quarta-feira, 21 de agosto de 2013

CAPÍTULO 5

O toque agudo do celular de Joseph quebrou a magia do momento. Demi precisou se conter para não gemer alto e pedir a ele que ignorasse que não atendesse. Mas ela tinha bom senso suficiente para não fazer isso. O trabalho sempre vinha em pri­meiro lugar, para Joseph.
Como ela previra que aconteceria, ele se virou, estendeu o bra­ço para pegar o celular no criado-mudo e atendeu de imediato.
— Alô... Olá, Ashley... Como vão as coisas? — Em questão de segundos ele já tinha se afastado completamente de Demi e estava sentado na cama.
— Você pegou esses dados com Drew? Ótimo. Está na mira, então?
Demi se recostou nos travesseiros, observando-o. Ela nunca deixava de se surpreender com a rapidez com que Joseph conse­guia mudar do estado de espírito sensual para a praticidade dos negócios.
Ashley era a chefe do departamento de contabilidade e pas­sara a última semana no escritório de Nova York. De repente, Demi sentiu um ciúme absurdo e descabido de Ashley, não que ela desconfiasse que pudesse existir algo entre Joseph e a con­tadora, mas porque, de certa maneira, Ashley parecia ser mais importante que ela para Joseph.
Irritada, ela tentou se livrar daqueles pensamentos, mas não conseguiu, principalmente quando Joseph se virou para ela e disse:
— Desculpe Demetria, mas eu preciso ir. Tenho trabalho me es­perando em casa, para o escritório de Nova York.
Ela fez um esforço supremo para não demonstrar sua contrariedade. Lá se iam por água abaixo, os planos de uma noite romântica e um piquenique na cama.
— Está certo... — respondeu, com tom de voz neutro. — Quer que eu prepare um café enquanto você toma banho?
— Seria ótimo, obrigado.
Demi vestiu o penhoar e foi para a cozinha. Ela não estava com a menor vontade de tomar café, muito menos de prepará-lo, mas sentia que precisava mostrar a Joseph que não ficava zangada por ele desistir do piquenique na cama e de sua companhia para ir tratar de negócios.
Aquela história de querer combater seu sentimento por Joseph estava acabando com ela. Quando seu casamento acabou, Demi havia jurado para si mesma que nunca mais permi­tiria que outro homem a fizesse sofrer. Com determinação, ela conseguira deixar o passado e se tornara independente, autossuficiente. Se ela sucumbisse àqueles sentimentos por Joseph, estaria não só quebrando as regras dele como as suas próprias. Seria um retrocesso. De alguma maneira, ela teria de dar um jeito de dominar suas emoções.
Quando Demi voltou para o quarto, Joseph estava saindo do banheiro da suíte. Com uma toalha amarrada na cintura, parecia um deus grego, a personificação da perfeição masculina.
Bastou vê-lo sorrir que Demi sentiu sua determinação vaci­lar. Tentando ignorar a sensação, ela colocou a bandeja com o café sobre o criado-mudo. Obrigado.
Ele se sentou na beirada da cama, e ela notou como os cabelos úmidos dele estavam puxados para trás, salientando os traços do rosto. Ela queria estender a mão e acariciá-lo, mas se conteve.
Então o olhar de Joseph recaiu sobre o convite que ela havia deixado em cima do criado-mudo.
— O que é isto? — perguntou ele casualmente, pegando o envelope.
— É o convite para o casamento de Miley. Ela me deu hoje.
— Miley? — Joseph franziu a testa.
— Minha secretária — Demi o lembrou. — Miley, você sabe quem é...
— Ah, sim! Miley. Aquela menina bonitinha, com cabelo loi­ro curto.
— Ela mesma — assentiu Demi.
Conseguia entender que Joseph não conhecesse todos os funcionários. Afinal, era uma empresa enorme, e não era a única que ele tinha.
Joseph olhou para o envelope.
— Demetria e Cia.? Isso significa que você pode levar quem qui­ser? Quem você vai levar?
Ela deu de ombros.
— Não sei ainda.
— Seria interessante se pudéssemos ir juntos.
As palavras foram ditas em tom de indiferença. Claro que seria interessante, pensou Demi, seria maravilhoso. Ela olhou para Joseph.
— Sim, mas precisamos manter nosso relacionamento em segredo, principalmente do pessoal do escritório. Miley poderia achar estranho se aparecêssemos juntos.
— É eu sei. — Ele riu. — Esse é o problema. Não queremos que nosso segredo seja revelado, não é?
— É... Não queremos. — Demi se forçou a sorrir.
— É mais excitante assim, não é? Mais divertido — acrescentou Joseph, com um sorriso provocante.
— É. — Demi respirou fundo e decidiu testar o terreno: — E, afinal, o nosso relacionamento nem é sério...
Joseph assentiu.
— Tem razão, Demi. Vamos deixar as coisas como estão, é melhor assim.
Joseph recolocou o convite sobre o criado-mudo. De repente, Demi sentiu vontade de gritar: "Não, não é me­lhor assim, coisa nenhuma!" Mas, com grande esforço, ela se conteve. Não tinha o direito de se aborrecer com Joseph por causa disso, afinal, ela havia concordado desde o início que não have­ria envolvimento nem compromisso. Não fazia sentido reclamar e cobrar, agora. O problema era que, quanto mais pensava a res­peito, mais contrariada ela se sentia. A verdade era que queria ter envolvimento e compromisso com Joseph. Mas claro que não seria tola para dizer isso a ele.
E então, quem você vai levar ao casamento? Demi encolheu os ombros.
— Não tenho que necessariamente levar alguém. Posso ir sozinha.
— Ótimo. Prefiro assim. O comentário de Joseph, dito em tom de voz autoritário fez o sangue dela ferver.
— Ah, é mesmo? - Ela o fitou com uma sobrancelha arqueada. — E por que você haveria de preferir alguma coisa, nesta questão?
Joseph colocou a xícara sobre o criado-mudo e se virou para abraçar Demi.
