segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CAPÍTULO 6 MARATONA

Demi estava tensa demais. O silêncio zangado do pa­trão não ajudava. Sem o contrato para ler ou a necessi­dade de ensinar o caminho de volta, tinha tempo para pensar e duvidar se fazia a coisa certa ao se mudar com Cody para a casa de um estranho... um estranho que pensava que era uma mentirosa.
Sentia-se muito mais vulnerável do que na sala de aula, onde ninguém ouvira a proposta insultuosa de Dan ou suas ameaças de tomar as coisas difíceis se dissesse “não”.
Mas não tinha escolha, aquele fora o único trabalho disponível para o qual tinha alguma qualificação.
— A sra. Findley... Sarah... mora com você?
— Ela passou a última semana comigo, mas esta noite voltará para seu chalé.
— E a governanta?
— Trabalha três dias por semana.
Então Demi e o patrão ficariam sozinhos, exceto pe­los bebês, em uma casa cercada por gramados luxuriantes, um bosque denso, um muro de pedras de dois metros de altura e um portão com controle eletrônico.
Não pense nisto. Nem todo homem rico e bonito é um pervertido que gosta de brincar com pessoas de posi­ção social inferior.
Mas a inquietação não diminuiu. Alguma coisa em Josep Jonas a perturbava.
— Graham se parece com você — ela deixou escapar, no esforço de distrair seus pensamentos.
Jonas a olhou estranhamente espantado.
— Ele ainda não tem nem 1 ano. Não pode saber.
— Claro que posso. Tem seu nariz, queixo e cabelo, e os olhos têm o formato dos seus, embora os dele sejam em tons de cinza. Não percebeu a semelhança?
— Está imaginando coisas.
— Se comparar fotos suas de quando era bebê, verá o que quero dizer.
— Não tenho fotos minhas de quando bebê.
— Provavelmente sua mãe tem.
— Minha mãe está morta.
Você fala demais, Demi.
— Lamento. Então seu pai?
— Fui adotado. Não há fotos.
Famílias adotivas também tiravam fotos. A dele não? Outra coisa estranha.
— Quanto anos tinha quando foi adotado?
— Oito. E o garoto não se parece comigo.
O garoto? Demi não gostou do modo como ele sempre se referia ao filho.
— Sarah disse que Graham tem 11 meses. É grande para a idade. Com quantos meses começou a andar?
— Não sei.
Era evidente que ele não queria conversar.
— Quando é o aniversário dele?
— No mês que vem.
— Bem, isto eu deduzi. Se quiser uma festa, posso ajudar a planejar alguma coisa.
— É tarefa da mãe dele.
— Mas... pensei que a mãe de Graham talvez não esteja de volta na ocasião. — Não podia se imaginar perdendo um aniversário de Cody.
— Estou fazendo tudo o que posso para garantir que ela volte.
O que significaria o fim do emprego de Demi.
— Bem, se não voltar, eu ajudarei. Fazer um ano é um grande acontecimento. Podia filmar a festa, assim ela não sentiria muito a perda.
— Não haverá festa. — Ele parecia um animal rosnando.
Era muito estranho o comportamento da família Jonas.
— Em que horários gostaria de passar algum tempo com Graham?
— Nenhum.
— Não vai se juntar a ele para almoçar ou jantar?
— Preciso trabalhar. A estada dele atrasou muito mi­nha agenda.
Precisar trabalhar. Agenda atrasada. As palavras po­deriam ter saído da história familiar de Demi. Sua mãe, sua irmã e ela haviam feito sozinhas quase todas as refeições, mesmo quando o pai estava em casa, porque de se trancava no escritório para trabalhar. Demi não conseguia imaginar ter um filho e não querer participar do desenvolvimento dele. Fez um esforço para relaxar os músculos da mandíbula, estava começando a ficar com dor de cabeça.

— Compreendo.
                                                                                                                                                           COMENTEM PARA MIM POSTAR LOGO POIS VOU AO CINEMA COM MINHA IRMÃ CAÇULA E O IRMÃO DELA ENTÃO VOU COMEÇAR A POSTAR DE NOVO UMAS 19:00 hr NO MEU RELÓGIO POIS AQUI NÃO TEM HORÁRIO DE VERÃO OK?

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