domingo, 19 de janeiro de 2014

CAPÍTULO 27 MARATONA

     Demi acordou assustada sem saber o motivo. Abriu as pálpebras sonolentas e verificou o monitor. Estava tudo bem no berçário. Não havia vento batendo nas janelas. Ne­nhum som. Mas não conseguiria dormir se não verificasse os meninos. Levantou-se e andou descalça até o berçário.
Uma sombra alta avultava sobre o berço de Graham. A silhueta de um homem. O medo a atravessou e ela arquejou. O homem se virou e ela viu o rosto de Joseph. O pânico desapareceu e foi substituído por outro tipo de preocupação. O que o levara lá quando nunca de­monstrava interesse?
— Alguma coisa errada? — A voz era apenas um sus­surro.
— Não.
Devia passar de meia-noite, mas ele ainda usava a bermuda e a camisa de algodão.
— O que está fazendo?
Ele hesitou, e ela achou que não responderia.
— Verificando se ele está respirando.
Demi jamais esperaria aquilo dele. Sorriu e se apro­ximou.
— Faço isto de vez em quando. Idiotice, não é?
Demi arrumou o lençol de Graham e moveu o macaco de pelúcia de Cody para mais perto do menino.
— Os dois estão dormindo, e os acordaremos se ficarmos aqui. Não sei quanto a você, mas eu poderia dormir mais algumas horas.
Ela saiu do berçário, esperando que ele entendesse. Joseph saiu logo depois. Demi podia sentir a atração da proximidade dele enquanto se dirigia para a sala de estar.
— Você foi ver Graham outras vezes?
A expressão dele ficou vazia.
— Por que pergunta?
Interessante ele evitar responder.
— Porque muitas vezes percebi que o cobertor de Graham ou o brinquedo de Cody não estavam no lugar no qual os deixei.
— Cobertores e brinquedos não deviam estar próxi­mos aos rostos deles.
Outra resposta indireta. Ele era especialista naquilo.
— O que o faz dizer isto?
— SMSI.
Joseph não conseguia partilhar uma refeição com o filho e se preocupava com a síndrome de morte súbita infantil?
— Graham não tem nenhuma condição de saúde da qual eu deveria saber, tem?
— Ash nunca mencionou nada.
— Então por que se preocupa com a SMSI?
Ele balançou a cabeça e deu um passo em direção ao corredor.
— Joseph, preciso vigiar mais Graham?
— Esqueça, não é nada. — Ele não se voltou para ela.
— É difícil esquecer, já que me acordou no meio da noite verificando se seu filho está respirando.
Ele virou-se para ela.
— Enquanto eu estava no sistema de adoção... um bebê morreu de SMSI. Mike. Um garoto lindo. Tinha apenas alguns meses.
A confissão relutante lhe apertou o coração.
— Que relação a morte desse bebê tem com Graham?
— Ouvi o bebê inquieto quando me levantei para pe­gar um copo de água. Encostei no rosto dele seu ursi­nho de pelúcia. — Parou, os punhos fechados. — Pode ter sido sufocado.
Uma profunda compaixão a invadiu. E, de repente, a distância emocional do filho fez sentido. Este homem grande e forte não era frio ou indiferente. Estava com medo. Medo de ferir o filho. Medo de perder mais uma pessoa amada... O anseio de consolá-lo, de abraçá-lo, quase a dominou.
— Você acha que provocou a morte de Mike.
— E possível.
— Mas improvável. Graham parece saudável. Tem bom controle da cabeça e do pescoço e é capaz de se afastar se não conseguir respirar. Também já tem idade para não fazer parte da categoria de alto risco.
— Mas não completamente fora de risco.
— Não. Mas há outros fatores que contribuem para o surgimento da SMSI, como ter mãe adolescente, não ter recebido cuidados adequados no pré-natal, exposição ao fumo e peso baixo ao nascer. Graham é grande para a idade. Duvido que estivesse abaixo da média quando nasceu.
— Eu não sei. Não sabia que Ash estava grávida até um de seus colegas lhe dar os parabéns na televisão depois do nascimento de Graham. Mostraram uma foto de Ash e do filho. Fiz as contas.
— Ela nunca lhe contou?
— Admitiu depois que a confrontei.
— Você disse que Ash ficou grávida como uma arma­dilha para se casar com você. Por que não lhe contou, já que queria alguma coisa de você? Não é lógico.
— É para mim. E como sabe tanto sobre SMSI?
Ela percebeu a súbita mudança de assunto e a expressão aterrorizante que não diria mais nada.
— Quando percebi que Cody era tudo o que tinha, me preocupei e li muitos artigos sobre desenvolvimen­to infantil e as coisas que poderiam dar errado. Joseph, é normal ficar apavorado.
— Não estou apavorado.

Mentira descarada. Como era típico, masculino, recusar admitir que tinha medo. Mas, naquele momento, não eram a babá e o bilionário, a empregada e o patrão. Eram iguais... um pai e uma mãe que se preocupavam com os filhos, que se levantavam no meio da noite para verificar a respiração deles e ajeitar os cobertores. Com o tempo, ela poderia ajudá-lo a superar o medo... não que a preocupação com o filho fosse desaparecer com­pletamente. Mas, por ora, precisava do conforto que não podia negar.

Vou pensar se posto mais um até mais tarde.... o que posso dizer é que o próximo vai ser quente!!!!

11 comentários:

  1. POSTAA MAIS POR FAVOR!! :D

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  2. AAAAAAA nao fala uma coisa dessa kk posssta

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  3. agora que vc deixou a gente com gostinho de quero mais pode postar por favor

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  4. PELO AMOR DE DEUS POSTA OUTRO KKK'

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  5. O PRÓXIMO VAI SER HOT??? POSTA POSTA POSTA PELO AMOR DE DEUS SJBADAKSNKLDNSKAJDBKLSDNJAS POSTA POSTA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH ASHDBJKS MAS EU TO AMANDO ESSA FIC <333 HEHEHEHHE
    BJS

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  6. Posta sim :((( ficarei triste com vc se n postar

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  7. Poooooosta maiiiiis, posta mais pelo amor de Deus

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  8. caraca postaaaaaa! pelo amor de Deus postaaaaaaaa hot senhor

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