domingo, 18 de agosto de 2013

CAPÍTULO 2

As portas do elevador se abriram, e Demetria caminhou até sua sala. Era um recinto extraordinário, com uma antessala parti­cular e uma vista esplendorosa da costa de Miami nas amplas janelas atrás da escrivaninha, o mar turquesa resplandecendo como uma joia no sol de setembro.
Quando a Jonas Records propusera a Demetria uma transfe­rência para Miami, um ano e meio antes, ela agarrara a opor­tunidade com unhas e dentes, encantada com a possibilidade de sair de Londres, deixar para trás as lembranças dolorosas e recomeçar a vida.
Nos Estados Unidos, ela se dedicara de corpo e alma ao tra­balho, e o esforço fora recompensador. Um ano depois ela foi promovida a gerente de contratos, uma façanha incomum para alguém com apenas 30 anos de idade. A Jonas Records era uma empresa de porte, e, para alcançar o posto de gerente de contratos, Demetria tivera de ultrapassar os próprios limites, en­frentando reuniões importantes e difíceis, fingindo ser a segura, racional, invencível e perfeccionista Srta. Lovato. Ela ainda se surpreendia por ter convencido as pessoas de que era realmente assim e chegava a achar engraçado que uma moça pequenina com pouco mais de um 1,60m pudesse exercer um cargo de comando numa empresa tão poderosa.
Tudo correra muito bem. Após um divórcio doloroso, a me­lhor coisa que poderia ter acontecido fora encarar o trabalho como prioridade e deixar os relacionamentos em segundo plano. Demetria achava ótimo poder sair de vez em quando com alguém, sem compromisso, sem envolvimento, sem complicações.
E então, Joseph Jonas entrara em cena. Ele tinha passado os últimos 18 meses na Europa, e Demetria concluiu que foi por muito pouco que eles não se encontraram no escritório de Londres, ela havia viajado para os Estados Unidos um dia antes de ele chegar. E agora ele estava de volta a Miami para negociar a aquisição de uma empresa concorrente, a RJ. Records, e designara Demetria como sua assistente.
Da noite para o dia, a vida de Demetria virou de pernas para o ar.
Ter um caso com o chefe certamente não era uma atitude sensata, e ela tentou desesperadamente combater a atração que sentia por Joseph. Mas desde o primeiro instante em que entrara na sala dele e os olhares de ambos se encontraram, ela se sentira tomada por uma espécie de loucura.
— Como vai, Demetria? — cumprimentou Joseph, levantando-se para apertar-lhe a mão. — Tenho ouvido falar muito bem de você.
Demetria também tinha ouvido falar muito sobre ele, sabia que era um empresário enérgico e implacável, segundo o The New York Times, ele comprava e vendia empresas como se a vida fosse um jogo de tabuleiro. E tudo o que caía nas mãos dele, crescia e progredia como se possuísse uma varinha de condão. Outra coisa que ela ouvira falar sobre Joseph Jonas era que ele era solteiro e que já havia partido mais corações femininos do que os dias de um ano.
Demetria tentou se lembrar de tudo isso enquanto sentia um arrepio só de apertar a mão dele. E como estava determinada a manter distância, ela sempre adotava uma postura séria e profis­sional quando estava perto de Joseph.
Ele pareceu achar isso divertido, e um bizarro jogo de gato e rato se seguiu durante algumas semanas. Quanto mais indi­ferente Demetria se mostrava, mais charmoso e encantador Joseph se tornava. Era tudo muito sutil, em nenhum momento ele a abordou, nem se comportou de maneira imprópria, e no entan­to, havia uma subcorrente elétrica que crescia e se intensificava dia após dia. Demetria tentou manter distância, vestia-se de ma­neira formal, evitava encará-lo, tentava não dar o menor sinal de simpatia.
Mas apesar de tudo isso, a tensão entre ambos só crescia. Até que um dia, após uma reunião, Joseph a acompanhou de volta à sala dela para pegar alguns documentos.
— Você está muito calada hoje observou ele.
— Tenho muito em que pensar. — Demetria encontrou rapida­mente os documentos que Joseph queria. — Está tudo aí — disse ela, enquanto os entregava a ele. — Está tudo em ordem.
— Tenho certeza que sim. E então, você aceitaria jantar comi­go alguma noite dessas? — perguntou Joseph.
— Para falar sobre estes papéis? Ele balançou a cabeça.
— Não... Para falar sobre isto...
E então, sem nenhum aviso, ele a beijou.
A lembrança daquele beijo ainda mexia com Demi.
Em um momento ela era a funcionária fria e reservada e, no momento seguinte, se derretia nos braços dele como um cubo de gelo no deserto.
Eles fizeram amor ali mesmo, na sala dela, no carpete, e foi à experiência mais incrível da vida de Demi. Ela nunca tinha sentido nada parecido, foi um turbilhão de emoções e sensa­ções que nem em sonho ela imaginava ser possível sentir! Logo em seguida, houve um momento em que Demi se sentiu pés­sima, principalmente quando se deu conta de que Joseph já viera preparado, pois trouxera um preservativo no bolso. Apesar da experiência maravilhosa, e de Joseph ter sido gentil e carinho­so, Demi se recriminou por ter se entregado daquela maneira, misturando trabalho e vida pessoal. Todo o seu profissionalis­mo havia caído por terra.
O pensamento a fez afastar-se dele.
— Espero que você não tire nenhuma conclusão a respeito do que acabou de acontecer — disse ela, enquanto se aprumava e ajeitava as roupas. — Eu não tenho intenção de me envolver com você. Não tenho tempo para romance atualmente, na minha vida.
Demi tinha consciência de que aquele comentário devia soar meio tolo para Joseph; e, de fato, quando ela ergueu os olhos, viu que ele parecia divertir-se.
— Para mim está perfeito — respondeu ele, pausadamente. — Não sou homem de me envolver nem de ter relacionamentos sérios.
— Ótimo. Então vamos esquecer o que houve certo?
De alguma forma, Demi conseguiu falar com firmeza e se­gurança, embora estivesse bem longe de se sentir assim. Tudo que ela queria era sair dali, nunca se sentira tão envergonhada em toda a sua vida.
