segunda-feira, 29 de julho de 2013

CAPÍTULO 21 BIG E HOT

Joseph amaldiçoou o tamanho da casa e entrou na biblioteca, parando ao ver que estava vazia. Demi não estava no quarto, nem com Kelly. Deixando a biblioteca, foi para a ala oeste da casa, um lugar pouco usado, construído para abrigar hóspedes e empregados. Subindo a escada, começou a procurá-la, já entrando em pânico. E se estivesse machucada, se tivesse caído num dos corredores escuros? Começou a chamá-la, baixinho, e quando não obteve resposta, abriu uma porta atrás da outra, tentando encontrá-la.
— Demi!
— Estou aqui!
— Aqui, onde? Que droga de lugar! Mais parece um labirinto! A risada dela era baixa e suave, e parecia encher o ar quando ele abriu a porta.
— Disse que eu podia usar o quarto amarelo, não disse? Sentada numa cadeira, estava de costas para ele, com um cavalete a sua frente e o pincel sobre a folha de papel presa a um painel.
— Não disse?
— Sim, agora me lembro.
— Não costuma andar muito pela casa, não é?
— Não por aqui. Meu Deus, eu me senti um tolo.
— Estava preocupado?
— Sim. Este lugar é muito grande e antigo, e…
— E sempre muito escuro — completou ela, virando-se levemente, mas sem fitá-lo. Ela olhava para o chão, e Joseph percebeu que fazia isso por ele, embora houvesse pouca luz no aposento. As cortinas estavam afastadas e o luar entrava pelas janelas.
— Está pintando no escuro, Demi.
— Você é mesmo esperto, Jonas.
Ele riu, balançando a cabeça e aproximando-se.
Demi sentiu-o mover-se atrás dela, sentiu o perfume da loção pós-barba, e tentou imaginar como seus sentidos haviam se tornado tão apurados. O calor do corpo dele parecia tocar-lhe a pele, e subitamente ficou consciente do roupão fino e do pijama que usava. Queria vê-lo, não por curiosidade, mas para que ele confiasse nela o suficiente para deixar que se aproximasse. Tudo que conhecia de Joseph era a imagem que viu nas fotos, tiradas cinco anos antes.
— Não é uma vista incrível? — perguntou, fazendo um gesto na direção da cidade abaixo deles, brilhando ao luar. A casa de Joseph ficava no alto, pairando sobre a vila como o castelo de um ogro, que aterrorizava a todos. Não era de admirar que tivessem medo dele, admitiu Demi.
— Achei que você gostaria.
Ela respirou fundo, sentindo-o mais perto.
— Mas pintar no escuro?
— Era a imagem que eu queria captar. A ilha adormecida — disse ela, assustando-se quando ele colocou as mãos nas costas da cadeira.
Ele observou a pintura semi-acabada.
— Bem, você conseguiu.
A voz dele, tão perto do seu ouvido, suave e gentil, era capaz de prendê-lo em um encantamento poderoso.
— As nuvens continuam a se mexer, encobrindo tudo.
— Há uma tempestade tropical na costa da Flórida. Pode ser que tenhamos algum efeito dela por aqui.
— A Mãe Natureza às vezes nos surpreende, mas aqui estamos seguros. A casa já resistiu a mais de vinte anos de tempestades.
Um longo silêncio pairou entre eles, quebrado apenas pela respiração de ambos.
— Obrigada pelas tintas, por tudo. Eu adorei.
— Por nada. Você tem um talento extraordinário.
— Obrigada — murmurou ela, comovida com aquelas palavras.
— Então, Rainha da Beleza, foi esse o talento que mostrou nos concursos?
Ela riu, não se importando pelo modo como a chamou.
— Não, não foi.
— E não vai me dizer qual foi, não é? — provocou Joseph. Ela sacudiu a cabeça, negando, e ele continuou:
— Gosto de desafios. — E depois de uma pausa, disse, baixinho: — Seu perfume é gostoso.
— O seu também — sussurrou ela, mas quando virou o rosto ele se afastou depressa na direção da janela.
Joseph ficou de costas, as mãos apoiadas no batente da janela alta. O luar brilhava nos cabelos escuros, e mais uma vez Demi admirou-se ao ver como era alto e forte. Devia ter mais de um metro e noventa, e os ombros largos bloqueavam toda a luz.
