domingo, 18 de agosto de 2013

CAPÍTULO 1







Os olhares de ambos se encontraram por sobre a mesa da sala de reuniões e, inexplicavelmente, Demetria sentiu o ar vibrar de eletricidade. Ela se apressou a desviar os olhos.
— Então, como podem ver — ela tentou se concentrar em suas anotações —, as cifras são boas. Se não houver nenhuma outra complicação, a aquisição logo deverá estar completa e a R.J. Records será nossa.
Um aplauso ondulou ao redor da longa mesa, e Demetria viu as expressões sorridentes. Joseph, porém, não estava sorrindo. Con­tinuava olhando para ela, com aquele brilho nos olhos escuros, como se pudesse ler sua mente. Demetria não gostava quando ele a olhava daquele jeito. Fazia seu coração acelerar, deixava-a tensa, desconcentrada.
— Bem... — Ela remexeu nos papéis à sua frente e se forçou a focar o pensamento na pauta da reunião. — O que nós precisa­mos fazer agora...
— O que precisamos fazer agora é terminar esta reunião — interrompeu Joseph, em tom de comando.
Demetria franziu a testa e ia dizer a ele que ainda havia alguns itens importantes a discutir, mas Joseph já estava afastando a ca­deira para se levantar.
— Obrigado a todos pela atenção, mas acho que, com nosso objetivo já à vista, todos nós merecemos sair mais cedo hoje. Daremos prosseguimento à reunião amanhã de manhã.
Demetria olhou disfarçadamente para o relógio. Eram 17h30. Não exatamente cedo, em circunstâncias normais, mas levando em consideração o que todos haviam trabalhado na última se­mana, era como se ainda estivessem na metade do dia.
Todos começaram a relaxar e a imitar o chefe, afastando as cadeiras e levantando-se. Conversas em voz baixa começaram a soar na sala conforme a tensão dos últimos dias se dissipava. Todos no escritório haviam estado sob pressão e sobrecarrega­dos de trabalho com a proposta de aquisição.
Demetria recolheu a papelada e guardou tudo em sua pasta. Do outro lado da sala, ela avistou Joseph conversando com Sandy, sua secretária. Ele estava encostado ao peitoril da ampla janela, emoldurado por uma vista panorâmica de Miami. Mas não era a bela vista da cidade que atraía a atenção de Demetria. Era a largura dos ombros sob o terno cinza-chumbo e o jeito casual como ele afastara o paletó para apoiar uma das mãos no cós da calça, que realçava o corpo atlético e os quadris estreitos.
Nenhum homem deveria ter o direito de ser tão bonito e atraente como seu chefe, refletiu Demetria, distraída. Joseph Jonas tinha 33 anos e quase 1,85m de pura perfeição masculina. Os cabelos eram grossos e negros, com um corte que deixava alguns fios sobre o colarinho, e os olhos eram tão escuros e in­tensos que pareciam atravessá-la e cortá-la ao meio. Ele era de origem portuguesa, tinha um sotaque leve e agradável, e uma aparência espetacular. Na verdade, só de olhar para ele Demetria sentia o estômago se contrair. Mas ela tentava combater isso, e estava conseguindo, disse a si mesma com firmeza enquanto desviava o olhar. Ao menos ela conseguia manter uma atitude profissional quando estava perto dele... Mesmo com o coração batendo feito um tambor enlouquecido dentro do peito.
Um dos colegas de trabalho de Demetria parou para trocar al­gumas palavras com ela e, em seguida, ela se virou para sair. Joseph estava de pé entre ela e a porta, agora. Ela afastou uma mecha de cabelo do rosto e tentou ignorar o modo como ele a olhava de cima a baixo, como se avaliasse cada centímetro de seu corpo esguio dentro da blusa branca e da saia-lápis preta.
— As negociações parecem estar se encaminhando muito bem, Demetria — disse ele, pausadamente.
— Sim, acho que estamos fazendo um bom progresso. Joseph assentiu com a cabeça, antes de acrescentar:
— Há somente alguns pontos que eu gostaria de esclarecer, e um item em particular que eu gostaria de analisar mais detalha­damente.
Demetria estreitou os olhos castanhos. Ela havia sido extremamen­te meticulosa em seus cálculos... Como ele podia não estar ainda totalmente satisfeito?
— De qual item se trata?
Não se preocupe com isso agora. Amanhã conversaremos. Havia um leve toque de rispidez no tom de voz dele, mas Demetria já estava acostumada. Ela assentiu.
— Está bem, chefe.
Ele a fitou com uma expressão ligeiramente sardônica. Até amanhã, Demetria.
Ela sorriu e se encaminhou para a porta. O corredor estava mergulhado no silêncio; Demetria entrou no elevador para voltar à sua sala e pegar a bolsa. Antes que o elevador parasse no andar, o celular dela tocou.
— E então, na sua casa ou na minha? — exigiu uma voz mas­culina arrogante.
A atitude segura e confiante de seu chefe lhe enviou um ca­lafrio ao longo do corpo.
— Eu... Não sei se vou ter tempo de ver você hoje — respondeu Demetria, tentando manter a voz firme. — Tenho coisas a fazer.
— Eu também... Uma em particular.
Demetria podia perceber o ar de riso no tom de Joseph, mas tam­bém podia sentir o calor do desejo na voz dele.
— Estarei em seu apartamento daqui a meia hora.
— Quarenta e cinco minutos — pediu ela, refletindo que preci­sava de algum tempo para se aprontar para ele. — Vou preparar alguma coisa gostosa para o jantar, que tal?
Houve silêncio do outro lado da linha, quebrado apenas pelo murmúrio distante e abafado da conversa na sala de reuniões. Não era de admirar que Joseph estivesse surpreso; Demetria nunca tinha se oferecido para cozinhar para ele antes. Ela própria ficou surpresa com a iniciativa. Por que havia dito aquilo? O relacio­namento deles era puramente físico... Tudo bem, às vezes Joseph a levava para jantar fora, mas sempre em algum restaurante chique e impessoal, onde havia pouca possibilidade de encon­trarem alguém conhecido. Uma refeição preparada em casa era algo um pouco... Aconchegante demais.
— Está bem, mas é melhor avisá-la de que estou faminto.
As palavras foram ditas num tom de voz baixo e rouco, e no mesmo instante Demetria o imaginou chegando a seu apartamento e arrancando suas roupas. Geralmente era isso que acontecia. O tempo que eles passavam juntos era apaixonado, frenético.
O simples pensamento fez os sentidos dela vibrarem de an­tecipação.
— Você está falando de comida ou de outra coisa? — pergun­tou ela, rindo.
— De ambas.
Demetria ouviu alguém falando com Joseph, ao fundo. Preciso desligar — murmurou ele, lacônico. — Até daqui a pouco.
Demetria desligou com uma ruga na testa. Por que ela havia se oferecido para cozinhar para Joseph? Aquilo estava totalmente fora do seu feitio, ela nem mesmo gostava de tarefas domésticas...



