Os olhares de ambos se encontraram por sobre a mesa da sala de
reuniões e, inexplicavelmente, Demetria sentiu o ar vibrar de eletricidade. Ela
se apressou a desviar os olhos.
— Então, como podem ver — ela tentou se
concentrar em suas anotações —, as cifras são boas. Se não houver nenhuma outra
complicação, a aquisição logo deverá estar completa e a R.J. Records será
nossa.
Um aplauso
ondulou ao redor da longa mesa, e Demetria viu as expressões sorridentes.
Joseph, porém, não estava sorrindo. Continuava olhando para ela, com aquele
brilho nos olhos escuros, como se pudesse ler sua mente. Demetria não gostava
quando ele a olhava daquele jeito. Fazia seu coração acelerar, deixava-a tensa,
desconcentrada.
— Bem... — Ela remexeu nos papéis à sua
frente e se forçou a focar o pensamento na pauta da reunião. — O que nós
precisamos fazer agora...
— O que precisamos fazer agora é terminar
esta reunião — interrompeu Joseph, em tom de comando.
Demetria franziu
a testa e ia dizer a ele que ainda havia alguns itens importantes a discutir,
mas Joseph já estava afastando a cadeira para se levantar.
— Obrigado a todos pela atenção, mas acho
que, com nosso objetivo já à vista, todos nós merecemos sair mais cedo hoje.
Daremos prosseguimento à reunião amanhã de manhã.
Demetria olhou disfarçadamente para o
relógio. Eram 17h30. Não exatamente cedo, em circunstâncias normais, mas
levando em consideração o que todos haviam trabalhado na última semana, era
como se ainda estivessem na metade do dia.
Todos começaram a
relaxar e a imitar o chefe, afastando as cadeiras e levantando-se. Conversas em
voz baixa começaram a soar na sala conforme a tensão dos últimos dias se
dissipava. Todos no escritório haviam estado sob pressão e sobrecarregados de
trabalho com a proposta de aquisição.
Demetria recolheu
a papelada e guardou tudo em sua pasta. Do outro lado da sala, ela avistou
Joseph conversando com Sandy, sua secretária. Ele estava encostado ao peitoril
da ampla janela, emoldurado por uma vista panorâmica de Miami. Mas não era a
bela vista da cidade que atraía a atenção de Demetria. Era a largura dos ombros
sob o terno cinza-chumbo e o jeito casual como ele afastara o paletó para
apoiar uma das mãos no cós da calça, que realçava o corpo atlético e os quadris
estreitos.
Nenhum homem
deveria ter o direito de ser tão bonito e atraente como seu chefe, refletiu
Demetria, distraída. Joseph Jonas tinha 33 anos e quase 1,85m de pura perfeição
masculina. Os cabelos eram grossos e negros, com um corte que deixava alguns
fios sobre o colarinho, e os olhos eram tão escuros e intensos que pareciam
atravessá-la e cortá-la ao meio. Ele era de origem portuguesa, tinha um sotaque
leve e agradável, e uma aparência espetacular. Na verdade, só de olhar para ele
Demetria sentia o estômago se contrair. Mas ela tentava combater isso, e estava
conseguindo, disse a si mesma com firmeza enquanto desviava o olhar. Ao menos
ela conseguia manter uma atitude profissional quando estava perto dele... Mesmo
com o coração batendo feito um tambor enlouquecido dentro do peito.
Um dos colegas de
trabalho de Demetria parou para trocar algumas palavras com ela e, em seguida,
ela se virou para sair. Joseph estava de pé entre ela e a porta, agora. Ela
afastou uma mecha de cabelo do rosto e tentou ignorar o modo como ele a olhava
de cima a baixo, como se avaliasse cada centímetro de seu corpo esguio dentro
da blusa branca e da saia-lápis preta.
— As negociações
parecem estar se encaminhando muito bem, Demetria — disse ele, pausadamente.
— Sim, acho que estamos fazendo um bom
progresso. Joseph assentiu com a cabeça, antes de acrescentar:
— Há somente alguns pontos que eu
gostaria de esclarecer, e um item em particular que eu gostaria de analisar
mais detalhadamente.
Demetria
estreitou os olhos castanhos. Ela havia sido extremamente meticulosa em seus
cálculos... Como ele podia não estar ainda totalmente satisfeito?
— De qual item se trata?
