domingo, 25 de agosto de 2013

CAPÍTULO 7

Demi mordeu o lábio. Como fazer Joseph entender que ela não queria que nada continuasse do jeito que estava? Não que ela quisesse se casar... Já se casara uma vez, e não dera certo. Mas ela queria mais do relacionamento do que Joseph estava disposto a dar. Queria ter uma relação completa, poder estar com ele em todos os momentos, poder ir a festas de mãos da­das com ele, passar as noites com ele, os fins de semana... Enfim, ela queria mais do que apenas diversão. Ela queria o amor de Joseph.
Joseph, é sério. Será melhor para nós dois se terminarmos ago­ra. — insistiu. — Do contrário, as coisas podem ficar complicadas.
— Eu não vejo como. — Ele ainda parecia perplexo. — Nós te­mos o acordo perfeito... Justamente sem complicações. Estamos ambos cientes disso. Qual é o problema, Demi?
O argumento frio e impassível fez o sangue de Demi ferver. Como era possível que um homem tão ardente na cama, que a beijava com tanta ternura e demonstrava tanto carinho, fosse tão diferente quando se tratava de sentimentos? Ainda bem que ela não tinha confessado o real motivo para querer terminar. Ele teria pensado que ela estava enlouquecendo!
E talvez estivesse mesmo. Só uma louca se apaixonaria por um homem que deixa claro desde o início não estar interes­sado em envolvimento nem em comprometer-se. Bem, talvez fosse o caso de ela falar a mesma língua que ele, para fazê-lo entender.
— Joseph, o nosso acordo era de que não haveria cobranças... Apenas sexo.
— E então? — Joseph estreitou os olhos.
— Então, e assim foi, o tempo todo... E agora eu não quero mais. — Demi não acreditava que estava falando aquelas coisas.
— E parece que você está quebrando o nosso acordo me submetendo a esse... A essa pressão póstuma.
— Não seja ridícula, Demetria!
— Oh, me desculpe! Você achou então que as regras do nos­so affair eram apenas para favorecer você? Para a sua conve­niência? — investiu Demi, com a voz carregada de sarcasmo.— Eu pensei que fosse igual para os dois lados. Que tola eu fui...
— Eu só estou perguntando qual é o problema, só isso.
O telefone na mesa de Joseph tocou, mas, em vez de atender, ele pressionou a tecla para falar com a secretária.
— Não me passe nenhuma ligação, Sandy. Estou ocupado — falou, impaciente, e imediatamente o telefone parou de tocar.
O fato de que ele tinha a opção de ignorar os telefonemas irritou Demi ainda mais. Ela notou também que ele estava um tanto transtornado.
Ótimo, pensou, com raiva. Ele que provasse um pouco do próprio veneno, ele que já fizera tantas mulheres sofrerem, desprezando-as da noite para o dia. Joseph Jonas era arrogante demais, estava na hora de alguém virar a mesa e fazê-lo ver que as coisas não podiam ser sempre do jeito que ele queria.
Com esse pensamento, Demi pegou sua pasta e se levantou.
— Aonde você vai? — exigiu Joseph, com uma ruga na testa.
— Você esqueceu que temos uma reunião agora?
— Claro que não esqueci! — Ele a fuzilou com os olhos. — Mas a reunião pode esperar.
— Acho que não, Joseph. O trabalho vem sempre em primeiro lugar... Não é?
Com um sorriso no rosto, ela se virou e saiu do escritório de Joseph. Mas assim que pisou no corredor acarpetado que levava aos elevadores, a máscara de coragem começou a se desfazer. Ela não conseguia acreditar que havia terminado com Joseph... E muito menos que tinha feito isso com tamanha frieza!
Nos últimos meses, ela se sentira nas nuvens, e fora graças a Joseph. Ele a fizera se sentir incrivelmente feliz, iluminara a sua vida. Dera a ela um objetivo, motivação... E agora estava tudo acabado!
O que ela havia feito, pelo amor de Deus?!
Demi engoliu em seco com dificuldade, dizendo a si mesma que tinha feito à coisa certa.
As portas do elevador se abriram, e ela saiu em direção à sala de reuniões. O recinto estava lotado de pessoas, preenchido pelo murmúrio de vozes. A maioria dos diretores já estava presente, mas ninguém ainda havia se sentado.
