Demetria
— Harry, pare com isso! — Grito
desesperada quando Harry acerta um segundo soco na cara de Joseph. Mas ele não
me escuta.
Ele acerta um soco no estômago e Joseph
se inclina com falta de ar. Meu coração está acelerado e sinto lágrimas
escorrerem por minhas bochechas. Preciso fazer algo para ajudar Joseph.
— Harry, por favor pare com isso. — Digo
me jogando em cima dele para tentar impedi-lo.
— Não se meta, Demetria. — Harry grita e
me empurra para o lado.
— Não encoste nela. — Joseph grita e
recebe mais um soco, ele tenta se estabilizar o suficiente para revidar os
golpes mas ele está tonto e Harry não lhe dá brecha.
Eu não vou conseguir para-lo, preciso de
ajuda.
Saio correndo procurando por ajuda mas
não encontro ninguém. Vejo um carro manobrando e reconheço o motorista, é Guga,
um amigo de Harry.
Corro até o carro e bato no vidro ao seu
lado.
— Pelo amor de Deus, Demetria, que susto.
— Ele diz abrindo o vidro.
— Guga, por favor, você tem que me
ajudar. — Digo sem fôlego pela corrida.
— O que aconteceu? — Ele pergunta com a
expressão preocupada.
— O Harry, ele está brigando, você tem
que impedi-lo.
— Caralho. — Ele xinga saindo do carro.
— Marc, venha comigo. — Ele diz e só
agora reparo que tem outro cara com ele no carro.
Nós três então saímos correndo em direção
a Harry e Joseph.
— Harry, cara, pare com isso. — Guga
grita assim que chegamos perto dos dois.
Guga e Marc pulam em cima de Harry e o
seguram, vou correndo até Joseph para ampara-lo.
— Harry, pare com isso cara.
— Me solta, eu vou acabar com ele. — Harry
grita tentando violentamente se soltar do aperto de Guga e Marc.
— Cara, você está louco? Você deveria
estar comemorando. — Marc diz para ele.
— Eu vou, depois que eu ensinar uma lição
para esse filho da puta. — Ele grita.
— Joseph, você está bem? — Pergunto
servindo-lhe de apoio.
— Estou.
Mas é claro que ele está mentindo. Que
pergunta mais idiota a minha, é claro que ele não está bem, sua cara está toda
machucada.
— Demetria, é melhor você tirar seu amigo
daqui. — Guga diz mal conseguindo segurar Harry.
Balanço a cabeça e olho para Joseph.
— Consegue chegar ao seu carro? —
Pergunto e ele assente.
— Isso é por mexer com a minha garota,
filho da puta. Se você chegar perto dela de novo eu acabo com você, entendeu?
Acabo com você. — Escuto Harry gritando conforme nos afastamos.
Chegamos ao carro de Joseph, ele me
entrega a chave e eu o coloco no banco no passageiro, escuto ele soltando
alguns gemidos de dor, mesmo ele tentando disfarça-los.
Corro até o lado do motorista e entro.
— Você quer ir para casa ou para um
hospital? — Pergunto ligando o carro.
— Para casa, hospital não.
— Tudo bem. Aguente firme, ok? Já vamos
cuidar de você.
Piso fundo no acelerador e guio com
pressa até seu apartamento. Depois de ter feito o caminho na metade do tempo e
com certeza depois
de levar uma ou duas multas por excesso
de velocidade, chegamos ao endereço de Joseph.
Ajudo-o a sair do carro e a entrar no
prédio. Assim que o porteiro nós vê seus olhos se arregalam e ele corre para
nos ajudar. Assume meu lugar e escora Joseph até o elevador, ele não faz
nenhuma pergunta, talvez ele esteja acostumado a ajudar os moradores nas mais
diversas situações.
— Ela cuida de mim a partir de agora,
obrigado Carlos. — Joseph diz quando entramos no elevador.
— Sim, senhor. — Carlos me dá espaço e eu
pego Joseph, colocando seu braço no meu ombro e meu próprio braço em sua
cintura.
Quando chegamos em seu apartamento,
levo-o direto para o sofá e o mais delicadamente possível o sento.
— Você tem um kit de primeiros socorros?
— No banheiro do meu quarto. Última
gaveta da esquerda. — Ele diz parecendo estar com muita dor.
Droga, isso tudo é culpa minha, tenho que
ajuda-lo.
Vou rapidamente até o banheiro e procuro
pelo kit, assim que acho-o volto correndo para a sala.
