terça-feira, 31 de dezembro de 2013

CAPÍTULO 9, 10 E 11 MARATONA

De repente, Cody atravessou correndo uma porta que levava a um banheiro anexo.
— Banho — gritou, excitado. — Ody qué banho.
Demi o seguiu e viu uma enorme banheira, na qual poderia dar banho nos dois meninos ao mesmo tempo.
— Mais tarde, Cody, vamos encontrar primeiro o quarto da mamãe.
Deu-lhe a mão e atravessou um corredor curto, uma pequena sala de estar, com televisão e uma lareira a gás, antes de achar o segundo quarto. Tinha outra cama queen size, um original de Frederick Church acima da cabeceira e a outra parte do monitor de bebê sobre o criado-mudo Encontrou outro banheiro luxuoso e um closet maior do que o quarto em seu apartamento.
O espaço também era lindamente decorado, mas tão estéril quanto um quarto de hotel... embora a arte fosse muito melhor. Ouviu um carro se afastar e, da grande janela que dava para o pátio da frente, viu o Lexus pas­sando pelo portão. A boca secou. Se o patrão fosse um conquistador, logo descobriria. Um som atrás dela a fez pular. Por falar no demônio... Jonas colocou sua mala no quarto e deixou a cesta com as coisas de Cody sobre a cama. A expressão furiosa voltara.
— Onde está o menino?
“O menino” de novo. Aquilo realmente a aborrecia.
— Graham está dormindo, eu o deitei no berço.
— Verifique como está com regularidade.
— Farei isto.
De repente, Jonas pareceu maior, mais largo e mais forte, agora que bloqueava seu caminho e estavam sozinhos na casa, além dos bebês. Ele parecia fazer o espaço encolher, deixando lugar apenas para eles... Demi quase se esqueceu do filho, que observava tudo.
— É naquele quarto que Graham dorme quando vem visitá-lo?
— Não me visita.
Ela piscou.
— Nunca?
— Não.
— Você o vê na casa da mãe dele?
— Srta. Lovato , minha vida pessoal não é da sua conta. — Ele parecia rugir. — Vou deixá-la para que se aco­mode. Alimente-se e dê comida aos garotos quando quiser.
Demi tinha dezenas de perguntas, a mais importante sobre a localização do quarto dele, mas Joseph já estava irritado, e ela teve medo de que entendesse a pergunta como interesse.
— Pode instalar portões para os bebês no alto e no fundo da escadaria?

— Converse com Sarah amanhã de manhã. Ela lidará com isto. Boa noite. — Virou-se abruptamente e saiu.

