quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CAPÍTULO 13

A limusine percorreu um longo caminho arborizado e parou no topo de uma bela colina. Era a melhor vista da propriedade que ficava no meio de uma área verde em um parque público.
Demi desceu do carro disposta a não se impressionar, mas logo descobriu que estava mortalmente impressionada. Nunca demonstrou muito interesse por casas, mas jamais vira uma casa como Oakmere Abbey antes.
O telefone do carro tocou e ela atendeu.
- Quais foram as primeiras impressões? - Joe perguntou calmamente. .
- Certamente é um belo cenário.
- A reunião atrasou. Por que não vai conhecer a lavoura primeiro? Iremos juntos até a casa.
O motorista a levou Para ver o bem cuidado jardim da fazenda onde o gerente a esperava para fazer uma visita guiada. Só se passara uma semana desde que Joe prometeu encontrar uma casa nova para o abrigo.
Joe finalmente encontrou Demi próximo à cocheira. Com os cabelos castanhos ao vento e uma das mãos enfiada no bolso de uma jaqueta, ela estava sentada sobre um fardo de feno em um galpão aberto, acariciando um cachorro. Animada e sorrindo, estava tremendamente atraente e cheia de vida. No momento em que avistou Joe, seu rosto redondo ficou tenso e o sorriso natural se fechou.
Ele cumprimentou o homem e estendeu a mão para Demi intimamente. O gesto era tão calculado quanto a determinação em fazê-la aceitar as mudanças no relacionamento.
-Vamos ver a casa. Eu disse ao agente que preferiríamos vê-la sozinhos.
Demi pensou se ela já tinha percebido como a simples presença de Joe fazia seu coração disparar. Toda vez que ela via aquele corpo robusto e o belo rosto bronzeado dele alguma coisa se mexia e ardia dentro de si. Ele estava lindo, como sempre foi. De alguma forma, ele também a alegrava, fazendo com que seus olhos ficassem fixos nele. Demi sabia que, se não aprendesse a conter suas reações diante da
beleza e dos olhares dele, ela se humilharia e sofreria desnecessariamente. Largou a mão dele e enfiou a sua dentro do bolso da jaqueta. Resistindo passivamente, lembrou a si mesma: sem contatos físicos desnecessários de qualquer espécie. Tinha que ter cuidado. Se ela lhe desse o mais leve encorajamento ou permitisse a menor intimidade, ele tiraria vantagens. A mente dele estava treinada para tirar proveito dos oponentes fracos e tolos. Veja o que ele estava fazendo com sua paz de espírito! Se ela não tomasse cuidado e o mantivesse longe, em breve ele estaria balançando um chicote na cara dela e estalando os dedos para ela pular.
- Seus pensamentos estão tão longe – Joe disse diretamente. A cordialidade e a franqueza dela tinham desaparecido. Qual era o problema com ela? Seria porque ele a pressionou a dar uma chance ao casamento deles? Ele estava se esforçando, por que ela não fazia o mesmo?
- Tem muita terra, o abrigo só usaria metade disso - Demi comentou. - Uma propriedade deste tamanho deve custar uma fortuna.
- Posso pagar. A localização não poderia ser melhor.
O silêncio que se seguiu era arrepiante. Eles caminharam de volta para a entrada principal. O salão era revestido com um papel de parede alegre o chão era de cerâmica. Joe franziu as sobrancelhas.
- Deve ser muito frio no inverno.
Demi estava admirando a bela lareira de pedra e tinha uma inscrição datada do século XV.
- Muito calor não é saudável - ela retrucou, e se afastou para explorar a enorme sala de estar que a distância parecia muito bonita. - Esta vista é de outro mundo. Isso não existe mais no século XXI.
- As condições oferecidas pela casa são melhores do que eu esperava.
- Suponho que precisaremos arrumar algumas coisas.
- Algumas? - Joe repetiu sem acreditar. - Eu acho que ninguém mexe em nada desde 1920!