— Porque você me pertence, Srta. Lovato — murmurou ele, acariciando toda a extensão do corpo dela e beijando-a.
— Eu não pertenço a ninguém — protestou Demi, contra os lábios dele. — Eu só pertenço a mim mesma.
Joseph disse alguma coisa em português, que soou bastante provocante, e a forçou a deitar-se, estirando-se sobre ela.
— O que você disse?
— Eu disse que isso nós veremos, gatinha — respondeu ele, segurando-lhe os dois pulsos acima da cabeça com a mão.
Ele a fitou intensamente, e Demi adorou a sensação de intimidade e sensualidade que de repente vibrou entre eles.
— Você é tão linda... — sussurrou ele com voz rouca. Em seguida, inclinou a cabeça e a beijou com desejo.
Demi correspondeu com ardor, e todo pensamento racional desapareceu de sua mente.
Joseph soltou os pulsos dela, e os dedos de ambos se entrelaçaram. A intimidade entre eles era tão terna, tão doce e calorosa, que Demi não conseguia entender muito bem como era possível que aquilo não significasse nada. Desde que conhecera Joseph, ela parecia mais viva, revigorada. Nem mesmo seu ma­rido a fizera se sentir assim! Como era possível que aquilo não tivesse um significado?
Joseph tinha uma habilidade de mestre na cama, e conseguia levar Demi às alturas em questão de poucos minutos. Quando atingiu o clímax, ela gritou e se agarrou a ele com força.
Ele observou Demi adormecer em seus braços. Cada vez mais ela despertava em seu íntimo um sentimento possessivo, e isso o intrigava. Ele admirava aquela mulher, sexy e provocante num momento, e eficiente e profissional no seguinte.
Demi era uma enigmática combinação de força e fragili­dade. Na primeira vez que eles saíram juntos para jantar, ela lhe contou que era divorciada. Mencionou o fato de passagem, mas ele havia notado a expressão de seu olhar e como ela rapi­damente tratou de retornar à segurança do assunto de trabalho. Será que ela era tão forte emocionalmente quanto parecia, ou se escondia atrás de uma fachada protetora?
Joseph franziu a testa ao dar-se conta de que estava analisando Demi. Que diferença fazia para ele o que a motivava ou não? Sua relação com ela era apenas um caso passageiro, sem consequências. Eles se divertiam juntos, tinham o mesmo senso de humor. Demi possuía um espírito livre, assim com ele, e isso era bastante conveniente, em todos os aspectos.
Ele olhou para o relógio, subitamente impaciente. Não podia perder suas prioridades de vista. Tinha que voltar para casa, telefonar para Ashley e checar os detalhes daquele contrato para o escritório de Nova York.
Cuidadosamente, ele retirou o braço e se afastou de Demi, tentando não a acordar, ele saiu da cama. Ela se mexeu de leve e virou a cabeça no travesseiro, mas sem abrir os olhos. Joseph se vestiu sem fazer barulho, e estava olhando em volta, à procura de uma caneta para escrever um bilhete, quando Demi acordou.
— Você já está vestido... — Ela puxou o lençol para cobrir-se enquanto se levantava.
— Desculpe, eu não quis acordá-la.
— Sem problema... Você precisa mesmo ir? Não quer comer alguma coisa antes?
— Eu gostaria, mas não posso. Preciso ir para casa e checar os detalhes daquele contrato com Ashley.
— Sim, claro.
Demi suspirou disfarçadamente e se repreendeu por ter insistido. Como se ela não conhecesse Joseph... Só porque ele havia feito amor com ela de novo, não significava que tivesse mudado de ideia sobre ir embora. E afinal, era isso mesmo que acontecia, toda vez... Num momento ele estava aconche­gado a ela na cama e no outro, afobado para ir resolver alguma questão de trabalho. E toda vez Demi dizia para si mesma que estava tudo bem, mas toda vez sabia que não. Ela não aguenta­va mais. Não iria mais tolerar aquela situação, não era aquilo que queria.
Foi com dificuldade que ela permaneceu calma. Aquele não era o momento de confrontar Joseph.
— Fica para a próxima — murmurou, tentando impor à voz um tom bem-humorado.
— Isso.
Joseph percorreu os olhos vagarosamente ao longo de Demi. Ele achava divertido ela segurar o lençol sobre o corpo com tanta força. Com se ele já não tivesse visto tudo que havia para ver...
— Que tal jantarmos juntos amanhã? — sugeriu, enquanto do­brava a gravata.
— Eu... Amanhã eu não posso. Já tenho compromisso. Joseph olhou para ela, surpreso com a recusa.
— E mais tarde, então? Você poderia ir para a minha casa, depois do compromisso. Aí poderemos continuar de onde paramos...
Demi apertou os lábios, tentando se controlar. Tudo que importava para Joseph era sexo, cama! Ela conseguiu não demonstrar a irritação que sentia, mas quando falou, foi com mais frieza do que gostaria:
— É que eu vou encontrar as meninas amanhã. Não sei a que horas ficarei livre.
Era mentira. Ela não tinha combinado nada para o dia seguinte com as amigas, mas se recusava a ficar disponível para quando Joseph bem entendesse.
Ele não deu sinal de ter notado seu tom de voz glacial.
— Está certo, vamos deixar para o fim de semana, então. Demi não respondeu.
—Amanhã nos veremos no escritório.
— Logo cedo — retrucou ela, agora num tom de voz que mesclava bom humor e provocação.
— Tchau, Demi.
— Tchau.
Ela voltou a se deitar depois que Joseph saiu e fechou a porta da frente, deixando para trás apenas o silêncio. O relacionamen­to deles era puramente físico, nunca haveria mais nada, além disto. Ou ela aceitava essa realidade, ou terminava tudo já.
Demi mordeu o lábio. Por mais que quisesse aceitar sua re­lação com Joseph do jeito que era, ela sabia que não conseguiria. Seu verdadeiro sentimento por ele não permitia. No dia seguin­te, falaria com ele e terminaria tudo.

