O vento batia no casaco de Demi, e embora a chuva tivesse
estiado um pouco, não havia sinal de que o tempo iria melhorar.
— Venha conosco — convidou Demi.
— Vão vocês duas. Assim podem fazer um programa de
mulheres.
— Por favor, papai — pediu Kelly, sentada no banco do
passageiro.
Demi colocou a mão no braço da menina, interrompendo os
pedidos. Tentava entender a apreensão de Joseph. Fazia cerca de uma semana que
viviam fora das sombras. Mas estar com outras pessoas era um passo que Joseph
ainda hesitava em dar. Por enquanto. Os moradores da cidade não foram
receptivos desde o início e, para eles, Joseph ainda era a fera
escondida no castelo.
Ainda comentavam sobre ele e precisariam de algum tempo para se acostumar.
— Está bem — disse ela. — Não vamos demorar.
— Quero ir — disse ele, baixinho. — Mas não com Kelly por
perto. Não sei o que faria se ela ouvisse os comentários que fazem sobre mim.
— Nem eu — concordou Demi, com os lábios apertados. Ele
segurou o queixo delicado, adorando o modo como estava sempre pronta para
defender Kelly e a ele.
— Quer dizer que não pretende aparecer para outras
pessoas, só para Kelly e para mim?
— Não posso. Ainda não.
— Isto não pode durar para sempre, Joseph. Haverá
reuniões de pais na escola, aulas de balé, festinhas… Vai negar a Kelly e a si
mesmo uma vida normal por causa dos outros?
— Não. Mas preciso de tempo. Ela suspirou, tentando
controlar-se.
— Está bem. Vou tentar entender. — Ela olhou para a
menina que não estava interessada nos adultos e brincava com os botões do
painel, antes de fitar Joseph novamente. — Eu me preocupo com vocês — disse
baixinho, e ele sorriu. — Quero que sejam felizes, e esconder-se não será bom
para Kelly.
— E para você?
— Também.
Joseph respirou fundo. Sabia que isso iria acontecer. Mas
não queria discutir o assunto naquele momento.
— Podemos conversar hoje à noite, está bem?
— Ótimo.
Joseph gostou da determinação que viu nos olhos castanhos,
quando Demi ergueu o queixo, balançando o rabo-de-cavalo. Mas não se arriscaria
a fazer um papel ridículo na rua principal. Quanto ao futuro, pensou, não podia
prever o que aconteceria. Mas tinha certeza de que ela roubara mais do que o
seu coração. E queria que esse sentimento durasse para sempre, sem
interferência do mundo exterior. Tendo ao redor apenas ela, Kelly e Dewey.
— Hoje à noite — disse, inclinando-se para beijá-la.
Kelly riu e Joseph piscou para ela. A menina o aceitou, e
também o relacionamento
com Demi, com toda naturalidade. Eram uma família, Demi era sua namorada, e
todas as manhãs, quando acordava com ela em seus braços, experimentava um
sentimento de paz e
realização que jamais imaginou ser possível. Não deixaria que nada ameaçasse
essa felicidade. Nunca.
— É melhor irem antes que a chuva comece outra vez. —
Mais uma vez beijou a filha, dando a volta no carro junto com Demi.
Ela sentou-se atrás da direção e colocou o cinto,
checando o cinto de Kelly.
— Volte logo — sussurrou, ao beijá-la nos lábios.
— Não vamos demorar mais do que uma hora.
Demi ia buscar ovos e leite, e algumas guloseimas para manter
Kelly entretida durante as próximas chuvas. A mercearia não podia entregar nada
naquele dia, e estava ansiosa para sair um pouco. Não que se cansasse de estar
com Joseph, dormir com ele, fazer amor…
A cada manhã, ia para o próprio quarto, antes de Kelly
acordar, e embora ele tivesse protestado, não queria ver a menina fazendo
perguntas que não poderia responder. Além disso, Joseph nunca disse que
desejava que o relacionamento fosse duradouro. Nem ela poderia insistir,
perguntando se ele queria se casar. Ou mesmo perguntar se a amava ou se via
nela apenas uma amante, que também cuidava bem de Kelly. Era melhor parar de
pensar naquilo, ou ficaria maluca.
Joseph deu um passo para trás e Demi fechou o vidro, dando a
partida. Da primeira vez o motor falhou, mas logo em seguida pegou e ela
afastou-se na direção dos portões. Parecia que estava saindo de um mundo e
entrando em outro. Saindo do castelo e entrando na terra dos súditos, pensou,
sorrindo sozinha.
Olhando pelo retrovisor, viu que Joseph acenava e fez o
mesmo. Então ligou o rádio.
Nos últimos dias, Demi aprendeu muito sobre Joseph. Além
de um amante fantástico, pai carinhoso e atento, era um homem de negócios muito
bem-sucedido. Embora soubesse que tinha algumas empresas de informática, que
dirigia de casa, não imaginava que ele mesmo, tivesse criado os softwares.
Programas de segurança, jogos, antivírus. Não havia nada que não pudesse criar,
decidiu, depois de vê-lo trabalhando. Tinha ganhado uma fortuna, sem sair de
casa.