-O que é maravilhoso, porque está completamente modesto - Demi lançou um sorriso sonhador na direção dele. - Esta também foi uma casa feliz, posso sentir a energia.
Acrescentando mais um zero à quantia que ele acreditava que iria gastar em Oakmere, Joe percebeu que ela estava sorrindo para ele outra vez, e observou-a discretamente.
- Gostaria de morar aqui?
- Oh, sim - Demi não tinha dúvidas, qualquer que fosse o resultado.
Ela sabia que Oakmere não era o estilo de Joe. Ele estava acostumado ao luxo e seus gostos eram muito modernos. Ele também nunca tinha evidenciado algum gosto por construções históricas ou pela vida no campo. Mas aquela realidade não incomodava Demi nem um pouco. Afinal de contas, aquela seria sua casa, já que tinha a intenção de reivindicá-la como sua parte no divórcio.
Joe reparou como os cílios dela realçavam os olhos castanhos. Ele ficou intensamente satisfeito por ela ter gostado da casa. Ele a observava alisar delicadamente a balaustrada na escadaria como se fosse um ser vivo necessitando de afeição. Era a mulher mais delicada e feminina que já conhecera.
O olhar de preocupação de Demi atraiu a atenção dele.
- No que você está pensando?
Com as bochechas coradas e quentes, ela respondeu:
- Nada importante.
- Aposto que você estava pensando em nós dois... morando aqui.
Apesar de ter se sentido um pouco culpada diante daquela suposição, o sorriso dele fez com que ela sentisse um calor no estômago. Simultaneamente, os pensamentos dela viraram poeira.

- Talvez.
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domingo, 24 de novembro de 2013

CAPÍTULO 12

Demi ficou transfigurada com a foto dela e de Zac no restaurante em Londres estampada no jornal.
- Aquela foto roubada foi publicada? Ela também estava chocada com o que uma foto equivocada poderia causar. – Lá estava ela, aparentemente segurando a mão de Zac, mas suas lágrimas não apareciam.
Ela parecia estar olhando para seu companheiro com grande interesse. Demi parou no meio da frase quando ia explicar a Joe que Zac era verdadeiramente um amigo. Então, ela lembrou-se do livro de anotações com os encontros amorosos de Joe e seu coração endureceu-se como uma pedra. Mantendo a boca bem fechada, ela não disse nada. Então Joe não gostou quando a mesa foi virada?
Joe esperou que ela negasse e se explicasse. Ele sabia que ela não mentiria para ele. Como o silêncio continuou, ele sentiu uma raiva corrosiva e primitiva que fazia com que não conseguisse nem olhar para ela.
- Você tem vinte e quatro horas para tomar uma decisão.
-Vinte e quatro horas?
- Você não entendeu? - Joe se virou lentamente para encará-la. - Mesmo que eu venha lhe ajudar, o Rancho Craighill não será mais sua casa. Você não pode morar aqui.
Demi franziu as sobrancelhas expressando dúvida.
- Mesmo que você venha me ajudar? Mas você disse...
- Pense a respeito - os olhos dele estavam em chamas. - Theo não me deixaria comprar este lugar para você. Ele é muito esperto para se deixar enganar por um comprador falso. Eu tenho que achar um outro lugar para você e seus dependentes viverem.
Demi estava se esforçando para colocar a cabeça em ordem diante das coisas intragáveis que ele estava pronunciando...
- Algum outro lugar? Para todos nós? - ela exclamou. - Mas isso seria impossível.
- Uma tarefa difícil para tão pouco tempo, mas não impossível. Se eu investir dinheiro suficiente e tratar do assunto pessoalmente, consigo. Eu farei isso por você.
Ele estava tão próximo dela que poderia tocá-la.