CAPÍTULO 10
O trio que ocupava sua cozinha fez Joseph parar de re­pente à porta. Era evidente que, em sua casa de quase mil metros quadrados, não conseguia evitar encontros com os hóspedes indesejados. Demi ergueu os olhos da banana que cortava em fatias finas. A última banana. Aquela que ele planejara comer no desjejum.
— Bom dia, sr. Jonas.
Tinha sido uma ótima manhã para Joseph. Até agora. Tomara um longo e satisfatório banho de chuveiro.
Tudo o que precisava antes de se instalar para um pesado dia de trabalho, o primeiro desde a chegada do garoto, era alimento, mas os rostos sujos e gosmentos dos meninos sentados em suas cadeiras altas mataram seu apetite.
— Você se levantou cedo.
— Seu filho acorda cedo.
— Filho de Ashley.
Demi virou a cabeça para o lado, os olhos cheios de perguntas. Seu cabelo se derramava sobre os ombros. Apenas então ele percebeu que não estava penteado... como se tivesse se levantado depressa, sem tempo para escová-lo. E então notou o rosto ruborizado e os sonolentos olhos de um castanho bonito voltados para ele.
— Ashley é a mãe dele?
— Sim.
— Preparei o desjejum dos meninos. Espero que não se importe por não termos esperado por você.
Ela dividiu as finas fatias da fruta entre as duas sujas bandejas das cadeiras altas, beijou barulhentamente a cabeça dos meninos, fazendo-os rir, então foi à pia la­var as mãos. A saia que a cobria até a metade das coxas e a camiseta sem manga mostravam sua figura esguia e longa, os braços e as pernas muito brancos. A aparência de quem acabara de acordar e o leve perfume de madressilva o atraíram e perturbaram. Sinos de alarme to­caram em sua mente.
— Sirva-se do que houver na cozinha.
— Por falar nisto... — Demi se virou para ele, o cheio lábio inferior preso por dentes brancos e bonitos. — Ve­rifiquei a despensa e a geladeira e não há muita coisa.
— Há muita coisa nos armários.
— Não comida para os meninos. Salmão defumado, carnes temperadas para sanduíches, saladas e cogumelos portobello podem ser adequados para você, mas be­bês precisam de alimento de digestão mais fácil. O que Graham gosta de comer?
Ele se pegou observando a boca rosada de Demi se mover, e rapidamente ergueu os olhos para os dela.
— Não sei.
— Ele tem alergia a algum alimento?
A irritação substituiu o interesse indesejado.
— Também não sei. A governanta cuida das compras, faça uma lista e dê a ela. Virá hoje.
Demi franziu a testa.
— Farei isto. Se pretende se juntar a nós pela manhã... e sei que Graham adoraria... posso preparar o desjejum para você também.
Comer com aquela dupla imunda? Não, obrigado. Cada bebê estava coberto de comida até o cabelo. A necessidade de fugir o atravessou, mas seu estômago vazio insistia que precisava ficar até se alimentar.
— Eu mesmo faço meu desjejum. Hoje e todos os dias.
Ele pegou na geladeira o que precisava para fazer um sanduíche e tentou bloquear a voz alegre de Demi conversando com os garotos.
— Onde guarda os brinquedos de Graham?
A pergunta o aborreceu.
— Pergunte a Sarah, ela pode ter comprado alguns na ultima semana.
O silêncio foi interrompido apenas pelos gritinhos das crianças e suas batidas nas bandejas.
— Graham está aqui... legalmente, não está? — Havia medo em sua voz.
Joseph descansou os punhos na bancada. Não precisava de uma mulher histérica chamando a polícia. Não que tivesse alguma coisa a esconder, mas aquilo o atra­saria ainda mais. E pensar em Demi acreditando que teria sequestrado o menino, quando precisara obrigar Ashley a colocar seu nome na certidão de nascimento do garoto, somente para o caso de emergências como aquela, lhe pareceu irônico. Não que algum dia tivesse esperado ser chamado a cumprir aquele dever. Ashley lhe garantira que tinha providenciado cuidados para a criança, mas se enganara. E nenhuma criança com seu sangue terminaria dentro do sistema oficial.
— Sou o guardião legal do menino até a volta da mãe. Sarah tem os documentos se quiser vê-los.
— O que aconteceu com a babá anterior?
— Deixou o menino com a assistência social do governo quando a mãe foi... detida. 
CAPÍTULO 11
Ele não revelou a identidade de Ashley para evitar can­didatas ao emprego mais interessadas na fama de Ashley do que no bem-estar do menino. Havia muitas histó­rias vendidas por empregados sobre os segredos de patrões famosos, e Joseph não queria que aquilo acon­tecesse com ele. Seu relacionamento com Ashley, por mais tenso que fosse, era particular. Notícias sobre ele e ela não seriam boas para sua imagem empresarial e poderiam afetar negativamente seus objetivos para a Jonas Ltda.
Demi demonstrou preocupação.
— Pobre Graham. Podemos ir à casa da mãe dele e pegar algumas coisas?
— Ashley mora em Atlanta.
— Ah. Longe demais. Você se importaria se pegásse­mos alguns itens da cozinha?
A irritação ferveu.
— Não me importo com como vai distrair o menino. Apenas faça isto. E me deixe de fora.
Ela ficou tão pálida que as sardas sobressaíram. E, de repente, ele teve um desejo intenso de comer torrada com açúcar e canela, como sua mãe costumava fazer, mais de 20 anos atrás. Joseph costumava lamber a cane­la... Balançou a cabeça para banir a lembrança. Droga, as sardas da babá pareciam canela espalhada sobre pão branco.
— Sim, senhor.
Sentindo-se como se tivesse acabado de chutar um gatinho, Joseph pegou o prato com o sanduíche, uma garrafa de água e foi para o escritório. Contratara Demi para lidar com questões rotineiras dos cuidados com uma criança. Não precisava dela ou da expressão sonolenta e sexy... não, sexy não... daqueles olhos azuis pela manhã. Olhos que o condenavam. Mas o menino ficaria melhor longe dele.
Ligou a televisão para abafar o barulho que vinha da cozinha e tentou se concentrar no noticiário enquanto comia. Enviara uma equipe para investigar a situação de Ashley, mas de vez em quando ouvia notícias antes de receber um relatório.
Seu sanduíche de pastrami de perú e queijo suíço tinha gosto de papelão. Comera um idêntico no dia anterior e fora delicioso. Melhor verificar o prazo de vali­dade. Mas sabia que tinha sido a babá, e suas perguntas incessantes, que acabara com seu apetite. Afastou o prato com a metade do sanduíche para o lado, suspirou e estalou os dedos. Estava determinado a ter um longo e produtivo dia de trabalho, sem interrupções.