Esquecer por quê? — A voz de Joseph soou firme e segura conforme ele afastava as mãos dela dos botões da blusa. —Ainda não terminamos Srta. Lovato — acrescentou ele em tom divertido.
Por um louco momento, Demi pensou que ele quisesse fa­zer amor com ela outra vez. E o que mais a preocupou foi à consciência de que, se ele quisesse, ela não o teria rejeitado, ao contrário, a ideia era bastante tentadora! Mas ele estava apenas ajudando-a a abotoar a blusa, reajustando os botões em suas res­pectivas casas, já que ela havia abotoado tudo torto.
— Eu sugiro que tenhamos um caso — falou Joseph com cal­ma e naturalidade, como se estivesse sugerindo um horário de refeição ou um meio de transporte. — Sem envolvimento, sem compromisso, um relacionamento sexual apenas... Sexo de qua­lidade, perfeito!
E, para espanto da própria Demi, que nunca imaginara um dia concordar com tal arranjo, era isso que vinha acontecendo ao longo dos últimos meses. Até então, eles tinham conseguido manter a relação em segredo, para que não houvesse compli­cações nem interferências no trabalho. Em público, eles eram formais e cerimoniosos um com o outro, mas quando estavam a sós... Bem, quando estavam a sós a atmosfera se incendiava!
Demi nunca havia tido um relacionamento assim antes. Sexo casual era algo que jamais despertara seu interesse, mas depois de um casamento de cinco anos que terminara tão mal, ela dizia a si mesma que não faria mau nenhum relaxar um pou­co nesse sentido. Afinal, tinha 30 anos, e estava vivendo no sé­culo XXI!
Miley, a secretária de Demi, entrou na sala e colocou a cor­respondência sobre a mesa.
— Eu não pensei que fosse encontrar você aqui — disse ela, surpresa. — Achei que a reunião iria demorar mais.
— Joseph achou melhor parar por hoje e continuar amanhã.
— Nossa! Ele deve estar de bom humor!
— Está. — Demi sorriu e pegou sua bolsa. — Por isso eu sugiro que você aproveite e vá embora, Miley.
— Que ótimo! Assim terei tempo de passar na florista para escolher as flores do casamento!
— Está chegando o grande dia, hein?
Demi observou sua secretária por um momento, sorridente. Ela gostava de Miley, uma moça simpática e alegre de 25 anos, tão apaixonada por Nick, seu noivo, que Demi sentia o coração se aquecer só de ouvi-la falar sobre os planos para o casamento. E, de certa forma, também restaurava a sua fé no amor... Uma fé seriamente abalada quando o marido a deixara.
— Cinco semanas, no sábado. — Os olhos de Miley brilharam de felicidade. — Aliás... — Ela saiu da sala rapidamente e voltou cm seguida, trazendo um envelope de papel em relevo. — Já vou lhe entregar seu convite — disse ela com um sorriso. — Eu ia mandar pelo correio, com os outros, mas na verdade não faz sentido. Melhor entregar pessoalmente.
— Obrigada, Miley. Demi abriu o envelope e tirou o lindo cartão com dois co­rações entrelaçados por um aro dourado. No envelope estava escrito, numa caligrafia rebuscada: "Demetria e Cia.”.
Seu primeiro pensamento foi o de que ela não poderia apa­recer com Joseph. E então, algo estranho aconteceu... Foi como se a consciência desse fato despertasse dentro dela uma enorme tristeza.
Mas Demi tratou de afastar o sentimento enquanto guardava o convite na bolsa, dizendo a si mesma que a situação estava ótima daquele jeito.
Vinte minutos depois, Demi estacionou em sua vaga no pré­dio onde morava carregada de sacolas de supermercado. Ela tinha pensado melhor e mudado de ideia a respeito de cozinhar para Joseph, decidira comprar alguns petiscos e arrumar tudo numa bandeja bem-decorada, para saborearem na cama, quem sabe... A ideia de passar a noite com Joseph era estimulante.
Demi tomou um banho, vestiu um conjunto de lingerie cor de cereja e um vestido leve. Depois de escovar os cabelos e aplicar uma camada de gloss nos lábios, ela se olhou no espe­lho, reparando no brilho dos próprios olhos e na expressão de contentamento. Quem a visse naquele instante pensaria que ela estava apaixonada...
Ela ficou imóvel de repente. Não estava apaixonada! Não po­dia estar! Seu relacionamento com Joseph era puramente físico, sem envolvimento, e principalmente sem aquela palavrinha que começava com a letra "A". O fato de ela se sentir nas nuvens quando estava com ele e de se sentir um pouco frustrada por não poder ir acompanhada por ele ao casamento de Miley devia ter alguma outra explicação, e ela não queria pensar nisso no momento. Se Joseph desconfiasse, mesmo de longe, que havia a possibilidade de Demi estar apaixonada por ele, sairia corren­do a mil por hora.
A campainha tocou e Demi girou nos calcanhares, o coração pulando para a garganta, como se ela tivesse sido pega cometen­do algum ato ilegal ou imoral. Afinal, ela própria não prometera a si mesma, depois do divórcio, que nunca mais se apaixonaria outra vez? Apaixonar-se só trazia sofrimento. O tipo de relacio­namento que tinha com Joseph era ideal, perfeito!
E tinha toda a liberdade de continuar ou terminar.
Sentindo-se um pouco melhor, Demi abriu a porta. Joseph es­tava apoiado no batente, com o mesmo terno cinza que ele usara no escritório, e afrouxava a gravata, como se esta o estivesse estrangulando.
Não havia outra maneira de descrever aquele homem além de "excepcionalmente sexy". Demi sentiu a habitual contração no estômago, como se este afundasse até suas costas. — Desculpe-me pelo atraso. — Ele sorriu aquele sorriso que iluminava todo o rosto e fazia os olhos escuros brilharem. — Tive de atender uma ligação.
Continuar ou terminar? A quem ela estava querendo enga­nar? Demi pensou, distraída. Ela era louca por Joseph... Era per­didamente apaixonada por ele!
Tudo bem com você? — perguntou ele ao passar por ela.
— Sim... Tudo bem. Demi se aprumou. Aquilo era um problema, um problema gigantesco... O que, por todos os santos, ela iria fazer?

