segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CAPÍTULO 27 MARATONA ULTIMO

Joe a observou com um silêncio fulminante o olhar brilhava e o corpo estava imóvel, mas ainda assim aparentemente relaxado.
- Você acha que não sou capaz, mas eu sou - ela jurou trêmula. - Nós éramos muito felizes juntos e o dinheiro não deve interferir nisso.
- Eu deveria saber o que estava fazendo quando chantageei uma Lovato para tomar nosso casamento verdadeiro. Você aprende rápido...
Demi respirou fundo, nervosa. Ela fez aquilo, o ameaçou como um dia ele a ameaçara de tirar lhe tudo o que ela mais prezava. Mas ela não fazia aquilo com satisfação, sentia-se mal, envergonhada. Com a boca seca, ela perguntou:
- E então, o que você diz?
- Você trouxe as armas pesadas?
Ela ruborizou e seu estômago se revirou.
- Isso não é uma resposta séria.
Joe continuou observando-a.
- É sim. Coerção não funciona comigo. Você acha que o Theo não tentou?
- Então sua resposta é não?
- Eu estou dizendo não?
Ela podia sentir o rosto corar. De repente, ela começou a perder o chão, tinha se metido em uma sinuca de bico. Ela levantou a cabeça, projetou o queixo para frente e sacudiu os ombros como se a resposta dele não significasse nada para ela. Ela virou-se e começou a caminhar em direção à porta.
- Mas se você me pedir para ficar com você de livre e espontânea vontade, acho que podemos chegar a um acordo com facilidade.
Com os olhos lacrimejando, Demi parou onde estava.
- Eu senti sua falta na noite passada - ele acrescentou.
Ela respirou fundo antes de virar-se para encará-lo.
- Sentiu?
- Eu estava acostumado a ser casado.
-. Estava?
O choro estava preso na garganta. Ela saiu das alturas, mergulhou nas profundezas e agora estava na superfície com medo de fazer suposições.
- Eu agi por impulso ontem. Comportei-me como o Theo.
A respiração de Demi estava se normalizando outra vez.
- Eu não o culpo por ter ficado irado.
- Havia duas encomendas esperando por mim quando cheguei ao escritório esta manhã. Eram duas cópias daquele filme.
- Meu Deus, meu avô mandou uma para você também?
- Revendo aquilo, eu recobrei meu senso de humor. Lutei para manter nossa reconciliação em segredo, e foi uma loucura fazer aquilo. Não me ocorreu que estava querendo fazer exatamente o que Theo Lovato queria que eu fizesse - Joe comunicou ironicamente.
- Aquilo sempre foi um obstáculo entre nós.
- Sim, quando eu era jovem. Não mais. Eu gosto de pensar que amadureci. - Havia uma lamentação naquela declaração. - Apesar de ter claramente me sentido infantil na noite passada, quando minha romântica tentativa de surpreender minha mulher com uma visita surpresa culminou com o ataque de um monte de cachorros babões e de alguns seguranças.
Os tranquilos olhos castanhos de Demi se estreitaram de espanto conforme recordou o ocorrido na noite anterior.
- Era você na noite passada?
- Sim, era eu - Joe confirmou.
Ela se moveu e foi na direção dele para colocar as suas mãos sobre as dele.
- Por que não disse que era você?
- Ia estragar a surpresa.
- Eu queria tanto que você viesse - Demi declarou com uma voz instável. - Se eu soubesse que estava lá fora, tão perto de mim...
- Eu tinha uma reunião muito importante hoje pela manhã. Depois pensei em ir até lá e entrar de forma convencional.
- Se eu soubesse disso, não precisaria ter vindo até aqui.
- Mas é um prazer saber que você luta por mim. - Joe declarou, puxando-a com as mãos fortes mais para perto de si.
- Um prazer?
- Tem uma coisa que já deveria ter dito há muito tempo, algo que nunca disse para nenhuma mulher: eu amo você.
Ela ficou de boca aberta.
- Sério?
- Mais do que tudo. Por um momento deixei meu orgulho me dominar e agi por impulso, mas nunca deixei de amá-la e não acredito que poderia deixar.