Tá aí os capítulos que não postei hj e como não vou postar amanhã por motivos óbvios .... espero que vocês comemorem muito, festejem, e que todos os planos para 2014 sejam realizados, meu 2013 foi fantástico e espero que o próximo seja melhor ainda FELIZ 2014 pra vocês. Até dia 2 de janeiro!!!!
COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!    

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CAPÍTULO 8 MARATONA

A porta se abriu, e Sarah Findley saiu, parecendo cansada. Segurava a mão de Cody e tinha um Graham de rosto vermelho no colo. Assim que Demi desceu do carro, o filho se libertou e correu para ela. Ergueu os bracinhos e pulou.
— Colo, mamãe, colo.
Demi o tomou nos braços e o apertou. Cheirava a garotinho suado e a sol. A assistente de Jonas passou pelo patrão e entregou Graham a Demi, deixando-a li­dar com dois pequenos e ativos corpinhos.
— Encomendei outro berço e o instalei na suíte de hóspedes, Demi. Também pedi o jantar, está na cozi­nha, e eu vou embora. Há um banho de espuma espe­rando por mim.
Sarah estendeu a mão para o patrão, que lhe entregou as chaves do carro. Era estranho partilharem um só veículo, já que Jonas parecia muito rico. Mas era apenas mais uma coisa que não fazia sentido.
— Importa-se se eu descarregar o carro antes de você partir? — Um traço de humor aquecia a voz de Jonas, e um sorriso torto ergueu-lhe um dos cantos da boca... o primeiro sorriso que Demi vira nele.
Ela prendeu a respiração. Ele era muito atraente quando não bancava o ogro, e os olhos estavam calorosos, não gelados. O afeto, porém, era dirigido apenas à assistente. Nem mesmo olhara para o filho.
— Vou até esperar que ponha minhas malas no porta-malas.
Só então Demi viu as malas no pórtico. A ansiedade da assistente para deixar a casa apenas aumentou sua tensão. O que havia de errado ali?
Sarah se virou para Demi.
— Não lhe mostrei seus aposentos. Por que não vai vê-los agora? No alto da escadaria. Vire à esquerda. O berçário e sua suíte ficam sobre a garagem.
Demi olhou para o patrão, com uma pergunta nos olhos. Ele acenou.
— Levarei suas coisas.
— Eu... Está bem, obrigada.
Ela entrou com os meninos no colo. Graham deitou a cabeça em seu ombro, o polegar na boca. Pobre garotinho cansado. Não fazia ideia de seus horários, mas suspeitava que já passara muito da hora do sono da tar­de. Colocou Cody no chão do vestíbulo.
— Vamos subir, querido.
Cody subiu à frente dela. Demi parou no patamar e viu que não havia portões de segurança para bebês no alto ou no fim da escada. Era um risco de segurança que precisava desaparecer.
Demi dobrou para a esquerda no corredor e viu o primeiro dos quartos sobre a garagem para quatro automóveis. Era lindamente decorado em suaves tons de azul e verde. Uma paisagem marítima original de John Singer Sargent estava pendurada acima da cabeceira da cama. Observou a obra de arte e então percebeu que apenas os dois berços encostados na parede oposta e um monitor sobre a cômoda mostravam que o aposento era um berçário. Não havia brinquedos, e nada da parafernália geralmente associada a bebês. Havia ainda uma caixa de fraldas descartáveis e material para limpeza sobre a cômoda.

Deitou o adormecido Graham em um dos berços, ve­rificou se a fralda estava seca e limpa e o cobriu com um lençol leve, a mente povoada de perguntas. Por que Graham dormia no que era claramente um quarto de hóspedes? Por que a casa não fora preparada para um bebê que já andava? Nenhuma das tomadas estava co­berta. Quem cuidara da criança antes de ela ser contratada? Por que Joseph era tão frio com o filho?

COMENTEM MAIS E AGORA SÓ QUANDO EU CHEGAR EM CASA.  