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Só posto o próximo se tiver bastante comentários. 

21 comentários:

  1. a rainha chegou uhuuuul todos gritam. KKKKK/
    essa fic vai ser quente, já estou apaixonada por ela.

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  2. POVO SAFADOO EM
    HAHAH
    POSTA LOGO *-*
    bjuss

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  3. se tiver bastante comentários vc posta +2 ? combinado? vou recrutar algumas amigas kkkkk

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  4. já vi q vou sofrer muito ....vc sem tempo eu sem seus caps durante a semana ...uma historia como essa p ler....olha só já tô surtando kkkk
    posta logooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!guria

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  5. ahhhhhhhhhhhhhhh!!!! posta logo pleaseeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  6. posta mais 2 pelo menos p compensar kkkk vc vai voltar a postar diariamente? preciso saber essa ansiedade tá me matando kkkk

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  7. para tudoooooo!!!!! ele tb se apaixonou néh? diz q sim ? ela vai fugir logo agora? aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !!!!!!!!!!!!!111

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  8. aaai muito perfeito!!!! posta mais :DD

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  9. Ai meu Deus Fê ta lindo o capítulo, posta maiiis, to super anciosa para o próximo, ai Jesuus kk
    Ai eu vou morrer de curiosidade Fê, posta logo

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  10. ai que loucura como vc pode parar logo nessa parte , isso é maldadeeeee, posta maiiiiiiiiiis , posta o 3 posta posta posta posta posta

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  11. Louca por essa fic. Quero mais posts.

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  12. CADE NOSSO CAP? VC VAI POSTAR NÉ? PLEASE

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  13. simplesmente lindooooooooooooo!!!!

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