetria.
Saio da sala com passos rápidos e o olhar
baixo. Quero aproveitar que Camilla não deve estar no nosso apartamento ainda,
e correr para lá e me trancar em meu quarto.
Eu literalmente fico enjoada toda vez que
sou obrigada a olhar para a cara daquela que um dia achei ser minha amiga.
Saio do prédio e desviando de um aluno
aqui, outro ali, sigo na direção de meu dormitório.
Passo a tarde inteira lá dentro, saindo
ocasionalmente para comer alguma coisa. Por sorte Camilla não voltou para cá
depois da aula, provavelmente ela deve estar dando em cima de algum cara
comprometido. Nojenta.
Só de pensar como eu fui idiota de
confiar nela, achar que ela era minha amiga, fico com tanta raiva. Não sei como
farei até me formar, não queria me mudar e dar o gostinho da vitória para ela,
mas também não posso mais viver assim. Escondendo-me, sempre com cautela, me
privando de andar em meu próprio apartamento. Quando o final do dia chega e não
consigo mais olhar para nenhum livro sem que minha cabeça doa, decido ir tomar
um banho para relaxar. São 18:30, talvez depois eu possa pedir algo para comer,
ou eu mesma fazer alguma coisa, não estou muito afim de sair hoje. Depois
talvez escutar um pouco de musica para relaxar e então dormir para amanhã me
matar de estudar novamente.
Saio do banho e assim que escuto um
barulho na cozinha congelo. A vadia está em casa. Vou direto para meu quarto e
me tranco lá. Passo hidratante no meu corpo, penteio meu cabelo e o seco com o
secador. Coloco meu pijama confortável de algodão e respiro fundo antes de
destrancar a porta e ir para a cozinha pegar algo para comer. Chegando lá
estranho ao ver várias sacolas em cima da mesa e Camilla mexendo nelas.
— Veja só quem saiu do seu casulo. Sabe,
você não precisa me evitar só porque eu dormi com seu namorado. — Ela diz rindo
e sinto a vontade de pular em seu pescoço crescendo.
— Não estou te evitando, mas se tivesse,
o motivo teria mais ver com o fato que a sua cara parece com a do Grinch e
me faz ter vontade de vomitar.
— Nossa, não diria que você é um pessoa
rancorosa, Demetria. Você tem que superar o fato de ter pegado seu namorado
transando comigo, sabia? — Ela diz com um sorriso de vadia no rosto.
Abro a geladeira e pego os ingredientes
necessários para me fazer um sanduiche, queria comer alguma coisa de verdade,
mas não suportarei ficar aqui com ela tempo suficiente para fazer alguma comida
mais elaborada.
— Porque você não vai rodar sua bolsa na
esquina, que é o seu lugar? — Puta idiota, como eu queria bater nela até toda
minha raiva se esvair de mim.
Ela começa a rir escandalosamente.
— Você realmente ainda não esqueceu o Harry,
não é? Se não, não estaria com tanta raiva de mim. Mas sinto te informar que eu
posso ter o Harry a hora que eu quiser, só preciso estalar os dedos e ele vem
correndo, então é melhor você esquece-lo logo, se não seu pequeno e frágil
coraçãozinho vai se machucar mais ainda.
Não viro-me para ela ou respondo-a, jogo
o conteúdo do sanduiche no pão com pressa e tento me controlar para que minhas
lágrimas não escorram e eu me humilhe na frente dela.
Preciso sair daqui. Pego meu prato sem
ter colocado nem metade das coisas que eu gostaria e ainda sem olha-la, sigo
para meu quarto e me tranco lá.
Assim que a porta se fecha sinto as
lágrimas transbordando de meus olhos, chegando até o canto da minha boca, me
fazendo sentir o gosto salgado da tristeza e raiva.
Termino de comer meu sanduiche e vou me
deitar, pego meu Ipod da gaveta na cômoda de madeira ao lado da cama e coloco
os fones de ouvido.
Conforme as musicas vão trocando sinto
meus olhos se fechando, e sem me dar conta do momento exato, eu adormeço.
Barulhos de risadas e musica alta me
despertam. Sento-me confusa por causa do sono, meu Ipod está no chão, devo ter
o derrubando na agitação do meu sono, pego-o e coloco em cima da cômoda,
olhando para o relógio ao lado.
São 10 da noite. Mas que merda, quem está
fazendo tanto barulho a uma hora dessas? Algumas das meninas devem estar dando
uma festa, só pode.