— Você é quase um gigante, Joseph.
Ele riu, mas o som pareceu estranho no silêncio da noite.
— Tem medo de mim?
— Não vê como estou tremendo? Sabe, não seria tão misterioso para as pessoas da cidade se não se escondesse deles.
— Eles também não se aproximam.
— Não é de admirar. Com a muralha ao redor do castelo e toda aquela floresta de carvalhos à volta da propriedade… Francamente, Joseph, por que não planta flores? As velhas árvores são bonitas, mas ficam um tanto tenebrosas ao entardecer e…
— Demi…
— Sim?
— Está fugindo do assunto. — Ele baixou os braços e virou-se, ficando de frente para ela, as costas apoiadas na janela. O coração de Demi batia disparado.
Podia ver o rosto dele. O lado direito, sem cicatrizes, e era muito bonito, os cabelos um tanto longos, descendo até a gola da camisa imaculadamente branca. Como sempre, usava calça preta e camisa branca.
— Você mesmo corta seus cabelos?
Ele passou os dedos pelos fios escuros e riu baixinho.
— Acho que dá para perceber, mesmo no escuro.
— Posso cortar para você, se quiser. Costumava cortar os cabelos dos meus irmãos e irmãs.
— Não, obrigado. Ninguém vê, mesmo.
— Não é essa a questão. — Demi levantou-se. — Você vê, Joseph… — Ela parou.
— O que foi?
— Não podemos continuar assim. Esconder-se nas sombras não faz bem a nenhum de nós.
— É a sua opinião.
— O que ganha com isso?
— Minha privacidade, minha dignidade. Meu amor-próprio. Ela sacudiu a cabeça.
— Não é verdade. Apenas mantém vivas as feridas que ela causou. Nem todos são como Taylor.
— Faz muito tempo que superei o que aconteceu com ela.
— Acredito. Mas ela deixou uma marca profunda, e não gosto disso.
— Que pena — disparou ele.
Demi sentiu as defesas dele se erguerem como uma onda gigantesca.
— Então é assim? Pretende ficar escondido até transformar-se numa fera selvagem?
— Não force a situação. Sabe que não é assim.
— Ora, Jonas, pare com isso. Sei quem você é, não como aparenta ser. — Ela deu um passo à frente. — Deixe-me vê-!o.
— Não.
— Você me deu o presente mais precioso que já recebi — disse, apontando as tintas, telas e pincéis. — Você me viu como sou. Não a beleza que ganhou os concursos. Mas não me deixa lhe dar nada.
Ele sabia o que Demi oferecia. Era a promessa de não rejeitá-lo, de não sentir repulsa. Mas não podia se arriscar. Não agora, quando começava a se sentir como um homem outra vez, não quando ela o fazia desejar ir para a luz, quando queria acima de tudo sentir o perfume dela.
— Você me deu uma chance com minha filha.
— E isso é suficiente? Ele não respondeu.
— É?
— Não! — ele quase gritou. — Não, desde que você entrou em minha casa.
Demi respirou fundo, dando um passo à frente.
Joseph fitou-a da cabeça aos pés, o rosto lindo iluminado pelo luar, os longos cabelos brilhantes sobre os ombros, o corpo escondido pelo roupão fino e pelo pijama.
— Mas é assim que tem que ser.
— Não, não tem. Não comigo.
Ele fechou os olhos, inclinando a cabeça para trás. Joseph abria e fechava os punhos, enquanto o perfume de Demi o envolvia, enfraquecendo seu autocontrole.
— Tenho que ir. Agora. Ela segurou-o pelo braço.
— Deixe-me ir, mulher.
O calor dela parecia atravessar sua roupa.
— Por quê?
Ele endireitou a cabeça e fitou-a. Demi estava a poucos centímetros dele. O desejo o envolveu, vivo e intenso, e ficou difícil respirar. Engolindo em seco, confessou:
— Porque se tocá-la não poderei parar.
O coração de Demi acelerou e ela ergueu a mão, tocando-o no rosto, acariciando de leve o lado sem cicatrizes. Ele se encolheu, e Demi sentiu toda a dor do isolamento, da solidão.
— Oh, Demi — disse Joseph, sem fôlego, aspirando o perfume da mão macia. — Não posso. Vou enlouquecer.