Ela ficou apavorada com a voracidade dele para realmente fazer aquilo... Ela tinha sofrido muitos choques recentemente, mas no fundo de sua consciência ainda tinha a confortante convicção de que Joe faria um, milagre e resolveria tudo perfeitamente outra vez. No momento, ele lhe dizia que não, que não era possível e que a situação era pior do que ela supunha. Mesmo com a ajuda dele, ela teria que se mudar do Rancho Craighill. A cabeça dela começava a doer, pensamentos sem sentido davam voltas e a confundiam.
Mas um pensamento se mantinha claro como cristal.
- Se você me forçar a ser sua mulher nesses termos, perderá minha confiança para sempre.
- Algumas vezes não temos escolha. Assim como essa é a única escolha que eu tenho para garantir que esse casamento tenha um futuro. Sabe que aceitará minha oferta, porque é a única que você tem.
Demi estava trêmula de ressentimento. Como sempre, ele estava no alvo. Ele era sua única opção e não tinha tempo para perder.
- Tudo bem, o que é pior e difícil de aceitar é o que você possivelmente levaria desse acordo... eu serei sua mulher. - Com dificuldades, suas palavras rendição ricochetearam na língua dela como balas disparadas.
Toda aquela estrutura forte e bela estava zonza outra vez. Joe teve vontade de perguntar se ela estava infectada com algum vírus. Os olhos cerrados estavam fixos nela e ele respirou lentamente.
- Você nunca se arrependerá disso...
- Agora, eu o odeio... é isso mesmo que você queria?
Joe olhou de relance para a porta aberta atrás dela, através da qual ele podia ver o lençol branco e rosa na cama. Seu corpo retesou-se de desejo e apetite sexual, ele sabia exatamente o que queria. Ela não poderia odiá-lo, ele se recusava a aceitar isso. O olhar dele fixou-se por alguns segundos no rosto rebelde dela e depois repousou naquela boca sensual. Em seguida, analisou os seios fartos, onde se prolongou antes de continuar a análise e encarar aquele protuberante quadril abaixo da cintura.
- Não ouse me olhar como se eu estivesse exposta em um açougue - Demi revidou com um misto de fúria e humilhação.
- Você é minha mulher, isso é permitido. Eu também conheço este corpo fantástico que você esconde por baixo dessas roupas. Eu lhe desejo e não me envergonho de admitir isso. - Joe passou o dedo indicador pelo lábio inferior dela e notou que ela tremeu como se estivesse exposta a um vendaval. – Por quanto tempo pretende me fazer esperar?
Demi ficou totalmente vermelha. De certo modo, ela estava relutante em explorar aquele desejo pecaminoso de ouvir dela que Joe poderia ser um contínuo objeto de desejo para ele.
- Pare com isso - ela pediu com firmeza.
- Não consigo.
Demi sentiu a fraqueza crescendo. Ela também o desejava. Desejava de forma indecente. Raiva e aversão invadiam-na como garras vingativas. Demi arrancou o olhar daquele desejo e forçou as pernas bambas a se moverem em direção à porta.
- Começarei a me comportar como sua mulher quando estiver em minha casa nova, não antes disso.
- Está brincando comigo - Joe respirou, incrédulo.
Demi podia sentir uma corrente poderosa lhe varrendo o corpo. Ele realmente lhe provocava desejo, admitiu atordoada. Não conseguia entender, mas a alta tensão do desejo sexual estava evidente nela.
Ele estava acostumado com a satisfação instantânea. A espera poderia ser uma experiência nova e desafiadora:
Joe a examinou com descrédito
- Nós fizemos um acordo.
- Quando você cumprir sua parte no acordo e encontrar um lugar para nós todos vivermos, cumprirei minha parte - Demi declarou.
- Você duvida da minha habilidade para cumprir minhas promessas?
- Não, mas eu estou sendo forçada a isto e não agirei de outra maneira. Não me comportarei como sua mulher até que chegue o momento. Eu nem me sinto casada.
- Mas se sentirá eu lhe garanto - Joe ameaçou.
- Espere para ver.