Um dos contadores se aproximou enquanto Demi se dirigia ao seu lugar na mesa.
Ah, Demetria, queria lhe perguntar sobre as vendas da R.J. No mercado europeu...
Ela se forçou a se concentrar e, curiosamente, o assunto de trabalho a ajudou a relaxar. Pouco a pouco, seu coração foi voltando ao ritmo normal. Mas isso foi até ela erguer o rosto e ver que Joseph já estava na sala.
Felizmente, ele estava de costas para ela, conversando com um dos diretores. Algumas pessoas começaram a se sentar. Miley es­tava reabastecendo os bules de café, a um canto da sala. Faltavam poucos minutos para a reunião começar.
Acalme-se, ela disse para si mesma. É apenas mais uma reunião, como tantas outras. Esqueça que Joseph Jonas existe.
Com movimentos rápidos e eficientes, ela tirou os papéis da pasta e começou a se preparar.
— Quando todos estiverem prontos... Podemos começar.
O tom de voz impaciente e cortante de Joseph interrompeu o burburinho, e todos se sentaram.
Era chegada a hora de Demi retomar do ponto onde havia parado na véspera, fazendo um relatório completo da RJ. Records e dos planos para seu desenvolvimento após a aquisição.
Joseph ficou observando enquanto ela se levantava. A atitude dela era de segurança e compostura. Ele não conseguia acreditar que ela havia acabado de terminar com ele. Estava tudo indo tão bem... O que a teria levado a querer terminar? Que história ridí­cula era aquela de que não estava dando certo, que era melhor que permanecessem amigos?
Ele sacudiu a caneta entre os dedos, tentando ignorar o fato de que dissera praticamente essas mesmas palavras para outras mulheres no passado.
Mas era diferente... O relacionamento com Demi estava no auge... E ela sabia disso. Ambos sabiam. Por que terminar?
Com dificuldade, Joseph tentou afastar esses pensamentos e concentrar-se na reunião. Ele nunca permitira que o relaciona­mento com uma mulher afetasse seu trabalho, e não iria come­çar agora. Afinal, existiam outras mulheres no mundo.
Os olhares de ambos se encontraram por um segundo. Ela tinha olhos lindos, castanhos, com cílios espessos e longos. Ele não queria outra mulher, percebeu contrafeito; ele queria Demetria.
Será que ela estava saindo com alguém? A pergunta surgiu na mente de Joseph, de repente. Era uma possibilidade. Aquela gravata que ele havia encontrado na cozinha do apartamento dela... Demi dissera que era um presente de aniversário para alguém... Na ocasião, ele esquecera o assunto, mas agora...
Uma desagradável sensação de traição percorreu Joseph. Contrariado consigo mesmo, ele sacudiu de leve a cabeça. Não era do seu feitio sentir ciúmes.
Talvez Demi tivesse razão. Raramente ele deixava que um relacionamento durasse mais de seis meses, porque achava que depois disso as coisas começavam há ficar um pouco... Pesadas. Será que era isso que estava preocupando Demi? O problema era que fora ela quem tomara a iniciativa de terminar. E Joseph não gostava nem um pouco disso.




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Comentem bastante que já posto outro!!!

9 comentários:

  1. Omg.... Serio as suas fics sao as melhores sem sombra de duvida... Pelo amor de Deus posta muitos post hj...

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  2. posta maisss
    não para plmdds

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  3. Joseph sentindo na pele a rejeição!! Demétria divou :)) ahhhhh amando essa fic :D posta logo"!!

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  4. aa muito demais posta logo

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  5. joe se ferro agora vai ver oque e bom rejeição total

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  6. lindo...... esse jogo de gato e rato é fascinante .....dá uma certa apimentada na historia espero q joe sinta muitos ciumes kkkkk

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