terça-feira, 9 de julho de 2013

CAPÍTULO 2

               


Joseph apoiou as costas na porta e fechou os olhos, a imagem de Demetria presa em sua mente, recusando-se a deixá-lo em paz. Era a criatura mais linda que já viu. O tipo de mulher que fazia as cabeças virarem, os homens tropeçarem e as mulheres morrerem de inveja. E só de fitar os lindos olhos castanhos, cada cicatriz parecia doer como se fosse recente. Era como colocar um doce apetitoso na frente de um homem que morria de fome. Oferecer-lhe a iguaria, da qual nunca poderia sentir o gosto.
Mal podia tolerar a presença dela ali, em seu lar, seu santuário. Só saber que estava ali era o suficiente para deixá-lo louco, e queria estrangular Katheryn Elizabeth Hudson por ter lhe mandado uma mulher tão linda. Será que Katy não percebia que não esteve perto de uma mulher desde o acidente? E até aquela manhã não teve sequer uma referência, atém da palavra de Katheryn, garantindo que encontrou alguém muito qualificado. Não teve tempo de pesquisar o passado dela, e embora tivesse encontrado apenas parte dele, não havia fotos, embora tivesse imaginado como era, já que venceu tantos concursos de beleza. Ainda assim, era como se não desejasse mostrar o lindo rosto. Ele tinha uma boa razão para não mostrar o rosto. Mas qual seria a dela?
Aos trinta anos, continuava linda.
Que droga! Ele foi muito claro ao pedir uma governanta para cuidar de Kelly. Pediu uma mulher mais velha, forte e saudável o suficiente para cuidar de uma garota de quatro anos, e que compreendesse que a responsabilidade de Kelly seria dela. Não podia deixar que Kelly o visse. Nunca. A criança fugiria dele, e Joseph sabia que não poderia suportar isso. Não outra vez. As pessoas fugiam dele por causa das cicatrizes que o desfiguravam. Não pretendia assustar uma criança.
Kelly. Joseph cerrou os punhos. Uma criança cuja existência ele ignorou até algumas semanas atrás, quando a ex-mulher morreu. Parecia que ele era a única pessoa no mundo que podia cuidar da menina.
Mais uma vez, amaldiçoou Taylor por não ter lhe dito que carregava um filho ao deixá-lo. Só Deus sabia como precisava disso, quatro anos antes. Algo para fazê-lo suportar as inúmeras cirurgias, a difícil recuperação e a dura realidade de que nada poderia ser feito para recuperar o corpo desfigurado.
Afastando-se da porta, Joseph pegou o telefone e discou um número, mal contendo a raiva.
— Wife Incorporated. Katheryn Elizabeth Hudson.
— Que droga, Katy, ela é linda! — De tirar o fôlego, acrescentou mentalmente, lembrando-se de cada curva do corpo perfeito, coberto pelo conjunto branco.
— Então saiu da sua toca por tempo suficiente para observá-la?
— Por que fez isso? Joseph ouviu-a suspirar.
— Demetria é uma das pessoas mais bondosas que conheço. E não fiz isso por você, meu bem. Foi por Kelly. Demetria adora crianças, e já trabalhou com elas antes. Tem todas as qualificações que você queria. É culta, mas não a ponto de não conseguir se comunicar com uma criança. Além disso, é divertida e criativa. Dê-lhe uma chance.
— Não tenho escolha. Kelly chega dentro de dois dias.
— Vai dar certo, Joseph.
— Encontre outra pessoa, imediatamente. Eu não a quero aqui. Houve uma pausa do outro lado, e ao falar, a voz de Katheryn soou fria e brusca:
— Taylor devia ter lhe contado sobre Kelly, eu concordo, e se não tivesse jurado que não o faria, eu mesma teria dito. Mas quando ela disse que o deixou porque tinha se tornado frio e mesquinho, não pude acreditar. Agora, vejo que estava certa.
Joseph sentiu como se ela o tivesse esbofeteado.
— Taylor me abandonou porque não pôde suportar as consequências do acidente. Queria que eu fosse o mesmo de antes e que agisse como antes. Isso nunca vai acontecer. — Ele respirou fundo, antes de prosseguir: — Encontre outra pessoa. — E sem despedir-se, desligou. Só ao largar o fone percebeu como o segurara com força.
Deixando-se cair na poltrona de couro, atrás da escrivaninha, virou-a para a janela. O sol lutava para sair de trás das nuvens, refletindo-se no riacho, enquanto Joseph lutava para afastar as memórias dolorosas do acidente. A dor cortante, a reação de horror de Taylor quando tiraram as bandagens, a repugnância que não conseguira disfarçar. Sempre imaginava que ela estaria a seu lado, em qualquer situação, e ficou chocado ao vê-la partir. Devia ter imaginado que ela faria isso, quando se recusou a dividir a cama com ele, e até mesmo a tocá-lo depois do acidente. Ele podia ver a repulsa, cada vez que estendia a mão para ela. A noite anterior ao acidente tinha sido a última vez que sentiu prazer e ternura com uma mulher.
E agora a mulher que foi eleita a mais bonita do Estado estava morando em sua casa. Não fazia diferença que isso tivesse ocorrido dez anos antes. Ela ainda era capaz de parar o trânsito com sua beleza.
A batida foi tão suave que ele mal ouviu.
— Sr. Jonas.
O som daquela voz doce e delicada tocou-o profundamente. E ele quase a odiou por isso.
— Eu já disse que a chamaria se…
— Pelo que me lembro, fui contratada para tomar conta da sua filha, não do senhor. Portanto, pode chamar o quanto quiser, meu senhor, e…
— Pago o seu salário.
— Sua mãe não lhe ensinou que é falta de educação interromper uma senhora?
— E você não aprendeu diplomacia, ao trabalhar no Departamento de Estado?
— Sim. Mas este não é um território estrangeiro, nem você pode pedir imunidade diplomática.
Lutando contra a vontade de sorrir, Joseph apoiou a cabeça na poltrona de couro.
— O que você quer?
— Ah, chegamos ao estágio das negociações — zombou Demetria. — Agora, a menos que a montanha de alimentos na geladeira e no freezer seja a sua noção de uma dieta balanceada, preciso planejar o cardápio.
— Muito bem. Pode pedir o que quiser.
Demetria suspirou. Que homem difícil. Ela sacudiu a bandeja, fazendo a linda porcelana tilintar.
— Ouviu? São pratos. Com comida — completou.
— Deixe na porta. Ela piscou.
— O quê?
— Tenho certeza de que ouviu, srta. Lovato. A porta não é tão grossa.
— Que teimoso — resmungou Demetria.
— Deixe no chão e vá embora.
Demetria colocou a bandeja junto à porta, e ao olhar para a madeira decidiu que o faria sair dali, de qualquer modo.
— Pelo jeito, vamos ter muitos problemas, sr. Jonas.
— Só se quebrar as regras.
— E quais são?
— Receberá ordens através de e-mails em seu computador.
— Meu Deus, que impessoal!
— É o único modo possível — disse ele, baixinho, ouvindo os passos dela afastando-se na escada.
Joseph esfregou a testa, a ponta dos dedos tocando as cicatrizes, e praguejou, levantando-se e começando a andar de um lado para o outro. Cerrando os dentes, imaginou como iria sobreviver com aquela mulher linda andando pela casa.