Chocada com o acordo que, acabara de fazer, Demi continuou no mesmo lugar por algum tempo depois que ele se foi. Finalmente seria a sra. Jonas, anos depois de ter desistido desse sonho. Naquela época, pelo menos, tinha algumas ilusões. Ainda assim, descobrir que Theo Lovato e Joseph Jonas eram muito parecidos deixou-a destruída. Só agora percebia que Joe sempre fora duro e insensível. O que ela aprendeu com aquela dura lição foi que, quando se tratava de conseguir o que queria, Joe era rude e calculista como confirmava sua conhecida reputação.
Talvez Joe precisasse aprender que uma esposa não era tão fácil de controlar como um funcionário.
Ou que ela também poderia lutar e ser tão forte e imparcial como qualquer homem. De fato, se desempenhasse bem o seu papel, Joe talvez ficasse satisfeito em lhe conceder o divórcio antes que ela acabasse com ele.

Ela pretendia brigar com Joe nos bastidores e ele descobriria que ela também sabia jogar baixo e sujo. Se ele podia fazer chantagem, ela poderia usar a sagacidade feminina. Estava disposta a mudar o rumo. Se Joe era infiel, ela deveria contratar o melhor advogado em Londres. E no final de tudo isso, cada animal do abrigo seria capaz de almejar uma vida doce e tranquila.
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Agora as coisas vão esquentar.... Comentem!

CAPÍTULO 11

As belas feições de Joe tinham um ar ameaçador.
Ele observava o jornal aberto sobre sua mesa com a foto de sua mulher de mãos dadas com seu grande amigo, Zac.
- Com relação a quê?
- Estou metida em uma encrenca. Você me faria um empréstimo? Você teria que esticar os pagamentos para uns cem anos - ela avisou, apreensiva.
-Explique.
- Se eu não comprar Craighill, o abrigo será fechado e eu não sei onde os animais irão parar. Eu não tenho o direito de viver lá como sempre pensei. Meu avô está vendendo o rancho sem me avisar - ela contou.
Ele se esticou, e seu sorriso era muito frio. Obrigado, Theo. Animais desabrigados, tudo do que ele precisava como alavanca. Estava no negócio outra vez. Joe ouviu o resto da explicação sem interromper. .
- Certo, posso ir aí amanhã pela manhã, mas será bem cedo.
O helicóptero de Joe pousou às sete horas.
O coração de Demi pulava, enquanto ela observava sua aproximação. Duas noites consecutivas sem dormir a tinham deixado fraca, o que diminuía sua resistência com relação ao olhar provocador dele. Aquele belo rosto bronzeado não sorriu, e isso significava alguma coisa. Ela estava confusa com relação resposta dele diante de seu pedido. A atitude dele mostrava que a ajuda não estava totalmente descartada.
- Quer tomar um café?
- Não, obrigado. Só posso ficar meia hora - Joe informou diretamente, reparando como a camiseta realçava o volume dos seios dela. Ele desviou a atenção das lembranças antes que o seu corpo reagisse. Joe não olhou para ela até que seus ânimos tivessem esfriado.
- Ótimo, bem... você deve ver isso - Demi mostrou a ele a notificação e começou a contar rapidamente o que o agente lhe dissera no dia anterior.
- Você explicou a situação ontem.
- Não entendo como meu próprio avô pôde fazer isso comigo.
- Theo é um péssimo perdedor ... e como eu também faço parte da mesma categoria, seria imprudência minha fazer algum comentário.
Demi se deparou com o olhar de Joe, que estava muito frio e sombrio.
- Você não seria insensível e cruel como ele.
- Vamos lidar com isso como uma transação comercial - Joe sugeriu.
Demi ficou corada e pegou os papéis que tinha passado para ele.
- O banco não me fará um empréstimo.
- Não foi uma boa ideia ter procurando o banco antes de vir a mim.
- Sim, já entendi. Meu advogado presumiu que eu tivesse condições de comprar o rancho.