CAPÍTULO 7 MARATONA

Ele franziu mais a testa ao tom de desaprovação na voz dela.
— Parece que Sarah não explicou bem a situação. Graham é sua responsabilidade até que o trabalho termine. A governanta lhe dará algumas folgas se for ab­solutamente necessário. Espero que esta posição seja de curto prazo. Você está sendo generosamente paga pelo tempo extra. Estou trabalhando com prazos apertados e não quero ser interrompido.
O cabelo da nuca de Demi se arrepiou. Parecia que o pai havia se erguido do túmulo.
— Então não quer passar tempo nenhum com seu filho?
— Não. Algum motivo para o interrogatório, srta. Lovato?
Um aviso para ela recuar.
— Estou tentando compreender o estado emocional de Graham.
— É um bebê, quer apenas alimento, sono e uma fralda limpa. Contratei-a para ser a babá dele, não uma analista.
— Um e o outro têm muito em comum. Como bebês não conseguem verbalizar suas necessidades...
— Apenas mantenha os dois malditos meninos calados e longe de mim. É para isto que está sendo paga. De fato, prefiro nem mesmo saber que vocês três estão na minha casa.
Demi olhou para ele, abismada. Sabia que o emprego era bom demais para ser verdadeiro. Parecia que desco­brira o problema.
— Sim, senhor.
Lamentou ter encontrado um trabalho que desperta­va tantas lembranças ruins. Mas sua solidariedade se voltou para um garotinho que jamais compreenderia por que o pai não queria sua companhia. Estar lá para ele. E a dor... bem, jamais a esqueceria.
Jonas entrou no caminho para a casa, e Demi se calou. Depois que o carro passou os portões, ela observou, pelo espelho lateral, as pesadas portas de metal se fecharem. O coração disparou. Não tinha mais com fugir. Está sendo estúpida, Demi. Se realmente achasse que é um pervertido, jamais teria aceitado o trabalho.

Jonas parou diante da porta da frente da enorme casa de pedra cinzenta. Demi percebeu que as cores frias da casa e a falta de flores no jardim a tornavam ainda mais fria. Como seu dono. Era impressionante e luxuosa, mas monocromática. Verde. Como o dinheiro.

COMENTEM!!!

CAPÍTULO 6 MARATONA

Demi estava tensa demais. O silêncio zangado do pa­trão não ajudava. Sem o contrato para ler ou a necessi­dade de ensinar o caminho de volta, tinha tempo para pensar e duvidar se fazia a coisa certa ao se mudar com Cody para a casa de um estranho... um estranho que pensava que era uma mentirosa.
Sentia-se muito mais vulnerável do que na sala de aula, onde ninguém ouvira a proposta insultuosa de Dan ou suas ameaças de tomar as coisas difíceis se dissesse “não”.
Mas não tinha escolha, aquele fora o único trabalho disponível para o qual tinha alguma qualificação.
— A sra. Findley... Sarah... mora com você?
— Ela passou a última semana comigo, mas esta noite voltará para seu chalé.
— E a governanta?
— Trabalha três dias por semana.
Então Demi e o patrão ficariam sozinhos, exceto pe­los bebês, em uma casa cercada por gramados luxuriantes, um bosque denso, um muro de pedras de dois metros de altura e um portão com controle eletrônico.
Não pense nisto. Nem todo homem rico e bonito é um pervertido que gosta de brincar com pessoas de posi­ção social inferior.
Mas a inquietação não diminuiu. Alguma coisa em Josep Jonas a perturbava.
— Graham se parece com você — ela deixou escapar, no esforço de distrair seus pensamentos.
Jonas a olhou estranhamente espantado.
— Ele ainda não tem nem 1 ano. Não pode saber.
— Claro que posso. Tem seu nariz, queixo e cabelo, e os olhos têm o formato dos seus, embora os dele sejam em tons de cinza. Não percebeu a semelhança?
— Está imaginando coisas.
— Se comparar fotos suas de quando era bebê, verá o que quero dizer.
— Não tenho fotos minhas de quando bebê.
— Provavelmente sua mãe tem.
— Minha mãe está morta.
Você fala demais, Demi.
— Lamento. Então seu pai?
— Fui adotado. Não há fotos.
Famílias adotivas também tiravam fotos. A dele não? Outra coisa estranha.
— Quanto anos tinha quando foi adotado?
— Oito. E o garoto não se parece comigo.
O garoto? Demi não gostou do modo como ele sempre se referia ao filho.
— Sarah disse que Graham tem 11 meses. É grande para a idade. Com quantos meses começou a andar?
— Não sei.
Era evidente que ele não queria conversar.
— Quando é o aniversário dele?
— No mês que vem.
— Bem, isto eu deduzi. Se quiser uma festa, posso ajudar a planejar alguma coisa.
— É tarefa da mãe dele.
— Mas... pensei que a mãe de Graham talvez não esteja de volta na ocasião. — Não podia se imaginar perdendo um aniversário de Cody.
— Estou fazendo tudo o que posso para garantir que ela volte.
O que significaria o fim do emprego de Demi.
— Bem, se não voltar, eu ajudarei. Fazer um ano é um grande acontecimento. Podia filmar a festa, assim ela não sentiria muito a perda.
— Não haverá festa. — Ele parecia um animal rosnando.
Era muito estranho o comportamento da família Jonas.
— Em que horários gostaria de passar algum tempo com Graham?
— Nenhum.
— Não vai se juntar a ele para almoçar ou jantar?
— Preciso trabalhar. A estada dele atrasou muito mi­nha agenda.
Precisar trabalhar. Agenda atrasada. As palavras po­deriam ter saído da história familiar de Demi. Sua mãe, sua irmã e ela haviam feito sozinhas quase todas as refeições, mesmo quando o pai estava em casa, porque de se trancava no escritório para trabalhar. Demi não conseguia imaginar ter um filho e não querer participar do desenvolvimento dele. Fez um esforço para relaxar os músculos da mandíbula, estava começando a ficar com dor de cabeça.