— Não se preocupe, vou limpar seus
machucados. — Digo me sentando ao seu lado no sofá.
Abro o kit e seleciono os objetos
necessários para limpar seus machucados e tirar o sangue da sua cara.
Enquanto preparo as coisas, observo Joseph
com a cabeça encostada e os olhos fechados. Ele está com um corte nos lábios e
outro na sobrancelha e o canto do seu olha está ficando roxo.
— Vai doer. — Digo e ele abre os olhos e
se endireita.
— Tudo bem.
Aproximo-me mais dele e encosto o algodão
com o remédio no corte de sua boca.
— Porra. — Ele xinga e eu retiro o
algodão no mesmo instante.
— Desculpa. — Peço.
— Tudo bem. — Ele diz e eu hesitante
volto a colocar o algodão em seu machucado. Ele faz uma careta de dor mas não
reclama dessa vez.
Limpo seus cortes e retiro todo o sangue
da sua cara, que estava dando-lhe um ar assustador e a impressão que seus
ferimentos era muito piores do que realmente são. Ele permanece em silêncio o
tempo todo, ocasionalmente fazendo caretas enquanto o limpo.
— Foi sorte. — Ele diz.
— O que? — Pergunto confusa.
— Foi sorte. Ele me pegou desprevenido.
Ah sim, claro que ele não vai querer
admitir que apanhou de Harry. Tem a ver com aquele orgulho masculino. É melhor
eu concordar.
— Sim, claro, eu sei.
— É sério, ele me pegou desprevenido, se
não eu teria acabado com ele.
— Tudo bem, Joseph, agora fique quietinho
para eu cuidar de você, ok?
— Ok...Mas ele me pegou desprevenido.
— Eu já entendi isso. — Digo com um
sorriso no canto nos lábios.
— Quão mal é?
— Acho que não está tão mal quanto
parecia. — Digo analisando seu rosto depois que já cuidei de seus ferimentos.
— Você tem remédio para dor?
— Tenho, está ai. — Procuro pelo remédio
dentro da bolsa e lhe entrego assim que acho.
— Vou buscar água.
— Não precisa. — Ele diz e engole o
remédio sem o auxilio da água.
— Sinto muito, Joseph. Eu não achei que
ele fosse...
— Está tudo bem. — Ele diz e se mexe,
soltando um gemido.
— Está tudo bem mesmo? — Pergunto
preocupada — Joseph, me diga onde você está com dor.
— Minhas costelas, mas...Ei, o que você
está fazendo? — Ele pergunta parecendo assustado quando levo minhas mãos para a
barra da sua camisa.
— Preciso ver se ele te machucou muito.
Posso?
Ele me olha por um breve momento e depois
assente. Levanto sua camisa revelando seu abdômen sarado.
— Acha que consegue tira-la? — Pergunto.
— Se você me ajudar, acho que sim.
Ajudo-o a retirar a camisa, expondo seu
torso musculoso. Joseph é muito forte, já dava para perceber só de olhar seu
braço, mas agora vendo-o sem camisa...Ele é realmente muito forte.
Começo a me perguntar se Harry realmente
teve sorte.
Os peitos de Joseph são grandes e parecem
ser duros como pedra, seu abdômen possui aqueles gominhos de barriga tanquinho
e uma linha de pêlos segue tentadoramente logo abaixo do seu umbigo para dentro
das suas calças.
Forço-me a parar de encara-lo com tanta
admiração. Deixo sua camisa de lado e pergunto:
— Qual lado está doendo?
— Esse. — Ele aponta para seu lado
direito.
— Não está roxo, acho que já é um bom
começo. Posso? — Pergunto fazendo menção de encostar em suas costelas, ele me
olha de um jeito estranho mas assente.
Encosto meus dedos levemente na área das
costelas e ele estremece.
— Desculpe. — Peço e tento ir com mais
cuidado. — Acho que não está quebrado, mas eu não sou a melhor pessoa para esse
tipo de coisa, acho que você deveria ir ao hospital.
— Não está doendo tanto assim. — Ele diz
e eu não sei dizer se é verdade ou se ele está se fazendo de forte.
— Joseph...Sinto muito, é tudo culpa
minha, como eu fui egoísta. — Digo abaixando minha cabeça com vergonha.
— Não é culpa sua, Demetria.
— E sim. Harry havia me dito que se ele
me visse com você de novo ele iria acabar com você, mesmo assim eu quis te
levar nesse jogo idiota para fazer ciúmes para ele. Não achei que ele seria
capaz de...Mas eu estava errada, e agora você está assim e a culpa é toda
minha. — Sinto uma lágrima escorrendo por meu rosto.
