sábado, 28 de setembro de 2013

CAPÍTULO 30 MARATONA

Demi se viu concordando. Certo, ela tentaria diminuir suas barreiras, disse a si mesma. Mas não muito... Joseph tinha bastante poder sobre ela para que se arriscasse dessa maneira. Se não se cuidasse, ele tomaria conta da situação. O pensamento a tornou apreensiva.
Joseph saiu do carro e deu suas chaves ao atendente. Então, com a mão nas costas dela, permitiu que ela o acompanhasse.
Os prédios do restaurante eram todos decorados com art déco e todo o ambiente era de uma sofisticação estilizada.
Joseph a conduziu a um restaurante com um jardim. Uma banda tocava salsa e alguns casais estavam dançando perto da piscina.
Eles sentaram a assombra de um guarda-sol em meio a plan­tas. Demi tinha uma visão clara do outro lado da estrada em direção à praia.
Um garçom veio e Joseph pediu as bebidas.
— Apenas uma água mineral para mim. — Ela sorriu para o garçom e pegou o menu que fora oferecido.
Quando ela olhou para o menu, fingiu estar interessada na co­mida. Mas, na verdade, ela se perguntava por que Joseph a tinha convidado para almoçar fora... E qual o motivo por trás daquele sorriso charmoso que ela vira quando seus olhos se encontraram.
— É adorável aqui. — Ela tentou relaxar um pouco.
— Sim... — Joseph encostou em sua cadeira e a olhou.
— E a banda é boa. — Ela tentou não se mostrar ciente do olhar dele e olhou em direção à banda.
— A música me lembra a primeira vez em que saímos — disse ele, de repente. — Você se lembra?
— Sim, claro. — Ela sorriu. — Jantamos juntos e depois dança­mos salsa no clube perto do restaurante.
— Considerando que nenhum de nós sabia dançar, nos saímos muito bem.
Demi riu.
— Bem, tinha tantas pessoas naquela pista pequena e o lugar estava tão escuro que não importava, não é?
Por um segundo, ela teve a lembrança daquela noite. Lem­brou-se de como eles riram e de como, no final, Joseph a pegou em seus braços e a beijou ao longo da noite. Ela havia se esque­cido da multidão depois daquilo; só prestava atenção no corpo dele perto do seu, no toque da sua mão sobre sua pele. Ela mal conseguia esperar que eles saíssem do lugar para poderem ficar a sós.
Os olhos deles e encontraram e ela sentiu a pele corar de calor com a lembrança.
— Sempre nos divertimos juntos.
Sim... Demi desviou o olhar. Ela ficou aliviada quando o garçom trouxe as bebidas naquele instante. Lembrar-se dos bons momentos não ajudaria agora, disse a si mesma.
Tão cedo eles ficaram sozinhos, ela tentou mudar a conversa.
— A propósito, você teve a chance de olhar o problema naque­le contrato que lhe mandei ontem?
— Não vamos conversar sobre negócios esta tarde, Demetria. Está fora de cogitação.
— Bem, estava apenas perguntando...
— Guarde o trabalho para o escritório. Temos coisas mais im­portantes para nos concentrarmos.
— Mais importante que o trabalho? — Ela não conseguiu evitar o tom sarcástico. — Deve estar preocupado, Joseph. Porque pela mi­nha experiência nada é mais importante que negócios para você.
— Bem, talvez... Como as suas... As minhas prioridades te­nham sido mudadas.
— Sinto muito por isso, Joseph. Certamente não quis mexer com seu mundo bem-organizado...
— Não, você apenas planejava fugir sem me dizer à verdade. Ela o olhou com o coração batendo forte contra o peito. O garçom chegou na hora para perguntar se eles estavam prontos para pedir. Demi olhou de volta para o menu. A atmosfera parecia tensa e horrível agora e ela não estava nem um pouco com fome. Essa situação era muito desconfortável... Ela pediu a primeira coisa do menu. Tudo que queria era terminar esse almoço
Joseph, por outro lado, demorou mais a escolher e conversou amavelmente com o garçom.
Ele estava muito relaxado, pensou Demi. Ela o havia obser­vado em épocas de conflito nos negócios e descobriu que quanto mais relaxado ele parecia, mais na defensiva tinha que ficar... Porque normalmente existia algum plano surpresa à espera.