— Compreendo.
                                                                                                                                                           COMENTEM PARA MIM POSTAR LOGO POIS VOU AO CINEMA COM MINHA IRMÃ CAÇULA E O IRMÃO DELA ENTÃO VOU COMEÇAR A POSTAR DE NOVO UMAS 19:00 hr NO MEU RELÓGIO POIS AQUI NÃO TEM HORÁRIO DE VERÃO OK?

domingo, 29 de dezembro de 2013

CAPÍTULO 5 E MARATONA????

 Joseph não acreditara na boa ação de Demi. Ele a leva­ra em casa para pegar suas coisas apenas porque queria que ela começasse logo a cuidar do garoto de Ashley, e estudar de perto a mulher que havia conquistado a con­fiança de sua astuta assistente executiva.
Sarah estava com ele desde a morte súbita do pai, o que obrigara Joseph a tomar as rédeas da empresa sete anos antes, e tinha sido assistente executiva do pai por vinte anos. Ninguém conhecia a empresa mais do que ela, e ele jamais duvidara de sua inteligência. E era uma funcionária valiosa demais, não queria perdê-la... especialmente agora, quando precisava avaliar milhares de candidatos a uma bolsa de estudos e cuidar da agenda lotada da Jonas Ltda. Temia que Sarah se demitis­se se não contratasse Demetria Lovato.
Lançou um olhar à mulher sardenta, com longo cabelo cor de mel e pernas ainda mais longas, sentada no banco do carona. Bonita, mas não a ponto de enlouquecer um ho­mem de luxúria, suas roupas conservadoras não levavam um homem a acreditar que estava à procura de um aman­te. A história dela não convencia. E então havia a forma como estudara seus objetos de arte, como se soubesse o valor de cada peça. A coleção estava no seguro, mas pre­cisava vigiá-la. Seu apartamento quase vazio, a história melodramática sobre o ex-marido e a pilha de contas a pagar indicavam que era uma mulher em grande dificul­dade financeira. Uma mulher desesperada para conseguir alguns dólares. Como fazer propostas para o pai rico de um aluno ou vender quadros roubados.
Sabia que cometera um erro ao contratá-la. Mas en­tão ela ajudara a menina, fazendo parecer que, ao acei­tar suas coisas, a adolescente lhe prestava um favor. Joseph se surpreendera ao ver que a geladeira e o armá­rio estavam praticamente vazios. Nunca vira nada tão pobre desde seu curto período no sistema de adoção.
Apenas depois do comentário de Demi sobre viagens perdidas ao supermercado percebera que a magreza da menina não era uma questão de moda. Claramente pas­sava fome. E Demi lhe dera o pouco que tinha. Certo, ela estaria comendo à sua custa no futuro próximo, mas lidara com a situação delicada com uma sensibilidade que não podia deixar de respeitar.
Joe manteve os olhos na estrada e a mente sintonizada na mulher pálida e silenciosa ao lado. Sarah po­dia acreditar que ter uma mulher com as qualificações de Demi caindo em suas mãos em um momento de tan­to desespero era uma bênção, mas a vida lhe ensinara que se alguma coisa parecia boa demais para ser verda­de, geralmente era.