— Não, não vai.
— Sim — murmurou ele, segurando a mão macia e beijando a palma, os dedos. Todo o corpo de Joseph tremia.
Aquele homem forte, que sobreviveu à tragédia, que se escondeu nas sombras, tremia por causa dela. E isso fazia com que se sentisse especial, querida. Naquele momento, Demi soube que seu coração estava perdido, e seu corpo também desejava a mesma coisa.
Deslizando os dedos por entre os cabelos escuros, puxou-o para mais perto.
— Se ficar louco, por favor, me leve com você.
Num segundo ele aproximou os lábios dos dela, devorando, invadindo, ardente de desejo e paixão. Ele a desejava mais do que qualquer coisa, mais até do que à vontade de ficar sozinho. Demi abriu os lábios e a língua exigente penetrou mais fundo.
Joseph não conseguia respirar, nem pensar, só sentir, depois de um longo tempo em que não sentia nada além da enorme solidão e desolação. Demi era um raio de sol na escuridão que a vida dele se tornou, uma tentação à qual não podia resistir, não quando estava em seus braços, não quando ela o beijava loucamente.
O braço másculo circundou-lhe a cintura, apertando-a, fazendo com que sentisse a excitação dele, mostrando-lhe o que um simples beijo podia provocar. Estava quase envergonhado ao ver como ela o excitava. Afastando-se um pouco, para respirar e fitá-la nos olhos, murmurou:
— Não devemos.
— É tarde demais… — gemeu Demi, antes de beijá-lo outra vez, apertando ainda mais o corpo contra o dele, acomodando-se entre as coxas fortes. A mão delicada tocou-lhe o pescoço e o ombro direito, descendo para o peito.
Ele gemeu, deslizando a mão até os quadris arredondados e puxando-a para si. O calor de Demi atravessava as roupas, e Joseph enrijeceu quando ela tocou o ombro esquerdo, cheio de cicatrizes, escondido sob a seda, e retirou sua mão, beijando cada dedo. Ele quase ficou decepcionado, mas ela continuava a acariciá-lo com a outra mão, e Joseph percebeu que não queria magoá-lo. Beijando-a com mais paixão, abriu o cinto do roupão, e tocou o seio macio, sentindo o mamilo enrijecer. Ele acariciou-a, fazendo-a gemer. E então ela desabotoou a blusa do pijama, e ele ajudou-a, puxando o tecido pelos ombros até expô-la totalmente. O olhar dele percorreu os seios nus e, abaixando a cabeça, tomou entre os lábios o mamilo ereto, sugando, lambendo.
Ela inclinou o corpo para trás, numa oferta silenciosa, enterrando os dedos nos ombros dele. Ele mordia, sugava, traçando com a língua pequenos círculos ao redor dos mamilos, sentindo o gosto de limão e mel, admirando os seios perfeitos à luz da lua. Ela gritou, um grito de pura paixão, e o desejo de Joseph cresceu.
Queria lhe dar prazer, queria vê-la gritando no momento do clímax.
Ele a desejava.
— Preciso tocar você. É tão macia, quente. Tão doce… — Ele estremeceu quando os dedos de Demi lhe acariciaram o mamilo. Deixando-se cair sobre o tapete, puxou-a contra si.
Demi abraçou-o, o corpo dele apenas um vulto contra o luar, enquanto ele a beijava com uma paixão selvagem. Ele queria mais, e ela estava pronta para lhe dar tudo que desejasse.
— Se quiser parar, diga — sussurrou ele, afastando os lábios dos dela apenas alguns centímetros.
Demi segurou a mão dele, que estava sobre o seio macio.
— Se parar agora, bato em você.
Ele riu, beijando-a novamente, deslizando os lábios pelo pescoço até chegar aos seios, beijando cada um deles antes de continuar descendo. Os músculos dela enrijeceram de antecipação quando a mão dele puxou o elástico da calça de pijama que ela vestia.
Os dedos de Joseph encontraram a pele quente e úmida, entre as coxas, e então ele introduziu um dedo, devagar, na fenda macia.