- Certamente você não tem...
- Mas eu não quero que você me dê o dinheiro - Demi esclareceu. - Quero que você me empreste.
- Você não tem condições de pagar.
- Se você me desse um tempo maior...
- Não - Joe insistiu sem hesitação. - Não farei isso.
Demi estava constrangida. Por várias vezes nesses anos ele lhe ofereceu ajuda financeira.
- Então, o que vai fazer?
- É lamentável - Joe disse secamente. - Deixe-me ser franco: a não ser que você concorde em continuar sendo minha mulher, eu não farei nada.
- Não está falando sério.
- Pretendo pressioná-la a fazer o que desejo - Joe salientou.
- Não, você não iria...
Ele a encarou com um tranquilo desafio.
- O que você faria? Você nunca me desafiou antes. Eu disse que não queria o divórcio.
- Eu sempre pude contar com você - Demi recordou.
- Não desta vez. Nossos interesses estão em conflito.
- E todos os animais? - Demi perguntou incrédula. - Muitos deles já estão muito velhos para serem readaptados.
- Eu sei.
- Você sacrificaria os animais?
- Não, você irá sacrificá-los? Não haverá sacrifícios se continuar sendo minha mulher.
Demi estava começando a lembrar que nunca tinha conseguido comparara imagem do Joe público com o homem que conhecia na intimidade. Ou o homem que ela acreditou ter conhecido e compreendido. Ele estava certo, ela nunca o tinha contrariado. Não até pedir o divórcio que ele não queria dar. Sua reputação cruel nos negócios era lendária. Ele também não era exatamente um gatinho com as outras mulheres de sua vida. Joe tratou-a, assim como as mulheres de sua família, com tolerância, mas além daquele seleto círculo, ele era famoso por ser frio e insensível.
- Se alguma coisa acontecesse aos animais, eu morreria de culpa...
- Então pare de brigar comigo e todos os seus problemas estarão resolvidos. Enquanto for minha mulher, eu cuidarei de você e seus inimigos serão meus.
Ela sentiu um arrepio na nuca. Os olhos dele estavam muito sombrios.
- Posso adiar a ideia do divórcio.
- Não, tudo ou nada...
- Bem, agora não faria a menor diferença eu me divorciar ou não de você, faria? - Demi retribuiu com uma agressividade incomum. - Certamente não terei um filho sem estabilidade financeira. Se eu desistir do divórcio, você ficará satisfeito? Então me empresta o dinheiro?
- Tudo ou nada. Quero minha mulher em minha cama, onde é o lugar dela.
As bochechas dela estavam em chamas, e as mãos cerradas. Ela olhou para ele com uma descrença furiosa.
- Vá para o inferno.
- Sou um cara à moda antiga - ele murmurou com uma frieza insolente. - Eu teria dormido com você há muito tempo se soubesse que a noite de núpcias não tinha se consumado.
- Mesmo assim, era muito tarde.
- Não acho. Já me disseram que eu tenho um memorável poder de persuasão. Se eu não tivesse com medo de ter extrapolado, você não estaria em busca de liberdade. Você é minha mulher e nunca pensei de outra forma.
- Eu nunca serei sua mulher, nunca.
- A decisão é sua - Joe saiu da sala e Demi saiu atrás dele
- Você não pode me deixar desse jeito – ela gritou..
- Eu posso fazer o que bem entender.
- Se você não voltar atrás no que sugeriu, nunca o perdoarei.
- É um risco que estou disposto a correr.
- Eu posso processá-lo e exigir pensão alimentícia, e você será obrigado a me dar auxílio financeiro - ela protestou.
- O processo se move muito devagar. Você não tem tempo.
- Então acha certo me chutar quando eu estou por baixo?
Com o olhar gélido, Joe a analisou com um sorriso inexpressivo.
- Você é a única mulher que eu pedi em casamento. Ouvir você falar do nosso casamento como sendo uma forma de abuso é intolerável. Eu a trato com respeito.
