domingo, 25 de agosto de 2013

CAPÍTULO 10

Joseph e Demi tinham evitado um ao outro no escritório a se­mana inteira, o que gerava uma situação desconfortável para ambos.
Era isso que acontecia quando se tinha um caso com o chefe, pensou Demi, enquanto estacionava em sua vaga na segun­da-feira de manhã, com um misto de apreensão e pavor. Resul­tava em confusão, era inevitável.
Demi tinha a sensação de que ultimamente nada dava certo. Ela havia passado a última semana tentando, e sem conseguir, se convencer de que ficava muito melhor sem Joseph, e como se isso não bastasse, comera alguma coisa que lhe fizera passar mal o fim de semana inteiro. Sentia-se fraca e cansada, sinceramente, ela preferiria passar a manhã no dentista do que ter que conviver com Joseph por mais outra semana.
E agora um terceiro problema estava surgindo. A negociação com a RJ estava emperrada, o dono da empresa, Ron Johnson, não havia assinado o contrato na sexta-feira, conforme o esperado.
Demi sabia que Ron Johnson era um homem imprevisível. Ele construíra seu império com a ajuda da mulher, Helen, e desde que ela falecera, havia cerca de um ano, ele fora morar no Caribe, e vivia lá quase como um eremita, deixando a cargo de uma equipe de advogados as negociações para a venda da empresa, mostrando-se cada vez mais intransigente em relação aos termos e cláusulas do contrato para concordar com a venda.
Desde o princípio, aquela negociação fora problemática. Os advogados de Ron queriam vender a empresa para Joseph, cuja oferta fora a mais vantajosa de todas, mas Ron havia demorado para se decidir. Ele recebera outra oferta, de um casal por quem ele tinha grande apreço, pessoas que frequentavam a mesma igreja que ele e em quem dizia confiar mais.
Demi se lembrava do dia em que Joseph recebera essa no­tícia, alguns meses antes. O caso amoroso deles estava a todo vapor, e eles tinham começado a planejar os detalhes da compra da RJ. Records. Quando o telefone tocou, e era do escritório de advocacia que prestava serviços para Ron, pela quinta vez em uma hora, Demi teve o pressentimento de que havia problemas a caminho. Já acontecera várias reuniões com os advogados e conversas de Joseph com Ron pelo telefone, e quando ele soube da novidade, quase explodiu.
— Esse sujeito está falando sério?
— O que foi? — perguntou Demi, franzindo a testa.
Ela se lembrava de ter sentado na beirada da mesa de Joseph e se inclinado para escutar. Joseph ativara o viva-voz.
— Receio que sim, Sr. Jonas. O Sr. Johnson tem convicções muito firmes e também é bastante, sentimental com relação à empresa. Ele acredita que uma parceria de marido e mulher é a solução ideal para administrar o negócio.
— Bem, então diga a ele que eu administro a minha empresa com a ajuda de minha noiva, uma pessoa absolutamente compe­tente e confiável! — retrucou Joseph, sarcástico. — Diga qualquer coisa, diga que tenho planos de transformar a RJ. Records em um negócio de família no futuro!
Ah, é mesmo? — O tom de voz do advogado ficou mais animado, aparentemente, ele não percebeu que Joseph estava sendo irôni­co. Ou então ele achou que era um bom argumento para convencer Ron. — Bem, isso pode fazer toda a diferença, Sr. Jonas, porque eu sei que um dos temores do Sr. Johnson é que o senhor resolva sub­dividir a empresa depois de comprá-la, ou até mesmo revendê-la.
Joseph ficou em silêncio por um momento. Vou transmitir seus planos ao Sr. Johnson e lhe retorno — continuou o advogado, animado. — Presumo que sua noiva seja aquela moça com quem temos conversado? A Srta. Lovato?
Joseph olhou para Demi com uma sobrancelha erguida.
— Sim, é ela mesma.
— Ei! Você não acha que deveria ter me consultado antes de me usar como sua noiva de mentirinha? — investiu Demi, assim que Joseph desligou.
Ele sorriu de leve.
— Não houve tempo... Tive de improvisar.
— Eu notei!
— Deixe de ser implicante. — Antes que Demi pudesse pre­ver a intenção de Joseph, ele a puxou para seu colo e a beijou na boca. — Não se preocupe, é apenas um acordo temporário, uma estratégia para agradar um milionário excêntrico.
Hum... Insanidade temporária, você quer dizer — murmurou ela, atordoada com o beijo.
— Bem, isso não há como discutir... Você acredita que Ron Johnson tenha conseguido construir um negócio tão bem-sucedido quanto a R.J. Records? Imagine só, descartar uma oferta como a nossa por causa de um capricho! Até os advogados dele já não aguentam mais. Esse aí praticamente me induziu a mentir!
— Bem, eu admiro o Sr. Johnson — afirmou Demi, com ho­nestidade. — São poucas as pessoas que colocam a ética e o ideal acima do dinheiro.
Joseph olhou para ela de soslaio.
— Estamos falando de negócios, Demi.
— Mas justamente para Ron Johnson não é apenas um negócio — rebateu Demi. — Ele realmente se importa com a empresa, leva o negócio a sério. Ele e a esposa se dedicaram, colocaram amor e energia para fazer a empresa prosperar. Ele quer vender para alguém que dê prosseguimento a isso, que tenha as mesmas convicções e códigos morais que ele. E acredita que, se vender para um casal, que ele sabe ser sério equilibrado e unido, o futuro da empresa está garantido. E ele receia que, se vender para você, será subdividida a empresa em segmentos e que a equipe dele de tantos anos perca o emprego. Precisamos admitir que ele não dei­xa de ter certa razão — acrescentou ela, com uma ponta de ironia.
Porque, ao contrário do tal casal, que são pessoas que prezam a família, o patrimônio, é um empresário por excelência, um execu­tivo, homem de negócios, um verdadeiro tubarão. Joseph olhou para ela, ligeiramente divertido. Posso lembrá-la de que é do seu próprio "noivo" que você está falando?
— Só estou analisando a situação de modo imparcial — retru­cou ela com um sorriso.
— Pois então não faça isso! — Ele acariciou uma mecha do cabelo de Demi. — Eu espero lealdade em todos os momentos... Até de uma noiva fictícia.
— Desculpe, mas não sei se consigo encarar isso — disse Demi.
— Nem mesmo com meu poder de persuasão? — Joseph a beijou com uma paixão que fez o coração dela acelerar.
— Bem... Pensando melhor... Não sou totalmente avessa a um pequeno suborno... — Ela passou os braços pelo pescoço dele e retribuiu o beijo.
E, agora, não faço a menor ideia de em que pé está nossa negociação com Johnson — disse Joseph, quando se afastaram para tomar fôlego. — Afinal, ele vai vender a R.J para nós, ou não vai? Demi sorriu e acariciou os cabelos dele.
— Eu acho que vai depender muito se ele lê os jornais lá na­quele esconderijo dele.
— O que têm os jornais a ver com isso?
— Porque os jornais se referem a você como "O Empresário Solteirão".
Joseph riu.
— Você está inventando isso...
— Não, é verdade! É de conhecimento público que você não só parte corações de mulheres como também parte empresas.
— Isso se chama venda de ativos, e é uma prática perfeitamente legítima. E quanto a partir corações femininos, acho que há certo exagero aí. Eu só não sou adepto da ideia de passar os fins de semana em casa, de robe e pantufas, assistin­do à televisão. Mas sou honesto quanto a isso, nunca enganei ninguém.
— Não é para mim que você precisa se defender, só estou re­petindo o que os jornais dizem.
— Que tipo de jornal você lê?
— Os melhores, é claro. — Demi sorriu.
— Foi o que eu imaginei. Então, fica a pergunta que não quer calar: o que uma garota legal como você está fazendo com um sujeito pilantra como eu?
— Acho que você é um sortudo, só isso — provocou ela. — Mas também tenho de admitir que gosto de viver perigosamente...
—Ah... Agora estamos falando a mesma língua. Parece que nós dois temos muita coisa em comum, Srta. Lovato. Uma delas é que ambos gostamos de correr riscos. — Joseph acariciou o rosto de Demi. — Ambos somos espíritos livres. Pensando bem, acho que você tem razão... Eu sou sortudo. Porque você é uma noiva de faz de conta maravilhosa.