Isso a tornou inquieta. Demi pegou seu copo d'água e deu um gole. Ela estava começando a ficar paranoica, disse a si mes­ma. Que plano ele possivelmente teria? Ela estava no comando. Esse era seu bebê e ele não poderia forçá-la a fazer nada que não quisesse.
— Você parece estar no limite, Demi — disse Joseph, depois que foram deixados a sós.
— Suponho que é porque estou no limite. Sei que não está fe­liz com esta situação... E me pergunto por que você me convidou até aqui. Talvez pudéssemos ir direto ao ponto — disse ela.
— Disse o que quero. Que conversemos honestamente. E não quero que briguemos. — É fácil de dizer isto.
— Não se nos propusermos.
— Propusermos?
— Sim, a resolver as coisas de forma cordial.
— Você faz isto parecer mais um acordo de negócios.
— Esperava que pudéssemos concordar sem ficarmos muito emotivos. Ali estava. O pragmatismo, o tom relaxado... — Que Deus nos proíba de ficarmos muito emotivos — disse Demi, sarcasticamente. — Assim você iria contra tudo que acre­dita, não é, Joseph?
Ela viu os olhos dele ficarem sombrios. — Quero dizer, não quero que discutamos. Estava tentando ser civilizado. — Não estava sendo muito civilizado ontem quando me disse que não poderia cuidar de uma criança sozinha.
— Disse que seria difícil — corrigiu-a ele rapidamente. — De qualquer forma, achei que tínhamos concordado em deixar on­tem de lado.
Ela deu de ombros e o olhou. — Apenas espero que você não mencione a palavra aborto, Joseph. Porque vou me levantar e ir se você o fizer... Joseph estava horrorizado.
— Você realmente acha que diria algo assim para você? — Achei... — Ela passou a mão pelo cabelo. — Não sei Joseph... — Deus, não! — Ele a olhou seriamente. — Demi, podemos começar novamente? Esta conversa não está caminhando da maneira que eu planejava.
Por um segundo, ela estava completamente desarmada pelo tom da voz e o olhar de Joseph.
— Como você planejava?
— Ah, não sei. — Ele balançou a cabeça. — Fiquei acordado a noite toda pensando. — Ele pegou a mão dela.
O toque da mão dele em sua pele fez seu pulso correr de forma caótica.
— Ficou? — Demi o olhou surpresa. Joseph nunca perdeu o sono por nada.
— Sim. — Ele a olhou nos olhos. — Estou preocupado com você.
— Preocupado! — Ela se sentiu decepcionada e tirou a mão da dele. Não queria que ele se preocupasse com ela!
— Demi, não posso deixar você voltar para Londres e lidar com isto sozinha.
— Bem, terá que deixar Joseph. — Ela não sabia como manteve sua voz tão calma se por dentro estava furiosa. — Porque não preciso que se preocupe comigo!
— Talvez não... Mas ainda sou o mesmo.
— Posso assegurar a você que ficarei ótima.
— Não pode me assegurar nada, Demetria. Está fugindo de volta para a Inglaterra!
— Não estou fugindo! Estou pensando no que é melhor para meu bebê.
Nosso bebê — corrigiu-a ele.
Demi o olhou, com as emoções latejando.
— Pensei muito sobre isto. E não posso deixar você ir. Esta criança é tanto minha quanto sua responsabilidade. Quero que fique aqui em Miami comigo.


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Tá aí o segundo da maratona quando eu chegar posto mais um e continuo amanhã.

6 comentários:

  1. próximo, plmdds.
    meu celular vai despertar. de 7hrs.

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  2. Desculpa por falar isso, mas cada capítulo uma enrolação e a mesma coisa. A história está ficando maçante.

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    1. tem gente que gosta e é isso que importa, vaza.

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    2. Não é só porque eu disse isso que eu não goste da Web. Nada é perfeito, e essa web também não é.

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  3. Posta mais dois hoje???? Por favor!!!? Ta mto lindo!
    Bjs

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