CAPÍTULO 7

Demi viu a balsa chegar e a grade de segurança ser levantada. As pessoas começavam a sair do barco, e ela procurou a garotinha na multidão, com a acompanhante que a traria até ali. O que viu foi à criança mais linda que jamais viu, de cabelos loiros, rosto angelical, agarrada à mão de Katheryn Hudson. Olhando para a ex-colega de faculdade, Demi sorriu.

— Fico feliz que você a tenha trazido. Katheryn olhou para a garotinha e sorriu.

— Achei que alguém familiar seria melhor do que um estranho.

Demi podia ver as perguntas nos olhos de Katheryn, desejando saber como iam as coisas com Joseph Jonas. Sem querer lhe dar qualquer indicação do que aconteceu na noite anterior, ficou grata ao ver que um homem se aproximava e pegava as malas de Kelly. Demi acompanhou-o até o carro que Joseph lhe permitia usar, e ele colocou as malas no banco de trás. Depois de pagá-lo, voltou para as duas pessoas que a aguardava. Demi ajoelhou-se e sorriu para Kelly. A garotinha enterrou o rosto na saia de Katheryn.

— Olá, sou Demi.

— Olá — respondeu a garota, sem mostrar o rosto. Katheryn afastou-se um pouco, forçando Kelly a fitá-la. Demi sentou-se no chão, com as pernas dobradas sob o corpo, como se tivessem todo o tempo do mundo.

— Foi uma semana bem difícil, não é?

— Sim.

— Bem, agora vou cuidar muito bem de você, Kelly. — A menina ainda parecia pouco à vontade. — Eu prometo. Sei fazer uma porção de coisas. Podemos brincar na praia, andar de bicicleta, e talvez andar a cavalo.

A idéia pareceu agradar, e Demi rezou, baixinho, para que ainda se lembrasse de como cavalgar.

— Seu pai tem três cavalos, e não acho que façam muito exercício. Teremos que cuidar deles.

— Viu meu pai?

A esperança na voz da menina fez o coração de Demi se apertar.

— Sim. Ele é muito simpático.

— Mamãe disse que ele foi ferido.

— Sua mãe tinha razão. Foi sim. Mas agora está bem. — Não pretendia assustar a menina com detalhes assustadores. — Só não gosta que fiquem olhando para ele.

As sobrancelhas de Kelly ergueram-se, como se estivesse tentando entender por que não queria que olhassem para ele, se estava bem. Demi pretendia adiar o encontro dos dois, até que Kelly estivesse acomodada e à vontade.

— Então, está pronta para ver sua nova casa?

Kelly assentiu, mastigando a ponta do suéter que vestia. Demi estendeu a mão, tirando-o delicadamente da boca da menina.

— Fale. Não consigo ouvir o que está dentro da sua cabeça. A garotinha quase sorriu.

— Sim, senhora.

— Vai adorar, Kelly. É um castelo, como o da Cinderela.

— Verdade?

— Verdade.

Demi levantou-se e estendeu a mão. Kelly olhou para Katheryn, suspirou, e então segurou a mão de Demi, que mal pôde esconder a alegria.

— Não gostaria de vir até a casa? — convidou. — Tomar um café, antes de pegar a outra balsa? — Algumas pessoas já passavam por elas, a caminho do barco.

Katheryn sacudiu a cabeça.

— Acho melhor deixar que se conheçam melhor. Telefono mais tarde.

— Gostaria que fizesse isso — e, baixando a voz, completou: — Já que não há nada de temporário neste trabalho, e sabe bem disso.

— Ele precisa dela, Demi.

— Eu sei, mas… — Olhando para baixo, viu que a garotinha as observava, curiosa. Demi trocou um olhar com Katheryn, indicando que poderiam conversar melhor ao telefone. Katheryn sorriu, e inclinou-se para beijar Kelly.

A criança passou os braços em volta do pescoço de Katy, agarrando-se com força por alguns instantes. O coração de Demi apertou-se. Como devia sentir-se insegura e amedrontada, sendo Katheryn a única pessoa que conhecia.

Katy acariciou as costas da menina, dizendo que a amava muito, e logo viria visitá-la. Kelly soluçou, correndo para Demi, assim que Katheryn a soltou. Com um sorriso, Demi levou a criança até o carro, colocando-a no banco da frente. Depois de acomodar-se atrás do volante ligou o motor.

— Pronta?

Kelly olhou-a com os olhos muito azuis e assentiu, mordiscando a ponta do suéter. Demi percebeu o brilho das lágrimas e inclinou-se, abraçando-a e sussurrando:

— Tudo vai dar certo, querida. Sei que está com medo. Os dedinhos delicados a apertaram com força.

— Quero ir para casa.

Os olhos de Demi encheram-se de lágrimas. A menina parecia tão triste e perdida.

— Vou levá-la para casa, e será uma grande aventura descobri-la aos poucos. Não acha que vai ser divertido?

Kelly deu de ombros, e Demi acariciou os cabelos brilhantes. Tinham um longo caminho a percorrer juntas, e imaginou por quanto tempo ficaria ali. Ou se algum dia desejaria partir. Pois percebia que estava começando a amar aquela garotinha perdida.

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Tá aí mais um.

Gente fiquei simplesmente chocada com a notícia da morte de Cory Monteith hoje cedo, acho uma pena, gostava muito de seu trabalho em glee e fiquei boquiaberta com a triste notícia.

para o próximo comentem!