Levanto-me apressadamente e vou até a
porta, esfregando meus olhos para que a nuvem nublada do sono me deixe.
Destranco a porta e a abro, imediatamente a musica alta chega aos meus ouvidos,
as risadas menos abafadas, escuto muitas vozes conversando.
Espera um minuto, isso está vindo do meu
apartamento. Não acredito que aquela vaca está dando uma festa sem me
consultar.
Ando pelo corredor e vou até a sala, meu
queixo cai quando vejo várias pessoas bebendo, dançando e conversando. Todos
tão alheios em suas conversas que nem ao menos percebem minha presença.
Eles estão fazendo tanto barulho que não
sei como a Sra. Crosby não foi chamada ainda.
— O que você está fazendo aqui? Vai
atrapalhar minha festa, volte para o seu quarto. — A voz de Camilla me
surpreende e eu olho para o lado, apenas para vê-la com um vestido curto e
segurando duas garrafas de bebidas na mão.
— Camilla, você tem que mandar essas
pessoas embora agora. — Exijo e ela apenas ri e revira os olhos.
— Até parece que eu vou fazer isso.
— Esse apartamento também é meu, você não
pode dar uma festa sem falar comigo. Na verdade, você não pode dar uma festa e
ponto. É proibido.
— Saia da minha frente e não me incomode
com essas suas baboseiras, ok? — Ela possa por mim mas seguro seu braço.
— Eu quero dormir, tenho que estudar
amanhã. Acabe com essa festa agora, ou então leve-a para outro lugar. — Digo
tentando controlar minha raiva.
— Não. Você nunca ouviu o ditado “os
incomodados que se mudem”? Então, ou vá embora ou fique no seu quarto
quietinha. Mas não venha querer foder com a minha festa, ok? — Ela puxa o braço
e vai rebolando até o grupo de pessoas que estão sentados no sofá.
“Deus, dai-me forças para não acabar com
essa vaca que chamam de mulher.”
Pisando duro e desviando das pessoas e de
um casal se pegando no corredor, entro em meu quarto novamente, bato a porta
com força e a tranco. Vou para debaixo das cobertas e pego meu Ipod novamente.
Coloco um som ambiente de chuva com uma flauta suave no fundo para ver se
consigo dormir. Reviro-me na cama, aumento o volume, reviro-me de novo, fecho
os olhos e tendo me desligar do barulho insuportável que vem do lado de fora do
meu quarto. Fico assim pela próxima meia hora, mas não consigo dormir. Os
amigos parasitas de Camilla são barulhentos demais. Desisto de tentar dormir e
me levanto, vou até a Janela e abro a cortina, observo a rua e as arvores
iluminadas pelas fracas e amareladas luzes dos postes. A essa hora é difícil
encontrar pessoas caminhando por aí, é tudo calmo e silencioso. Talvez eu
pudesse sair e dar uma caminhada pelo campus. Decido que é isso que vou fazer.
Visto uma calça legging e uma blusa regata, colo meus tênis de corrida e pego
um moletom com as letras “UTD” bordadas na frente e visto, faço uma rapo de
cavalo e pego minha chave, colocando no bolso do moletom, abro a porta e tento
fazer o mais rapidamente possível o trajeto do meu quarto até a porta de saída.
Felizmente, mas uma vez, ninguém parece perceber minha presença. Todos estão
bebendo, dançando, e muitos casais estão praticamente fazendo sexo na minha
sala. Ótimo, agora nunca mais vou poder sentar naquele sofá, ou encostar nas
paredes, ou em qualquer outro móvel. Ainda bem que me lembrei de trancar meu
quarto, só de imaginar um casal de namorados indo até lá e transando na minha
cama como animais no cio me dá náuseas. Desço as escadas, digito o código da
porta, que realmente é uma medida de segurança inútil porque todos sabem os
códigos de cada dormitório, justamente para ocasiões como essas, quando
precisam ir a alguma festa. Assim que coloco meus pés no lado de fora sinto o
ar fresco e gelado da noite. Escondo minhas mãos no bolso e vou para a
esquerda. Não tenho pressa, não tenho destino, então simplesmente ando calmamente
pela calçada. Quando estou passando na frente do bloco do dormitório ao lado do
meu, uma Trailblazer preta chama minha atenção, me fazendo parar. Ela está
estacionada do outro lado da rua,
por causa dos vidros escuros não consigo
dizer quem está lá dentro. Vejo a placa e franzo a testa, um arrepio percorre
meu corpo de repente. Será que é ele? Ando até o carro e dou duas batidinhas na
Janela do lado do passageiro, imediatamente o vidro se abaixa, revelando o
homem que eu imagina que veria ali dentro.