- Não é com respeito que eu estou sendo tratada.
Joe enfiou a mão no bolso e retirou um pedaço de papel e jogou-o em cima da mesa do hall.

- Se você quer ser tratada com respeito, comporte-se como uma esposa!
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oi gente! tá aí mais um,  acabei de perceber que estou 1 hora atrás de de algumas de vocês pois aqui no Ceará não tem horário de verão kkk
então se eu demorar desculpem.   

sábado, 23 de novembro de 2013

CAPÍTULO 10

- Não seja estúpida! – Demi falou a si mesma antes de despertar e fugir para sua vida real.
Ela só parou depois que o bando de jornalistas que a seguia ficou para atrás. Foi um episódio enervante para uma mulher que não estava acostumada com o assédio da mídia.
Pela primeira vez permitiu-se refletir sobre o fato de Joe desejar que ela estivesse grávida para mantê-la junto dele. No fundo, Joe era muito prático - assim como ingênuo. De acordo com o que leu era comum os casais passarem alguns anos tentando um bebê.
Com que embasamento ela achava que não havia chance de ter engravidado com um único episódio?
- Como foi com Joseph? - Zac perguntou, enquanto analisavam o cardápio no restaurante.
Demi tentou dar aquele sorriso alegre usual, mas não conseguiu. Ela se lembrou do desmoronamento do relacionamento com Joe. Pensou no fato de ele estar forçando a manutenção de um casamento que um dia foi um sonho ingênuo e tolo para ela. E no desespero dela quando, sem mais nem menos, lágrimas escorreram por seu rosto.
- Demi... – Zac estava visivelmente constrangido, e pegou na mão dela. – Quer ir embora?
- Não, ficarei bem daqui a pouco, desculpe - ela respondeu com tristeza, enquanto tentava sorrir em meio às lágrimas.
Em algum lugar próximo, um flash disparou. Zac piscou os olhos e soltou a mão dela para gesticular.
- Aquele sujeito tirou uma foto nossa! O que está acontecendo?
- Devo ter sido seguida ao sair do apartamento de Joe. Achei que tinha despistado os repórteres, mas estava errada – Demi esclareceu enxugando os olhos.
- Você deveria ter me avisado. Não sabia que atraía este tipo de atenção quando estava em Londres.
- Geralmente não, mas o boato sobre o divórcio deve ter se espalhado e tudo o que diz respeito à vida particular de Joe é notícia.
No caminho de volta para casa, Zac contou a ela que tinha se inscrito para uma vaga de professor em Londres. Demi só se sentiu à vontade para falar sobre sua difícil situação depois que ele terminou de contar obre seus planos. Parecia que ela estava em uma situação de perdedora. Se ela continuasse com os procedimentos do divórcio contra a vontade de Joe, teria que gastar um dinheiro que não tinha com as despesas processuais. Ela tinha que encontrar uma maneira de mudar a opinião de Joe.
Uma mulher ousada iria ao banco de espermas sem dar satisfações, uma vez que ela já havia pedido o divórcio. Se a subsequente gravidez dela causasse algum constrangimento ou recusa por parte do marido, isso seria inteiramente, culpa dele. Mas ela estava com raiva de Joe e do avô, não queria afrontar nenhum dos dois àquela altura.
Um carro estava estacionado no jardim de sua casa: Um homem desceu do carro e veio até ela.
- Sra. Demetria Jonas?
Demi confirmou.
Ele entregou a ela um documento e voltou para o carro. Ela abriu o documento. Era uma notificação de despejo emitida pela firma de seu avô.
O advogado dela a recebeu na manhã do dia seguinte. Ele analisou a notificação.
- Lamento informar, mas está tudo correto. Sua mãe foi avisada de que isso poderia acontecer a qualquer momento.