— Me perdoa. — Peço e outra lágrima
escorre.
— Ei, linda. Não chore. — Ele diz pegando
meu queixo e me fazendo olha-lo nos olhos. — Não tenho nada para te perdoar,
ok? Você não tem culpa.
— Mas ele me disse que ia...
— Não interessa se ele disse ou não, eu
não te culpo. Eu aceite te ajudar, eu aceitei a ir a esse jogo. Você não me
obrigou a nada.
— Mas...
— Mas nada. — Ele me corta colocando seu
dedo em meus lábios. — Não quero mais ouvir você se culpando pelo que aconteceu
hoje, ok?
— Ok. — Digo quase num sussurro, ele
retira seu dedo dos meus lábios e leva sua mão até minha bochecha, limpando
minhas lágrimas.
— E não quero que você chore. — Ele diz
com a voz rouca.
— Estou chorando porque eu não queria que
isso acontecesse, não queria que Harry fizesse isso com você.
— Esse cara, Demetria...Ele não te merece,
você é tão melhor que isso. Você merece alguém melhor, um homem. — Ele diz
acariciando meu rosto.
— E onde eu vou achar um homem? Na
faculdade todos os caras são iguais a Harry.
— Talvez você só tenha que procurar
melhor, talvez esse homem esteja mais próximo do que você imagine. — Ele diz se
aproximando, seus lindos olhos verdes encarando fixamente os meus.
Seu polegar acaricia minha bochecha
carinhosamente enquanto eu vejo confusa, seu rosto se aproximar do meu.
Ele está tão perto agora, sua boca a
centímetros da minha.
— Joseph. — Sussurro seu nome mas não sei
mais o que dizer.
— Demetria. — Ele sussurra meu nome e o
modo como ele o diz, com a voz rouca e baixa, me provoca arrepios.
Antes que eu possa assimilar seu último
movimento, a boca de Joseph encontra com a minha. Seus lábios macios permanecem
parados, apenas sustentando o contato com os meus.
Eu não sei o que fazer, estou tão
surpresa com seu gesto que estou sem ação.
Ele se afasta e me olha intensamente nos
olhos, vejo algo em seu olhar que eu não reconheço, mas faz meu corpo
esquentar.
— Ah Demetria. — Ele diz meu nome
novamente, sua mão desliza até minha nuca e ele me puxa, fazendo nossos lábios
entrarem em contato novamente. Mas dessa vez eles os movimenta, acariciando
meus lábios com os seus.
Levo minha mão até seu pescoço e antes
que eu possa ter consciência do que estou fazendo, abro minha boca e deixo que
sua língua brinque com a minha.
Meu coração começa a palpitar, meu corpo
se arrepia e minha cabeça parece girar.
O que está acontecendo comigo? Meu Deus,
estou beijando Joseph? Isso é...Isso é tão errado e tão...Bom.
Seu gosto é tão delicioso e a sensação da
sua língua na minha é tão maravilhosa que tenho vontade de gemer.
Desço minha mão do seu pescoço para seu
peito. Sim, ele é duro como pedra como eu havia imaginado.
Sinto a mão de Joseph na minha coxa, ele
começa a subi-la lentamente, e sinto minha perna em chamas, como se sua mão
fosse ferro quente e ele estivesse me marcando.
Isso é tão errado, eu amo Harry não
deveria estar beijando outro. Ainda mais Joseph, ele é...Ele é como um irmão,
eu não deveria estar gostando de beija-lo, isso tem que acabar.
Colocando ambas as mãos em seu peito,
empurro-o.
— Joseph, não. — Digo. Ele e se afasta e
me olha quase que assustado, como se a consciência do que nós fizéssemos
finalmente o atingisse.
— Demetria eu...Eu sinto muito, eu não
deveria ter...
— Me beijado? Não, com certeza não devia.
— Mas foi tão gostoso.
— Sinto muito, por favor me perdoe. É
que...Mas que droga, eu não sei o que deu em mim nesses últimos dias, eu estou
sentindo algo com relação a você e que com certeza eu não deveria sentir pela
irmã do meu melhor amigo.
— O que? — Pergunto.
— Tesão, desejo...Muito desejo. — Suas
palavras me atingem e ao invés de me causar surpresa, repulsa ou qualquer outro
sentimento, eu sinto um calor insuportável percorrer meu corpo.
Joseph sente tesão por mim? Mas como?