— Joseph? O que você está fazendo aqui? —
Pergunto confusa.
— Você não tem atendido minhas ligações.
— Ele diz com a voz fraca. Olho para baixo e solto um suspiro.
Sim, eu tenho o evitado descaradamente de
propósito, esperava que ele pegasse a dica e não me procurasse. Como vou
enfrenta-lo depois do que aconteceu entre nós? Como vou olha-lo nos olhos
depois de ter sonhado com ele me tocando de um modo nada fraternal?
— Sinto muito. — Digo quase num sussurro.
Forço-me a levantar os olhos e olhar para ele, Joseph está me encarando
intensamente com aqueles olhos verdes impressionantes.
— Você está me devendo uma conversa,
lembra? — Ele diz com um leve sorriso nos lábios.
Um pouco hesitante levo minha mão até a
porta e a abro, entrando timidamente no carro. Joseph passa o olhar por minhas
pernas e solta um suspiro, olha para a frente e resmunga algo. Não sei o que
dizer então permaneço em silêncio, esperando que ele diga algo, mas ele também
não o faz. Entrelaço meus dedos no colo e fico encarando minhas mãos.
— Acho que precisamos conversar sobre o
que aconteceu no outro dia. — Ele diz, eu balanço a cabeça ainda encarando
minhas mãos.
— Eu pensei que o melhor seria te deixar
em paz, mas eu queria te pedir desculpas por te deixar desconfortável aquele dia,
mas você claramente não queria falar comigo, sempre ignorando minhas ligações e
mensagens. Olho para ele com um olhar de desculpas e volto minha atenção para
minhas mãos em meu colo.
— Demetria, eu sinto muito...O modo como
agi, as coisas que eu falei...Entendo que possam ter te assustado, te pegado
desprevenida. Acredite, eu fui pego desprevenido por...Isso. —
Olho-o com o canto do olho e vejo que ele está indicando nós dois.
— Por favor, diga alguma coisa. — Ele
pede.
O que eu posso dizer? Que eu fiquei sim
surpresa com sua confissão, e que até aquele momento nunca havia pensado nele
como homem, mas que depois do nosso beijo um desejo e um calor infernal tomaram
posse de mim?
Não posso confessar isso para ele, é
difícil até mesmo de admitir isso para mim mesma.
— Por que você está aqui? Quer dizer, é
tarde e...Se eu não atendi suas ligações claramente não queria falar com você,
então porque você veio mesmo assim? — Digo tomando coragem e encarando-o nos
olhos.
— Eu...Eu vim porque...Porque... — Ele
desvia o olhar e parece nervoso, sinto sua tenção daqui. — Bem, eu vim te pedir
desculpas, como eu falei.
— Só por isso? — Pergunto.
— Não. — Ele responde tão baixo, sua boca
quase não faz movimento nenhum, que penso que posso ter imagino sua resposta.
— Então o que mais você quer? — Pergunto
e escuto um gemido, quase como um uivo torturado, saindo de sua garganta.
Vejo suas mãos que seguram a base do
volante, aperta-lo até os nós dos dedos ficarem brancos. Ele se vira para mim e
sua expressão é machucada, como se ele estivesse sentindo algum tipo de dor
física.
Ele me encara com a testa franzida e a
respiração irregular.
— Você, eu quero você. — Ele diz quase
que com um tom de desculpas, com a voz não passando de um sussurro.
Meu corpo reage involuntariamente a suas
palavras e a rouquidão de sua voz, se arrepiando todo.
— Joseph, nós não podemos... — Começo a
dizer.
— Eu sei. Eu sei muito bem que nós não
podemos. Você é a irmãzinha do meu melhor amigo, é mais nova e me considera
como um segundo irmão, eu sei de tudo isso. Mas...
— Mas?
