domingo, 25 de agosto de 2013

CAPÍTULO 9

Joseph apoiou mão na parede do elevador, ao lado da cabeça de Demi, e a fitou com um olhar intenso.
Por que você quis terminar, se estava tudo bem?
— Eu já disse... Porque sinto que já deu o que tinha que dar. — Pare com essa baboseira, Demetria! Não convence. Diga-me o verdadeiro motivo.
— Esse é o verdadeiro motivo. Joseph estava tão perto que ela podia sentir a sensualidade des­pertando entre ambos, podia ver a sombra escura da barba no rosto dele. Aquele rosto tão querido... Normalmente, quando es­tavam assim tão perto, eles se abraçavam se beijavam... Como ela desejava poder fazer isso! Moldar seu corpo ao de Joseph, sentir a excitação dele...
— É o verdadeiro motivo — repetiu ela, como se assim conseguisse convencer a si mesma também.
—Quer dizer que você acordou hoje de manhã e simplesmen­te decidiu que o nosso relacionamento já deu o que tinha que dar? Assim, sem mais nem menos?
O tom de voz dele era sarcástico. Aquela reação tinha tudo a ver com o ego dele, Demi compreendeu subitamente. Ele não estava aborrecido por perdê-la... Estava contrariado porque foi ela quem havia terminado. Devia ser a primeira mulher que dava o fora em Joseph, em toda a vida dele, e ele não conseguia se conformar com isso.
— Já faz algum tempo que tenho pensado a respeito, na verda­de. — Ela ergueu o queixo e enfrentou o olhar intenso de Joseph. — É tão difícil assim acreditar nisso?
— Levando em conta ontem à noite... Sim, é difícil acreditar. Demi respirou fundo, tentando não enrubescer... E tentando mais ainda não recordar a paixão da noite anterior.
— Foi apenas sexo, Joseph.
— Não, não foi apenas sexo — rebateu ele, falando pausadamente.
— Não?
Demi olhou para ele, confusa. Não sabia o que pensar. Será que ela havia entendido tudo errado? Um raio de esperança fulgurou em seu íntimo.
— Você sabe que não. — Joseph acariciou o rosto dela.
As sensações de amor e desejo que percorreram Demi na­quele instante foram esmagadoras.
— Então, foi o quê? — perguntou ela, quase num sussurro. Ela queria que ele dissesse algo carinhoso, que dissesse ao menos que gostava dela, ainda que não fizesse uma declaração de amor. Se ele dissesse pelo menos uma palavra de ternura, de apreço, ela seria capaz de se atirar nos braços dele. Demi deseja­va tanto fazer isso que chegava a doer.
A mão de Joseph deslizou pelo rosto dela, e o olhar se deteve em sua boca.
— Foi um sexo fantástico.
Demi sentiu como se tivesse despencado de uma grande altura. Ela recuou, desvencilhando-se da mão dele. Será que ela não aprendia nunca? Como podia ainda ser tão tola para esperar que o relacionamento deles significasse alguma coisa para Joseph?
—Não, Joseph! A verdade é que as coisas estavam ficando... monótona  entre nós.
— É mesmo? Eu não tinha notado... Pelo menos não havia nada monótono na maneira como você reagiu ontem.
— Você precisa ficar repetindo isto o tempo todo? — perguntou ela, furiosa.
Bem, é um aspecto relevante — observou Joseph, com uma sobrancelha erguida. — Você não acha?
— Não, não acho. Porque o relacionamento acabou. Não tem mais química, a emoção morreu, pelo menos no que diz respeito a mim.
— Você quer dizer que a atração... Ou seja, o que for... Não existe mais? — Joseph estalou os dedos. — Assim?
— Isso — falou Demi, seca. — Agora quer ligar este elevador, por gentileza?
Joseph ignorou completamente o pedido. — Quer dizer que se eu a beijasse agora, você não sentiria nada? Não sentiria vontade de corresponder?
— Joseph, faça este elevador andar!
Um sorriso zombeteiro curvou os lábios dele. Joseph notou que a respiração de Demi estava acelerada, o rosto afogueado, e que ela parecia um pouco trêmula.
—Joseph... —Ele ergueu a mão.
— Eu sei... Você quer sair daqui.
Demi suspirou aliviada quando ele se virou e apertou um botão, colocando o elevador em movimento.
— Bem, então... Já que está tudo esclarecido... Vamos ao trabalho — disse Joseph, olhando para ela. — Vamos simplesmente esquecer nosso breve... Romance.
Já está esquecido. — Demi tentou falar com tom de indiferença, embora estivesse se sentindo morrer por dentro.
As portas se abriram, e a vontade de Demi era de sair cor­rendo para o estacionamento, mas ela se obrigou a caminhar com dignidade.