Sem dúvida alguma, teria que manter os olhos em Demetria Lovato.
                                                                                                      ________________________________
TÁ AÍ MAIS UM HJ COMO PROMETIDO E MAIS UMA COISINHA ESTOU PENSANDO NA POSSIBILIDADE DE MARATONA PRA AMANHÃ, SÓ SE COMENTAREM MUITO, VOU FAZER UMA MINI MARATONA DE 6 CAPÍTULOS QUE TAL?  

CAPÍTULO 4 E DIVULGAÇÃO

Demi embalou as roupas e os poucos brinquedos de Cody, sem se esquecer de seu macaco de pano favorito. Sua vida teria sido muito mais fácil se tivesse dado ouvidos aos pais, que consideravam Lucas um aproveitador e a proibiram de vê-lo. Mas, aos 20 anos, estava maravilhada com a liberdade da vida na faculdade, com as atenções de Lucas, e fora ingênua demais para ver além do que ele queria... seu charme, seu talento musi­cal e os sonhos que tecera para eles.
Aquela cegueira de amor permitiu que Lucas a convencesse a fugir para se casar logo depois da formatura. E, embora seus pais tivessem embalado as coisas dela, deixado as malas na varanda da frente e lhe dito que teria que viver com as consequências de seu comporta­mento impulsivo, quando Demi lhes contara que estava casada, não podia se arrepender de sua decisão.
Se tivesse seguido o conselho dos pais, não teria Cody, que valia qualquer sofrimento ou sacrifício. A lição mais importante que a traição de Lucas e a dureza dos pais lhe ensinaram foi que estava melhor sozinha... apenas ela e Cody. Não precisava de um homem, e Cody era toda a família que queria.
Levou a sacola e o pacote de fraldas para a sala e os empilhou dentro da cesta de brinquedos. Não vira brin­quedo nenhum na casa de Jonas. Mas também não vira o berçário. Jonas fez um gesto em direção à cesta cheia.
— Tudo isto vai?
— Sim.
— Vou levar para o carro e volto para buscar o restante.
— Mas são quatro andares...
— Eu me lembro.
O elevador quebrara. De novo.
— Estarei pronta quando o senhor voltar.
Quando ele saiu, a tensão desapareceu. Pegou a pilha de contas do balcão do desjejum e as guardou na bolsa. Agora tinha um emprego e poderia pagá-las. E, com uma boa referência de Joseph Jonas, talvez pudesse encontrar logo outro emprego quando não tivesse mais esse.
Embalou rapidamente suas roupas e os objetos de toalete na mala velha e a levou para a sala no momento em que soou uma batida na porta. Elle meteu a cabeça pela abertura.
— Conseguiu o emprego?
— Sim, Elle, começo hoje.
Os ombros magros da garota de 13 anos caíram.
— Então não vai precisar de mim como babá?
O lado ruim de um emprego fora de casa era que Demi não poderia mais pagar pelos serviços de Elle, e a família dela precisava do dinheiro.
— Tenho certeza de que precisarei de você quando voltar. É um emprego apenas temporário.
— Vou sentir saudade de você e Cody.
Demi puxou a frágil adolescente para os braços.
— Vamos ter saudade de você também.
Jonas voltou e parou atrás da menina, franzindo a testa diante da cena.
— Pronta?
Demi soltou Elle.
— Quase. Elle, este é o sr. Jonas. Vou cuidar do filho dele, Graham.
Jonas abriu a boca, então fechou, como se estivesse prestes a dizer alguma coisa e então mudou de ideia. A adolescente piscou para afastar as lágrimas.
— P... prazer em conhecê-lo, senhor.
— Elle mora ao lado. Querida, por que não vai verificar na geladeira o que pode estragar? Leve tudo para casa, não deve ser desperdiçado. Ah, e há duas caixas abertas de cereal e um pote de manteiga de amendoim no armário. Pegue tudo, e o pão que está sobre o bal­cão.
Elle fungou e se afastou. Jonas ergueu uma sobrancelha.
— Você alimenta os vizinhos?
Ele fazia aquilo parecer um insulto.
— Ela cuida de Cody quando dou aulas particulares. Sem mim, não receberá dinheiro nenhum.
— Não vai sentir falta de alguns passeios ao shopping center.
— Estou preocupada com os passeios ao supermercado.
A constante ruga na testa de Joseph se aprofundou. Quando Elle voltou com duas sacolas cheias de alimen­tos, ele a estudou da mesma forma desconfortável. Elle lançou um olhar preocupado a Demi.
— Tem certeza de que quer que eu leve tudo isto, Demi?
— Claro que sim. Vai se perder, e você sabe que detesto desperdício.
— Tem um celular? — perguntou Joseph a Demi.
— Não.
Ele pegou um cartão profissional na carteira e algumas notas. Dobrou-as, cobriu-as com o cartão e escre­veu alguma coisa nas costas.
— Cuide do apartamento da Srta. Lovato enquanto ela estiver fora. Pode falar com ela neste número se houver algum problema.
Elle olhou para o dinheiro, então para Demi, que pre­cisou disfarçar a surpresa. Demi acenou para Elle pegar.
— Ficaria muito grata, Elle. Ah. Espere. — Demi cor­reu para a cozinha e voltou com seu pequeno canteiro de ervas que ficava no peitoril da janela. — Leve isto também, vão morrer sem água, e você e sua irmã po­dem fazer experiências na cozinha. E guarde para mim as receitas que criarem.
— Certo, será divertido.
Joseph acenou em direção à cadeira alta de Cody.
— Melhor levar aquilo.
Joe saiu com Elle, carregando o restante da bagagem de Demi. Ela dobrou a cadeira leve, trancou a por­ta e o seguiu. Parou ao lado dele na calçada.
— Aquilo foi bondade sua. Dar dinheiro a Elle e o número do telefone para contato, quero dizer.
— Não foi nada. — Ele fechou o porta-malas do carro.
— O pai está doente e...
— Não quero saber das condições de vida dela. — O tom era incisivo e duro.
— Sim, senhor.