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OIOIOI!
Tá aí o primeiro dessa nova história espero que gostem mais tarde tem mais pelo menos 2
como foi a semana de vocês? a minha foi um verdadeiro terror, começou com meu aniversário, que foi um verdadeiro desastre briguei com meu melhor amigo ele me chamou de estúpida, hipócrita, e eu morrendo de raiva bebi tanto que perdi a noção de tudo, meu namorado ficou louco de raiva de mim, passei uns 3 dias de ressaca cheguei no meu trabalho ainda tonta, foi uma inrresponsabilidade, eu se, assisti o tca mais nem lembro como foi em fim... ainda estou bastante magoada com algumas pessoas, mas bola pra frente.          

7 comentários:

  1. ai q triste uma boa amizade sempre faz falta.....mas ñ fique assim td passa ate msmo as magoas principalmente entre melhores amigos....isso já aconteceu comigo demorou, mas passou e voltamos a ser amigos....vê se vc se cuida guria ...espero q td volte ao normal com seu namorido .....tô feliz q vc voltou com caps novos ...ameiiiii!!!!! esperando o proximo.....bjs

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  2. nossa já começou eletrizante !!!!!

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  3. ñ demora p postar o proximo senão vou ter um treco de ansiedade kkkk

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  4. oba capitulo novo e lindoooooo!!!!

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  5. aaaa posta mais caps hoje siiim, pleeeas,e beeeijos

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  6. Ai o capitulo ta perfeitooooo, nao se preocupa tudo vai se ajeitar se Deus quiser

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