Ela estava tão tensa que mal podia respirar olhando para ele, esforçando-se para ver a comprovação de suas palavras naquele lindo rosto. Toda a emoção profunda, a afeição e a sinceridade que ela sempre sonhou ver estavam estampadas nos olhos de Joe. Ele a beijou e a paixão que nunca esfriou se reacendeu, desta vez confiante e cheia de afeto que não mais precisava ser escondido.
- Vamos sair daqui - Joe sugeriu emocionado, segurando-a pela mão.
O trânsito estava péssimo, mas isso não os aborreceu, porque estavam muito ocupados se beijando para perceberem.
- Quando você se apaixonou por mim? – ela finalmente perguntou ao afastá-lo para respirar.
- Eu não sei, sinceramente. - Joe gemeu. Para satisfazer sua necessidade de contato físico constante, ele pegou a mão de Demi e lambeu um dedo de cada vez. - Primeiro, nós éramos amigos, mas sempre houve a barreira de não saber o que tinha acontecido de errado entre nós em nossa noite de núpcias, e o sentimento tomou-se platônico.
- Eu deveria ter contado, mas estava tão machucada e constrangida, além de realmente pensar que você tinha ficado bêbado por infelicidade de ter se casado comigo.
- Não, eu não estava totalmente infeliz. De fato, no altar, eu estava tentando suprimir a fantasia sexual de como iria descobrir o luxuriante corpo virgem de minha noiva - Joe confessou, fazendo os olhos de Demi se arregalarem de espanto para, em seguida, rir da expressão dela.
- Às vezes você é tão inocente.
Mas por incrível que pareça, aquela declaração franca foi mais importante do que qualquer outra coisa para dissipar a dor e a insegurança que molestaram seus pensamentos sobre o ocorrido naquele dia durante tanto tempo. Bem, ela realmente se lembrava da maneira como o olhar ardente de Joe passeou pelo decote de seu vestido. Mesmo sentindo-se complexada na época, ela agora estava satisfeita em saber que já naquele tempo o excitava.
- Você ainda é tão sexy - Joe murmurou, agarrando-a com desejo dentro do elevador, enquanto subiam para o apartamento dele. - Sempre fui louco por você.
Joe empurrou a porta do apartamento para abri-la e deu um chute para fechá-la, imprensando Demi contra a porta para beijá-la com sofreguidão.
- Nós precisamos de mais privacidade - ele admitiu a caminho do quarto.
- Não a vila do meu avô, aquele não era um lugar feliz para mim. Eu acho que deveríamos vender aquilo e procurar um outro lugar onde pudéssemos morar quando estivermos por aqui.
Entre beijos e conversas eles se deitaram na cama.
Tirando as roupas de forma frenética, eles fizeram amor compulsivamente, revivendo a força daquela paixão com satisfação e alívio.
Depois, Joe cobriu o rosto dela com as mãos:
- Eu amo você - ele disse intensamente. - Eu amo tanto. Quando pensei que tinha perdido você na noite passada, fiquei aflito. Não consegui dormir. Você significa muito para mim.
- Eu também amo você. Nem acredito que eu nunca tenha dito isso antes.
- Você nunca disse isso. Nosso casamento teve um começo muito infeliz.
- Não olhe para trás - Demi murmurou. Você não estava pronto para esse tipo de compromisso.
- Mas agora estou totalmente comprometido. Quando você pediu o divórcio, foi um sinal de alerta. Fiquei confuso, não sabia qual era o problema comigo, mas então percebi que precisava fazer algo antes que a perdesse. Mas você estava tão determinada... e a ideia do Banco de espermas me destruiu.
Demi passou os dedos pelo peito musculoso dele e sorriu indefesa.
- Eu tenho que admitir que você está muito mais alegre.

- Você esta me deixando muito seguro, Sra. Jonas - Joe censurou com a voz rouca curvando-se sobre ela para beijá-la com uma investida habilidosa.

DAQUI A POUCO POSTO O EPÍLOGO E QUEM SABE OS PERSONAGENS DA PRÓXIMA HISTÓRIA SE NÃO SÓ QUINTA DIA 26.

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