sábado, 10 de agosto de 2013

CAPÍTULO 30 MARATONA FINAL

Demi serviu o café olhando para Selena Gomez, uma jovem adorável que chegara à ilha com o marido, para passar a lua-de-mel. Não tinha sido uma boa escolha, pensou. Mas pelo menos teriam algo diferente para contar aos filhos. Selena logo começou a ajudar, assim como o marido, um jovem oficial da Marinha chamado Nicholas, servindo café e bebidas, ajustando o vídeo e acalmando a todos. No chão, Kelly brincava com a única criança do grupo, Christhopher Austi, um garotinho de cabelos ruivos. Os pais sentavam-se num sofá próximo, enquanto as crianças coloriam uma revista. Havia mais três pessoas, incluindo os dois policiais, Andrew e Mark, que saíam periodicamente para checar em volta da casa, embora não houvesse, de fato, necessidade, uma vez que a ilha estava deserta e os poucos que haviam restado se encontravam no castelo.
As pessoas se dividiam entre o salão, a sala de jantar e a cozinha.
Com exceção de Joseph.
Era a oportunidade que ele precisava. Tinha aberto a casa para eles, e por certo não zombariam dele. Não na frente de Kelly. Ninguém seria tão insensível.
Mas Demi estava tensa, imaginando por que ele demorava tanto.
— Onde está o sr. Jonas? — perguntou Mark Lindsey, o policial.
Demi deu de ombros.
— Em algum lugar da casa.
— Você já o viu?
— É claro.
— E como ele é?
Kelly ergueu o olhar, fitando os dois.
— Bonito, muito alto — respondeu Demi, aproximando-se e enchendo de café a xícara de Mark. — Tente não ser rude, policial Lindsey. Ele é um homem como qualquer outro. Aliás, um homem que abriu a própria casa para acolhê-los.
Ele corou, tomando um gole do café. Então Kelly largou os lápis de cor e levantou-se, indo até o corredor e depois para a escada. Demi ouviu a voz dela e o sussurro de Joseph. Kelly entrou correndo e parou.
— Aqui está ele — disse, olhando por sobre o ombro. Mas Joseph não apareceu.
Kelly voltou para as sombras e poucos minutos depois retornava, puxando Joseph pela mão e trazendo-o para a claridade. Joseph olhava para a garotinha, tão emocionado com esse gesto que não conseguia falar. Respirou fundo e ergueu a cabeça, deixando que todos vissem o rosto da fera.
Demi deixou a garrafa na mesa e foi até ele, ficando a seu lado e segurando a mão forte. Juntos esperavam a demonstração de horror ou de piedade. Mas nada disso aconteceu.
— Olá, sr. Jonas — disse Mark, aproximando-se devagar. — É um prazer conhecê-lo finalmente. — Os dois apertaram-se as mãos e Mark apresentou o parceiro e todos os outros. Joseph sorriu, imaginando quando começaria. Mas nada aconteceu.
E quando Mark chegou aos recém-casados, esqueceu os nomes.
— Nicholas e Selena Gomez — disse a jovem. Estamos em lua-de-mel.
— Que bela recepção — Joseph disse, e o casal sorriu.
De repente, a grande janela do salão espatifou-se, espalhando vidro à volta deles. Joseph correu, puxando as cortinas sobre a abertura e segurando-as contra a força do vento.
— Mark, na despensa tem martelo, pregos e algumas placas de madeira.
O policial correu, e logo ele e Joseph vedavam a janela, decidindo que seria melhor fazer o mesmo com as outras.
Demi varreu os cacos de vidro, enquanto os policiais afastavam os móveis da janela. Joseph aproximou-se, mas ela recolheu os cacos, levando tudo para a cozinha, sem fitá-lo.
Havia algo errado, pensou, apreensivo. Mas não tinha como ficar sozinho com ela naquele momento. Havia muitas pessoas ali. E não estava sendo fácil para ele ficar no meio delas depois de tanto tempo. Disfarçadamente, escapou para a biblioteca, encontrando Mark no sofá, lendo um livro.
O jovem policial levantou-se, com o rosto muito corado.
— Sinto muito ter entrado sem pedir licença. Mas sua biblioteca é incrível. — Ele fez um gesto na direção das prateleiras.
— Pegue emprestado o que quiser, Mark. De que adianta ter tantos livros, se ninguém aproveita?
Joseph foi até o pequeno bar, serviu uma dose de conhaque e ofereceu-a ao jovem. Mark agradeceu mas recusou, alegando estar em serviço.
Sentando-se na poltrona de couro, atrás da escrivaninha, Joseph lembrou-se da noite em que encontrara Demi ali. Queria que a tempestade acabasse logo, para poder levá-la para a cama.
Ao pensar nisso, mexeu-se na cadeira, desconfortável.
— As pessoas tinham medo de você.
— Eu sei.
— E sem motivo.
Joseph arqueou uma sobrancelha, mas não disse nada.
De repente, Mark afrouxou a gravata e desabotoou a camisa, mostrando as terríveis cicatrizes de queimaduras que lhe cobriam o peito e o ombro, e que mal podiam ser vistas sob o colarinho.
Joseph largou o copo sobre a mesa.
— Estava curioso para saber se eram piores do que as minhas — disse Mark.
— Acho que são iguais — disse Richard, apontando com um gesto a cadeira a sua frente. — Se não se importa de me dizer, como aconteceu?
O jovem policial sentou-se, abotoou a camisa e começou a contar.
— Naquele tempo eu era casado. Tinha terminado a academia militar fazia dois anos e estava servindo em Orangeburg quando fui chamado para ajudar num incêndio. Era num orfanato para crianças com problemas emocionais. Fui o primeiro a chegar e…

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OLÁ! aí está o primeiro capítulo da maratona espero que gostem, mas só postarei o próximo se tiver muitos comentários (estou exigente hoje) , to brincando gente quero sim comentários, acabei de acordar, sei que já é tarde mas a semana foi longa e meu amado me deixou descansar bastante e agora estou aqui postando pra vocês enquanto meus dois amores dormem kkk.
Comentem!
   

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