segunda-feira, 11 de novembro de 2013

PRÓLOGO PARTE 1

Joseph Jonas fitava o pai completamente descrente.
- Não está falando sério. Não pode estar falando sério. Temos uma das maiores empresas da Grécia!
Symeon, um homem lindo, com cabelos grisalhos, não estava entusiasmado.
- Arrisquei e não deu certo. Na realidade, foi um desastre. A empresa ultrapassou todos os prazos, o banco está impaciente. Eles me fizeram penhorar tudo o que temos. Se pressionarem agora, perdemos tudo!
Joseph não falou nada. Tudo? Até, mesmo a casa da família? Estava tão irritado que não podia falar. Seu avô, Orestes, ensinou que um homem deve priorizar a honra e a segurança da família. Enquanto ele viveu, a fortuna da família esteve preservada. Mas Symeon Jonas não agia assim. Apesar de ter cerca de 50 anos, ainda estava desesperado para provar que podia gerenciar de forma tão bem-sucedida quanto seu velho pai.
Joseph cerrou os dentes. Não conseguia encarar o pai. Tinha vergonha do forte desprezo que sentia.
Symeon era um bom homem, um bom pai e um bom marido. Era bem querido e respeitado por todos, mas não
era lá muito inteligente, nem bom investidor. Joseph, por outro lado, dedicou seu tempo quando adolescente a lucrativos investimentos na bolsa de valores, ficando milionário antes de terminar a escola. O fato de estar impotente diante do menos inteligente pai representava uma grande punição.
- Serei honesto com você. Esse pode ser nosso pior momento, mas existe escapatória - confessou o velho homem à meia-voz. - Veio de uma fonte surpreendente. Fiquei atônito... entretanto, falei que não poderíamos concordar. Não seria certo...
- O que não seria certo?
O pai dele parecia relutante em encarar seu interrogatório.
- Não posso pedir que se sacrifique dessa forma na sua idade... Tem apenas 22 anos...
- O que isso tem a ver com todo o resto?
- Theo Lovato me procurou e se ofereceu para nos ajudar.
Joseph riu, incrédulo.
- Theo Lovato? Está querendo me animar? Desde quando mantemos essas relações?
- Me parece que podemos investir nessa relação, se quisermos - murmurou Symeon, escolhendo as palavras com extremo cuidado.
- Lovato é frio como um cadáver.
- Em outras circunstâncias, eu também agiria assim. Mas Theo está oferecendo uma conexão familiar, em vez de uma transação meramente comercial.
Joseph ficou imóvel.
- Não pode estar querendo dizer o que penso... Symeon corou.
- O único filho de Theo morreu há dez anos, ele está no terceiro casamento e ainda não teve outro filho.
Ele tem apenas a neta inglesa. Quer que Demetria se case com um rapaz grego que tenha uma boa linhagem, o que não é surpreendente, pois ela é meio inglesa e ilegítima para o acordo. Lovato é um homem antigo e está oferecendo um acordo à moda antiga.
Joseph ficou em silêncio, pois não acreditava no que ouvia.
- Se vocês se casassem e tivessem um filho, o mundo seria seu - Symeon respirou ofegante. Sim, nos salvaria também, mas você é ambicioso, e ela seria o equivalente a uma galinha dos ovos de ouro. Falar de um acordo como este em termos financeiros é frio e vulgar, mas me sinto na obrigação de mostrar-lhe as vantagens.
Joseph fechou os olhos, suas longas pálpebras negras tocaram momentaneamente as bochechas pronunciadas.
Repugnava o fato de o pai ter considerado tal acordo. Demetria, a quem os amigos dele chamavam de Pudim, seria sua esposa? Estava chocado e ultrajado pela sugestão. Mal a conhecia, apesar de ter interferido várias vezes, quando a via ser ignorada e insultada em eventos sociais. Como não era totalmente grega e tinha um jeito ingênuo, tornava-se um belo alvo, sorrindo sempre diante de tudo que falavam a ela. Sua inabilidade em se defender enfurecia Joseph. Ele detestava provocações, e teria feito o mesmo por qualquer criatura indefesa. Mas será que esses atos triviais de boas maneiras levaram à horripilante ideia de oferecer a mão de Demetria em casamento? Ele fechou a cara diante dessa suspeita desanimadora. Quando ele entrava em uma sala, ela ficava toda animada.
Será que Demetria contou ao milionário avô o quanto fantasiava com Joseph Jonas?
- Papai... - A voz agitada da irmã de Joseph, Lucy, cortou o silêncio. - Sei que não deveria estar ouvindo, mas não pode pedir a Joe para casar-se com a neta de Theo Lovato. Ela é uma vaca gorda!
- Como ousa ouvir uma conversa particular? Constrangido, Symeon  respondeu de uma forma colérica que raramente utilizava.
- Mas é verdade. Joseph teria que colocar um saco de papel sobre a cabeça dela. Ela é feia, e ele é tão lindo...
- Saia daqui - Joseph esbravejou com a irmã, interrompendo-a friamente.
O homem mais velho observou a filha retrair-se amedrontada diante da ordem do irmão e soltou um suspiro de arrependimento.
-Eu nunca vi a moça. Se ela for horrível assim, faz sentido o que Lucy diz.
Joseph riu ironicamente. Essa era a única objeção do pai com relação a uma proposta tão mercenária quanto aquela. Isso dizia muito sobre a forma como ele pensava. Mas Joseph perguntava a si mesmo como poderia se esquivar e permitir que algo acontecesse com seus pais e quatro irmãos.
Apesar de ter apenas 22 anos, sentia que sua vida estava apenas começando. Mas não era inocente.
Embora ainda estivesse na universidade, ganhou uma reputação de mulherengo. Era verdade que estava sempre em busca de prazer. Trabalhava muito e aproveitava muito a vida, dificilmente ia dormir sozinho não se comprometia a longo prazo e não era fiel. Mas ainda não podia contemplar a possibilidade de tornar-se um marido, ou pior, um pai. Na realidade, a ideia de ter que prender-se a um compromisso desses para salvar a família o enraivecia profundamente.

Ele também sabia que seu avô, Orestes, daria a própria vida para proteger seus entes mais queridos...

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Se continuarem comentando posto as outras 2 partes do prólogo que na verdade foi divida em 3.

26 comentários:

  1. Aiiiii meo deos vc TEM que postar... sério!

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  2. eeh posta mais, fic ta legal

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  3. amei, amei , amei !!! posta logo

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  4. POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO POSTA LOGO! POSTA LOGO POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO! POSTA LOGO POSTA LOGO!POSTA LOGO! POSTA LOGO!

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