— Eu nunca desejei outra mulher como eu
desejo você. No começo achei que não era nada demais, achei que era algo que eu
pudesse controlar, aguentar. Mas está ficando insuportavelmente doloroso a cada
minuto que passa. Tentei fazer de tudo para acabar com isso, tentei me
satisfazer de várias formas possíveis, mas quando acabava esse desejo ainda
estava lá, crescendo mais forte e mais forte e mais forte e Demetria... — Ele
aproxima seu corpo e me olha como se estivesse sendo torturado e quisesse minha
ajuda para livra-lo da agonia do sofrimento. — Estou ficando louco, sinto que
posso ficar literalmente louco se não tê-la. Esse meu lado que me diz que tocar
em você é errado, e que me impede de agarra-la e possui-la vorazmente, está
cada vez mais fraco. Achei que esses dias em que você vem me ignorando
ajudariam, que a distância ajudaria, mas eu estava errado. E agora, aqui, tão
perto de você...Sinto que não sou mais capaz de me controlar.
Sua mão agarra meu pescoço e ele me puxa
para mais perto de si, nossos narizes se encostando.
— Seus lábios são de longe a coisa mais
gostosa que já provei. — Ele sussurra para mim, sinto seu hálito quente em meu
rosto.
Meu coração bate fortemente em meu peito,
sinto minha respiração ficando mais difícil a cada inspiração. Cubro a sua mão
em meu pescoço com a minha, tentando tira-la de lá para me afastar, mas ele não
me deixa. Ele leva sua outra mão até minha bochecha e a deixa lá, nesse momento
sua boca vem faminta para a minha.
Abro-a para ele e sua língua vem
ansiosamente brincar com a minha, no primeiro contato escuto Joseph gemer. Um
fogo se acende em meu útero e parece queimar meu corpo de dentro para fora. Joseph
ataca minha boca com ferocidade, sua língua passeia pela minha boca deixando em
cada canto seu gosto delicioso.
“Oh Deus, isso é bom demais!”
Joseph beija, mordisca e chupa meu lábio,
me fazendo choramingar. Desisto da ideia de tentar afasta-lo, não sou forte o
suficiente para isso. Deslizo minha mão por suas costas, abraçando-o apenas com
um braço. Joseph faz o mesmo, desliza sua mão em direção as minhas costas e me
abraça forte, me puxando mais ainda para perto de si, desconfortavelmente por
causa do câmbio me deixo ser puxada para mais perto do calor do seu corpo. Passo
minhas mãos freneticamente pelas costas de Joseph, desejando que ao invés do
tecido de sua camisa, eu pudesse sentir sua pele. Com minhas unhas arranho
levemente sua pele por cima da camisa, ele geme mais e seu beijo fica mais
desesperado. Sua mão desliza mais, saindo de minhas costas e fazendo seu
caminho para minha coxa, quando ele chega lá, ele a aperta e passa sua mão por
toda a extensão. Como estou um pouco de lado, não estou totalmente sentada no
banco, Joseph se aproveita e sua mão logo desliza para minha bunda, ele dá um
tapa de leve e depois a aperta, me fazendo gemer alto. Meu gemido é acompanhado
pelo seu, escutar Joseph gemendo é muito mais excitante do que eu poderia
imaginar. Quando eu escutava Harry gemendo não me provocava tanto calor assim,
eu achava que o fato de saber que Harry me desejava me provocava um calor que
eu nunca poderia sentir com outra pessoa, mas agora, com Joseph...O jeito que
ele me beija, quase me devorando, o jeito que suas mãos viajam por meu corpo,
quase me reverenciando, isso tudo está me fazendo sentir mais quente do que
jamais estive. Meu corpo todo está em estado de alerta, só o simples roçar da
minha calcinha contra minha carne encharcada está me deixando louca. Meus
mamilos estão tão duros que até doem, estou tão quente que sinto que posso
entrar me combustão instantânea. Nunca senti isso antes, nem mesmo com Harry,
esse calor e desejo arrebatadores são experiências novas para mim, e apesar de
estar com medo e saber que o que estou fazendo é errado, não consigo querer
parar. Nem mesmo a consciência que se Ian me visse assim com seu melhor amigo,
na verdade, se todos me vissem assim com Joseph, ficariam decepcionados e muito
tristes, consegue me impelir para longe dos braços do moreno lindo de olhos verdes.