- Minha mãe... sabia da existência desse risco? Ela nunca me falou nada sobre isso. Eu sabia que nunca seria proprietária do Rancho Craighill, mas pensei que pudesse viver lá pelo resto de minha vida.
- O rancho pertence a seu avô e ele sempre teve o direito de pedir que você saísse da propriedade para vendê-la. Theo Lovato está reivindicando esse direito agora. É claro que você pode comprar o rancho, isso poria um fim ao problema.
Demi contorceu a boca tentando dar um sorriso indiferente. Ela caminhou de volta para seu carro, arrasada. Demi tinha que se mudar em um mês. Era um péssimo momento para pensar no assunto.
Toda vez que um problema surgia, telefonava para Joe. Ele era seu porto seguro em situações difíceis e seus conselhos e orientações foram de grande valia por várias vezes. Mas não poderia ligar para Joe desta vez, ou poderia?
Não faria sentido contatar seu avô grego que tinha demonstrado sua animosidade com tanta clareza que a deixou horrorizada. Evidentemente, sua decisão de se divorciar de Joe tinha sido a gota d'água. A verdade veio como um choque. Por que seu avô a deixaria continuar vivendo em sua propriedade já que ele a considerava um entulho?
Em menos de um mês, todos os animais do abrigo estariam na rua. Era como se uma bomba tivesse explodido sob seu pequeno mundo e destruído todos os sonhos. E pensar que acreditou que estava financeiramente segura para contemplar uma maternidade sozinha! Só agora percebia que sua liberdade em pagar tanto o aluguel quanto a hipoteca foi a base de sua segurança e que, sem esta vantagem, todos os seus planos iriam por água abaixo.
Demi voltou para o rancho justamente na hora da visita do agente. Quando ele lhe disse que provavelmente a propriedade seria vendida em um mercado aberto, ela ficou consternada. Era uma quantia muito alta para ela. Mesmo assim, marcou uma entrevista no banco para descobrir se havia alguma possibilidade de conseguir o dinheiro. Ela foi informada de que não possuía bens para oferecer como garantia e que não ganhava o suficiente para pagar as prestações. .
O coração dela sangrou e seu orgulho encolheu quando se deu conta de que a única pessoa para quem poderia pedir ajuda era Joe. Antes que perdesse o controle, Demi ligou para ele.
- Preciso lhe encontrar, urgentemente - ela confidenciou. 
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Agora só amanhã!
Comentem!!! 

CAPÍTULO 9

A expressão dele ficou tensa enquanto seus impressionantes olhos assumiam um aspecto sombrio.
. - Não diga isso - ele perdeu o fôlego. - Não tente me insultar com isso.
Demi estava muito angustiada para considerar aquele aviso.
- Talvez você ainda acredite que eu possa representar uma vantagem financeira. Meu avô pode não estar falando comigo nesse momento, mas...
- Expulsei Theo do meu escritório na semana passada. Ele estava enfurecido com seus planos de divorciar-se. Está propenso a acreditar que você telefonou para ele com essas novidades por pura maldade ele me informou que pretende cortá-la do testamento.
- Você o expulsou... oh.
Demi resmungou desconfortavelmente, incapaz de encará-lo. Ela envergonhou-se por ter falado aquilo. Joe era muito orgulhoso e íntegro. Ele nunca teria se casado com ela para salvar suas finanças, mas achou impossível ficar de lado e assistir à falência de sua família. Com relação ao testamento de seu avô, ela não perderia tempo pensando nisso, porque nunca imaginou que alguém que não gostasse dela pudesse
deixá-la alguma coisa. .
- Portanto, você não figura como um lucrativo empreendimento de qualquer forma. De fato, estar casado com você seria pior para os negócios, porque Theo é um homem muito cruel. Joe comunicou com os dentes trincados. - Como você também sabe já se passaram alguns anos desde que eu paguei seu dote com juros. Não devo nada ao Theo e quando ele é grosseiro com relação a você como foi na semana passada, não devo sequer meu precioso tempo. Demi recuou diante da revelação. Defender o nome dela colocou Joe em pé de guerra com o avô.