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Então o que estão realmente achando da nova história? os capítulos estão muito grandes? ta chato? sem noção? deem sua opinião , COMENTEM !!!! 

9 comentários:

  1. o joseph vai terminar a fic com as cicatrizes ou vai fazer plastica e blá, blá, blá?
    tá perfeita a fic, sério, tô amando.

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  2. to amaaaaandoooo

    Cap grande? Lógico q não. Quero MARATONAAAA

    A Demi não vai demorar a amolecer o core do joseph.

    Postaaa logooo pleaseee

    MARATONAAAA

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  3. cap. grande????????????? vc ta de zoa né? ta é pequeno isso sim u-u
    eu realmente estou adorando a história acho que vai ser bom ver que o amor não é só atração pela beleza da pessoa.
    realmente amando.
    Bjss.

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  4. Essa fic ta linda, leio todas as suas fics so nao comento kkkk essa fic tem hot ?

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  5. aiiii que liinda *-----*
    nossa eu to amando :DD
    beijos , posta mais *--*

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  6. Oi amor, se não for encomodar, você pode indicar meu imagine? to começando agora http://imagine-lovatic-sex-hot.blogspot.com.br/ obrigado <3

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  7. queee chato que nada, tá é lindo poosta logo, beeijos <3

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  8. Eu to adorando a história.
    Posta logo, beijão haha :)

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