Joseph segura meu rabo de cavalo e puxa meu cabelo, sua boca dá uma trégua para
a minha, me possibilitando de tentar recuperar o fôlego. Seus lábios macios
beijam toda a linha do meu maxilar, depois vão descendo pelo meu pescoço, ele
dá leves mordidas em toda a extensão de pele exposta. Eu gemo e aperto os olhos
com força. Ele alterna entre mordiscar, beijar e lamber meu pescoço. Mas não
importa o que ele faça, tudo me arranca gemidos necessitados. Sinto sua
respiração em minha orelha, logo sinto seus lábios se fechando em meu lóbulo,
ele o chupa e depois o puxa com os dentes. Sinto que estou me transformando
para um estado liquido, que estou me desfazendo. Sinto o meio das minhas pernas
ficar mais molhado e quente.
— Vamos para meu apartamento. — A voz
falhada de Joseph sussurra diretamente em minha orelha. — Por favor, venha
comigo, eu preciso de você.
— Joseph. — Só consigo gemer seu nome.
— Meu corpo precisa mais de você agora do
que do ar para respirar. Venha comigo. — Ele pede e continua beijando meu
pescoço, fazendo com que formar qualquer pensamento racional seja muito, muito
difícil.
— Joseph, eu...Ann...Nós não podemos ir
tão...Tão longe. — Digo em meio aos suspiros que suas caricias arrancam de mim.
— Eu tentei, Demetria. Eu tentei ser bom,
mas estou cansado de resistir. Quero você, não importa as consequências.
— Não podemos, Joseph.
— Sim, nós podemos. Nós precisamos. Você
também me deseja, não é? — Ele pergunta ainda me atacando com suas caricias
enlouquecedoras.
— Sim. — Suspiro.
— E você está com medo desse desejo, não
é?
— Sim.
— Eu entendo, sei que tudo isso é fodido
demais. Estamos sentindo desejo por uma pessoa que não deveríamos, mas por
favor Demetria, tudo o que eu te peço é uma noite...Só uma noite.
— E depois o que? Não podemos fazer isso
sem prejudicar a sua relação com meu irmão, com minha família, comigo. — Digo
me afastando um pouco para olha-lo nos olhos.
Seu olhar me surpreende, escorre luxúria.
Joseph me olha tão fixamente, como só pudesse enxergar a mim.
Ele não diz nada com relação a minhas
palavras. Afasto-me mais, voltando a me sentar normalmente no banco, minha
respiração ainda irregular e meu corpo ainda sofrendo com o desejo.
Escuto a respiração pesada e barulhenta
dele ao meu lado.
— Você também sente desejo por mim,
porque não podemos ficar juntos apenas por uma noite? Apenas para acabar com
essa tortura? Ninguém precisa ficar sabendo, nem Ian nem nossas famílias. E a
nossa relação só vai ficar estranha se a gente permitir, se a gente souber
separar as coisas podemos continuar sendo amigos e...
— Não. Pare agora, Joseph. — Como ele
pode falar isso? Como ele pode “negociar” uma noite comigo, tratar algo assim
com tanta indiferença? Mesmo sendo apenas uma noite.
Eu sei que ele é assim, sempre tratando
todas as mulheres e todas as transas como sem importância, apenas interessado
no prazer que elas vão lhe proporcionar. Não sou idiota, já escutei Ian, meus
pais, Nick e até mesmo Selena comentando sobre a vida de libertino de Joseph,
já cheguei até mesmo há comentar um pouco sobre isso com Sunny.
Mas ver esse lado dele em ação, ser
tratada como apenas uma transa, apenas uma noite de diversão...Não sei se
consigo lidar com isso.
O único homem com quem eu já estive foi Harry,
e eu só entreguei minha virgindade para ele depois que eu tinha certeza que o
amava. Como eu me sentiria em fazer sexo com Joseph sabendo que seria só isso,
apenas sexo? Sem compromisso, sem sentimentos, sem nenhuma ligação emocional...
Não sei se eu consigo tratar essa
intimidade tão grande entre duas pessoas com tanta indiferença quanto ele.
Será que eu deveria tentar? Eu desejo Joseph,
isso é um fato. Se eu fosse transar somente com a pessoa que eu amo, então eu
nunca mataria meu desejo por Joseph, porque me apaixonar por ele é totalmente
impossível.
O que devo fazer? Não sei, estou confusa.
Mas eu sei que não gostaria nada de transar com Joseph e depois ser tratada com
tamanha indiferença com que ele trata suas transas. Não quero ser só mais um
rosto, só mais uma noite, só mais um orgasmo.
— Não quero ser só mais uma. — Digo
encarando a noite através da Janela a minha frente.