- Eu sei.. eu concordei com aquilo. Não deveria ter mencionado a história do dinheiro.
- Mas você disse e não esquecerei - Joe jurou. - Eu sei que minha família lucrou com nosso casamento enquanto você e sua mãe, não. Mas você ficou na defensiva com todo meu esforço para reparar aquele saldo. Você se recusou a aceitar uma recompensa.
- Oh, Joe, por favor, não diga mais nada - Demi pediu com uma voz reprimida pela aflição e pelo arrependimento por ter reduzido a relação deles a um nível tão mercenário que ele precisou justificar o próprio comportamento. - Nós nunca tivemos um casamento propriamente dito, por isso não poderia aceitar seu dinheiro. Não seria justo. Você ajudou de outras maneiras.
- Só estou pedindo para você dar uma chance a nosso casamento - Joe persistiu com voz baixa. – O que isso iria lhe custar?
Demi deixou os olhos cor de mel tensos se prolongarem nas feições e formas bronzeadas dele por alguns segundos e, logo em seguida, desviou o olhar mesmo aquela rápida apreciação deixou-a fascinada, assim como ele a tinha fascinado há sete anos. Se ele tivesse a mínima ideia do que aquilo lhe custava, não teria feito aquela pergunta. Ela já tinha sido obcecada por ele. Seria o sangue dos Lovato nas veias dela?
Teria sido por isso que tinha tanta dificuldade em deixar de amá-lo? Mas por ter superestimado aquele amor e direcionado a energia para a amizade e se contentado com isso, ela estava apavorada por expor-se àquela dor outra vez.
- Não posso... simplesmente não posso - ela disse diretamente e, ao olhar para o relógio, começou a andar na direção da porta. - Preciso ir.
- Só está aqui há meia hora.
- Tenho que encontrar o Zac às seis horas, e nós já dissemos tudo o que tínhamos para dizer. Não quero falar as coisas que estou falando para você, isto está me chateando.
Irritado com a simples menção do nome de outro homem, Joe segurou as mãos dela e puxou-a antes que ela saísse pela porta.
- E isso não lhe diz nada? Se você lutar comigo, vai se machucar, e não é isso que eu quero.
- Acho que não sabe o que quer.
- Não sei? Estou me expressando tão mal assim? - Uma luz perigosa brilhou nos olhos dele. Joe colou sua boca sensual na dela.
Ela ficou espantada, não havia nada de sofisticado naquela tática de homem das cavernas. Mas achou aquele ataque ardente tão excitante quanto o modo dominador com que ele a puxou para junto dele. Ela retribuiu o beijo com fervor amargurado, abrindo a boca para a impressionante busca da língua dele. Sua pulsação estava se intensificando. Seu corpo estava contraído, quente e exageradamente sensível. Ela o puxava para mais perto, enterrando-se naquela estrutura forte e musculosa. De repente, veio-lhe a mente uma imagem que cortou toda a aquela paixão. A lembrança de Joe beijando Blanda Morikis no dia do casamento.
Foi nesse momento que ela descobriu que uma aliança no dedo não traria o Joseph Jonas para ela, nem faria com que ele fosse dela do jeito que queria e precisava.
Livrando-se dele, ela esfregou a mão nos lábios como se quisesse negar o gosto dele.
- Não deveria ter feito isso!
Demi cambaleou até o elevador. Estava abalada, mas seu corpo ainda estava aceso pela paixão que Joe tinha despertado, e a dor do desejo fazia com que se desprezasse ainda mais.
Foi um pesadelo quando saiu do prédio e descobriu que era alvo das câmeras e dos jornalistas que faziam perguntas aos berros.
- É verdade que a senhora está se divorciando de Joseph, sra. Jonas?
- Joseph vai se casar com outra pessoa?

- É verdade que seu avô implorou para ele continuar casado com a senhora?
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