Estavam entrando no estacionamento do supermercado quando
a música do rádio parou. Demi franziu a testa quando ouviu a interrupção para
uma notícia urgente. A tempestade tropical na costa da Flórida tinha se
transformado num furacão e vinha na direção da ilha.
Joseph afastou a cortina, olhando a escuridão que cobria a
ilha. O vento soprava furiosamente, mas havia pouca chuva. Mas ela viria, e
forte, pensou, imaginando por que Demi ainda não chegado. Já fazia muito tempo
que tinham saído.
Tentara ligar para ela no celular, mas estava na caixa
postal. Como sempre acontecia, pensou, decidindo que realmente os celulares
eram algo que ele não conseguia entender.
Estava impaciente para vê-las em casa, seguras, e já
havia discado o número da polícia, sem resultado. A linha estava ocupada, e com
o furacão a caminho não iriam procurar uma mulher e uma criança perdidas. Sem
pensar duas vezes, Joseph pegou um casaco e saiu, pedindo a Dewey que lhe
emprestasse a picape. Entregando-lhe a chave, Dewey ofereceu-se para acompanhá-lo,
mas Joseph recusou, pedindo-lhe que cuidasse da proteção da casa.
Minutos depois dirigia pela estrada principal, numa
velocidade excessiva, a chuva batendo forte no teto e no pára-brisa. Acendendo
os faróis, tentou enxergar na escuridão. Areia e lama já tinham atolado alguns
carros, e ele imaginou se aquilo teria acontecido com Demi.
Então ele as viu. Aliviado, parou e desceu. Acima do
ruído da chuva e do motor ouviu alguém cantando e aproximou-se da janela.
Demi abaixou o vidro, surpresa.
— Joseph!
O choque no rosto dela revelava que nunca imaginou que
saísse do castelo para resgatá-la. Inclinando-se, beijou-a.
— Graças a Deus!
— Olá, papai.
— Vocês estão bem? — Ele abriu a porta do carro e fechou
o vidro.
— Sim. O motor morreu e parou de vez — explicou ela,
saindo e pegando Kelly. — Tentei ligar do celular, mas a bateria acabou.
Joseph tirou Kelly dos braços dela, ajudando-as a entrar na
picape aquecida, antes de voltar ao carro para pegar os pacotes.
— Puxa, Demi — resmungou, arrumando os pacotes no chão, à
volta dos pés deles. — Precisava de tudo isso?
— Ouvi a notícia sobre o furacão e achei melhor nós
estarmos preparados.
Nós, pensou ele. Será que ela também pensava neles como
uma família?
— Talvez não chegue até aqui, como da última vez. —
Furações eram um pesadelo para quem vivia no litoral, mas eram terríveis para
quem morava na ilha. Era o preço da solidão e da linda paisagem, pensou ele.
Depois de fechar o carro, entrou na picape e olhou para
as duas. Não queria nem pensar no que faria se algo acontecesse a elas. De
repente, Kelly atirou-se em seus braços.
— Eu sabia que viria nos buscar, papai.
Ele abraçou-a, olhando para Demi. O sorriso dela era
cheio de ternura.
— Você saiu de casa por nossa causa. — Demi ainda estava
surpresa.
— Não podia deixar minhas garotas enfrentarem a
tempestade sozinhas.
Ela estendeu a mão, acariciando os cabelos molhados.
Estava orgulhosa dele, mas não precisava dizer. Ele sabia. Tinha dado mais um
passo na direção do mundo exterior.
Segurando a mão dela, Joseph beijou-a carinhosamente.
— Serabi está bem, papai?
Joseph soltou a mão de Demi e sorriu para a filha. Só mesmo uma
criança ficaria tão alheia ao perigo.
— Estava dormindo perto do fogo quando saí — respondeu,
dirigindo para casa.
— Acho que vamos ter uma noite de chocolate quente,
pipocas e desenhos animados — disse Demi, enquanto Kelly batia palmas, sentada
entre os dois adultos.
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Tá acabando gente , alguém perguntou se ainda vai ter HOT , não vai ter capítulo completamente hot, mais Joe estava anos sem mulher nenhuma,então.... bom espero que gostem e comentem.
a cada dia que passa me orgulho mais do meu pequeno jonas. <3
ResponderExcluirTa muito perfeitoooo....
ResponderExcluirSo que eles tem que dizer logo um ao
Outro que se amam!!!!
A kelly eh tão fofa *---* bjoooos e postaaa mais
Ps: nem acredito que ta acabando
God, se eu não tivesse com tanta preguiça faria um comentario decente.. ta lindo como sempre OK????
ResponderExcluirAwwnnnnn que fofo *-* o Joe saiu de casa só para ir atras delas.
ResponderExcluirhaahahhahahahahha Keely é a coisa maiiiiiis fofa do mundo mÔ Deus Kbnljkasbhdlka da vontade de morder.
posta logoo amor <33
Ooownn que fofo, ele foi atras delas, isso sim e amor.
ResponderExcluirJa ta acabado que droga :/
Perfeito postaa logooo
Oiiii criei um blog : http://jemisexysublimeparasempre.blogspot.com.br/
ResponderExcluirdivulga ??
segue lá ?