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22 comentários:

  1. sério msmo q a demi já se deixou envolver de novo?!

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  2. isso foi antes de demi terminar c joe néh? fiquei meio confusa!!!!!

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  3. Eita ... a demi está mesmo apaixonada por ele , etipo ... ela tava passando mal =/ mas ela não podia engravidar né? ou então o marido dela era um froxo ¬¬' vai saber

    possssssta logooo

    bjss

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  4. Pegue isso é um flashback né???

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  5. Isso e flashback ne, q no comeco ela falou q o cara recusou, ou e realidade

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  6. Oii leitora nova aqui,huehuhe talvez não tão nova assim,eu li todas as suas história e poço dizer que são ótimas e olha eu já li muitas e muitas histórias! há muito romantismo,humor e aventura nelas,você é uma ótima escritora *u* continue escrevendo serio é muito bom ler sua histórias :3 posta logo bj bj Ana ;3

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  7. Omg lindo..... A demi ta gravida???? Posta muito maiss please

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  8. Muito perfeito posta mais!!!!

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  9. posta maissssssssssssssss!!!!!

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  10. já acabou????????????/posta mais 1 pleaseeeeeeeeeeeee!!!!

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  11. quero maisssss!!!! posta mais hj

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  12. sério sua fic tá demais , sempre fico ansiosa pelo proximo cap e nunca é o bastante kkkkkk se puder posta mais 1 hj bjs

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  13. amando sua historia ....esperando a surpresa de mais um hj que tal?????

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  14. sempre surpreendendo ,linda historia

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  15. puxa vida vc vai msm parar nesse cap,quer me matar é??

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  16. vc ainda vai postar mais hj?sabe como é néh ? historia boa a gente ñ quer parar de ler bjs

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  17. posta mais hj p eu dormir felizzzzzzz

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  18. isso aconteceu ou tá acontecendo?????? fiquei na duvida se é uma lembrança da demi ou não

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  19. AHHHHH!!!!! POSTA +1 HJ

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