Não se preocupe
com isso agora. Amanhã conversaremos. Havia um leve toque de rispidez no tom de
voz dele, mas Demetria já estava acostumada. Ela assentiu.
— Está bem, chefe.
Ele a fitou com
uma expressão ligeiramente sardônica. Até amanhã, Demetria.
Ela sorriu e se
encaminhou para a porta. O corredor estava mergulhado no silêncio; Demetria
entrou no elevador para voltar à sua sala e pegar a bolsa. Antes que o elevador
parasse no andar, o celular dela tocou.
— E então, na sua
casa ou na minha? — exigiu uma voz masculina arrogante.
A atitude segura
e confiante de seu chefe lhe enviou um calafrio ao longo do corpo.
— Eu... Não sei
se vou ter tempo de ver você hoje — respondeu Demetria, tentando manter a voz
firme. — Tenho coisas a fazer.
— Eu também...
Uma em particular.
Demetria podia
perceber o ar de riso no tom de Joseph, mas também podia sentir o calor do
desejo na voz dele.
— Estarei em seu
apartamento daqui a meia hora.
— Quarenta e
cinco minutos — pediu ela, refletindo que precisava de algum tempo para se
aprontar para ele. — Vou preparar alguma coisa gostosa para o jantar, que tal?
Houve silêncio do
outro lado da linha, quebrado apenas pelo murmúrio distante e abafado da
conversa na sala de reuniões. Não era de admirar que Joseph estivesse surpreso;
Demetria nunca tinha se oferecido para cozinhar para ele antes. Ela própria ficou
surpresa com a iniciativa. Por que havia dito aquilo? O relacionamento deles
era puramente físico... Tudo bem, às vezes Joseph a levava para jantar fora,
mas sempre em algum restaurante chique e impessoal, onde havia pouca
possibilidade de encontrarem alguém conhecido. Uma refeição preparada em casa
era algo um pouco... Aconchegante demais.
— Está bem, mas é
melhor avisá-la de que estou faminto.
As palavras foram
ditas num tom de voz baixo e rouco, e no mesmo instante Demetria o imaginou
chegando a seu apartamento e arrancando suas roupas. Geralmente era isso que
acontecia. O tempo que eles passavam juntos era apaixonado, frenético.
O simples
pensamento fez os sentidos dela vibrarem de antecipação.
— Você está
falando de comida ou de outra coisa? — perguntou ela, rindo.
— De ambas.
Demetria ouviu
alguém falando com Joseph, ao fundo. Preciso desligar — murmurou ele, lacônico.
— Até daqui a pouco.
Demetria desligou
com uma ruga na testa. Por que ela havia se oferecido para cozinhar para
Joseph? Aquilo estava totalmente fora do seu feitio, ela nem mesmo gostava de
tarefas domésticas...
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OIOIOI!
Tá aí o primeiro dessa nova história espero que gostem mais tarde tem mais pelo menos 2
como foi a semana de vocês? a minha foi um verdadeiro terror, começou com meu aniversário, que foi um verdadeiro desastre briguei com meu melhor amigo ele me chamou de estúpida, hipócrita, e eu morrendo de raiva bebi tanto que perdi a noção de tudo, meu namorado ficou louco de raiva de mim, passei uns 3 dias de ressaca cheguei no meu trabalho ainda tonta, foi uma inrresponsabilidade, eu se, assisti o tca mais nem lembro como foi em fim... ainda estou bastante magoada com algumas pessoas, mas bola pra frente.
ai q triste uma boa amizade sempre faz falta.....mas ñ fique assim td passa ate msmo as magoas principalmente entre melhores amigos....isso já aconteceu comigo demorou, mas passou e voltamos a ser amigos....vê se vc se cuida guria ...espero q td volte ao normal com seu namorido .....tô feliz q vc voltou com caps novos ...ameiiiii!!!!! esperando o proximo.....bjs
ResponderExcluirnossa já começou eletrizante !!!!!
ResponderExcluirñ demora p postar o proximo senão vou ter um treco de ansiedade kkkk
ResponderExcluiroba capitulo novo e lindoooooo!!!!
ResponderExcluiraaaa posta mais caps hoje siiim, pleeeas,e beeeijos
ResponderExcluirAi o capitulo ta perfeitooooo, nao se preocupa tudo vai se ajeitar se Deus quiser
ResponderExcluirAdorei :))
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