Isso é tão estranho.
— Mas nós somos praticamente irmãos. —
Digo e ele solta um gemido quase de dor.
— Não diga isso, por favor. Só vai me
fazer sentir pior com relação ao que eu estou sentindo nesse momento. — Desvio
meu olhar para seu jeans, e ofego quando vejo uma saliência enorme.
Ah Deus, ele está excitado...Comigo?
— Eu sei que isso é estranho, mas eu não
posso controlar por quem meu corpo se excita ou não. Desculpe se eu passei dos
limites ao te beijar mas...Eu não pude resistir, você é maravilhosa, Demetria.
Você se transformou numa bela mulher e seria difícil para qualquer homem
resistir a você, quem dirá eu.
— Joseph eu não sei o que dizer. Você é
melhor amigo do Ian, você é praticamente meu outro irmão mais velho e, e eu amo
Harry, apesar de tudo. Isso que aconteceu aqui é errado de tantas maneiras...
— Eu sei, eu sei.
— O que você sente é errado.
— Eu sei, eu tenho me sentindo um tarado
filho da puta por estar pensando em você desse jeito. Eu me senti horrível
depois que eu me mastu... — Ele começa a dizer mas quando percebe o que vai
dizer seus olhos se arregalam e ele para.
Oh.Meu.Deus. Não posso acreditar que ele
ia dizer o que eu acho que ele ia dizer.
Levanto-me do sofá rapidamente e me
afasto dele.
— Você se... — Não consigo terminar a
frase, é muito vergonhoso. — Pensando em mim? — Pergunto olhando-o espantada.
Ele abaixa a cabeça com vergonha e não
responde, mas não precisa, eu sei muito bem que a resposta é sim.
Joseph já se masturbou pensando em mim.
Uma mistura de surpresa e choque me
domina e de novo aquele calor maldito. Mas que diabos é isso? Porque esse calor
infernal não me deixa?
— Eu não queria, mas eu não aguentei. Por
favor, não me odeie, Demetria.
— Eu não te odeio. — Respondo.
Claro que eu não o odeio, porque odiaria?
No momento eu estou é assustada. Assustada por estar imaginando Joseph se
tocando, e mais assustada ainda por sentir um líquido escorrendo pelo meio das
minhas pernas ao imaginar isso.
— Joseph, eu preciso ir. — Digo saindo
correndo em direção a porta.
Não sei o que está acontecendo comigo e
não acho que seja seguro ficar perto dele com seu torso sarado a mostra
enquanto estou sentindo esse desconforto na minha intimidade.
— Não, Demetria, por favor espere.
Paro em frente a porta e me viro para
ele. Com um pouco de dificuldade ele se levanta, o que só piora as coisas
porque novamente eu vejo seu ereção e me sinto pulsar lá embaixo.
“Merda, tenho que sair daqui.”
— Por favor, não fique com nojo de mim. —
Ele pede parecendo torturado.
— Eu não estou com nojo de você, Joseph.
— Muito pelo contrário, estou sentindo um desejo enorme e que cresce cada vez
mais, e isso está me assustando pra caramba.
— Então porque você está indo embora
correndo?
— Porque...Eu acho que é melhor a gente
conversar outra hora. Agora não dá.
Abro a porta e saio.
— Demetria, espera eu... — Não escuto o
que ele diz, bato a porta e saio correndo.
Entro no elevador e aperto o botão do
térreo.
Encosto-me na parede e respiro fundo
tentando assimilar tudo o que aconteceu.
Joseph me beijar, me desejar, se tocar
pensando em mim...Isso tudo é errado. Ele não devia me desejar e com certeza eu
não deveria gostar do seu beijo e nem de saber que ele me deseja e muito menos
de saber que ele se tocou pensando em mim.
Eu não deveria, mas a gente nem sempre
faz o que se deve, não é?
Tá aí mais um, se comentarem e se der tempo posto mais um, pra vocês não ficarem na mão durante o fim de semana que não postarei novamente.
Coitadinho do meu Joseph (个_个)(个_个)(个_个)
ResponderExcluirPosta logo pfvr, to apaixonada por essa história
Postaa mais!!
ResponderExcluirHarry covarde, pq ataco pelas costas!?
MARAVILHOSOO eu preciso de Hot Jemi urgentemente, essa fic tem uma tensão sexual muiitoo grande hahahahha POSTA LOGO
ResponderExcluirPosta maaaais!!!!
ResponderExcluirAmei
ResponderExcluirEu to com um ódio daquele Harry