Por um momento, ele parecera humano, quase compassivo. Mas ela devia ter se enganado. Esperava não estar cometendo um erro terrível.

DIVULGANDO:

SIMPATIA EM PESSOA O JOSEPH, NÃO?
POIS É ELE PODE FICAR AINDA MAIS SIMPATICO.
COMENTEM E POSTO OUTRO DAQUI A POUQUINHO. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

CAPÍTULO 02 E 03

— De quanto tempo precisa para fazer as malas e voltar?
Ela calculou o tempo... e o custo das viagens. Fica­ria sem nada.
— Uma hora de trem de ida e outra de volta, e uma hora para fazer as malas. Posso voltar a tempo do jantar de Graham.
— Não tem um carro?
— Não. — Não mais.
— Preciso que comece suas tarefas mais cedo. Vou levá-la de carro.
— Mas...
— Sem “mas”. Quer o emprego ou não quer?
— Quero. Mas, hum... tenho uma pergunta.
— O quê?
— A sra. Findley não disse por quanto tempo precisa­rá de mim, apenas “até que a mãe de Graham volte de um trabalho no exterior”. Não especificou se isto levará semanas ou meses.
— Ela não lhe deu a informação porque não a temos. Este contrato é de final aberto. Você receberá um mês de salário se trabalhar um dia ou trinta e receberá um mês adicional quando o contrato terminar. Se tem problema com isto, então pare de me fazer perder tempo.
— Não. Não, senhor. Eu... está ótimo. — Era melhor do que nada. E explicava por que o salário que oferecia era tão ridiculamente alto.
— Então assine. — Ele jogou diversas páginas e uma caneta para ela.
— Posso ler o contrato primeiro?
— Leia durante a viagem. — Levantou-se, deu a volta na escrivaninha e assomou sobre ela.
Demi deu um passo involuntário para trás. Ele tinha quase dois metros de altura, e seus ombros tinham o dobro da largura dos dela. Um homem poderoso... e não só financeiramente. Do mesmo tipo que a fizera ser demitida.
— Vamos, Sarah cuidará do seu garoto enquanto pe­gamos sua bagagem.
Alarmada, Demi olhou pela janela. Não gostava de deixar Cody com uma estranha perto de tanta água. A propriedade ficava à margem do rio, havia uma grande piscina no pátio e uma banheira de água quente. Era uma grande atração para um garotinho que adorava ba­ter as pernas na água. Mas que escolha tinha?
— Importa-se se antes me despedir de Cody e dizer uma palavra a sra. Findley?
Ele pareceu irritado.
— Seja rápida. Vou pegar o carro, me encontre na porta da frente. Passaremos pelo laboratório para fazer um exame de drogas a caminho de sua casa. Não preci­so lhe dizer que, se o teste for positivo e suas referên­cias forem falsas, será demitida sumariamente. Sem justificativas. Sem pagamentos.
— Sim, senhor. Não tem nada com o que se preocupar. E obrigada, sr. Jonas, por me dar esta oportunidade. — Estendeu a mão, e ele a ignorou. Constrangida, deixou a mão cair.

