Srta. Demi? — chamou Kelly da sala. — O que é isto?
Demi enxugou as mãos numa toalha de papel e atravessou a sala
de jantar, parando ao ver a pilha de caixas amarradas com fita verde.
— Bem, querida, por que não descobrimos juntas? Parando
ao lado da mesinha de café, viu o cartão preso na
caixa maior. Era
endereçado a ela. Gostaria que mostrasse mais dos seus talentos escondidos.
Junto às caixas estava um dos esboços que fez de Kelly, com um bilhete. É
lindo, você conseguiu retratá-la perfeitamente. Joseph.
— De quem é? — perguntou a garotinha, saltitando em volta
das caixas, na expectativa de ganhar um presente.
— O bilhete diz que a caixa de cima é sua. — Soltando as
fitas, entregou a caixa à menina, que sentou-se no tapete para abri-la. Dentro
havia lápis de cor, purpurina, guache, lápis de cera, aquarelas e papéis. — É
do seu pai — disse Demi, e Kelly ergueu o olhar, sorrindo.
Demi também sorriu. Joseph tinha pedido desculpas à filha
do único modo possível no momento. Kelly perguntou se podia usá-los, e Demi
assentiu, dirigindo-se à sala de jantar, onde colocou uma toalha velha sobre a
mesa, para protegê-la das tintas. Em seguida, entregou à menina uma xícara de
água, explicando como poderia pintar.
Depois de ter acomodado Kelly, voltou à sala de estar e
olhou as caixas. Com um suspiro, abriu a primeira e encontrou tudo que
precisaria para desenhar, além de papéis especiais. A segunda tinha aquarelas,
uma palheta e pincéis, a outra tinha um cavalete e um banquinho, além de um
bilhete. O quarto amarelo, na ala oeste, é o que tem a melhor luminosidade, além da
linda vista do rio e da cidade.
As lágrimas encheram os olhos de Demi, que sentiu a
garganta apertada. Ninguém nunca a elogiou por outra qualidade que não fosse a
beleza. Mesmo tendo vários desenhos espalhados pelas paredes do apartamento,
Wilmer nunca notou, nem fez algum comentário. Ela adorava desenhar e pintar,
mas desistiu disso por coisas que julgara ser mais importantes, na época. Havia
uma sensação de liberdade que apenas a arte podia lhe dar. Criar algo do nada
era como uma mágica poderosa. E Joseph lhe deu tudo isso novamente.
— Também ganhou presentes — disse Kelly, aparecendo ao
lado dela e espiando as caixas.
Demi acariciou os cabelos loiros da menina e sorriu.
— Não é lindo? Teremos de arranjar um lugar especial para
trabalhar.
Kelly concordou, voltando para a sala de jantar para terminar
o que estava fazendo. Demi sentou-se no sofá e pegou o estojo com os lápis,
imaginando o que desenharia em primeiro lugar. Queria agradecer, mas sabia que
Joseph não iria recebê-la. Além disso, tinha muito que fazer. Depois que Kelly
terminou o primeiro desenho, pregou-o orgulhosamente na geladeira, antes de
levá-la para o banho. Não foi fácil acalmar a menina, que queria experimentar tudo,
mas depois do banho e de uma história, conseguiu colocá-la na cama. A caixa com
os presentes ficou na mesinha, ao lado da cama, como se isso deixasse o pai
mais próximo.
Deixando a porta de Kelly entreaberta, Demi parou no
corredor, olhando para a escada que levava ao andar de cima, imaginando o que
Joseph estaria fazendo. Não falou com ele desde a noite anterior. Tampouco ele
a chamou pelo interfone, nem apareceu nas sombras. Era como se tivesse revelado
coisas demais e agora quisesse manter distância. Ainda assim, lhe deu um
presente maravilhoso. Era um homem complicado, decidiu, e depois de tomar
banho, vestiu o roupão e desceu, ansiosa para experimentar os novos lápis e
crayons.
Quando Joseph ouviu Demi andando no andar de baixo,
entrou no quarto de Kelly, impaciente para estar com a filha. Sentando-se na
cadeira de balanço, observou-a enquanto dormia. O luar que se infiltrava
através das cortinas banhava a menina com um brilho prateado.
Serabi mais parecia à rainha da selva, deitada no fundo
da cama, enroscada nos cobertores.
— Papai — murmurou Kelly, como se percebesse que ele
estava ali. Joseph estendeu a mão, que ela segurou, meio adormecida. — Obrigada
pelo presente — disse, sem abrir os olhos.
— Fico feliz que tenha gostado, princesa — sussurrou ele.
— A srta. Demi também gostou do dela — disse Kelly,
bocejando, antes de voltar a adormecer.
Uma onda de alegria o envolveu. Queria tanto ver Demi,
falar com ela… Os momentos que passava ao lado dela eram os únicos em que se
sentia humano outra vez, em que as cicatrizes pareciam não importar. Mas,
esperando pelo momento certo, pegou o livro no criado-mudo, abriu na página
marcada e começou a ler para Kelly. Meio adormecida, ela sorriu. E aquele
sorriso fez Joseph sentir-se como um rei.
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Postei, desculpem a hora mais só deu agora, e agora vou dormir, Comentem!!!
hehe fui a primeira, estou amando a fic.
ResponderExcluirPosta Logo pelo amor!!
bjo, Ane
Que lindo esse capitulo. Os presentes, Joseph junto com a filha... essa história é fascinante. Posta logo. Beijos
ResponderExcluirAwwnnnnn que lindo *-* ksjkfbdsnjkbfjkd
ResponderExcluiro JOe toda noite vai entrar a filha *-* A demi gostou do presente é? ahahahahahaha
da muita agonia o Joe não sair do 'escuro' kjlbasjdbnsjand muita agonia mesmo.
Aaaaiin que lindoooo, Joseph foi mt fofo... Obvio que a Demi gostou do presente, ela viu que joseph se importa rss oown lindo demais.
ResponderExcluirQuantos capitulo sua historia tem ??? Vc tem quantos prontos ?? Ta lindo o capitulo, posta logo
ResponderExcluirOwnt *----*
ResponderExcluirPerfeito, pensei que ia rolar algo a mais nesse cap, to doida para o HOT jemi kkkk
Bjos e postaaaa
quero mais scrrr
ResponderExcluiri need
joseph é um rei.
Oi! Será que poderia dar uma olhada num novo blog que iniciou à dias?
ResponderExcluirhttp://historiasefanficsdeestela.blogspot.pt/
A escritora agradece a sua visita.
Beijos.