—Só mais uma coisa. —A voz de Joseph a fez virar-se, e, com um movimento ágil e inesperado, ele a segurou e a puxou para si.
— Só um último beijo... Apenas para confirmar que estamos tomando a decisão acertada.
— Joseph, eu...
Sua voz foi calada pelos lábios de Joseph. Para sua surpresa, o beijo não foi violento, nem punitivo como o tom de voz dele sugeria. Ao contrário, foi gentil, um suave despertar dos seus sentidos. Ela tentou com todas as forças não corresponder, man­tendo-se imóvel e rígida, com os braços ao lado do corpo. Mas era impossível... Joseph a beijava com tanta ternura, com tanta reverência, que ela sentiu seu corpo começar a ceder, por fim, segurou as lapelas do paletó dele e correspondeu plenamente ao beijo.
— Não foi ruim, considerando-se que a atração e a química acabaram — murmurou ele, sardônico, depois de se afastar.
Demi engoliu em seco, com um misto de tristeza e raiva.
— Você não deveria ter feito isso! — censurou, com voz trêmu­la. — O relacionamento acabou Joseph.
— Claro. — Ele deu de ombros. — Relaxe, Demetria... Sem ressen­timentos. Você tem razão, ia acabar de qualquer maneira, mais cedo ou mais tarde. Foi bom... Valeu.
Demi cruzou os braços. Ela estava sofrendo dolorosamente, mas era fato que, se ela não tivesse terminado, seria uma ques­tão de mais algumas semanas para Joseph acabar tudo. Do jeito que fora, pelo menos ela salvou seu orgulho. Não que isso servisse de grande conforto.
— Até segunda Joseph se despediu com um ar quase de superioridade.
— Até.
Por um momento, Demi ficou observando enquanto ele caminhava em direção ao seu Porsche. Ela sentiu um desejo quase incontrolável de chamá-lo, de correr atrás dele e dizer que tinha mudado de ideia, mas se manteve firme. Após alguns segundos de paralisia, ela procurou a chave do carro dentro da bolsa.
Nenhuma mulher fizera aquilo com ele antes!
Talvez fosse por isso que ele estava tão bravo, refletiu Joseph, mal-humorado, conforme tirava o carro da vaga e manobrava para sair da garagem.
Ele havia percorrido um quarteirão quando seu celular tocou, e ele esticou o braço para atender.
— Olá, sou eu — disse Ashley Greene, com voz calorosa e sensual.
— Olá, Ashley. Tudo bem?
— Tudo bem. Eu estava pensando se nós poderíamos nos encontrar mais tarde para tomar um drinque...
O convite pegou Joseph de surpresa, e ele não respondeu de imediato.
— Não sei se você já tem compromisso, mas achei que não custava nada perguntar — acrescentou Ashley.
— Eu tenho compromisso, sim, Ashley — disse ele, por fim. — Hoje eu não posso.
— Quem sabe outro dia, então? — Ela parecia desconsolada.
— É quem sabe.
Por que ele recusara o convite? Pensou Joseph, depois de desligar. Ashley era uma mulher bonita e provavelmente seria uma boa companhia. E ele não apenas estava livre, como já havia feito reserva no La Luna, imaginando levar Demetria.
Joseph franziu a testa. Normalmente ele não tinha escrúpulos para mudar de um relacionamento para outro, mas, curiosamente, a ideia de jantar com outra mulher que não fosse Demetria... Mesmo uma mulher atraente como Ashley... Não o entusiasmava.
Ele não estava pronto para começar outro relacionamento, refletiu. O que ele queria era Demetria de volta.




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COMENTEM!!!

10 comentários:

  1. Toma Joseph hahahahah. Espero que ele sinta bastante falta dela.

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  2. dança joseph hahaha. POSTA mais

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  3. Posta logo pelo amor de Deus....... Amando esaa fic

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  4. posta+++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  5. posta logo pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  6. ansiosa pelo proximo cap

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  7. é isso aí faz o joe sofrer para conquistar a demi.....mas não deixa a demi sofrer muito pelo joe tá?!posta maissssssssssssssssss!!!!!!!!!!!!

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  8. Aaai que orgulho dessa demétria falta só ela aparecer divando com um boy novo :P oeww por favor posta mais hj!!!!

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