— Não me faça me arrepender.

CAPÍTULO 3

Demi abriu a porta do apartamento pequeno e modesto e entrou ao lado do homem grande e calado que a seguia. Exceto para lhe dar indicações para o laboratório no qual fizera o teste para drogas, e depois para sua casa, a via­gem transcorreu em silêncio e, para Demi, em desconfor­to. Sentia que ele a desaprovava. E o contrato fora con­fuso. Por que havia uma cláusula de confidencialidade?
Jonas observou, com aqueles olhos cor de avelã pontilhados de ouro e verde, a mobília pobre e escassa: um sofá de segunda mão e um abajur sobre uma mesinha lateral, uma cesta de plástico com os brinquedos de Cody e uma minúscula mesa de cozinha com duas cadeiras e uma cadeira alta de bebê.
— Acabou de se mudar?
— Moro aqui há quase quatro anos.
— Redecoração?
— Não.
Certamente ele não sabia como viviam os menos afortunados. Pelo menos, tudo estava muito limpo.
— Gosta do estilo minimalista?
— Meu ex-marido levou a maior parte da mobília quando partiu — admitiu com relutância. Assim como o carro, sua confiança e sua crença no amor.
— Quando foi isto?
Curioso ele, não? Mas tinha o direito de ser cautelo­so. Demi viveria na casa dele, teria acesso a seus bens. Não precisava de seu diploma em arte para reconhecer as pinturas e esculturas originais, cada uma delas mais valiosa do que um ano de salários dela.
Assim como tinha o direito de temer ficar isolada com um homem estranho, rico e influente. Aprendera da maneira mais difícil, que a riqueza com frequência levava à arrogância, e a arrogância à sensação de po­der. Um poder que fazia quem o possuía incapaz de aceitar um não. Demi deixou a porta para o corredor entreaberta.
— Lucas se mudou enquanto eu estava no hospital dando à luz nosso filho. Isto é importante para meu emprego?
— Sim.
Os olhos de Jonas se entrefecharam. Alguma coi­sa na voz lhe mostrou que Demi ainda não superara a rejeição. Uma coisa era se cansar dela, mas ignorar o filho... Odiava o tal Lucas por isto.
— Ele não lhe disse que ia partir?
— Não. Deixou-me na sala de emergência e disse que iria estacionar o carro. Não voltou, e eu temi... Não sabia que havia se mudado até chegar ao aparta­mento vazio com Cody.
— Pelo quê percebo, seu marido não gostou quando ficou grávida.
— São precisos dois para fazer um bebê, e Cody foi uma surpresa. Lucas e eu éramos recém-casados e pretendíamos esperar alguns anos antes de começar uma família, mas... as coisas acontecem.
— O que ele pensa sobre você morar no emprego?
— Não tem nada a dizer. Não faz mais parte de nossa vida.
— Ainda casados?
— Divorciados. Por favor, sente-se sr. Jonas. Vou fazer as malas.
— Ele paga pensão para o bebê?
— Não.
— Por que não?
— Não sei onde está e, se não nos quer, prefiro não ter ligação nenhuma.
— Há problemas de custódia?
— Ele abriu mão de todos os direitos de pai como parte do acordo de divórcio. — E ela ficara feliz, o que acabara de matar qualquer sentimento que tivera por ele. — Não se preocupe, Lucas não vai aparecer em sua casa e causar problemas. Com licença.
Demi saiu da sala antes que ele fizesse mais pergun­tas. Não queria discutir seu casamento fracassado ou sua falta de capacidade de julgamento de caráter. Se quisesse falar sobre aquilo, precisava apenas telefonar para a mãe e ouvi-la repetir “eu lhe disse”.
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Tá aí 2 capítulos pra compensar o de ontem, se comentarem posso até postar outro mais tarde!!!