Demi estremeceu, agarrando-se às mangas da camisa dele, puxando-o para si. Ele não parou, acariciando, penetrando mais fundo, levando-a até perto do clímax. Ela ondulava, gemia, e ele saboreava cada som, cada movimento.
Era uma criatura selvagem, dizendo a ele como era bom, como o desejava, como queria mais e mais.
— Vamos, minha bela, quero que se abra para mim — sussurrou ele, os lábios junto ao ouvido de Demi.
— Sou sua — ela gemeu, guiando a mão dele.
— Ainda não.
Num minuto ele se afastava, puxava a calça do pijama de Demi e afastava-lhe os joelhos. Uma das mãos fortes deslizou sob os quadris dela, erguendo-a, a boca cobrindo a carne macia, os dedos mergulhando mais fundo. Demi gritou, movendo os quadris, e um turbilhão de desejo a envolveu. A língua dele se movia, provocando, excitando, fazendo o desejo crescer mais e mais.
Joseph podia sentir os músculos delicados enrijecerem, o corpo dela pedindo desesperadamente pelo clímax, e adorou cada sensação. Queria estar dentro dela. Mas nunca poderia ser assim. Não podia fazer amor com ela no escuro, como uma criatura das trevas. Demi merecia muito mais de um homem. Mas aquilo era tudo que ele podia lhe dar.
Assim, sugou e lambeu o botão pulsante, os dedos mergulhando mais fundo, até que ela explodiu de prazer, gritando. A intensa onda de prazer que sacudiu aquele corpo delicado atingiu-o intensamente, ameaçando seu autocontrole.
Demi apenas gemeu, baixinho:
— Acho que vou morrer…
Ela mal conseguiu respirar, pois Joseph beijou-a novamente, ainda acariciando-a. Num impulso, ela passou os braços à volta do pescoço forte, beijando-o, ofegante, ignorando a tensão do corpo dele e o fato de que não queria que o tocasse.
— Quero você…
— Não.
— Sim! — Ela abriu um botão da camisa, deslizando a mão para dentro.
— Não. — Ele tirou a mão. — Não vou fazer amor com você no escuro. Se o fizer, vou querer luzes à nossa volta.
— Então acenda as luzes, agora. Silêncio.
— Você não quer vir para a luz? Ele não respondeu.
— Entendo. — Ela respirou fundo. — Nem por mim? Nem agora?
— Não.
— Estou cansada de ouvir não, Joseph — disse ela, tentando ficar calma enquanto seu corpo ainda tremia de prazer e a mão dele ainda a tocava.
— Essa é a única resposta que posso lhe dar. Ela empurrou as mãos dele e afastou-se.
— Pensei que confiasse em mim. Mas aparentemente é impossível. — Ela levantou-se, sem se importar em procurar a calça do pijama no escuro, e saiu correndo do quarto.
Joseph sentou-se, enterrando a cabeça nas mãos, e em seguida passando os dedos por entre os cabelos. Por que de repente parecia mais escuro do que antes?

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Demorei desculpa, cheguei agora do trabalho e já postei , e já posto o próximo e esse ainda não foi o HOT prometido ok?
COMENTEM!!! 

7 comentários:

  1. PORRA JOSEPH, PORRA!!!
    tô aqui esperando o próximo.

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  2. Oiii posta mais!!!? Cap mtoo legal e slá não sei mais o que dize...

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  3. POR Favor posta o próximo anets que eu morra de curiusidade!!!

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  4. Vc quer me matar com esse cap neh.... Quase chorei kkkk
    Ta perfeita, posta o resto pq eu nao to agüentando de tanta ansiedade!!!
    Bjooos

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  5. Aaaahh lindo demaiiis, ai Joseph vc tambem, que agoniiia, da vontade de bater nele kkkk posta logo

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  6. ahhhh que perfeito!!!!!! posta o próximo!!!!!

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  7. Hahahaha, que decepção, mas o capítulo foi mais que maravilhoso.

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