segunda-feira, 26 de agosto de 2013

CAPÍTULO 12 E DIVULGAÇÃO

Enquanto caminhava até seu escritório, Demi não podia dei­xar de pensar se Joseph iria mesmo sair com Ashley. Esse simples pensamento provocava uma sensação horrível dentro dela.
Com grande determinação, Demi concentrou a atenção no trabalho. O importante no momento era finalizar a negociação com Johnson.
A primeira coisa que ela fez quando se sentou à sua mesa foi ler os e-mails. Não havia nenhum com relação ao acordo com RJ. Aquele silêncio era preocupante.
Demi refletiu que seria melhor conversar com Joseph para saber como ele queria conduzir a negociação dali por diante. Ela estava tirando o telefone do gancho para ligar quando chegou um e-mail dele.
"Venha até minha sala para resolvermos essa situação com RJ.”
Nem "bom dia", nem "tudo bem?", nada.
Demi respirou fundo, preparando-se para o confronto, refletindo que poderia ter passado sem essa. Quando se levantou, sentiu uma súbita onda de náusea. A intoxicação alimentar ainda não sarara de todo.
Quando entrou no escritório de Joseph, Demi descobriu que não fora a única a ser chamada. O advogado dele, Aaron Williams, também estava lá, bem como o diretor do departamento financei­ro, John Sorenson. Joseph andava de um lado para o outro, feito um leão enjaulado.
Como Joseph conseguia continuar atraente mesmo quando esta­va bravo? Ela se perguntou. Ele irradiava uma energia poderosa, que intimidava, constrangia um dinamismo... Ah, como a vida seria tão mais fácil se ela fosse imune ao charme de Joseph Jonas!
— Por que chegou só agora, Demetria? — perguntou ele, quase ríspido. — Estou há horas no telefone com os advogados de Ron... — Joseph parou de falar e estreitou os olhos. — Está tudo bem? Você parece pálida...
— Eu estou bem — mentiu ela, surpresa por ele ter notado.
Joseph a fitou fixamente por um segundo, e o coração de Demi deu um pulo. Não vá começar a imaginar que ele se importa sua tonta, ela advertiu a si mesma.
Ela ergueu um pouco o queixo.
— Está tudo bem, Joseph — repetiu. Ele assentiu com a cabeça.
— Bom. Espero que sim. Temos bastante trabalho à nossa frente, nos próximos dias. Esta semana será crucial para as negociações.
Pronto... Tudo que importava para Joseph era o trabalho. Ele estava preocupado que ela precisasse faltar, e ela achando que ele pudesse estar preocupado com ela, pensou Demi, aborrecida.
— Bem, voltando ao assunto em questão — Joseph prosse­guiu sério: — Ron quer se encontrar comigo antes de assinar o contrato.
Então ele vai assinar? — Demi se sentou em uma cadeira. Joseph deu de ombros.
— Eu sei tanto quanto você. Mas o fato é que nós batalhamos muito para chegar até aqui, e não faz sentido recuar agora. Nós iremos até o fim, faremos qualquer coisa que ele queira se isso significar a compra da RJ.
— Eu estava revendo as condições, e acho que só se ele tives­se perdido o juízo, para não assinar logo este contrato — opinou John, servindo-se de café. — Quer café, Demetria?
Ela balançou a cabeça. Só a ideia de tomar café fazia seu estômago revirar. Com certa dificuldade, ela voltou a se concentrar no que Joseph estava dizendo.
— Eu não acho que a questão do dinheiro seja tão importante para ele. Aparentemente, ele quer outras garantias.
— Que tipo de garantias? — indagou Demi, cautelosa.
— Só Deus sabe ó que ele quer agora — respondeu Joseph. — nós teremos que ir encontrá-lo hoje... Antes que todo o nos­so trabalho seja perdido.
— Hoje? — Demi se empertigou na cadeira. — Mas... Assim, de repente?
— Terá de ser hoje. Os advogados não estão conseguindo mais adiar, e se deixarmos esta situação continuar se arrastando, vamos perder o negócio.
— Mas Ron é praticamente um eremita. — Demi franziu a testa. — Ele mora num lugar isolado em Barbados, Joseph. Você acha que ele virá para cá?
— Não, eu não acho — admitiu Joseph, seco. — Por isso já deixei nosso piloto de sobreaviso. — Ele olhou para o relógio.
— Se nos organizarmos, talvez consigamos decolar daqui à uma hora.
Demi balançou a cabeça. Ela não gostava nem um pouco do rumo que aquilo estava tomando.
— Ron é excêntrico, Joseph. Você sabe que é muito possível irmos até lá e ele mudar de ideia e não querer nos receber.
— Eu não creio. Ele disse que queria se encontrar comigo, e me pareceu sincero e determinado — afirmou Joseph.
— Mas vamos precisar de cópias de toda a documentação!
O coração de Demi estava aos pulos agora, mas isso não tinha nada a ver com a documentação, e sim com a perspectiva! De viajar com Joseph, mesmo que a negócios.