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OI!
não deu pra postar ontem, então eu estava pensando em parar de postar de vez, o que acham?
 agora falando do capítulo será que Demi vai mesmo terminar com ele???? 

ps: brincadeira gente, tô pensando nisso não, comentem para o próximo. Até logo!!!  

9 comentários:

  1. AAAA posta logooo, posta mais um hoje Fê, quer me matar de susto falando que quer parar de vez kkk ta lindo bjs

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  2. Seria legal se a Demi termina-se com ele, assim ele ficará triste e voltaria com ela querendo algo mais sério hahaah.

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  3. Adorando essa nova história... Joe tem alguma coisa com Ashley?
    Mil desculpas por não estar comentando, eu ando sem tempo pra tudo.
    Posta logo xará!
    Bjssss.....

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  4. depois da parte de parar de postar de vez eu já tava chorando, não me mata assim kkkkk to amando, você é uma otima escritora.. posta logo
    bjo, ane

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  5. NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! foi o grito q eu dei qdo li seu comentário final ....q isso ñ me assuste assim nunca mais senão te abandono e ñ volto +



    ps : kkkk viu só como é levar um susto guria ....mas como vc ñ vai parar tb ñ vou t abandonar

    o cap tá lindo ...história incrivel vc consegue fazer a gente viajar na sua historia e sentir tdas as emoções contidas nelas bjs

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  6. Vc gosta de nos assustar, só pode. Termina o capitulo vom a demi querendo terminar esse "romance" com o joe, e dá um susto desses falando que vai parar de postar. Eu dei que o nosso tempo é corrido, pq para mim é tão ruim quantp para vc, ando sem tempo por este motivo ñ estou comentado com tanta frequencia. Mas pode cobtinuar postando spre que possivel

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  7. por favor posta logo
    esta e a minha blog vejam http://uma-novo-mundo-llc.blogspot.com.br/

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