domingo, 29 de setembro de 2013

CAPÍTULO 33 PENULTIMO

Mais tarde, a lembrança de chegar ao hospital estava um pouco embaçada para Demi. Ela se lembrava de que Joseph tinha as­sumido o comando e que sua calma havia sido tranquilizadora. Ela a ajudara a andar, e quando a dor voltou, ele a pegou nos braços e a carregou.
Em questão de segundos ele tinha chamado um táxi que pas­sava.
Agora, Demi estava em um quarto particular e uma enfer­meira pegava seus detalhes e eles esperavam por um médico. Ela não conseguia acreditar que isso estava acontecendo! Tinha se sentido tão bem essa manhã! Era culpa sua? Ela havia feito algo errado? Trabalhado muito? Talvez se tivesse tirado o dia de folga, com Joseph sugeriu?
O médico chegou ao quarto e falou com ela antes de começar a examiná-la. Demi fechou os olhos e rezou para que o bebê estivesse bem.
Joseph andava de um lado para o outro no corredor. O cheiro de antisséptico e as luzes de néon o deixavam tonto. Ele não se lembrava de já ter se sentido desamparado como dessa vez. Demi pediu que ele esperasse do lado de fora enquanto a exa­minavam e ele respeitou seu desejo, mas apenas queria ficar com ela, para fazer algo.
Ele se virou assim que a enfermeira saiu do quarto.
— Como ela está? O bebê está bem?
A enfermeira o olhou com compaixão.
— Não sabemos ainda se Demetria perdeu o bebê. A Dra. Curran sugeriu que fizéssemos um ultrassom para sabermos exatamen­te o que está acontecendo.
— E quanto tempo demora isso?
— Não muito. Tem uma máquina de café no final do outro corredor e alguns assentos confortáveis, se quiser esperar lá.
Joseph balançou a cabeça.
— Gostaria de ficar com Demi enquanto ela estiver fazendo o ultrassom...
Sim, claro... Demetria perguntou por você. Apenas sugeri que você esperasse enquanto o Dra. Curran termina o exame. Dê-nos mais alguns minutos e eu deixo você entrar. — Ela se apressou novamente e mais uma vez ele foi deixado no corredor.
Pareceu ter demorado uma eternidade até que eles o deixa­ram entrar. Demi estava deitada na cama, apoiada por alguns travesseiros, ela parecia tão frágil que seu coração ficara aperta­do. Seu cabelo estava tão escuro em contraste com a pele pálida e seus olhos verdes grandes pareciam cheios de ansiedade.
Ele foi em direção a ela e pegou sua mão.
Demi estava tão feliz de vê-lo que sentiu lágrimas se forma­rem em seus olhos.
— Então, como vai a paciente, Dra. Curran?
— A dor de Demetria parou isto é uma coisa. Estou com dificul­dade em encontrar a batida do coração do bebê. Mas saberemos mais quando fizermos o ultrassom. — Ela olhou ambos com uma expressão séria. — Abortos são comuns nos primeiros meses de gravidez. É um período de risco.
— Está dizendo que acha que Demi perdeu o bebê? — A voz de Joseph soou de modo triste.
— Estou dizendo que é uma possibilidade. Ela olhou de um para o outro. — Sinto muito, mas acho que deveria prepará-los para o pior...
Demi sentiu um nó na garganta. Ela queria chorar, mas as lágrimas pareciam presas, como se esperassem para explodir. — Vai fazer o ultrassom agora? — perguntou Joseph.
Ele parecia tão calmo, pensou Demi. Como quando ele estava no escritório, resolvendo um problema inesperado. Ela escutava enquanto ele fazia perguntas e a doutora explicava os procedimentos.
— Obrigado, doutora.
— De nada.
A doutora fechou a porta e eles foram deixados a sós.
— Não parece bom, não é?
Joseph estava ao lado da cama e a olhou com gentileza. — A doutora estava apenas nos preparando para o pior. Mas isso não significa que o pior aconteceu.
— Não quero perder o bebê, Joseph. Quero muito esta criança...
— Eu sei querida. Ele tirou o cabelo dela do rosto com um toque gentil. — Mas vamos pensar positivamente.
Ela notou como ele estava pálido, como os olhos dele estavam cheios de uma dor intensa. Ela nunca vira Joseph dessa maneira, e isso a chocou. De repente, percebeu que ele tentava se manter calmo por ela e que isso também o estava destruindo!


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