— Aaron vai cuidar disso — Joseph a interrompeu com voz baixa e em seguida se voltou para os outros homens, que estavam de pé em silêncio, perto da janela. — Preciso de tudo dentro de meia hora.
Aaron arqueou as sobrancelhas, surpreso. Receio que vá demorar um pouco mais que isso para...
— Não posso esperar mais que isso — Joseph o interrompeu também. — Por isso sugiro que você se apresse.
— Está bem.
Aaron saiu da sala, visivelmente nervoso.
— Enquanto isso quero que você verifique os números, John.
— Joseph se virou para seu diretor financeiro. — Imprima algumas possíveis opções, para o caso de termos de renegociar o preço.
— Certo, vou fazer isso.
John saiu da sala, tão agitado quanto Aaron. Demi não os culpava por isso. Não era nada fácil ficar perto de Joseph quando ele estava naquele estado de espírito. Ele era perfeccionista e não aceitava reveses com facilidade.
O silêncio pairou sobre a sala quando Joseph e Demi ficaram sozinhos.
— E então, o que você quer que eu faça? — perguntou ela, com certa hesitação.
— Vá para casa e arrume a mala. Leve roupa suficiente para alguns dias.
— Alguns dias?! — Demi arqueou as sobrancelhas. — Não va­mos voltar amanhã?
— Não sei quanto tempo precisaremos ficar lá. Ficaremos o tempo que for necessário para sair com o negócio fechado.
Joseph olhou para ela. — E você vai fazer o papel de minha noiva.
Demi se sentiu tonta.
— Está brincando?!
— Claro que não — disse Joseph, em tom de voz calmo. — Por acaso este assunto é uma brincadeira?
— Eu avisei que você estava brincando com fogo quando mentiu para Ron! — Demi o fuzilou com os olhos. — Foi por isso que a negociação paralisou? Ele descobriu que você inventou um monte de mentiras?
— Eu não faço ideia, Demetria — respondeu Joseph, com sinceri­dade. — A única coisa que eu sei é que vou precisar de você para fazer a sua parte. Espero que não demore muito.
— Não gosto nem um pouco desse tipo de abordagem, Joseph. Não é nada profissional.
— Eu também não gosto, mas o que quer que eu faça? — Ele deu de ombros. — Eu preciso que vá comigo, independentemente da história do noivado. Você fez a maior parte das negociações, acompanhou tudo desde o início.
Ele tinha razão. Nem ela iria querer abandonar o projeto, àquela altura.
Demi suspirou. — Está certo. Vou pedir a Miley que faça reservas em um hotel para nós.
— Não precisa. Eu tenho uma casa lá. Hospedagem é a menor de nossas preocupações. — Joseph olhou para Demi, quando ela continuou imóvel e em silêncio. — Algum problema?
— Bem...
Ela hesitou. O problema era que o coração dela estava disparado! O fato de eles ficarem na casa de Joseph em vez de num hotel fazia tudo parecer pior ainda. Demi tentou se sentir me­lhor com a ideia de que Aaron e John também estariam lá, mas ainda assim seria uma situação íntima demais, dadas as atuais circunstâncias.
— Demetria?
A voz de Joseph a tirou do devaneio com um sobressalto.
— Não estou me sentindo à vontade com a ideia de mentir e encenar uma farsa. Mas concordo que não há outra coisa a fazer agora.
Ela não sabia o que mais poderia dizer, naquele momento. Explicar a Joseph que não queria ficar na casa dele iria dar a im­pressão de que não confiava em si mesma quando estava perto dele... O que era verdade, mas Demi não queria que ele soubes­se disso! Ela teria de ter muito autocontrole e foco e concentrar cada pensamento somente no trabalho, e não nele.
— Vamos ter que lidar com a situação — acrescentou ela. — É um assunto importante demais para simplesmente deixarmos escorrer pelo ralo agora.
— É exatamente o que eu penso, também. Que bom que pelo menos nós concordamos neste aspecto — disse Joseph, com formalidade na voz. — Passo no seu apartamento daqui a meia hora para pegá-la. Certifique-se de levar todos os documentos e papéis relevantes.
Demi assentiu, levantou-se e caminhou para a porta. Joseph a observou sair com um brilho de satisfação no olhar.
Talvez aquilo tudo revertesse a seu favor, afinal. Com Demi ao seu lado, havia a probabilidade de Ron assinar o contrato, e ao mesmo tempo a situação forçaria uma proximidade entre ambos... O que possibilitaria que ele derrubasse aquela atitude defensiva dela e descobrisse o real motivo pelo qual ela o estava evitando.
Havia grandes chances de ele ter sorte, nos negócios e na cama!
A ideia era animadora.



 DIVULGANDO

Particularmente adoro a história, deem uma olhada que é muito bom.

Agora comentem para mais um, vou ao dentista agora e quando eu voltar posto mais um, acho que em meia hora, já que é pertinho daqui de casa.     

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