— Demetria, eu te desejo como nunca havia
desejado ninguém antes, é algo muito forte. Mas eu não posso te oferecer mais
que isso, mais que a satisfação dos nossos desejos. Você é alguém com quem eu
me importo muito, então é claro que você não seria só mais uma, mas se você
está querendo algo como flores e balões então...Sinto muito, mas isso eu nunca
poderei dar para ninguém.
Não sei por que meus olhos se enchem de
lágrimas. Luto para não derrama-las, evito olha-lo nos olhos.
— Não sei se sou capaz de fazer isso,
transar com você mesmo amando Harry. Nunca tive sexo sem compromisso, não sei
como me sentiria com relação a isso. — Confesso.
— Você não quer descobrir?
— E se eu me deixar levar pelo meu desejo
e me sentir um lixo depois? Não terá volta. — Ele não diz nada, ainda não
consigo encara-lo nos olhos.
— Harry não merece toda essa consideração
e com certeza não merece o espaço que ocupa em seu coração. — Ele diz com a voz
seria.
— Eu e ele vamos resolver nossos
problemas, acho que com a sua ajuda já fiz ele sofrer o suficiente.
— Você não pode estar falando sério, Demetria.
Você não pode voltar com aquele cara, ele não te merece. Sei que conJonasei em
te ajudar no começo, até mesmo te dei essa ideia de fazer ciúmes, mas eu nunca
achei que você e ele deveriam voltar.
— Eu o amo, e quem ama perdoa, não é?
— Eu sempre achei que você parecia ser
uma pessoa forte, alguém que nunca perdoaria ser enganada de uma forma tão
baixa como a que Harry te enganou.
Olho para o outro lado, tentando esconder
meu rosto para que Joseph não veja a lágrima que escorre em meu rosto.
Ele tem razão, perdoar Harry e voltar com
ele como se nada tivesse acontecido vai me custar muito. Mas o que eu posso
fazer? Eu o amo, quero ficar com ele.
Mesmo sabendo que a sombra da sua traição
sempre pairará sobre nós.
— Eu o amo, é isso que importa. — Digo
para ele mas mais como um modo de convencer a mim mesma.
— Não quero mais que você me ajude, e não
quero mais que você me procure. Acho que isso é o melhor para nós dois, já que
esse desejo que sentimos é tão forte.
— Você tem certeza? — Ele pergunta com a
voz baixa.
— Sim.
— Tudo bem, não te incomodarei mais,
mesmo que isso me custe muito.
Ainda sem olha-lo nos olhos, abro a porta
e saio. Ando de volta para meu dormitório sem olhar para trás.
Só quero minha cama, mesmo com aquela
festa maldita acontecendo lá, minha cama me parece o melhor lugar para estar
agora.
Tá aí um bem grande para que eu não fique em divida com vocês.
segunda tem surpresa... então comentem bastante!!!
Omg, muito curiosa, please, se vc for postar só segunda, poste segunda de manha please
ResponderExcluirCarambaaaaaa posta logo, como eu to ansiosa pra saber oq vai acontecer no próximo capítulo, coitado de joe, mas a culpa é dele né por ter criado essa fama dele, e demi n pode perdoar harry n, se eles voltarem vai ser pior pq ela n vai mais confiar nele. Posta logoooo
ResponderExcluirPosta rapido por favor
ResponderExcluirNova leitora aqui!! Está ótimo, posta rápido antes que eu morra de ansiedade.
ResponderExcluirBeijos Elisa
Que capítulo foi esse?!?! Torci tanto pro Joseph e agora estou com uma raiva da Demi. Ela não pode fazer isso!! Essa história está me prendendo. Posta logo!! Beijos
ResponderExcluirNao acredito q a Demetria vai fazer isso cara,voltar com o harry mais e mt trouxa,eu ate entendo ela nao querer ficar com o Joe pq ele e do tipo fode e ate nunca mais,mas poxaan
ResponderExcluirEla tem q aproveitar,se fosse eubja teria dado kkkkk mentira mais porra um gostoso desses,Harry o caralho
Joseph ja gosta da Demi,nao acho q seja so atracao por ela nao,mais ela vai se arrepender kkkk ja to vendo ela com ciumes dele
E o Harry e um filha duma puta,az a merda e dps quer bater em quem ficar com a Demi,Joe tem q pegar ele na porrada
Ta perfeito cara,eu to louca pra saber o q vai acontecer mds
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Xoxo